Um domingo de Sol...

Acho que nunca gostei tanto de um domingo de Sol...
Peixinho frito...
Papai e mamãe...
Forno queimando cerâmica...
O Mig fazendo reformas... faxina do ateliê... e SOL muito SOL.
Graças a Deus...

Alguns acontecimentos dos últimos dias nos fazem pensar...

Diante de um acontecimento extremo... tudo se mostra...

Um sofrimento ver as pessoas desabrigadas, desalojadas ... ainda terem que se proteger de "saques" - não de pessoas com fome, mas, daquelas que cobram cinco reais um pãozinho... daquelas que se aproveitam desta hora para furtar... não comida... não pela fome.

E o pior, o "saque" emocional... cinco dias após ... agora que tudo está mais calmo... que as comunicações estão se normalizando... surgem as grandes redes de informação... programa ao vivo daqui... dali... entrevistas a moradores emocionados... querem lágrimas.

Só quem estava por aqui no domingo à noite e na segunda sabe o esforço das pequenas emissoras de rádio, dos comunicadores locais - repassando informações, localizando pessoas... Naquela hora foram preciosos...

Ver uma apresentadora... com o programa ao vivo do "local da tragédia", vestida com uma roupa camuflada - pensa estar num safari, certamente - me chocou! Agora, é só prá "não sei quem" ver!

Informar é o objetivo, mas tudo tem hora... tem que ter respeito... tem que ter "doação"...´

Como diria meu avô - É desse jeito...

Presépio... então é Natal!

Garrafas pet... jornal... cola de farinha... tinta ... risos e muitas mãozinhas...

Está pronto o nosso presépio.

Nossa Mãe Natureza

Para alegrar minha alma, nestes dias tão tristes... panos, fios e caretas... montar bonecas...

Brincar um pouco, bancar a criança... e pensar na vida... A "Natureza", essa mãe de todos, está dando sinais de cansaço. Me nego a pensar em castigo, como dizem alguns, mãe que é mãe, não castiga... alerta, orienta... mostra caminhos...

É o que está acontecendo, todos sabemos que temos que mudar a relação como nossa mãe... essa que temos, não se sustenta mais.

Mas precisamos mais que concordar com isto, precisamos agir... de forma urgente e radical.

Não consigo pensar nos acontecimentos dos últimos dias sem um "tiquinho" de culpa. A devastação ao meio ambiente tem que parar, é preciso que sejamos um pouquinho mais inteligentes... filhos mais amorosos!

Tristeza...

Muita tristeza... nossa bela e Santa Catarina embaixo d'água...

Sol, por favor, volte a brilhar...

Meus amigos passarinhos

Eles estão aqui todas as manhãs... esperando o pãozinho que sobra do café...

Se não ficam migalhas na mesa... eles fazem um "gritedo" na porta da cozinha - só vendo.

Então, sempre deixo um pedaço de pão sobre a mesa...

Eles entram comem... às vezes, tô ali na pia lavando louça e eles, nem bola, sentem-se me casa.

Adoro eles!

Não sei por que a foto ficou tão feinha...

Mas eles são uma graça.

Dia da Consciência Negra

"O conceito de Sankofa (Sanko = voltar; fa = buscar, trazer) origina-se de um provérbio tradicional entre os povos de língua Akan da África Ocidental, em Gana, Togo e Costa do Marfim. Em Akan “se wo were fi na wosan kofa a yenki” que pode ser traduzido por “não é tabu voltar atrás e buscar o que esqueceu”. Como um símbolo Adinkra, Sankofa pode ser representado como um pássaro mítico que voa para frente, tendo a cabeça voltada para trás e carregando no seu bico um ovo, o futuro. Também se apresenta como um desenho similar ao coração ocidental. Os Ashantes de Gana usam os símbolos Adinkra para representar provérbios ou idéias filosóficas. Sankofa ensinaria a possibilidade de voltar atrás, às nossas raízes, para poder realizar nosso potencial para avançar.[1]Sankofa é, assim, uma realização do eu, individual e coletivo. O que quer que seja que tenha sido perdido, esquecido, renunciado ou privado, pode ser reclamado, reavivado, preservado ou perpetuado. Ele representa os conceitos de auto-identidade e redefinição. Simboliza uma compreensão do destino individual e da identidade coletiva do grupo cultural. É parte do conhecimento dos povos africanos, expressando a busca de sabedoria em aprender com o passado para entender o presente e moldar o futuro.Deste saber africano, Sankofa molda uma visão projetiva aos povos milenares e aqueles desterritorializados pela modernidade colonial do “Ocidente”. Admite a necessidade de recuperar o que foi esquecido ou renegado. Traz aqui, ao primeiro plano, a importância do estudo da história e culturas africanas e afro-americanas, como lições alternativas de conhecimento e vivências para a contemporaneidade. Desvela, assim, desde a experiência africana e diaspórica, uma abertura para a heterogeneidade real do saber humano, para que nos possamos observar o mundo de formas diferentes. Em suma, perceber os nossos problemas de outros modos e com outros saberes. Em tempos de homogeneização, está é a maior riqueza que um povo pode possuir.[1] Sobre a simbologia e imagens há informações disponíveis em http://www.africawithin.com/studies/sankofa.htm. Data de acesso: 01/02/2008. Ou http://www.tulsalibrary.org/aarc/sankofa.htm. Data de acesso: 05/02/2008." - (grifo meu)

Hoje, Dia da Consciência Negra, gostaria de presentear os meninos e meninas do Grupo Cerâmica Valongo... fui atrás: Um vídeo maravilhoso sobre o Abdias do Nascimento, no site da Fundação Palmares... e garimpando mais, encontrei este texto... com esta maravilhosa "Sankofa". Eu não conhecia... mas era exatamente o que queria dizer a eles...

Retirei o texto do http://históriaemprojetos.blogspot.com/.

Uma cantoria invadiu Brasília...

Uma cantoria invadiu Brasília... acompanhada de muita cor

de muitos ritmos...

Invadiu todos os cenários

da praça ao Teatro Nacional...

Vinda de todos os cantos... tudo Brasil.

Muitos risos, vários sorrisos...

A alegria do encontro.

E teve a troca...

na roda dos saberes, partilha...

nos plenários, reinvindicações...

nos grupos, aprendizado.

E teve cortejo...

E teve música...

E teve teatro...

E teve dança...

E foi ótimo para quem lá esteve...

Até a próxima...

Amanhã estou lá... o Brasil todo invadindo Brasília!

Biscoito para alegrar...

Amanhã vou de novo... Para agradar os que ficam: uma fornada de biscoito de erva doce.

Uma tarde dedicada a eles...

... andando por aí...

Quanto vale mudar de ares !?
Não sei, mas que é bom é bom...

Uma semana fazendo coisas diferentes, com gente diferente...

Mudam os cheiros, os sabores... as preocupações.

Uma oxigenada na vida.

Uma saudade gostosa de casa, das pessoas ... do nosso cotidiano.

Quando esse tempo é para tratar de assuntos interessantes e no Rio de Janeiro... dez!

Diga-se o que disser... a violência... a crise social... mas o charme desta cidade é imbatível.

Pela primeira vez curti o centro da cidade, com todas suas particulariedades...

Lugares mais que históricos... com história... acontecendo.

Mas voltar prá casa, também, tem seu valor!