29 abril 2009

CARTAS DE AMOR...


"Cartas de amor são escritas não para dar notícias, não para contar nada, mas para que mãos separadas se toquem ao tocarem a mesma folha de papel".

TORNE-SE OCEANO...


Diz-se mesmo, que um rio ao cair no oceano, ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada:Os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.


Mas, não há outra maneira.O rio não pode voltar.Ninguém pode voltar.Voltar é impossível na existência.Você pode apenas ir em frente.O rio precisa se arrisacar e entrar no oceano.E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece, porque apenas o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.


Por um lado é o desaparecimemto e por outro lado é o renascimento.

Assim somos nós.

Só podemos ir em frente e arriscar.

Que tenhamos coragem!!

Avancemos firmes para nos tornarmos o oceano!!!

28 abril 2009

O AMOR NOS TEMPOS DA GRIPE SUÍNA



Camisinha também para o beijo... Que tristeza!

Uma constatação...


(João Guimarães Rosa)

"O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."


RIO DE JANEIRO

Essa imagem não precisava de título. Cada um de nós pode imaginar um longa história vendo tanta realidade. É nessa realidade que vão realizar a Copa de 2014 e sonham com as Olimpíadas de 2016.

Escolas...



Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Rubem Alves

27 abril 2009

A Poesia de Mario Quintana

Canção Para Uma Valsa Lenta

Minha vida não foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amas, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...

Minha vida não foi um romance
Minha vida passou por passar
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.

Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Glória a ti que me enches a vida
De surpresa, de encanto, de medo!

Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso... de um gesto... um olhar...

26 abril 2009

Drummond na manhã de domingo

Ao amor antigo

O amor antigo vive de si mesmo,
Não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
Mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raizes fundas,
Feitas de sofrimento e beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
E por estas suplanta a natureza.

Se em toda a parte o tempo desmorona
Aquilo que foi grande e deslumbrante,
O antigo amor, porem, nunca fenece
E a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
E resplandece no seu canto obscuro,
Tanto mais velho quanto mais amor.

(Carlos Drummond de Andrade)

UM PENSAMENTO

Bem, é mais uma idéia, um jeito de ver, entender, ser, talvez chegar junto... tire suas conclusões:

http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=08609

25 abril 2009

DESPERTAR É PRECISO...

"Na primeira noite
Eles aproximam-se
E colhem uma flor
Do nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite
Já não se escondem;
Pisam as flores,
Matam o nosso cão,
E não dizemos nada.
Até que um dia
O mais frágil deles
Entra sozinho em nossa casa,
Rouba-nos a lua e,
Conhecendo o nosso medo,
Arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada".

Vladimir Maiakóvski

24 abril 2009

A PERGUNTA DO SÉCULO...

Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável.
"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

CORDEL DAS PASSAGENS

NAS ASAS DO CONGRESSO

I
Eu já estava acostumado
A falar de senadores,
Com suas diretorias,
Mordomias e favores,
Mas meu verso está flagrando
Uma nuvem se formando:
Deputados-voadores.

II
Seja da direita lerda
Ou da esquerda “exemplar”,
Das classes mais abastadas
Ou da ala popular,
Não resiste ao comichão
De entrar num avião
E pelo mundo voar.

III
Leva pai e leva mãe,
A sogra, o sogro e a consorte,
Cunhado pega carona,
A prima também tem sorte,
Quem não tem sorte sou eu
De levar a Galisteu
pro Rio Grande do Norte.

IV
O deputado trabalha
leve, fagueiro e feliz.
Depois de arrancar toco
Puxado pela raiz,
Merece um descanso à toa
Numa praia muito boa
Ou num hotel em Paris.

V
O Congresso é sacerdócio
(Pense num trabalho duro!):
Três dias de aflição,
Em jogo o nosso futuro,
Mas deixa isso pra lá
Que Temer quer descansar
Três dias em Porto Seguro.

VI
Quando pega o microfone,
É o cão chupando manga.
Na agência de viagem,
O deputado da tanga
Fala brother, friend, vixe!
E vai a Miami Beach
Se encher de bugiganga.

VII
A moeda vai ganhar
Nova designação:
Real vai se chamar Milha,
Combinando com milhão,
E a milha pode comprar
Feijão, carne de jabá,
Gasolina de avião.

VIII
A Milha paga pensão
Se a viúva chorar,
Aluga jatinhos caros
Pra campanhas no Ceará
E já tem até doleiro
Que quer trocar de dinheiro
E seu negócio melhorar.

IX
A Milha é mais poderosa
.Cheia de força e vigor,
Já embalou muitas noites
De orgia e de amor
Dos senhores deputados
E nem mesmo o delegado
Da Dona Milha escapou.

X
E pra resolver de fato
A cruel situação,
Proponho aqui que se mude
A nossa legislação:
Saia o poder de lugar
Pra ser suspenso no ar
Nas asas de um avião.

Miguezim de Princesa
Publicado no Recanto das Letras em 23/04/2009

23 abril 2009

DIA INTERNACIONAL DO LIVRO


"Uma casa sem livros é como um corpo sem alma"

"Cícero"

OH MINAS GERAIS

Dulce me mandou um e-mail com um lindo vídeo sobre Minas Gerais, eu o encontrei no YOUTUBE e estou postando aqui para os que desejarem chegar junto. Sou filho de Mineiros, descendentes de portugueses, irmão paulista e carioca. E somos brasileiros, e do planeta TERRA, e é bom interagir com o universo. Infelizmente existem os que preferem as guerras, os fanatismos, os radicalismos e fundamentalismos.
Mas vamos deixar fluir o jeito mineiro de ser, bem descrito nessas linhas que vieram também no e-mail:
Gente, espia só!...
Socê num rupiá os pelinho do corpo, me adiscurpa, mas ocê num é minêro não.
Óia procê vê, tá tudo nos cunforme, música e cenário, tar e quar a gente é.
Duvido qui tenha argum minêro que inda num viu o qui ocê vai vê agorinha...

http://www.youtube.com/watch?v=MTOeXCh5ep4

SÃO JORGE


São Jorge é muito homenageado aqui no Rio, igrejas lotadas desde muito cedo, fogos a noite inteira...

22 abril 2009

E-MAIL RECEBIDO

Amigos do CHEGA JUNTO,

Acabo de receber um e-mail de um tal de Pero Vaz. Diz ter vindo de ALEM MAR numa caravela e que achou o pessoal que estava na praia muito desnudo.
Fez diversas considerações sobre nossa terra e nossa gente, algumas transcrevo a seguir, e pediu para entrar para o blog, juntamente com um amigo chamado Cabral. Deixou o celular, caso alguém queira saber mais detalhes sobre seu perfil. Considerei meio estranho o último parágrafo do seu e-mail, acho que ele já andou conversando com alguns políticos, mas vocês dirão melhor.

O texto do Pero Vaz:

"Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão arvoredos. que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem 1ho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre Doiro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem. Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que nela deve lançar".

DIA DA TERRA

Vamos cuidar do nosso Planeta...




Quadras populares - FERNANDO PESSOA (2)


Dona Rosa, Dona Rosa,
Quando eras inda botão
Disseram-te alguma cousa
De flor não ter coração?

- - - - - - - - - - - - - -
Dona Rosa, Dona Rosa,

De que roseira é que vem,
Que não tem senão espinhos
Para quem só lhe quer bem?

(Quadras ao gosto popular)

21 abril 2009

Thiago de Mello

Para os que erraram,
mas souberam aprender
com a licão dos revezes,
os que já levaram tanta porrada
mas não desanimam
e continuam firmes
no seu amor revolucionário,
fazendo a sua parte
todos os dias
_em qualquer lugar do mundo_
pela redenção dos injustiçados
e dos oprimidos.

(Thiago de Mello in Poesia Comprometida com a Minha e a Tua Vida)

Hino a Tiradentes

Hino a Tiradentes

Composto por ocasião da comemoração do 9° decenário da execução do infeliz mártir da liberdade, e posto em música pelo hábil e inspirada maestro o Sr. Emílio Soares de Gouveia Horta

Salve, salve, ínclito mártir,
Resplandecente farol!
Da aurora da liberdade
Foste o sangrento arrebol.
Em soberbos monumentos

Grave a mão da pátria história:
- Maldição a teus algozes
Ao teu nome eterna glória.
A tua cabeça heróica
Sobre vil poste hasteada
- Liberdade
- Independência
Até hoje inda nos brada.
Em soberbos monumentos, etc.

Do teu mutilado corpo
Os membros esquartejados
Foram ecos rugidores,
Aos quatro ventos lançados.
Em soberbos monumentos, etc.

De teu sangue generoso
Esta terra rociada
Fez brotar da independência
A semente abençoada.
Em soberbos monumentos, etc.

Esse sangue derramado
Pelo brutal despotismo
Foi da pátria brasileira
O sacrossanto batismo.
Em soberbos monumentos, etc.

Desde então à tirania
O férreo braço adormece,
E o formoso sol dos livres
No horizonte resplandece
Em soberbos monumentos, etc.

Salve, salve, ínclito mártir
Sanguinolento farol,
Que acendeste no horizonte
Da liberdade o arrebol!
Em soberbos monumentos, etc.

Ouro Preto, abril de 1882