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Comigo o bolo sempre sola, o arroz não solta, a sopa arde.
Mas me encanto diante do carmim da beterraba, da delicadeza dos floretes dos brócolis, das lindas curvas das abóboras, do que escorre das lichias, dos carocinhos dos figos, da textura dos abacates.
Podia compô-los num canto qualquer e fotografá-los.
Mas não sei lidar com eles.
Embora semana passada, pasmem, tenha feito a melhor abobrinha recheada do mundo.
Com as dicas da minha mãe, e os sentimentos como guia, encarei o desafio : cortei-as, tirei a polpa, a pele dos tomates, piquei minusculamente as cebolas, tudo ao som de Jorge Drexler.
Fiz como se estivesse esculpindo um anjo...
Deu certo !
Tanto trabalho e elas desapareceram em segundos.
Não pude evitar de pensar nos monges tibetanos, que faziam suas mandalas na areia, com o único propósito de reconhecer sua impermanência.