>Olho no olho

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Nada é perfeito. Tudo tem seu lado negativo. E a tecnologia é uma delas. Estamos vivendo em um mundo cheio de novidades tecnologias, e a cada dia aparecem novidades, no mercado. Chegamos ao ponto de não conseguirmos acompanhar e adquirir de imediato os modelos cada vez mais sofisticados. Para o homem estar em contato com sua espécie não precisa mais estar presente fisicamente, mas sim de maneira virtual, não existe mais o fator distancia.

Isso facilitou muito a vida mas por outro lado afastou e continua afastando as pessoas cada vez mais de sua própria espécie. Tudo isso encurtou distancia, abriu-se um leque para novos conhecimentos. Às vezes você não fala com seu vizinho, mas tecla e conhece virtualmente mais aquele que está em outra cidade, estado ou mesmo continente. Muitas vezes, procuramos amigos pela rede mundial de computadores enquanto poderíamos primeiro, buscar em nossa própria rua.

Para exemplificar, ouvi essa história: conta-se que um amigo resolveu sair e visitar o outro para um bate papo. Chegando lá, o que havia saído de casa, pegado a estrada, percorrido uma longa distancia, foi recebido pelo outro que mandou entrar e sentar. O mesmo entrou e sentou no sofá da sala. Enquanto isso, o anfitrião correu para o quarto, e de vez em quando aparecia na sala justificando que estava no quarto conectado navegando na internet a procura de uns amigos para um bate papo.

O amigo visitante que estava ali de carne e osso ficou perturbado com aquela atitude estranha, daquele que em outros tempos era seu melhor amigo de passar longas horas trocando idéias antes do advento dessa maluca maquina chamado computador; que tem o poder de unir as pessoas em conversas virtuais, mas também tem o poder maior de afastá-las. Como podemos ver a conversa a distancia parece que fica melhor, o homem em frente a maquina se sente mais a vontade e faz coisas que não faria olhando o olho no olho.

(a) J Araújo

>Fatos sobre o ano em que nasci

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As musicas mais tocadas naquele ano foram:

João Valentão - Dorival Caymmi

Cachaça Não é Água - Carmem Costa & Colé

De cigarro em Cigarro - Nora Ney

Eu sou a Outra - Carmem Costa

Barracão - Heleninha Costa

Too yong - Nat King Cole

Aquela mascarada - Orlando Silva

Como se vê, estou ficando cada dia mais velho de corpo, porém mantenho um espirito e uma alma sempre jovem.

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Tivemos a felicidade de: naquele ano de 1953, o medico e pesquisador norte-americano Jonas Salk, anunciar num programa popular radiofônico que havia testado com sucesso uma vacina contra a poliomielite. O vírus que causa a paralisante enfermidade da polio, geralmente conhecida como paralisia infantil por afetar principalmente crianças.

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A guerra da Coreia acabou em 27 de julho de 1953. O conflito mais violento da historia deixou muitas marcas. O acordo assinado, em Panmunjon, em julho. A herança da guerra é a divisão da Coreia e, na época, cerca de 3,5 milhões de mortos. As tropas das Nações Unidas foram afastadas com ajuda da República da China.

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O presidente norte-americano Harry Truman anuncia que os Estados Unidos haviam desenvolvido a bomba de hidrogênio. Até o momento, a arma mais destrutiva que o homem pôde construir. Tem o potencial destrutivo milhares de vezes maior do que a bomba atômica que nós conhecemos. Como se vê uma noticia nada agradável, enquanto um anuncia a descoberto de um medicamento para prevenir doenças o outro anuncia a descoberta de uma arma de destruição de massa.

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Em 3 de outubro, o Presidente Getúlio Vargas sancionou a lei 2.004 que criava a Petrobrás (Petróleo Brasileiro S.A)

No mesmo ano, foi criado também  o Ministério da Saúde. No Brasil, corresponde ao setor governamental responsável pela administração e manutenção da Saúde Pública no País.

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Alo, Doçura! Foi uma serie de televisão brasileira exibida de 1953 a 1964, pela extinta TV Tupi, tendo sido criada e dirigida por um dos grandes autores da teledramaturgia brasileira, Cassiano Gabus Mendes.

*

Mas o acontecimento nais importante, pra mim, naquele ano não poderia deixar de ser relatado aqui. Rosa Maria de Jesus deu a luz a um dos muitos filhos, naquela época sem nenhum recurso da medicina atual. Mesmo diante de tantas dificuldades. Ficou doente, e sobreviveu por milagre mesmo. Hoje, pode bater no peito e dizer: venci e aqui estou para contar um pouco da história do ano em que nasci. Por tudo isso, posso dizer, devo dizer: Obrigado Senhor pela vida.

>No tempo do achismo

Arquivo pessoal

Este aí da foto é meu neto, Léo, o garoto não vê a hora de crescer. Mal sabe ele que nossa infância e juventude é tudo na base do achismo. Acho isso, acho aquilo, mas quando deparamos com a realidade do mundo adulto gostaríamos de nunca ter crescido. Tudo é diferente. Quando crescemos e saímos da infância e adolescência começa a crescer também nossas responsabilidades, e muitas vezes não estamos preparados para tanto. Nessa hora bate uma ponta de arrependimento.

Quando menos esperamos, chegamos ao final da nossa juventude, é um caminho sem volta. Olhamos para trás e não tem como retornar. Na verdade, queríamos crescer e ser independentes, não queria dar satisfações a ninguém. Mas o mundo adulto nos cobra responsabilidades. Aí volta o tempo do achismo, achei que não era bem assim. Mas é!

O mundo dos adultos é complicado, cheio de regras que precisam ser cumpridas. Mas agora é tarde demais, não adianta eu e você gritar, espernear, pois, o que passou, passou, não tem  volta mesmo. Vamos contentar com esse nosso mundinho adulto que tanto queríamos quando criança.

Tenho certeza, se naquela época pudéssemos fazíamos do mundo como se fosse uma corda. Puxávamos  com toda força para chegar na outra ponta. E olha se não buscássemos ajuda para chegar mais rápido.  Mal sabíamos o que nos esperava. Agora estamos aqui em um mundo violento com os espaços cada vez mais reduzidos, onde os adultos brigam e respeitam cada vez menos as crianças. Gostaríamos de fazer o caminho de volta... Impossível! Nessa hora bate a saudade!

(a) J Araújo  

>Quem sai ganhando?

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Não precisa ser economista para sentir no bolso o peso das taxas tarifas e impostos que pagamos. Mas na verdade estou falando isso para entrar em um assunto que afeta mesmo quem não tem conta bancária. E o governo de alguma maneira mexeu no 'bolso' dos poupadores mudando as regras de rendimento da caderneta de poupança, ela já rendia uma miséria, agora vai render menos ainda. É mais uma vez a corda estourando do lado mais fraco.

Uma noticia de rodapé que saiu nos jornais e me chamou a atenção foi o presidente Emilio Botin, do Banco Santander, negando que a instituição esteja à venda. Botin se disse ‘encantado’ com o trabalho no Brasil, de onde o banco tira 30% de seus lucros globais, e garantiu que vai continuar a aumentar os investimentos no País. Mais uma vez isso prova o que já sabemos e sentimos na pele, quer dizer no bolso. Isso quer dizer que os outros 70% de lucros do banco ficam pulverizados no resto do mundo. 

Isso não é nenhuma novidade, por mais que tenha havido queda nas taxas de juros cobradas; eles continuam sendo uma das mais altas do mundo.  No Brasil quando um banco fecha seu balanço e diz que houve prejuízo pode ter certeza que algum diretor meteu a mão na grana.  Tome emprestado R$ 100,00 e pague em um ano. Ou faça ao contrario, reserve o mesmo valor e aplique na poupança ou qualquer outra aplicação, no final faça as contas e veja quem sai ganhando.

(a) J Araújo

>O perigo das drogas

(Foto: César Rodrigues/AAN)

Todo dia ao abrir o jornal deparamos com noticias sobre a expansão do crack na vida de milhões de  pessoas que procuram refúgio em seu efeito rápido porém, devastador.  “A maioria dos usuários está tão consumida pela droga que perde toda a noção de dignidade e higiene”.  

Os usuários ‘craqueiros’ perderam também a referencia, são pais e mães de família que deixaram tudo pela droga. Existem pessoas de matizes e profissões tão diferentes afundadas nas drogas, principalmente, o crack, o que as mesmas têm em comum o envolvimento com o mundo cão em que vive.

Antes as drogas eram privilegio, dos grandes centros urbanos - se assim podemos dizer - infelizmente hoje está disseminada nas pequenas cidades e, até mesmo nas comunidades rurais. Os usuários  na verdade é vitimas do tráfico que cada dia toma mais corpo e espaço em todo mundo e arrecada bilhões de dólares destruindo vidas. Enquanto isso, no Brasil, as leis ficam cada vez mais frouxas para os traficantes que financiam muitas vezes integrantes do próprio Poder Legislativo.

Pequeno traficante não vai mais para prisão. É isso mesmo, que você está lendo, agora os pequenos traficantes, não sei como será medido o nível de tamanho do traficante. Deve ser pela quantidade comercializada, não sei se por dia, por semana ou por mês.  “A decisão foi tomada a pedido do STF, que decidiu que essa proibição da troca de penas era inconstitucional". 

Uma resolução do Senado publicada nesta semana abriu brecha para que pequenos traficantes possam cumprir penas alternativas, em vez de ficar na prisão”.

Como se vê nossos políticos é hábil em criar leis que beneficia os fora dela, enquanto os verdadeiros trabalhadores são esquecidos. Enquanto os traficantes forem tratados como heróis e os governantes fingir que combate o tráfico de drogas e armas vamos continuar assistindo passivamente cenas de brutalidades e a destruição de vidas pelas drogas cada vez com mais rapidez.  O usuário de droga é um  verdadeiros zumbi que vaga sem rumo e também tem lá sua parcela de culpa, acha que está consumindo as drogas, mas  na verdade estão sendo consumido por elas. 

>Idoso,deixe-me aprender

No dia e hora marcados cheguei ao local. Logo na entrada havia uma linda mesa de café da manhã aguardando os participantes. Havia também uma pessoa - que mais tarde descobri - se chamava Natália - ela segurava em suas mãos uma lista com o nome de cada participante. Quando chegou minha vez ela perguntou meu nome, descobri que não constava ali.

O primeiro impacto foi quando a mesma perguntou se eu realmente havia feito a inscrição naquele curso, confirmei que sim.  Aí eu quis saber o motivo de não constar no rol dos escolhidos. Deve ser devido à idade do senhor. Disse. Percebi mais uma vez a discriminação do idoso. Nessa hora senti o peso da idade, não na mente, mas o passar dos anos mesmo.

(No Brasil existe hoje mais de 21 milhões de pessoas idosas, isto é, com 60 anos ou mais, infelizmente, não cheguei ainda, mas falta pouco) “superando a população idosa de vários países europeus, como a França, a Inglaterra e a Itália, segundo a Síntese de Indicadores Sociais divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”. A senhora da foto acima com seus 104 anos de vida é a testemunha viva da situação em que vive o idoso no Brasil. Por mais que se diga ao contrário, infelizmente, a idade no País por si só já é um obstáculo a partir dos quarenta anos, imagina então acima dos sessenta!

Confesso que já estava ficando nervoso com aquela situação vexaminosa, preferia que tivesse ocorrido logo na primeira oportunidade - ou seja, no dia da inscrição. Se tivesse me informado que, devido à idade, não seria possível participar do curso em questão pode até ser que eu me conformaria. Mas naquele momento eu não aceitava mais. Sentindo meu nervosismo um dos diretores da oficina disse que aquilo não levaria a nada. A senhora da foto acima tem 105 anos de idade, a mesma conheceu minha ainda moça nova. Teve a oportunidade de velha crescer, casar ter filhos e também a viu morrer, hoje é um poço de sabedoria para os mais jovens que ainda tem a oportunidade de sentar com a mesma e ouvi-la.

Outro que na verdade era um dos professores, (Willian), propôs que eu ficasse participando do curso como ouvinte; ou seja, um zero a esquerda. Fui pra sala de aula como um se aquilo fosse um grande sonho que naquele momento estava sendo frustrado e transformando em um grande pesadelo.

Mas a vontade de aprender foi maior do que aquela situação. Sujeitei-me as condições 'impostas, em seguida fomos para uma sala onde iniciou as apresentações do grupo por nome, profissão e idade. Quando chegou a minha vez tive que justificar aos presentes o motivo do constrangimento e enfatizei bem minha idade com muito orgulho. O curso ocorreu em três sábados e domingos das 09h00min as 18h00min horas.

Valeu a pena, aprendi técnicas de áudio e vídeo que até aquele momento, algumas, eram desconhecidas para mim. Aprendi, também, como manejar e tirar o melhor proveito dos equipamentos. Enfim, foi muito bom o primeiro dia. Ao final precisávamos ter uma ideia de um vídeo com abordando um determinado tema. As equipes foram montadas e durante a semana a era o momento de cada um abraçar sua responsabilidade para que o projeto do vídeo fosse levado adiante.

Precisávamos de cenários e locações, corri atrás dos meus contatos, e confesso que fui feliz nas minhas escolhas, e todas minhas propostas apresentadas não ficou apenas nas palavras, foram cumpridas graças à colaboração de pessoas que conheci. Minha equipe ficou assim composta: Araujo, Diana, Leandro, Matheus e Rafael. Houve divergências? Sim, mas foram superadas e no final vibramos com o resultado.

Por coincidência, o vídeo rolou no Lar dos Velhinhos de Campinas, onde tivemos a equipe de produção teve uma excelente acolhida na pessoa do Senhor Osvaldo A. Colombo JR. Lá mesmo surgiu a nossa principal "estrela" do vídeo, dona Wilma, que foi brilhante em sua interpretação. No final todos os alunos receberam o certificado de conclusão do curso.

Quero agradecer a Kinoforum na pessoa do senhor Jorge e toda a equipe que percebendo minha vontade de participar do referido curso respeitaram minha decisão e permitiram que eu terminasse o mesmo com direito ao certificado de conclusão como outros participantes na faixa de 17 anos de idade.

Quando chegou o momento de colocar as opiniões foi o momento ideal para os agradecimentos e os desabafos. Pude mostrar que mesmo com uma idade um pouco mais avançada é possível ser útil e mostrar que os jovens têm muito a aprender conosco, desde que estejamos dispostos, não só a ensinar, mas também a aprender. Pois o tempo nos ensina que a vida é um eterno aprendizado.

(a)J Araújo