![]() |
Imagem/Erica Dezzone/AAN |
Acredito que nem tanto. Se fosse,
realmente, não estaria o governo tão preocupado com o
desabastecimento que pode vir a afetar o mercado interno de combustíveis. Uma
noticia que me chamou atenção foi ler nos jornais que a Petrobrás está importando
cerca de 100 mil barris diários de combustíveis, sendo que desse total, 75 mil
se refere à gasolina. Achei estranha essa noticia, pois, no governo do
ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva, se fez um alvoroço danado dizendo que
o País havia adquirido a autossuficiência na produção de petróleo,
assim como foi também alardeada o pagamento da divida externa.
Das duas uma, ou a Petrobrás
nunca alcançou tal façanha e o governo, mentiu, para ficar de bem com o povão e
dizia que, nunca mais precisávamos nos preocupar com o famoso ouro negro,
afinal de contas estava se cumprindo a profecia da campanha feita para criação
da empresa por Getúlio Vargas que dizia: “O
petróleo é nosso”. Só que os governantes que vieram depois fizeram
da empresa um belo cabide de emprego onde em seus postos chaves eram colocados
os apadrinhados políticos.
O ultimo anuncio bombástico do
governo lula foi a “descoberta do pré-sal”, que segundo informações espalhadas
para o mundo dava conta que o país seria o maior produtor de petróleo do
planeta, superando os maiores produtores do Oriente Médio. Confiaram tanto na
propaganda do governo central, que os governadores dos estados, onde segundo
dizem, as jazidas petrolíferas estão muitos deles, já faziam planos de
quadruplicar a arrecadação através dos famosos royalties do petróleo.
Minas gerais como não tem mar, muito
menos produz petróleo, recentemente vendo a guerra que se travava nos
bastidores de Brasília, resolveu discutir os royalties do minério de ferro,
principalmente, já que é um grande produtor. Enquanto o governo que por outro
lado o governo anunciava a redução da alíquota do IPI na compra de veículos
novos para incentivar a indústria automobilística
Parece que o tiro sai pela
culatra, mas não acerta o governo, que só fica chamuscado, o grande prejudicado
mesmo é o consumidor final que está sujeito a comprar o tão sonhado carro novo
e não combustível para rodar com ele. Nem álcool nem gasolina. O produto da
cana de açúcar que era conhecido como álcool a mais ou menos dois anos – os
tecnocratas resolveram mudar o nome para etanol – achando que ia resolver o
problema, mas parece que piorou. Também a produção está concentrada nas mãos de
multinacionais que deita e rola, fazem o que bem quer. Até parece que
retornamos nos velhos tempos dos engenhos, onde quem mandava em tudo eram os
coronéis. Triste lembrança!
(a) J Araújo