sábado, 29 de dezembro de 2007

2007 adeus, 2008 à Deus

quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.


Vou sumir por um tempo mas prometo voltar bombando. Estou voltando para a Cidade Maravilhosa. Serão 9 dias frenéticos. Muitas programações e muito Monobloco aê. Rave vai perder feio! O ano que se apresenta promete ser muito feliz mas se for pelo menos igual a 2007, já será maravilhoso. Tenho muito a agradecer por esse ano que se vai. Até mesmo os momentos de dificuldade serviram para levar ao crescimento e à superação. Conheci muitos lugares, ganhei vários grandes amigos. Ano de felizes reencontros também. Foi ainda o ano de nascimento deste blog, que tem sido meu grande refúgio. Afinal, como bem disse o gênio Mário Quintana, se um poeta consegue expressar a sua infelicidade com toda a felicidade, como é que poderá ser infeliz? Bom, ia desejar a todos que 2008 seja de muita felicidade, batuque, aventura, boas risadas e amizades sinceras. Mas é irrelevante desejar isso tudo pois, como disse um (des)conhecido meu, vai rolar, quer queiramos ou não. Com saúde tudo rola. Então resta-me desejar muita saúde a todos.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Tô voltando!

Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto. Eu tô voltando! Põe meia dúzia de Brahma pra gelar, muda a roupa de cama. Eu tô voltando! Leva o chinelo pra sala de jantar que é lá mesmo que a mala eu vou largar. Quero te abraçar, pode se perfumar porque eu tô voltando. Dá uma geral, faz um bom defumador, enche a casa de flor que eu tô voltando. Pega uma praia, aproveita, tá calor, vai pegando uma cor que eu tô voltando. Faz um cabelo bonito pra eu notar que eu só quero mesmo é despentear. Quero te agarrar... pode se preparar porque eu tô voltando. Põe pra tocar na vitrola aquele som, estréia uma camisola. Eu tô voltando! Dá folga pra empregada, manda a criançada pra casa da avó que eu tô voltando. Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar, telefone não deixa nem tocar... Quero lá... lá... lá... ia... porque eu tô voltando!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Diga que há uma coisa mais constrangedora, por favor!

Acho que essa independência e essa modernidade me estragaram. Esse negócio de apresentar o povo em casa está me tirando o sono. Talvez o problema seja eu. Uma coisa tão simples, mas eu cismo em tornar isso difícil. Também, eu fico constrangida por qualquer coisa, né? Ah, mas não é descaso não. Eu só acho que essas coisas não precisam de formalidades. Eu prefiro agir naturalmente, deixar as coisas acontecerem, a galera se esbarrar por aí. Vez por outra falo do assunto como se todos já soubessem. Assim fica mais fácil. Minha mãe também não ajuda, né? Não me pergunta nada. Aí eu teria que puxar o assunto e isso é muito difícil. Ai, ai... Calma, eu vou conseguir. Ainda tenho tempo.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Então, é Natal!

Feliz...

Planos para 2008

- Voltar a malhar
- Conhecer Fernando de Noronha
- Fazer ouvido de mercador quando alguém disser: nunca mude

Prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Medo e desejo, silêncio e som. Tem certas coisas que eu não sei dizer... E digo.

sábado, 22 de dezembro de 2007


Sem palavras

Eu sei que nada tenho a dizer,
Mas acabei dizendo sem querer
Palavra bandida!
Sempre arruma um jeito de escapar

Seria tudo muito melhor
Se a música falasse por si só
Dá raiva da vida
Nada existe sem classificar

Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz

Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais

Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?

Diria mudo tudo o que faz
Minha vida andar de frente para trás
Uma frase perdida
Num discurso feito de olhar

Não é meigo, nem é lindo
Não é raso, não é pouco, nem é tudo
Não é fato, nem é mito
Não é raro, não é oco, nem é nulo
Não é isso, não é outro
Não é chato, não é mito, naõ é chulo
Não, não, não, não

Eu sei que nada tenho a dizer
Pensei em mil palavras, e enfim
Seria tudo muito melhor
Pensei
Seria
Se um dia alguém puder me entender

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Já não me preocupo se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê
E eu sei que você sabe quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Durante o dia a gente tenta
Com sorrisos disfarçar
Alguma coisa que na alma
Conseguimos sufocar

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Tempos modernos...

... os anjos anunciam a boa nova pelo orkut.

Com torcicolo

Acordei com um torcicolo pavoroso. Tudo indica que a culpa foi da falta de mensagens de madrugada. Acho que não estou acostumada a dormi uma noite inteira sem ouvir o barulhinho do telefone. E o resultado é que já começo o dia toda empenada. Podem bem imaginar a situação. Justo hoje que o trabalho está frenético, eu aqui, de pescoço duro, parecendo um robô. Quando viro para olhar alguma coisa, todo o corpo tem que acompanhar. Uma beleza!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007


Tento pensar que meus 26 anos não deveriam mesmo suportar todo esse peso nas costas. Mas quando vejo as lágrimas nos olhos de minha mãe, sinto-me a mais egoísta de todas as criaturas. Abandonou-me aquela força aparente deixando a terrível escolha em minhas mãos. Hoje sinto que as minhas certezas agora não passam de dúvidas. Estou perdida...

Eu tive um sonho ruim e acordei chorando

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Dia do papoco

Hoje eu tô apurrinhada, destrambelhada, com abuso de tudo, de lundum... Já chegando no trabalho lembrei do celular. Volto em casa pra pegar. Entro em casa tão aperreada que nem vi a pequena correr pra me dar um beijo. A bichinha passou reto. "Oh tia Ranna, meu beijo..." Fiquei com dó. Minha tia pede uma carona. "Avia que eu tô avexada." Ainda pego o girador errado. Abestada! Fui ligar o computador, que já estava bem pebinha, e deu aquele papoco. "Oxe! O que foi que eu fiz? O bicho é que é fulero." Fui baixar pra desligar os fios e taquei o quengo na quina da mesa. Ainda vêm cabôco frescar com minha cara, querendo dar pitaco. "Sai de mim que eu tô facin de arengar e mandar neguin pra China." O dia hoje vai ser longo. Tô lascada! Agora vou ali dar uma espiada no carro que não fui com a cara do pivas que ficou pastorando.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Na redinha...

pensando em como ficamos dengosos e carentes quando doentes. pensando em como meu amigo teve a coragem que me falta de largar tudo e ir morar no rio. pensando em como foi bom o showzinho de ontem. pensando em como foram legais os reencontros de ontem e de hoje. pensando em como meu coração está tranquilo ultimamente. pensando em como é maravilhosa a reciprocidade.
Prefiro ser feliz, embora louco, do que viver infeliz em são conformismo.

sábado, 15 de dezembro de 2007

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Difícil ser imóvel quando se pensa em asas o dia inteiro.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Setembro passou
Outubro e novembro
Já tamo em dezembro
Meu Deus, que é de nós,
Meu Deus, meu Deus...

E eu ainda estou esperando uma promoção. Meu Deus, meu Deus...

Dia do Forró!!!

Bem que esta noite eu vi gente chegando
Eu vi sapo saltitando
E ao longe ouvi o ronco alegre do trovão
Alguma coisa forte pra valer
Estava para acontecer na região
Quando o galo cantou
Que o dia raiou eu imaginei
É que hoje é treze de dezembro e a treze de dezembro
Nasceu nosso rei
O nosso rei do baião
A maior voz do sertão
Filho do sonho de D. Sebastião
Como fruto do matrimônio
Do cometa Januário
Com a estrela Santana
Ao nascer da era do Aquário
No cenário rico das terras de Exu
O mensageiro nu dos orixás
É desse treze de dezembro
Que eu me lembrarei e sei que não me esquecerei jamais

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Sobra tanta falta

Falta tanta coisa na minha janela
Como uma praia
Falta tanta coisa na memória
Como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo

Sei lá,
Se o que me deu foi dado
Sei lá,
Se o que me deu já é meu
Sei lá,
Se o que me deu foi dado ou se é seu

Sei lá... sei lá... sei lá....

Vai saber,
Se o que me deu , quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve
Vai saber,
O que me deu, quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve...

Para os manos daqui... para os manos de lá!

Tem hora que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Carne e Osso

A alegria do pecado às vezes toma conta de mim. E é tão bom não ser divina. Me cobrir de humanidade me fascina e me aproxima do céu... Pois perfeição demais me agita os instintos. Quem se diz muito perfeito na certa encontrou um jeito insosso pra não ser de carne e osso, pra não ser carne e osso!Nã nã nã nã nã nã nã...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Dia do Palhaço!!!


Em minha direção,
vieram os barulhentos palhaços
roupas largas, sapatos sortidos,
prontos para receber meu abraço,
em saltos e piruetas, com olhar perdido!
Vieram ao meu encontro, que fantasia!
me senti pequena, quanta alegria!
Pingolé de enorme nariz colorido,
alguém segura minha mão?
Há tanta gente, que multidão!
Uma alegria contagiante
invade meu palpitante coração,
com este sonho me torno
uma gigante, valente,
em meu rosto um sorriso estonteante
sigo feliz meu caminho,
imagino em meu futuro distante,
estes lindos palhaços
em meus sonhos delirantes!

Nêga Marrenta

Tô saindo com uma nêga, ela é marrenta e brava.
Mora no alto do morro e o barraco dorme sem trava.
Se ela quer ir pro samba, ela mesmo se enfeita.
E vai subindo a ladeira, requebrando: o comentário é geral.
Sabe que essa nêga valente andava na minha cola?
Chamava, queria, ligava e eu nem dava bola.
Hoje ela não entra em fila e nem dá mole à toa.
Mudou de vida, se deu bem no trabalho, a nêga é sensacional!
Ô nêga! Anda mexendo com meu coração.
Quando ela chega, já vai mudando a situação.
Ela me esquenta, ela é marrenta...
E depois do trampo, a nêga não se rende ao cansaço.
Se tem sinistro lá na esquina, ela modera o passo.
Para descolar uma grana, não agulha ninguém.
É livre, inteligente e o seu salário é mil e cem.
Ô nêga! Vai me emprestando um pra eu me virar.
Ô nêga! O bicho pega, vamos se juntar.
E ela nega, ela é marrenta...
Às vezes te odeio por quase um segundo.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que percebi
Como te quero tanto
Escrevi um texto enorme com o título "Paranóia Orkutiana". Na hora de publicar deu erro e o texto sumiu. Mas deu pra sentir que ia ser outra polêmica. Então, talvez, tenha sido melhor assim.
"...uma vida não basta apenas ser vivida, também precisa ser sonhada..."

Mário Quintana

Esse cabra só pode ter sido frequentador do Sana. Assim, até eu...

sábado, 8 de dezembro de 2007

Estudando, estudando... Aí, vez por outra, aquela paradinha pra ver quem está na net, comer um Bis, dar uma olhadinha na TV. Vontade de escrever aqueles textos enormes no bloguinho, respostas indiretas-mais-que-diretas, coisas do tipo. Mas os dias estão ótimos. E as palavras me faltam mesmo. Depois me lembrei que quando eu fico sem saber o que escrever é porque está tudo bem. Então… tudo bem!

gudi bái!
- Escuta aqui! Por que você tapa o nariz enquanto bebe?
- É que o cheiro da pinga me dá água na boca... e eu gosto dela é pura!

Todo mundo é lobo por dentro

Você me disse que eu sou petulante, né?
Acho que sou sim, viu?
Como a água que desce a cachoeira
e não pergunta se pode passar.
Você me disse que o meu olho é duro como faca.
Acho que é sim, viu?
Como é duro o tronco da mangueira
onde você precisa encostar.
Você me disse que eu destruo sempre
a sua mais romântica ilusão
e que destruo sempre com a minha palavra
o que me incomodou.
Acho que é sim.
Como fere e faz barulho o bicho
que se machucou, viu?
Como fere e faz barulho o bicho
que se machucou.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Tanto tempo que o trabalho estava calminho, sem grandes emoções. Mas justamente no dia em que decido ir toda mulherzinha, uns índios inventam de arranjar confusão. Ninguém disponível no setor, não tive como escapar. Tinha tirado o material do carro antes do final de semana. Consegui uma blusa mas sapato não teve jeito. E lá fui eu toda operacional com aquele sapatinho bico fino e de salto. Ai, ninguém merece. Pior foi a caminhada de uns 20 minutos no meio do mato, terreno acidentado, no escuro e eu tentando me equilibrar. Ainda bem que ninguém levou máquina fotográfica porque dessa cena não quero registros. Agora vou voltar a ir toda mulambo e não quero ver ninguém reclamar.
De você sei quase nada. Pra onde vai ou por que veio? Nem mesmo sei qual é a parte da tua estrada no meu caminho. Será um atalho ou um desvio? Um rio raso, um passo em falso, um prato fundo pra toda fome que há no mundo?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Cá estou carente (e doente!)
Manda novamente algum cheirinho de alecrim

Será que foi o camarão?

Madugada. Dor. Muita dor. Hospital. Buscopan na veia. Poucas horas de sono. Trabalho. Mal-estar. Dia que vai ser longo...
Felicidade foi embora e a saudade no meu peito voltou a morar

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!

domingo, 2 de dezembro de 2007

O seu sorriso lindo, indefinido
Suas mãos tão quentes atravessando o meu vestido
Palavras que falávamos simultaneamente
No meu ouvido o seu discurso indecente

DeVerCidade

Lembrando que a noite ontem foi de farrinha boa, de reencontros, de amigos, de exposição de fotografias, de Lula Queiroga e de caipirinha de maracujá.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Contagem regressiva

Sentei em frente ao computador achando que escreveria um livro de tanta coisa que gostaria de estar dizendo agora. Mas as palavras estão esbarrando na minha ansiedade. O dia será ainda mais longo. Exatamente 24 horas. Amanhã, finalmente, a saudade vai partir e eu vou esquecer o tempo.

Tipos a serem evitados em 2008

- jornalistas
- pessoas "com projeto"
- "já está terminado mas sabe como é, né?"

ah, Vapá!

Ontem foi dia de monólogo no MSN

Vamos viver no Nordeste, Anarina. Deixarei aqui meus amigos, meus livros, minhas riquezas, minha vergonha. Deixarás aqui tua filha, tua avó, teu marido, teu amante. Aqui faz muito calor. No Nordeste faz calor também. Mas lá tem brisa. Vamos viver de brisa, Anarina.
Fortaleza/CE - Minha cidade maravilhosa!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Eu quero ficar perto de tudo que acho certo
Até o dia em que eu mudar de opinião
A minha experiência, meu pacto com a ciência
O meu conhecimento é minha distração
Coisas que eu sei
Eu adivinho sem ninguém ter me contado
O meu rádio relógio mostra o tempo errado
Aperte o 'Play'
Eu gosto do meu quarto, do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer na minha confusão
É o meu ponto de vista, não aceito turistas
Meu mundo 'tá' fechado pra visitação
O medo mora perto das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim não vou trocar de roupa
É minha lei
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais, depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro do que eu desenhei
Não guardo mais agendas no meu celular
Coisas que eu sei
As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre quando 'tô' a fim
As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei...

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Censurado e não se fala mais nisso

Para acabar com toda e qualquer polêmica e para não ficar parecendo que estou me divertindo com a curiosidade das pessoas que tanto gosto, resolvi apagar a tal balada do amor inabalável. Mas espero que um dia as pessoas finalmente entendam que, como Clarisse, eu também escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar, de um modo ou de outro...

PS: Estou triste. E abalada. Não por aquelas mas por essas e outras... Inclusive por uma nova multa por velocidade. Outra. Vou andar a pé!

Blog confuso confundindo o povo

Não pensei que os tais escritos fossem gerar tantas polêmicas. Mas está valendo a pena. Muito bom receber assim, inesperadamente, um telefonema e ver que o tempo passa, a vida dá voltas e só os bons sentimentos continuam. Sim, é especial. Sempre foi e não dá para esquecer aquilo que está marcado em minha essência. Não, não foi essa a intenção. Nunca vou querer atingir aquilo que hoje é ternura quase em desperdício. Está em meu sorriso.
Sorte de hoje: Boas notícias chegarão por e-mail.
Opa, o orkut errou! Chegaram por telefone.
Ai, quero contar logo a novidade. Calma, aguenta, aguenta. Você prometeu! Tá bom, tá bom.
Poxa, meu blog está mais popular do que eu imaginava. Eu também ri muito. Ainda bem que as pessoas estão entendendo as entrelinhas.
Em breve, grandes novidades!!!

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Multa

Chegou ontem. Do dia 03 de outubro. Ódio! Será que eu não estava viajando? Hummm... Não! Nesse dia estava na cidade sim. Ah, foi naquele dia em que eu estava bem quietinha, assistindo aula e os diabinhos ficaram me mandando mensagens pra ir para o boteco. Fui e excedi, inclusive, a velocidade!

terça-feira, 27 de novembro de 2007



4 dias agora é muito
o dia agora é longo
as horas não passam...

Inveja mata, mas ser normal também

Eu invejo quem acha que tendo uma pessoa legal do lado não precisa mais de amigos.
Eu invejo quem consegue dormir sem pensar no que tem para fazer no dia seguinte.
Eu invejo quem acorda de manhã, faz tudo igual, volta pra casa e dorme feliz.
Eu invejo quem se satisfaz com o pouco, nunca quer mais.

Porque realmente não consigo ser assim. E a vida deve ser mais simples para elas.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Coração

Músculo involuntário que bate no peito, caixinha de guardar bem-querer, pulmão da alma, tinta do livro da vida, fonte de desilusões, inimigo da razão, baú de memórias, receptáculo de amor, um sorriso. Ops! Um sorriso? Sim, porque sempre que a gente vê ou lembra de alguém ou de alguma coisa que a gente carrega no coração, a gente sorri. É, conceito perfeito!

domingo, 25 de novembro de 2007

Certo dia um velhinho foi a uma de suas consultas periódicas ao médico, só que desta vez um pouco apressado. O médico então lhe perguntou: - Por que a pressa? E ele respondeu: - Todos os dias, neste horário, vou visitar minha esposa que está num asilo. E o médico comentou: - Que bacana! Então vocês matam as saudades, batem papo, namoram um pouquinho!! E o velhinho diz: - Não! Ela não me reconhece mais, por causa de sua doença. O médico surpreso então pergunta: - Mas por que então tanta pressa para vê-la, já que não o reconhece mais? E com um sorriso no rosto, o velhinho responde: - Mas eu a reconheço! Eu sei quem ela é e o que representa na minha vida há tantos anos. Por isso, todos os dias eu a reconquisto, como se cada conquista fosse única e verdadeira. Este é o verdadeiro amor....INCONDICIONAL!!!
PERIGOSO: Tá nervosa por quê?
SEGURO: Será que não estamos exagerando?
SEGURÍSSIMO: Vem, deixa eu te fazer um carinho...
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.
Domingo, dia internacional do ócio, na falta do que fazer, teclo, conforme surgem os pensamentos em minha mente...

sábado, 24 de novembro de 2007

Tanta Saudade

Era tanta saudade, é pra matar
Eu fiquei até doente, eu fiquei até doente menino
Se eu não mato a saudade, é deixa estar
Saudade mata a gente, saudade mata a gente menino
Quis saber o que é o desejo, de onde ele vem
Fui até o centro da Terra e é mais além
Procurei uma saída e amor não tem
Estava ficando louca, louca de querer bem
Quis chegar até o limite de uma paixão
Baldear o oceano com a minha mão
Encontrar o sal da vida e a solidão
Esgotar o apetite, todo o apetite do coracão
Mas voltou a saudade
É pra ficar, aí eu encarei de frente
Aí eu encarei de frente, menino
Se eu ficar na saudade, é deixa estar
Saudade engole a gente, saudade engole a gente menina

Quis saber o que é .... apetite do coracão

Ai amor, miragem minha, minha linha do horizonte
É monte atrás de monte, é monte
A fonte nunca mais que seca, ai saudade ainda sou moça
Aquele poço não tem fundo, é um mundo, dentro um mundo
É dentro um mundo, é o mundo que me leva
que viagem
ficar aqui
parada

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Agenda cheia, blog sofre!

Estou em Brasília e o tempo por aqui tem sido corrido. Além do curso, motivo principal da viagem, muitos compromissos sociais. Muitos amigos pra reencontrar, não estou dando conta de tudo. Vou até ficar devendo um pouco. Espero que as pessoas me perdoem. Tenho dormido pouquíssimo, nem mesmo abri o livro que trouxe pra estudar. Mas é muito bom ser tão bem recebida. Tenho feito boas amizades por onde passo. E essa oportunidade de estar sempre viajando, conhecendo pessoas novas, é o que mais me encanta no meu trabalho. Adoro tudo isso!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Ele diz isso pra todas...

Sorte de hoje no orkut: Você tem múltiplos talentos!

Em BSB

AFIS fora do ar... não tem preço.

sábado, 17 de novembro de 2007

EEE... Eu não vejo a hora de te encontrar. Te ver mais uma vez e saborear. Meia Mussarela, meia Aliche ou calabresa, Romana, Quatro-queijos, Marguerita e Portuguesa. Como é bom te ver, você chegou na hora "h". Adoro pizza com guaranáááá...

Tagarela!

Hoje estou naqueles dias em que a mente não pára, pensa mil coisas ao mesmo tempo, num ritmo frenético, idéias desordenadas. Pensei: vou escrever no blog. Mas escrever o quê? Quis escrever sobre saudade mas não lembrei nenhum poema interessante. Pesquisei alguma coisa mas tudo que encontrei falava de saudade que dói, que faz sofrer. Essa não é a minha saudade. Sei lá, está estranho. Estranho e bom! Esse sentimento de que nada abala. Showzinho remarcado pra estragar o fim de semana, muita coisa conspirando e ainda assim eu aqui, tranquila, confiante. Será que estou "me achando gatinha" demais? Risos! Que sentimento é esse que me traz tanta paz? Experimento uma sensação que até então não conhecia. Ansiedade boa porque correspondida. Um bem de querer bem e só. Dúvida, nenhuma mais.

O que será que me dá

Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

Tentei um feriadão sem grandes emoções para estudar um pouco antes da viagem e da semana de curso e farra em Brasília (muito mais farra que curso, espero!). Mas ficou difícil. Quarta, festinha do trabalho. Aliás, depois vou escrever só em homenagem à minha família Papi, mais que colegas, meus amigos. Muito bom ter conseguido reunir todo mundo novamente depois das mudanças. Tanta saudade que eu estava das nossas farras, das nossas bobeiras. Por mim, voltava todo mundo agora, já. Mas se é para vocês serem mais felizes, tudo bem, eu aceito. Eita! Viram que o texto hoje está bagunçado. Falando coisa com coisa. Ou será nada com nada? Não ligo e vou continuar. As madrugadas foram movimentadas. Muitas mensagens, horas ao telefone, amiga que liga pedindo socorro. Ah, essa é outra história. Quinta tinha acabado de deitar, uma amiga liga muito nervosa, pedindo pra eu ir lá onde ela estava, falando alguma coisa de assalto. Nao entendi nada, cheguei lá e continuei sem entender. Muitos risos! Mas o importante é que ficou tudo bem. Tem dessas coisas! Sexta a faculdade estava vazia mas eu estava lá. Com tantas faltas, não podia deixar de "fazer uma média" com o professor. Ainda assim, não escapei da piadinha ao final da aula:

- Professor, vou viajar próxima semana a trabalho, queria justificar minhas faltas.
- Minha filha, tem certeza que você não quer deixar para o próximo semestre? Melhor, você faz com mais calma.

Hoje, dia de sol e rapel. Ops, mas já perdi a hora. Fiquei aqui de bobeira, escrevendo, nem vi o tempo passar. Amanhã tem também mas é tão cedo. Não sei se a preguiça deixa eu ir. Bom, mas para parar de tagarelices e tentar, enfim, estudar, quero dizer que vivo um momento de encanto pela vida. Precisava falar? Como escreveram uma vez pra mim: "mas, nada não, a vida é boa demais!!!". Sou feliz com meu jeito de falar, com o meu mundo que parece novo todo dia, com a minha cabecinha boa... Tudo sempre se resolve. A gente só sofre para não morrer sem sofrer. Mas, no fim, é findo todo caso.

Malemolência...

Veio até mim.
- Quem deixou me olhar assim? Não pediu minha permissão.
- Não pude evitar, tirou meu ar, fiquei sem chão.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Sorte de hoje no orkut

Seu sorriso singelo será sua salvaguarda garantida

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Um homem também chora

Segunda é dia de aula chata. Sabe o que é você ir na faculdade só para constar presença? Afinal, estou no limite das faltas por causa dessas minhas viagens. Mas acho que hoje o professor estava inspirado. Ele quase não falou sobre a matéria, ficou discutindo política e outros assuntos polêmicos, dando lições de moral. Mas várias vezes ele citou trechos de poemas e músicas que se encaixavam perfeitamente. Fiquei encantada! Tive vontade de anotar todas as citações mas como boa representante dos alunos banda-podrianos, não tinha caneta, muito menos papel. Bom, mas guardei na memória um dos versos que mais me chamou a atenção e quando cheguei em casa pesquisei na internet. Descobri que é um trecho de uma composição de Gonzaguinha, chamada "Um homem também chora (Guerreiro menino)" lançada no LP "Alô alô Brasil" em 1983.

Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura
Guerreiros são pessoas
São fortes, são frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sonho
Que os tornem perfeitos
É triste ver meu homem
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho
E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata
Não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz...

sábado, 10 de novembro de 2007

de Eduardo Alves Costa, Niterói, RJ, 1936

Tu sabes,
Conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

(Excerto do Poema publicado no livro "Os Cem Melhores Poetas Brasileiros do Século", organizado por José Nêumanne Pinto, pág. 218.)

Hoje foi dia de balanço na velha redinha, computador no colo, trabalhinho de direito do consumidor. Dia de bate papo com os amigos que moram longe e de furar a praia com os que moram perto. Dia de beijocas de bolota e palito. Dia de promoção da Tam para aproximar os corações confusos. Dia tranquilo. Dia de paz...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Desnudada por Clarice...

"Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa, ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar."

"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque, no momento em que tento falar, não só não exprimo o que sinto, como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."


(Clarice Lispector)

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade

Fim das férias perfeitas. Dias vividos tão intensamente que ainda não consigo acreditar que tudo aconteceu em apenas 20 dias. Fiz tantas coisas diferentes, conheci tanta gente e lugares novos. E hoje quero escrever em homenagem a todos esses dias maravilhosos. Quero brindar à amizade, aos grandes encontros, aos grandes e avassaladores sentimentos que nos arrancam da tristeza e nos joga para a vida, com todos os riscos inerentes de um esporte radical. Porque viver é um esporte radical, é adrenalina pura. Vejo que tudo na vida depende de química: as amizades, os amores, as paixões... Em tudo tem que haver afinidade. Sem isso nada vai para frente. E o melhor foi descobrir isso e sentir-me tão bem em um mundo, aparentemente, tão diferente do meu. Hoje estou feliz mesmo tendo voltado a velha vidinha. Afinal, somos frutos de tudo o que vivemos. E hoje posso dizer que realmente "tenho vivido". Como comentou uma amiga em meu orkut certa vez, "estou descobrindo o mundo". Brindo aos grandes encontros que a vida nos proporciona, aos momentos inesquecíveis de amizade e carinhos explícitos. Porque é isso que nos faz seguir sempre em frente. Os dias no Chile foram maravilhosos também mas estas linhas são especialmente dedicados à outra etapa das férias. Rio, obrigada por tudo! Brinde daí que eu vou brindando daqui à esses momentos que a vida nos proporciona. Se eu pudesse, com certeza, ainda estaria aí, curtindo o Sana, as cachoeiras, os bolinhos de aipim... Mas, mais do que nunca, curtindo tudo o que os bons sentimentos podem nos proporcionar. Em breve estarei por essas bandas novamente. Contarei os dias e as horas. E quando chegar, serei exigente: quero todas as aventuras que ficaram pendentes e comemorar novamente, em grande estilo, meus girassóis, as amizades e a vida. Porque "tolice é viver a vida assim sem aventura". Deixo aqui os versos mais que perfeitos de Fernando Pessoa.

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Só de Sacanagem by Elisa Lucinda

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, que reservo duramente para educar os meninos mais pobres que eu, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e dos justos que os precederam:
"Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha"," Esse apontador não é seu, minha filhinha".
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste:
esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear:
mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem!
Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba".
E eu vou dizer: Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez.
Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês.
Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal".
Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? IMORTAL!
Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dá para mudar o final!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Sou vento, ventania, sou livre. Livre para voar!

Hoje realizei um grande sonho. Fiz meu primeiro vôo de parapente. Voar é uma emoção que com certeza não podia deixar de viver. Inesquecível a sensação de sobrevoar o Rio de Janeiro, curtindo o visual de ângulos jamais imaginados. Um misto de adrenalina e muita liberdade. Apenas o primeiro de muitos vôos. Quero repetir esse momento mágico ainda muitas vezes. Voar é descobrir porque os passáros cantam, perceber a imensidão do planeta. Um reencontro com a inocência de criança que ainda habita em mim. Voar: curiosidade, medo, sonho, conquista, superação, realização. Minha fonte de coragem: vontade de viver a vida intensamente. Do momento da decolagem ao pouso, tão somente e simplesmente, vôo livre. O dia escolhido não podia ter sido melhor. Céu limpo, um sol maravilhoso e o horizonte... Ele estava logo ali. Decolei da Pedra Bonita e pousei na Praia do Pepino em São Conrado. Após algumas explicações na rampa sobre os procedimentos de decolagem, uma rápida corrida para inflar o parapente e, a partir disto, o vôo planado.




Como disse Leonardo Da Vinci, em sua busca por ganhar os ares, "quando você tiver provado a sensação de voar, andará na terra com os olhos voltados para o céu, onde esteve e para onde desejará voltar."

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Agora o que vamos fazer? Eu também não sei. Afinal... Estou aprendendo também.

Quando criei esse blog, a idéia é que ele falasse sobre os dias bons, os dias ruins e todos os outros. Mas tenho percebido que escrever sobre a tristeza vai tão fundo na alma que se tornou recurso recorrente das palavras fáceis. Minha inspiração é quase sempre aquela que leva a um verso triste. Por isso tem sido tão difícil escrever ultimamente. Meu espírito está livre, meu coração radiante... Minha vontade tem sido meu guia, meus sonhos minha bússula, os amigos meu ancoradouro. Algumas pessoas passam a vida toda correndo insanamente atrás da felicidade, enquanto outros a criam. Nos últimos dias, a felicidade está em mim. Minha natureza é assim: sorrir, caminhar, sonhar, viver... Tem sido assim cada dia mais. Mas meu silêncio é um silêncio que fala. Quantas coisas têm sido ditas na quietude. Sei que os ouvidos especiais me entendem e voam comigo. Quantas palavras bate o coração? Há palavras no coração. Também letras e sons. Nem sempre silêncio é falta. Se observamos a natureza a nossa volta, muita coisa está em silêncio profundo e imutável. Mas fala! Fala do amor, fala da vida... O silêncio é musica no momento certo.

Tantra Totem

Recebi um texto bem legal de uma amiga hoje. É do Dalai Lama. Na verdade ela me mandou naqueles mails-corrente que você deve enviar para não sei quantas pessoas pra que seu desejo se realize. Não gosto de correntes e nunca repasso. Mas esse texto achei muito interessante e resolvi compartilhar. Alguns pontos achei a minha cara. Coisas que já adotava como lema mesmo sem conhecer o tantra. Outros vou tentar seguir daqui pra frente. Mas a dos palavrões está fo... ops! difícil.

Dê mais às pessoas do que elas esperam e o faça com alegria.
Decore o seu poema favorito.
Não acredite em tudo que você ouve, gaste tudo que você tem e durma tanto quanto você queira.
Quando disser “eu te amo”, seja verdadeiro.
Quando disser “sinto muito”, olhe para a pessoa nos olhos.
Fique noivo pelo menos seis meses antes de casar.
Acredite em amor a primeira vista.
Nunca ria dos sonhos de outras pessoas.
Ame profundamente e com paixão. Você pode se machucar, mas é a única forma de viver a vida completamente.
Em desentendimentos, brigue de forma justa.
Não use palavrões.
Não julgue pessoas pelos seus parentes.
Fale devagar, mas pense com rapidez.
Quando alguém perguntar algo que você não quer responder, sorria e pergunte: “Porque você quer saber?”
Lembre-se de que grandes amores e grandes conquistas envolvem riscos.
Ligue para sua mãe.
Diga “saúde” quando alguém espirrar.
Quando você se der conta que cometeu um erro, tome as atitudes necessárias.
Quando você perder, não perca a lição.
Lembre-se dos três Rs: respeito a si próprio, respeito pelo próximo, responsabilidade pelas suas ações.
Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.
Sorria ao atender ao telefone. A pessoa que estiver ligando ouvirá isso em sua voz.
Case com alguém que você gosta de conversar. Ao envelhecerem, suas aptidões de conversação serão tão importantes quanto qualquer outra.
Passe mais tempo sozinho.
Abra seus braços para mudanças, mas não abra mão de seus valores.
Lembre-se de que o silêncio é, às vezes, a melhor resposta.
Leia mais livros e assista menos TV.
Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e olhar pra trás poderá aproveitá-la mais uma vez.
Confie em Deus, mas tranque seu carro.
Uma atmosfera de amor em sua casa é muito importante.
Faça tudo o que puder para criar um lar tranqüilo e com muita harmonia.
Em desentendimentos com entes queridos, enfoque a situação atual. Não fale do passado.
Leia o que está nas entrelinhas.
Reparta o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade.
Seja gentil com o planeta.
Reze. Há um poder imensurável nisso.
Nunca interrompa quando estiver sendo elogiado.
Cuide da sua própria vida.
Não confie em ninguém que não feche os olhos quando beija.
Uma vez por ano, vá a algum lugar que nunca esteve antes.
Se você ganhar muito dinheiro, coloque-o a serviço de ajudar os outros enquanto você for vivo. Esta é a melhor satisfação da riqueza.
Lembre-se de que não conseguir algo que você deseja, às vezes, é um golpe de sorte.
Aprenda as regras e quebre algumas.
Lembre-se de que o melhor relacionamento é aquele onde o amor de um pelo outro é maior do que a necessidade de um pelo outro.
Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para consegui-lo.
Lembre-se de que seu caráter é seu destino.
Usufrua o amor e a culinária com abandono total.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Sorte de hoje no Orkut

Você é muito expressivo e otimista nas palavras, nas atitudes e nos sentimentos.

Bom, pelo menos estou tentando. Afinal, descobri que sou eu o compositor da música da minha vida, o escultor da obra que enfeitará ou empobrecerá o meu destino. Eu sou o escritor dessa peça, que as vezes é puro drama, e por vezes, comédia que me faz rir sem querer.
Se eu soubesse que chorando
Empato a tua viagem
Meus olhos eram dois rios
Que não te davam passagem

(Marchinha "Acorda, Maria Bonita" de Antônio dos Santos)

Destino?

O meu é logo ali, entre a ilha Felicidade e o território da Vitória. Vou passando com meu barco chamado Perseverança, cruzando o Cabo do Amor, rasgando as dificuldades do vento contrário. Afinal de contas, hoje sou eu quem dirige o leme, quem decide a rota. E decidi apontar para o infinito...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Quando a chuva passar, quando o tempo abrir... abra a janela e veja: eu sou o sol!

Sem muita inspiração para escrever nesta quarta-feira de muita chuva na cidade maravilhosa. Com esse temporal, nem tão maravilhosa assim. No noticiário local, muitas imagens de congestionamento e deslizamento de terra no túnel Rebouças. Muitos amigos do Rio on-line no MSN. Não foram trabalhar por causa da chuva. Eu, com uma preguiça enorme. Vontade de ficar o dia inteiro deitada, assistindo filme, organizando as fotos da viagem, navegando na internet. Desfazer as malas? Nem pensar! Bom, mas quando será que o sol vai voltar? Saudade de um mar de águas menos geladas que as do Pacífico. E preciso de céu claro e tempo bom pra saltar de parapente. Com a ida a São Januário para assistir jogo do Vasco cancelada pelo mal tempo, deixo um poema bonitinho que encontrei no blog Fala Poética de Nel Meirelles:

sebastião

a chuva
crava flechas
no peito
do meu padroeiro
(tião
do rio de janeiro)

domingo, 21 de outubro de 2007

Pido silencio

Amigos, eso es cuanto quiero.
Es casi nada y casi todo.
Sucede que soy y que sigo.

Que perdoe-me Pablo Neruda (1904-1973) pela adaptação.

Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente

sábado, 20 de outubro de 2007

Dicen que todas las respuestas están en el cielo

Muito tempo que não escrevia aqui. Muita coisa mudou desde a última vez. Aquela nuvem de pessimismo e desânimo desapareceu logo no segundo dia em Santiago. Fiz muitos passeios legais, conheci muita gente interessante. A cidade é linda, encantadora. É impressionante a imponência da Cordilheira do Andes acompanhando toda a cidade. Mais fantástico ainda foi ir hoje lá em cima. Aquelas montanhas, os vales, o rio... Ah, a neve. Que maravilha! A Cordilheira é indescritível. Ali nos damos conta de como somos pequenos frente a tamanha exuberância da natureza. Ficamos minúsculos diante das montanhas. Isto nos faz pensar muito na vida, na família, nos amigos. Fiz outros passeios também maravilhosos, lugares lindos como Viña del Mar, Val Paraíso, os vinhedos. Mas o Valle Nevado ficará marcado desde o caminho para se chegar lá. Uma subida maravilhosa, como nunca vi igual.



Ese vagar sin rumbo por nuestra mayúscula América me ha cambiado más de lo que creí. Yo ya no soy yo. Por lo menos no soy el mismo yo interior. (Ernesto Guevara de la Serna - 1952)

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Um destino incerto que apavora

Ficar ou "nem"? Dúvidas, muitas dúvidas. Estou me descobrindo não tão segura e determinada como imaginei. Conhecer é a palavra-chave dessa questão. Aqui ou lá, a verdade é que não estou confortável com os novos sentimentos que se mostram neste momento. O novo traz em si as mil possibilidades de se rasgar o script esperado e de poder ser diferente. Estou procurando acreditar que mesmo acompanhada do medo, a vida (longe dos roteiros pré-estabelecidos) admite atalhos e percursos diversificados de belezas ainda ignoradas. Mas como é difícil...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O meu destino será como Deus quiser...

Concluída a primeira etapa dessa viagem. Dias maravilhosos com pessoas maravilhosas na cidade maravilhosa. Velhos amigos, novos caminhos tortos. Novas aventuras, muitas risadas gostosas. Valeu a pena! O que me espera daqui pra frente, não sei. Mas agora é hora de partir. Como disse Alberto Granada, "hay que tener en cuenta que para un viaje de ese tipo tenés que romper. O si no, no irte." Infelizmente, metade de meu espírito aventureiro não mais poderá ir. Estou triste por não estar em Fortaleza nesse momento. Mas meu coração está aí com você, amiga. Lembre-se que só a fé nos ajudará a manter viva a chama da esperança quando tudo parece escuro em nossa vida. Queria muito conseguir colocar nessas linhas as palavras mais fortes e lindas que pudessem, aqui de longe, ser um pouco de conforto nessa hora tão difícil. Sei que sempre devemos estar preparados para a morte, mas quando ela se apresenta, o assunto é diferente, as palavras não conseguem expressar o que se passa no coração, as imagens ficam nubladas e as lágrimas se apossam do rosto. Goethe, em situação como essa, saberia dizer o indizível para consolar todos os que o amaram: “… e Deus, ao contar os anjos, viu que faltava um… e o chamou.” Disse também que “a vida é a infância da imortalidade“. Lembrei, como que de um estalo, o poema de W.H.Auden – Funeral Blues. O poeta fala a propósito de um amigo muito amado e brevemente desaparecido.

“Parem todos os relógios. Desconectem o telefone. Impeçam o cão de latir com um suculento osso! Calem os pianos, e, ao som de tambores rufando, tragam o caixão. Que venha o cortejo. Deixem os aviões voarem no céu, escrevendo a mensagem “Ele está morto”. Ponham laços de crepom no pescoço das pombas. Que os guardas de trânsito usem luvas pretas de algodão. Ele era meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste, a minha semana de trabalho e o meu domingo, meu meio-dia, minha meia-noite, minha fala e minha canção. Achava que o amor ia durar para sempre. Eu me enganei. As estrelas não são necessárias agora. Desliguem todas. Embrulhem a lua e desmanchem o sol. Esvaziem o oceano e limpem a mata, pois nada mais vale a pena.”

Bom, é isso. Ou não é nada disso. Ou será "nem"? Mas agora estou indo. E que Deus me acompanhe.

domingo, 14 de outubro de 2007

100 anos do frevo, é de perder o sapato. Recife mandou me chamar...

Mandou me chamar, eu vou
Pra Recife festejar
Alegria no olhar , eu vejo
É frevo, é frevo, é frevo

(Samba-enredo 2008 da Mangueira, escolhido ontem na quadra da escola, que estava absurdamente lotada)

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier

Contagem regressiva para a tão esperada mas improvisada viagem. Acabei de arrumar as malas agora. Ainda não será dessa vez que partirei apenas com uma mochila nas costas. Sou uma vergonha para a comunidade mochileira. Mas melhorei muito desde a Argentina. Agora só precisei de mais uma mala pequena. Ontem fiz muitas coisas, acertei os últimos detalhes, comprei as últimas coisas que precisava. Hoje foi só arrumação da mochila e cabeleireiro. Estou muito ansiosa. Ah, a vida me reserva tantas aventuras nos próximos dias... Antes de Santiago, uma parada no Rio, meu vício. Como não ser apaixonada por aquela cidade maravilhosa que tão bem me acolheu e da qual eu sinto que farei parte para sempre. Quem sabe um dia não vou morar lá de vez. Bom, mas nem comecei ainda essa jornada e conversando com RafaBary, eis que surge o convite para nos aventurarmos pela Austrália no final do ano que vem. Ai, ai... lógico que eu já estou me sentindo lá. Sinto que me tornei uma "aventureira". Encanta-me a idéia de partir pelo mundo em busca de conhecer lugares, pessoas e culturas diferentes, aprender línguas e entender como outros seres humanos pensam e aplicam aquilo que pensam em suas realidades. Muito bom conhecer também pessoas com o mesmo pensamento, com o mesmo gosto pela aventura. Não sei como serão meus dias por isso não estranhem a minha ausência, ou melhor, a falta dos meus posts. Prometo que quando puder darei pelo menos um "alô". De qualquer maneira, vai ser uma experiência no mínimo diferente. Independente da impressão que vou ficar dos lugares por onde vou passar, uma coisa eu sei: vai ser inesquecível, quer seja pelos bons ou maus momentos.

O Trágico Dilema

Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.

(Mário Quintana)


quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Et quid nunc, Ioseph?

  Am                         Dm
Você ficou sem jeito e encabulada
Am
Ficou parada sem saber de nada
Am/G E7
Quando eu falei que gosto de você

Am B7 Em
Você olhou pra mim e decididamente
B7
Você falou tão delicadamente
E7
Que eu não devia gostar de você

A7 Dm
Mas a vida é essa e apesar de tudo
B7 E7
Gosto de você e que se dane o mundo
A7 Dm
Quem sabe se nessas voltas que essa vida dá
Am E7 Am
Você pode mudar de idéia e me procurar
G7
Vou esperar

C E7/B Am
Eu vou ficar aqui
Gm7 C7 F
Até madrugada voltar
G C
E trazer você pra mim

(Além de tudo - Benito di Paula)

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Balada para amores impossíveis

Conheço seus sentimentos
Sempre entendi seus motivos
E sobrevivo à distância
que te afasta, assim, de mim.
Mas sei que vivo em seus sonhos
Que moro em seus pensamentos
Povoando os seus silêncios
E as curvas do seu sorrir

E eu sei que você percebe
O porquê do descompasso
Em todas as nossas músicas
Em todos os nossos passos...
Raras noites
Poucos dias
Tanta estrada
Muita ausência
E sempre um mar de saudade
E sempre a mesma sentença:
“Agora não. Só mais tarde...”
(Frase que é vil veneno
Um tipo de porto e cais
Em que os amantes se acenam
E onde soluçam seus ais).

E esse vazio em seu peito
E as minhas tristes poesias
Se encontram de vez em quando
Numa mesma sintonia
No sonho
Na tempestade
Nas quatro fases da lua
No vento que envolve a noite
Na esquina de toda a rua...
No universo paralelo!
Na curva de cada hora
Na duração desse inverno
No entardecer e na aurora...

E o sol podia brilhar
E a estrela nunca cair
E a maldição desse agosto
Deixar, assim, de existir...

Mas esse amor sem fronteiras
Gigante continental
Ocidente e oriente
Stonehenge ancestral
Nasceu com força de chão,
calor e intensa poeira
vulcão prestes a jorrar...
Força bruta, correnteza.
Eco de desfiladeiro
Labirinto de incerteza
Alegria e Carnaval
E a cinza da quarta-feira...

E enquanto o Tempo se mostra
Senhor do nosso querer
Deus de todas as vontades
Um sonho do vir a ser
Você vai virando a página
Do livro da juventude
E eu vou compondo linhas
Desses versos, amiúde
Sina de todo poeta
Destino
Fado
Refrão...
Balada
Estrofe
Cantiga
Reza
Grito
Oração
Filosofia
Poesia
Doutrina
Religião
Fé cega
Que só obedece
Ao Deus boêmio e divino
que atende por Coração.


(Goimar Dantas)

Homenagem ao passado...

Hoje é de nostalgia e de paixões do passado que me apetece falar. Sou levada a crer que as grandes paixões das nossas vidas não são amores que ficam. Que permanecem, que crescem. Elas aparecem para nos mudar, para nos fazer perder o norte e ganhar rumo, outros rumos. Depois do adeus - que é um adeus contrariado, afogado em lágrimas - descobri uma certa paz e uma segurança que não sabia que existia. A verdade é que consegui aceitar. Aceitar a perda, a partida, o fim do sonho, da vida que vivi por antecipação ao lado do "meu amor". Sim, "meu amor" - só entre aspas mas nunca ex-amor. Este amor nunca será ex. Isso implicaria que ele já tivesse passado, que fosse substituível e perecível. O grande amor nunca desaparece. É sempre ele, para sempre, nunca volátil. Só nos despedimos do sonho, nunca do homem, nunca do amor. A grande diferença é que quando se aceita o final de um sonho - quando não há alternativas e divergimos do caminho que o destino apontou - aprendemos a amar sem apego, sem a exigência de troca. É ternura quase em desperdício, sempre a recordar a vertigem de um amor intenso, vivido, mas que a vida nos obrigou a desleixar. O amor maior (e geralmente primeiro), aquele que nos muda e faz crescer, é o que nos dá legitimidade para termos o nosso pequeno segredo. Podemos amar outras pessoas, sermos mais felizes do que alguma vez pensamos ser depois de ter dito adeus... Mas temos sempre a permissão dos deuses do amor para consultar, às escondidas de nós próprios e da vida que escolhemos, aquele pedaço de memórias e de vida que ficou por acontecer... ou que foi apenas o que tinha de ser. O grande amor é inevitavelmente revivido, de preferência sem consequências, sem mágoas nem traições. Só com uma lágrima pequenina que às vezes escorrega para o canto da boca que, agora, já consegue esboçar um sorriso.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Charles Chaplin

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Hoje sei que isso é... Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é... Saber viver!!!

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Vinícius de Moraes

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Mail de Manu (pra ficar mais claro...)

Marcelo,
Vc não tem noção de como foi aquilo lá. Sempre acho o show dos meninos maravilhoso, mas esse teve um sabor muito especial. O show foi sensacional, melhor do que todos que eu já fui no Circo. A casa simplesmente lotada. Mais uma vez ficamos no gargarejo, de área VIP claro...kkkkk...A Dani não deixava ninguém nem passar na frente dela que ela dizia: "Não, aqui não, vim do Rio só pra vê esse show e ninguém vai ficar na minha frente", cheia de marra, precisava vê...kkkkkkkk... Ninguém acreditava quando a gente dizia que tinha ido pra Fortaleza "só" por causa deles...rs!
Valeu cada centavo gasto. Sou cada vez mais fã deles, por tudo. 1º por esse trabalho maravilhoso e contagiante que eles fazem (quando crescer quero ser assim...rs!). O tratamento que eles deram a gente foi sem igual. O Dentinho ainda deu um esporro na Dani porque a gente tinha pago ingresso...kkkkkk...
Ontem ainda nos divertimos à beça. Fomos a praia com uma parte da galera e só nos rendemos às 22hs. Fabão, Macapá e Dentinho ainda ficaram lá curtindo Fortaleza.
Hoje, eu e Dani chegamos aqui no Rio às 6:20 da "madrugada" igual pinto no lixo. Viemos rindo de lá até aqui e a maluca da Dani às 3h da manhã ainda tinha gás pra estudar o passo dentro do avião (essa cena eu registrei) e o comissário sem entender o que significava aquilo.
As fotos, a Dani vai te enviar da máquina dela.
Mais tarde teremos várias histórias pra te contar. Só basta saber que de sexta até agora dormimos não mais que 4 horas por dia. E já estamos pensando qual será a próxima aventura de Manu e Dani em prol do Monobloco. Talvez Nova Zelândia...kkkkkkkk...quem me dera! Mas Recife tá de pé viu?E se precisar de ajuda aí na organização pode contar com a gente.
Estamos pensando seriamente em fundar o primeiro fã clube do Monobloco.
Até mais tarde, que nem Deus sabe como eu vou fazer aquela prova do passo hoje.
Ranna, MUITO OBRIGADA por ter nos recebido e desculpa qualquer coisa viu?Esperamos você por aqui daqui a pouco. E nem precisa falar que a casa tá aberta pra quando você vier.
Dani, viu que sua amiga aqui de vez em quando tem idéias brilhantes?kkkkkkkkkk...quando será a nossa aventura?
Bj,
Manu Rios

Uh, uh, uh... que beleza!

As amigas chegaram 4 e meia da manhã. Soninho rápido para recuperar um pouco as energias e 11 horas já estávamos na praia. Caranguejo, água de côco, cervejinha pra elas porque eu não bebo mais. Antes da peixada com sambinha e gente bonita do Colher de Pau, uma passada rápida na Oficina pra falar com os meninos do Monobloco. Mas apenas Celso, Sidon, CA e meu mestre querido, Mário Moura, estavam lá. O resto ficou no hotel. Muito bom revê-los. Foi muito engraçado ver a cara de surpresa deles ao ver Manu e Dani. As malucas não tinham avisado nada. Mais 2 horinhas de sono e partimos para o Mucuripe. O melhor show dos caras que já fui. Principalmente porque para nós a balada foi totalmente vip. Fila do gargarejo sempre. Depois do show, confraternização no camarim. Conheci o resto da galera que não conhecia muito e também os meninos da técnica. Todos maravilhosos e muito divertidos. Lá, a festa foi tanta que as meninas nem quiseram conhecer as boates. 5 e meia da manhã, era melhor ir para casa dormir um pouco para aguentar o dia seguinte que estava prometendo. Acordei com o telefonema de Macapá avisando que estavam indo para praia. Fomos encontrá-los. July apareceu por lá também. Horas maravilhosas e de boas risadas mas os meninos tinham que voltar pro Rio. Quer dizer, alguns não resistiram e decidiram ficar mais um dia. Ah, que bom! Minha terrinha é mesmo maravilhosa e conquista todo mundo. Final de tarde e fomos para o Colher de Pau novamente. E eu nem sabia que no domingo também era bom daquele jeito. Conhecemos mais umas pessoas de Recife que nem sei de onde apareceram. Gente boa. Nossa mesa estava enorme. Os meninos cantaram e tocaram um pouco com a banda de lá. Aliás, banda "Ventilador no 3". Putz! Desculpem aí, mas esse nome é muito tosco. Saímos já tarde de lá. Combinamos de sair mais tarde mas fomos comer no Mc Donalds, aí demorou demais e quando chegamos em casa as meninas não quiseram mais sair pois o vôo delas estava marcado para 2 e pouco da manhã. Nem sei se os meninos saíram também pois o estado deles não estava nada bom. Apenas um cochilo e hora da despedida. Final de semana quase perfeito. O quase é porque eu, como sempre muito lesada, deixei o vidro do carro aberto quando estacionei na praia ontem. Quando voltei, não senti falta de nada e até dei um trocado para o flanelinha. Mas hoje de manhã vi que estavam faltando meus dois óculos escuros novinhos. Ai, ai... Isso mesmo, pra aprender. Mas o resto foi muito bom. Falei agora com eles e estão no Cumbuco. Infelizmente, tive que trabalhar. Vou ver se consigo vê-los mais tarde para me despedir. Amigos batuqueiros em Fortaleza não tem preço. Também impagáveis são as novas amizades que surgiram.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Breve pausa... Overdose de Monobloco!

Hoje o dia foi de muito trabalho. Cheguei agora de uma viagem que tive que fazer de última hora para Sobral. Estou muito cansada mas não terei muito tempo para recuperar. O final de semana promete ser pesado. Galera do Monobloco chegando amanhã de manhã e duas amigas cariocas e batuqueiras da Oficina do Monobloco ficarão hospedadas aqui em casa. Vou buscá-las daqui a pouco no aeroporto. Como boa anfitriã, ficarei por conta delas até domingo à noite, apresentando a minha cidade maravilhosa. Acho que não terei muito tempo para escrever no blog, infelizmente. Sentirei saudades mas é por uma boa causa. Estou louca pra rever meus amigos batuqueiros. Abaixo, uma foto das batuqueiras malucas, Manu e Dani. Essa foto foi na minha despedida do Rio no começo de agosto.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Sete Chaves by Ana Cristina César

Vamos tomar chá das cinco e eu te conto minha
grande história passional, que guardei a sete chaves,
e meu coração bate incompassado entre gaufrettes.
Conta mais essa história, me aconselhas como um
marechal do ar fazendo alegoria. Estou tocada pelo
fogo. Mais um roman à clé?
Eu nem respondo. Não sou dama nem mulher
moderna.
Nem te conheço.
Então:
É daqui que eu tiro versos, desta festa – com
arbítrio silencioso e origem que não confesso –
como quem apaga seus pecados de seda, seus três
monumentos pátrios, e passa o ponto e as luvas

(Sugestão de Joice, minha leitora mais assídua, que conseguiu ler as entrelinhas)

Victor Hugo, Os Miseráveis

"O crescimento intelectual e moral não é menos indispensável que a melhora material. Saber é um viático; pensar é a primeira necessidade; a verdade é tão alimentar como o fermento. Uma razão jejuna de ciência e de sabedoria fenece. Lastimamos, como se fossem estômagos os espíritos que não comem. Se existe alguma coisa mais pungente que um corpo agonizante pela falta de pão, é uma alma que morre de fome de luz."

Essa foi a sugestão que recebi de Anjo depois do texto aí embaixo. Odeio quando ele fica me dando lições de moral. E tinha já pensado numa resposta bem atrevida pra ele mas surgiram fatos novos e resolvi deixar pra lá. Falaria pessoalmente se a distância não fosse tão grande. Melhor esquecer. O texto é ótimo. A raiva foi do contexto e de outras coisinhas mais.

Minha inspiração fugiu de casa e não deixou nem um bilhetinho

Culpa dessa ressaca maldita. Hoje não a moral, mas aquela que já me fez beber litros d'água e trabalhar de óculos escuros. Podem criticar "em plena quinta-feira". Fazer o quê? Estava quietinha ontem, assitindo aula, boa menina, aí chega a mensagem: "estamos no bar, vem pra cá". Mais ou menos isso porque agora está difícil lembrar. E eu, que sou muito difícil de convencer, peguei uma "promoção 2 em 1" e fui. A idéia era só dar uma passadinha rápida para prestigiar os amigos. Pois é, cheguei em casa às 3 da manhã. Isso porque o bar fechou. Na verdade ele fechou com a gente dentro, mas depois de um tempo ficamos com pena do garçom e fomos embora. O fato é que eu gostaria de atualizar o blog todos os dias, escrever todos os dias, nem que fosse só algumas linhas. Afinal, blog bom é blog atualizado. Sei que muitos estão prestigiando meus escritos e se eu começar a faltar, começarão a perder o hábito de me visitar por aqui. Principalmente porque vou viajar e certamente ficarei um bom tempo sem escrever. Bom, mas hoje estou chata, confesso. É um tormento ser simpática quando se está de ressaca. E o blog também paga. Tentei até garimpar algumas preciosidades na internet que me ajudassem a dar inspiração para o sublime exercício da blogagem, mas hoje realmente está difícil. Procurei uma música que descrevesse como me sinto neste momento mas até a paciência está em falta hoje. Desisti. Aceito sugestões dos amigos. A coisa está tão feia que não sei nem como terminar o texto. Vou dizer simplesmente tchau!

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O Grande Ditador

Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos! (Charles Chaplin)

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Vamos beber porque amar tá difícil...

Tem o menino que ama a menina que ama o amigo do menino que ama outra menina que mora bem longe. Tem o menino que ama a menina que também ama o menino mas o menino tem outra menina. Tem o menino que ama a menina desde o colégio mas a menina só o ama como irmão. Tem o menino que a menina ama mas o menino mora muito longe. Tem o menino que ama a menina mas tem medo dela então finge que ama outra menina. Tem o menino que ama a menina mas a menina não quer casar. Tem o menino que vai amar a menina que também vai amar o menino mas só quando se aposentar. Tem o menino que ama a menina e é amado por ela mas só de vez em quando. Tem o menino que ama a menina mas os dois são amigos demais. Tem o menino que ama a menina e todas as outras meninas também. Tem muitos outros meninos e tem muitas outras meninas mas o importante é que tem muito mais amor.

“Tô te explicando pra te confundir, tô te confundindo pra te esclarecer"

E minha dúvida persiste...
William Denby Hanna (Melrose, 10/071910 - 22/03/2001) foi um cartunista e animador estadunidense. Alguns dos mais divertidos personagens que povoaram a infância de várias gerações, como Tom & Jerry, Os Flinstones, Zé Colméia, e Scooby-Doo, nasceram, dos traços e da imaginação de William Hanna, que formou com Joseph Barbera (Nova Iorque, 24/03/1911 - 18/12/2006) uma das empresas pioneiras do mundo da animação (Hanna-Barbera). Entre seus desenhos de maior sucesso, incluem-se ainda Os Jetsons, A turma do Manda-Chuva, Dom Pixote, Ricochete e Blau-Blau e Pepe Legal.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Tenho que tirar uma fatia do silêncio que aqui se instaurou...

Como boa capricorniana, sou um pouco "fechada", calada. Quem me conhece sabe que costumo resolver meus problemas sozinha, quase nunca desabafando com ninguém, nem mesmo com o amigo mais próximo. E esse blog tem me ajudado a aperfeiçoar o melhor dos signos. Uma forma de falar o que tenho vontade com a vantagem de que as páginas do blog não coram, nem ficam com os olhos marejados. Fui sempre uma pessoa de reflexo palavrório involuntário e dramático. Sou do tipo que não gosta de perder a piada. Mas prefiro manter o amigo, pode ter certeza. Acho que boas frases e verdades francas acontecem aos montes, mas um bom amigo... melhor cuidá-los bem. Sei que muitos estão me lendo por aqui. E tenho recebido manifestações de estímulo. Mas não fui totalmente compreendida por alguns. Procuro deixar aqui pequenos trechos das coisas e sensações que eu realmente sinto. Gostaria que todos pudessem ler minhas palavras com bons olhos. Não estou tentando ser poética. Também não quero usar esse espaço para respostas indiretas. Acho que tenho sido até direta demais. Recebam minhas palavras como homenagens. Não estariam aqui se não fossem especiais. Sim, eu sinto muito o que falo. E na falta de outro meio "digno" de falar, escrevo aqui, pois também morro toda vez que calo. Só pretendo ser o que sou e falar o que consigo. Pode ser que um dia me fascine por um outro passatempo, ou simplesmente não queira mais falar nada, e abandone este blog. Sou assim. Abandono livros e pessoas complicadas, para logo depois, em meio a uma solidão intensa, procurá-los no meio da noite. Procuro-os quase nunca pelo telefone, quase sempre apenas puxando fios na memória enevoada.
Quadro Hannah (1995) do pintor norte-americano Allan R. Banks, nascido em 1948. (Presente de Igor)

Silêncio...

Muitas vezes me calo, aprisionando as palavras, pra te proteger de mim.

Eu já nem lembro "pronde" mesmo que eu vou mas vou até o fim

Chico, o Buarque

domingo, 30 de setembro de 2007

Dia internacional da preguiça

Porque hoje é domingo, dia de curar a ressaca, de familia reunida. Hoje o sol saiu, o céu está bem azul, dia lindo e tudo conspirou a favor da praia. Menos minha enorme preguiça. Vou ficando por aqui, balançando na redinha da varanda, dedicando-me a mim e aos meus pequenos e preciosos prazeres. É sempre assim. Sou uma menina de ciclos, mulher de fases! Hoje só quero sorriso de criança, muita água, meu livro, música, filminho em DVD, muito sono e boas palavras. Ah! Pão de queijo da Maminha. E em homenagem ao ótimo espetáculo de ontem, uma música da Ana Carolina que eu adoro (a música e a Ana) com o mesmo título, Notícias Populares.

Tudo se acaba.
Olha o noticiário!
Água se acaba.
Se acaba a prece do vigário.
E eu quero ser a mendiga suja e descabelada
Dormindo na vertical
E entender como a vida de alguém
Se acaba antes do final.
Prefiro Lou Reed do Velvet Underground.
Gosto de Silvia Plath, S.Eliot, Emily Dickinson,
Lucinda, Délia, Manoel de Barros ficam eternos por mim.
Esqueço a crise da Argentina
Quebrando o pau com a menina no sinal
Em castelhano, ê
Eu furo os planos, ê
Eu furo o dedo, mando vê
Examinando, lanho o braço
Aperto o passo, não sou louca!
É...
Tomei um tiro no vidro do meu carro
É a pobreza tirando o seu sarro
Foi meu dinheiro, foi meu livro caro
Que façam bom proveito
Da grana que roubaram
Porque eu trabalho
E outro dinheiro eu vou ganhar!
Tomei um táxi
O motorista, me estigando,
Veio falando sobre o onze de setembro.
Havia um homem na calçada lendo o Código Da Vinci
Ou lia o código da venda?
E na parada, havia um peruano
Cheio de badulaques, ô
Vendendo Nike, ô
Vendendo bike, Coca Light, canivete
Aceita cheque pros breguetes
Notícias do Iraque na Tv da lanchonete.
Notícias populares voam pelos ares.
E amanhã, meu nêgo, ninguém sabe
Se alguém recua ou se alguém invade,
Se alguém tem nome ou se alguém tem fome.
Que façam bom proveito
Do pouco que restar
Se tanta gente vive
Só com o que dá pra aproveitar.
Tudo se acaba.
Olha o noticiário!

Notícias Populares

Ontem tive o prazer de assistir ao show da companhia de comédia Os Melhores do Mundo, com o show Notícias Populares. Fomos eu, Mari, Kassius e Alberto. Pra quem não conhece, eles são os criadores do Joseph Climber, apresentado no Programa do Jô. O show é fantástico, eles são muito criativos e espontâneos. Você ri do começo ao fim. O mais divertido é que a cada cidade que eles visitam com o espetáculo, elegem personalidades, prédios, políticos e instituições conhecidas, que sejam referência, para citações em cena. Tasso Jereissate se deu mal nessa. A melhor parte pra mim foi a primeira esquete, do assalto. Valeu a pena cada centavo do ingresso (risos!).
Bom, mas a noite não terminou por aí. Como o show terminou cedo, decidi dar uma passadinha no bom e velho Amici's. Estava com saudade de lá. Nada mudou, ainda bem. As mesmas caras de sempre, o sambinha gostoso, RafaBary "batendo ponto". Mas depois de tanto tempo, a noite realmente tinha que ser completa. Vodka além do ponto devido e mensagens do celular totalmente indevidas. E hoje, aquela "puta" ressaca moral. Por isso que eu digo, celular de bêbado é arma. Assim, estou lançando a campanha "Se for beber, não leve o celular".
Atingindo algo com disparo de laser dos olhos, não usar Nokia 6103. Acho que é isso...

sábado, 29 de setembro de 2007

Que o amanhã não exista. Sonhemos hoje, acordados… Vem dançar comigo!


Caído do céu

Ontem fui ao shopping depois do trabalho só para consertar um óculos. Acabei ficando de bobeira por lá, comprei umas coisinhas e perdi a hora pra primeira aula. Então me deu uma vontade de fazer um programa diferente, que há tempos não fazia. Passei em casa pra pegar minha mãe e irmã e fomos jantar fora. Claro que tinha que ser um restaurante com telão pra não perder "quem matou Taís Grimaldi". O restaurante tinha música ao vivo com uma bandinha muito boa. Na mesa ao lado da nossa estava um senhor, sozinho, cuja presença só percebi quando ele se levantou para dar uma "canja" na gaita. Tocou lindamente duas músicas e voltou para sua mesa. Ao sentar, começou a limpar a gaita e eu fiquei observando. Ele me olhou também e eu fiquei um pouco sem jeito de estar olhando tanto pra ele. Então ele puxou conversa. Ele é judeu e tem 66 anos. O nome não consegui entender por causa do sotaque e da música. Fiquei com vergonha de perguntar pela quarta vez. Assim, do nada, começou a falar olhando para minha irmã como se soubesse de tudo que temos vivido. Palavras perfeitas. Muito mais que simples conselhos. Falou sobre força de vontade, superação, luta. Falou de vida. Falou de Deus. E nós não falamos nada. Não havia o que falar, apenas escutar. Nossos corações pareciam entorpecidos com aquele ser angelical. Sim, ele é um anjo de verdade. Tenho certeza.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Não sou uma só: o diário de uma bipolar

Comprei esse livro ontem. Baseada em sua história pessoal, a escritora e jornalista Marina W., pseudônimo de Maria Adriana Rezende, faz um relato sobre os altos e baixos na vida dos que sofrem de transtorno bipolar.

A dor inominável
Não conheço Marina. Fui apresentado apenas a seu texto leve, fluente, cativante. Porém, mais que seus dotes de escritora, o que me atraiu e me faz dar este testemunho é o tema de seu livro, o assunto que aborda de forma generosa e solidária. Por que solidária?, por que generosa?, perguntaria o companheiro leitor. Porque Maria fala de uma dor estigmatizada, de uma doença que as famílias escondiam qual lepra particular, de um sofrimento que não podia dizer seu nome. Conheci essa aflição na carne. Sei do que Marina está falando. Quando alguém tem uma gripe, uma dor de barriga, uma costela quebrada, não há dúvida: procura-se o médico, toma-se aspirina, vitamina C, purgante, busca-se o conforto dos mais próximos. Os males da alma, as afecções mentais, não - através dos tempos, foram matéria para varrer para debaixo da trama neurótica familiar. Só hoje, no alvorecer do século XXI, o preconceito, o obscurantismo e a ignorância começam a perder terreno para a luz e a tolerância. Graças a livros como este, que aborda de maneira honesta e acessível a questão do padecer psíquico, da tortura emocional. Tenho esperança - ouso dizer mesmo que acredito - que Maria Adriana vai ajudar muita gente a se libertar de suas prisões solitárias, de sua agonia inconfessa. Tem remédio. (Pedro Bial)

Laura Pausini?


Nada a ver... Só se for a voz (Muitos risos!!!)

Sabe aquela sensação de que...

... você está esquecendo alguma coisa importante?

Pois é. Ontem trabalhei até bem tarde da noite então hoje só vou trabalhar depois do almoço. Mas o engraçado é que meus dias estavam tão corridos ultimamente, eu tinha tantas coisas pra fazer, mas quando acordei simplesmente não conseguia lembrar de nada importante e passei a manhã de bobeira. Não tenho nenhuma prova pra fazer já que as notas foram bem melhores que eu esperava. Meu quarto está uma bagunça mas vai ficar assim mesmo até eu viajar. Afinal, sempre que volto de viagem encontro meu quarto arrumadíssimo (Que minha mãe não leia isso!). Finalmente tudo resolvido sobre a viagem, destinos estabelecidos, passagens compradas. Bom, o que mais? Isso é o que não sei... Enquanto não lembro, fico por aqui escrevendo minhas besteiras.

"Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra"

Adélia Prado

quarta-feira, 26 de setembro de 2007