a cidade respira pelos poros das pedras,
eu,
pelos olhos da gaivota.
ambos,
esculpimos as ruas desertas de sombras,
entre mim e ela, há um azul imenso
imerso de futuros
tenho uns olhos em forma de lápis, mas nem sempre de cor... Sei que sou esquisito mas a vida moldou-me assim... ganancioso de SER por inteiro e não me caber por inteiro em mim.
a cidade respira pelos poros das pedras,
eu,
pelos olhos da gaivota.
ambos,
esculpimos as ruas desertas de sombras,
entre mim e ela, há um azul imenso
imerso de futuros
não tenho futuros,
tenho um aqui,
um agora que sopra destinos...
o meu tempo é o meu ar, o meu vento,
tudo o resto é um vazio que se esconde no grito do olhar...
lá longe estou eu e o mar,
a desenhar o horizonte,
quase gaivota a abraçar a sombra da lua,
lá longe estou eu e a cidade,
sepultado nos estilhaços da calçada, ao som do soluçar dos pombos,
( nas horas-perdidas-de ponta...)