quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O Beija Flor e a Flor


Um beija flor beijou a rosa menina.
E ela se fez então mulher
E daquele dia em diante
Ama-lo  é o que ela mais quer

Mas a menina flor agora chora
E pelo carinho dele ainda implora
Mas o malvado voou , a abandonou
E a menina flor de saudades chorou

Um dia sem querer ela o encontrou
Enquanto passeava no jardim do amor
E viu que era aquele mesmo malvado
Que um dia seu coração esvaziou

Mas bastou um olhar mais profundo
Para que a menina flor voltasse a sentir
Todo aquele amor maior que o mundo
 E voltou a cantar, suspirar e sorrir!

Está feliz a menina flor...
Mas sabe que jamais terá seu amor
Pois o doce e lindo passarinho
Ja se apaixonou por outra flor!

Sandra Gonçalves














quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Suavidade


Não existe tempo se é verdadeiro...
O medo é cancela da alma!
Se o beijo ainda mora na boca,
nenhuma situação é louca!
Não existe proibido nem ridiculo,
existe apenas o sentimento que inunda a alma!
O coração jamais envelhece,
O desejo amorna mas não congela.
Mesmo quando as cãs enfeitam a cabeça...
Mesmo quando rugas da experiencia 
contornam a face...
Mesmo quando os passos se tornam mais lentos
e a vitalidade ja não é a mesma.,
O coração é jovem no sentimento...
O riso é frouxo de alegria!
E se o amor volta a incendiar a vida,
Deixe ele jorrar pelos poros...
Foram tantas as experiencias,
Sonhos que se realizaram ou não.
Agora na calmaria da maturidade!
Volte a vibrar, a desejar...
Permita-se ser novamente...  Paixão!

Sandra Gonçalves

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Etapas


Jamais pule etapas na sua vida...
Cada etapa tem sua maneira e seu tempo de lhe ensinar.
Quando pulamos etapas acumulamos coisas a serem apreendidas. E pode ser que sejam tantos os conhecimentos, que a alma se sature e o corpo se fadigue. Viva cada etapa com a solicitude de mãos espalmadas aguardando que a vida lhe ensine...Porque não ha no mundo maior e melhor mestra que ela. 

 Sandra Botelho

sexta-feira, 19 de julho de 2013



Ah! Amargo sonho que o vento fez brisa!
Toca-me a face, e acaricia-me o pensamento...
Deixa-me embriagada, anestesiada de fantasia
Esqueça-me a cruel mentira...
Quero viver o vão da vida,
Onde a felicidade jamais foi esquecida
Nesse caos de desilusões ,
corta-me a navalha da verdade.
Quando o sangue jorrar da dor eterna,
que o sol apague a luz da lagrima;
E num sorriso doce e sereno, a vida,
renasça em plena harmonia.
Que eu possa ouvir
em cada canto uma sintonia
que eu possa sentir...
Em cada sonho uma harmonia...
Que sejam assim os meus dias,
que eu veja beleza na alegria!
Que eu beba da doçura no mel,
que seja azul o meu céu.
Que meus caminhos tenham flores...
E que sejam verdadeiros os meus amores!

Sandra Botelho

sábado, 13 de abril de 2013

Notas soltas


De saia rodada ao sabor do vento,
gira mundo sopra o tempo!
De cara limpa sem batom,
canta o mundo solta o som!
E na boca da flauta assopra a canção
grita nos olhos, vibra a emoção!
E vem depois a tempestade,
abre no peito a dor da saudade!
Canta o cantador que espanta a dor,
mas cala no peito o desamor!
Gira vento, cata vento,
O beijo lento...o beijo bento!
Adoça a doçura que bebe a boca,
Degusta o insano, engole a louca!
Esbanja a alegria quem toca o banjo,
tem riso cigano e asas de anjo!
No meio da roda de cara pintada,
voa nos pés da moça amada...
Folha que o vento levou pra longe,
enclausurada no peito feito monge!
Vem lá do céu olhar que  espero,
e de trás das montanhas o amor que quero!
Gira a moça de saia rodada...
deixa de lado a face molhada!
E no riso solto e sincero,
aprende de novo a amar o que é belo.
Debruça o colo no peito do amado,
e que o mundo pare com ele ao seu lado!
Dança pra ele a dança dos véus,
e juntos façam desse amor , doce mel
E na cantiga que a vida canta...
Que sejam vidas... que sejam santas!

Sandra Botelho

domingo, 7 de abril de 2013

Abismo


Foi quando ela percebeu que não havia mais nada a fazer...
perderam-se os sorrisos, a cumplicidade nos olhares.
Foi embora a confiança e a coragem se despediu do corpo...
Morreu o desejo,suicidou-se a alegria...
Nada mais se compartilhava, a não ser a dor.
Foi quando ela percebeu que a luta era em vão,
Que o amor estava órfão...
Que a vida já não era dividida...
As vitórias eram individuas .
E a felicidade virou cinzas...
Foi quando ela percebeu que não estava mais ao lado, mas 
Que caminhava atrás...
Que o orgulho virou vergonha e que agora, ela era nada.
Foi quando ela percebeu que jamais haveria perdão.
Que deveria matar a esperança...
Hora de seguir em frente, de se despedir .
Hora de buscar outros caminhos, plantar flores e não colher espinhos.
.Foi quando ela percebeu que não era mais amada...
Que era desprezada e odiada...
Que não era mais alegria, era um peso...Um fardo.
Uma triste figura.Uma lenta agonia....
Um erro que jamais seria esquecido,
jamais seria perdoado...Era hora de mudar!
Deixar de implorar, matar as esperanças,
deixar de ser criança...Endurecer!
Foi quando ela percebeu, que as palavras era duras...
carregadas de ódio e amargura.
Então foi ali, que pegou sua bagagem...
Ajuntou suas ultimas forças,
recolheu o que ainda havia de melhor dentro dela
e descobriu que a sua felicidade. não era responsabilidade de outro.
Somente dela... 
E foi por ai, ser feliz, por ela e para ela...
Olhou pela janela e viu que havia flores lá fora...
E seguiu seu caminho, sem medo, levando na bagagem somente o que fora belo.
Somente o que fora alegria, somente o que fora amor! 
E com as próprias mãos arrancou as dores...
Lá  vai ela, quem a vê passar se pergunta:
Porque será que ela chora...?
E ela em silêncio responde:
Para que as lágrimas, lavem  o caminho por onde eu passo
e não deixem nas pegadas de meus passos, nada de dor...
nem sofrimento...tampouco lamento. 
E ela promete:
Ali...Logo ali... Eu vou sorrir!
E quem a observar com atenção, vai ver que no cantinho dos lábios
existe um riso contido que um dia irá explodir.

Sandra Botelho!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Minhas raízes



Fui plantada em terra árida, germinar foi dolorido.
Mas brotei em algum canto e de lá me arrancaram...
Fui replantada em solo macio, adubada e cuidada,
mas nem sol, nem vento e nem chuva me deram.
Perdi galhos perdi flores, deixei nascer em mim espinhos
e ao meu redor terra seca e abrolhos...
Não tive água e nem sombra e por um bom tempo
fui solitária.
Por vezes germinei num pântano, por outras no éden.
Quando minhas flores despetalaram senti a dor da solidão.
Flor feia e sem colorido, cresci apesar de todas as tempestades!
Alguns raios me arrancaram lascas... Deixando marcas em meu caule.
Alguns parasitas me infestaram e deles me livrei com garra.
Até que um dia o sol brilhou e  a chuva veio mansinha...
Em pouco tempo me fortaleci, e aprofundei minhas raizes.
Hoje nenhuma tempestade me enfraquece, se me falta a chuva,
reservo água, se me falta sol, me viro pra claridade.
Se me falta o jardineiro, o vento me traz cuidados.
Sou arvore frondosa e forte.
E minhas raízes antes frágeis e cheias de cicatrizes,
estão cada vez mais profundas.
Elas me alimentam e me sustentam, 
posso tombar , mas jamais ser destruída.

Sandra Botelho

Um raio de sol

Ela veio com garras afiadas. Asas negras tentando me abraçar  Tinha olhos de noites escuras Um corpo feito de lágrimas, Sua voz era um sussu...