segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Decisões

Às vezes a gente não dá valor à algumas habilidades que a gente cria. Este blog ficou de luto por um grande autor que me influenciou não pela sua teoria, porque não se pode influenciar por algo que não leu, pelo menos. Mas pela sua vontade e determinação de leitura e criação.
Sempre escrevo aqui, na mesma linha de 'esperar que alguém leia'. Mas sempre falo coisas ao vento, como sempre farei. Ou não. Hoje tomei uma decisão que é importante. Foco é uma coisa importante? Então porque preciso Dar uma de Steve Jobs e desistir das mil ideias que aparecem em minha mente em favor de uma só que eu possa fazer bem feita? Foi o jeito: me entregar a essa coisa que todo mundo um dia tem que se entregar. Desisti de tentar fazer tudo ao mesmo tempo. Acho que já é a hora de 'fazer um pé de meia', me livrar das amarras paternas, pelo menos mentalmente. Isso é algo que, para pessoas que tiveram criação igual a minha, é muito difícil. As vezes parece ser inaceitável.
Cansei de ter passos tropeçados em busca de um código que não encontro. Se a vida é símbolos, porque a maior parte as pessoas que entram nesse blog estavam procurando símbolos de electricidade? Óbvio, tátil, simples: palavras que me seguirão para sempre. O que espero mais do que um apelido e um histórico de verborragias sem-noção?
Esse blog revive aqui, com a mesma linguagem não definida, e com as mesmas atualização intermitentes e o mesmo escritor que fala isso como se a alguém importasse.

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Eu sinto saudade daquilo que ainda não tenho.

terça-feira, novembro 03, 2009

Lévi-Strauss 1908 * 2009 †

Isso tudo porque tive orgulho de ajudar a Dany na comemoração de seu Centenário. Que agora suas ideias o deixe eterno.

quinta-feira, setembro 10, 2009

Uma História

I

O mundo não explode quando a gente pensa. As mudanças, simples que sejam, não fazem parte da característica da mente. Dizendo propriamente dos velhos fatos: qual a nossa possibilidade real de construir o novo? Nossas limitações não desconstroem já demais nossos passos? Não. Teremos sempre aquelas sensações estranhas de vazio, tão faladas e tão comuns.

Criamos com isso a ideia de que não somos nada. Eu normalmente penso que sou nada. O que me deixa livre mais um pouco dessa aflição é quando sento e me coloco no lugar de qualquer pensamento... Sonhar acordado: não há nada melhor para se colocar a cabeça do lugar.

Tento sempre separar as coisas boas da vida e preparar loucuras para o próximo mês. O que não faço demais se não pensar sempre que sou nada ou que posso pensar melhor que qualquer linha “blábláblá” que se fale. Naquele dia, na roda de amigos, me peguei numa dessas discussões internas procurando uma maneira de não explodir como uma bomba no mundo. Tem alguma peça que falta, algum ponto que fica raso com tudo isso.

Eu olhava em um ponto fixo e não percebia. Pensava no que me falavam ser besteiras. O que me colocaria no ponto de conseguir alcançar o funcionamento das engrenagens na minha cabeça? Nessa hora não percebo que começo algo que não queria ver.

II

Seria então uma dança inacabada aquilo? Aquele olhar ao vento me deixando cabisbaixo... não sei, não sei. Por que isso me tira do foco?


Talvez. Coloco-me numa situação complicada sobre esses momentos. Eles sempre me deixam trancado. Eu só estava lá. Aquele ponto fixo começara a criar a esses pensamentos descolados. Sim, eles existiram, apesar de terem quebrado um raciocínio lógico de alguma coisa que nunca mais vou conseguir lembrar.

Mesmo assim, continuei me sentindo nada. Um nada. E qualquer coisa que me dissessem não melhorava esse humor rançoso. Esses risos cômicos, rugosos, pairavam no ar pesado que esse lapso me causou. Ar pesado ar.

Respirei fundo e voltei o olhar. Retornei o meu vazio aos olhos e controlei os pulsos. Meu coração parecia catapulta: jorrava olhares ritmados para aquele olho que se jogou em linha reta para meu olho.

Imediatamente deixei o olhar baixo, reparando no tremido olhar que se revezava entre minha boca e o foco dos meus olhos. Tremia junto com aquele desfocado ponto. Como se eu tivesse parado e o mundo se mexia de um jeito que me atordoava. Não podia andar, estava acocado e verde. Por onde poderia fugir, mas não sei.

Só estava sentado ali, olhando para baixo e querendo olhar para ela. Mas ela atrapalhava todos meus sonhos momentâneos de construir algum pensamento sem noção.

III

Nós precisamos descontrolar nossos olhos de novo. Tentei cancelar esses pensamentos, mas não podia desviar o olhar do olhar penetrante em minha boca. Não cansei de pensar que ela não pensaria que eu era um nada. Com a voz estridente e um instinto ululante, fisguei esse olhar tremido para meu olhar e acalmei meu coração naquela cena míope. Meu desejo era seu olhar curioso.

Um momento gritante da carne a todo o momento querendo que pensem que se meche. A vida é assim, obscura. Senti tanta a falta desse sentimento bobo que, quando pude, não soube aproveitá-lo. O conjunto do meu corpo não se controlou: esvaziei meus olhos daquela penúria e o enchi do vento pulsado por aquela emoção.

sexta-feira, agosto 14, 2009

Chico, nostalgias e tudo mais.


No trabalho só estou ouvindo Chico. Não sei porque, mas me tomou uma alma meio intelec. Ri muito com os colegas de trabalho me deixando parecer alguém cult e eu querendo nem ligar pra isso. Fora o ar pesado que me deixa sombreado e com olho de peixe, tão pesado que não pareceu que sua criadora foi só uma pessoa. O que me deixa tempo pra pensar é aqueles momentos de espera forçados quando o sistema tosco para pra pensar. Daí fico ouvindo os entrelaces do Chico e suas músicas inebriantes...ou qualquer coisa parecida com isso.
Cheio de samba e rosto de bossa eu não fico mais ali. Fora o desejo de fugir, de expressar a vontade de fugir. Aquilo me enquadra num lugar mental onde não tenho mais insight's costumeiros de antigamente, que eu podia me fingir de alguém inteligente.
Daí eu lembrei daqui.
O que eu faço morar aqui, não precisa seguir linha, ou qualquer ponto a seguir. O que eu posso colocar não precisa ter vínculo ou ser vago, não ser seta ou divago no certo e errado. Não espero pouco nem será meu não sonho mais. Mas que eu devia voltar, rebobinando nostalgias e concentrando estados de morte. Não devia ligar mais pra pontos ou qualquer coisa que valha. Eles não me descobrem momentos nem compram meu arroz. Devia mesmo é fechar de novo os olhos e não ver passar o tempo.

segunda-feira, junho 29, 2009

Tributo

Não tenho palavras porque minha memória só lembra de eu criança me envolvendo nas melodias. Deixo aqui os três vídeos que eu mais gosto deste que é, quer goste ou não, o maior astro que já existiu.

O primeiro vídeo que passou pela minha cabeça ao saber da notícia.


A perfeita interpretação de nostalgia.


Descrição perfeita.


Michael Jackson (1958-2009)

domingo, junho 14, 2009

Quando

Meu sonho era, primeiro, ter um blog de poesia para ficar famoso. Acabei excluindo.
Depois me bateu uma vontade tremenda de ter um blog pessoal e colocar isso como um diário e nem ligando quem visse. Não deu.
Daí me coloquei de novo numa poesia mais nada a ver, com o mesmo objetivo, e falhei comigo mesmo.
Nisto, me coloquei numa briga política contra o governador do meu estado e tive o topo de visitas diárias até lá.
Quando, mesmo eu tentando fazer minha parte, ele ganhou a eleição, liguei o foda-se e virei de costas pro que eu escrevia. Resultado: tive o ano com o maior número de visitas, mesmo que mínimas.
Mas meu sonho de visitas mudou também e, com o advento do twitter (uma ferramenta que as vezes parece um hosício, mas, quando você acorda, ficam bem organizadas no seu pequeno caos) me bateu uma vontade de intensificar essa vontade blogueira. Não que eu queira ser um blogueiro de primeira , e não seria ruim, seria?, mas queria uma maneira de me colocar e exercitar isso que eu tanto gosto: escrever.
Isso foi quando comecei a ter preguiça de escrever e, o que eu estava adorando, corrigir os textos de outras pessoas.
Quando eu voltar com minhas verborragias diárias...........