Joseph Pearce, Tolkien - O Homem e o Mito"Chesterton compôs um estudo de Blake e também uma biografia completa de William Cobbett, um outro dos primeiros opositores do industrialismo. «Na opinião do Sr. Chesterton» escreveu um crítico do último livro, «Cobbett defendia a Inglaterra: a Inglaterra não industrializada, auto-suficiente, que tivesse a agricultura e o comércio saudável como base da sua prosperidade, sem qualquer necessidade de inflação.» Chesterton considerava Cobbett o defensor da população rural inglesa expropriada, o último rústico radical: «Depois dele, o Radicalismo é urbano... e o Conservadorismo suburbano.»"
Mostrar mensagens com a etiqueta Agrarianismo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Agrarianismo. Mostrar todas as mensagens
10 de janeiro de 2012
O Último Rústico Radical
10 de maio de 2011
Ideias Distributistas
“A Distributist View of the Global Economic Crisis”: A Report
“Servile World: How ‘The Big Business Government,’ ‘The Loathsome Thing Called Social Service,’ and Other Distrubutist Nightmares All Came True
“The winner in all this,” I continued, “will be the Servile State: Hilaire Belloc’s label for a system where monopoly capitalists, financiers, and government bureaucrats merge into an entity practising state capitalism. Under its terms the capitalists and bankers gain order and protection of their wealth and property while property-less workers receive welfare benefits specifically tied to their wage labor, such as unemployment insurance, which provides security but also confirms their servile status. For his part, Chesterton called this arrangemnent a ‘Business Government’ which, he said, ‘will combine everything that is bad in all the plans for a better world…. There will be nothing left but a loathsome thing called Social Service.” The balance of my talk included examples of the Servile State at work in America, Russia, and China. It also explored the curious new subjegation of women found– most remarkably– in Scandinavia, where the Business Government has essentially socialized “women’s work”: “women find servility in their strange, new, functional marriage to the state.”
“Servile World: How ‘The Big Business Government,’ ‘The Loathsome Thing Called Social Service,’ and Other Distrubutist Nightmares All Came True
At a still more troubling level, there is evidence that shifts in federal housing policy were actually coming to favor family break-up. In brief, by 1970 most married-couple American families with children were in their own homes. To keep up housing demand, regulators subtly shifted mortgage subsidies away from intact traditional families toward “underserved,” “non-traditional,” “non-family” households: single persons; sole-mother households; unmarried couples; the divorced. In fact, two analysts showed that as early as 1980, the American population was “diffusing itself” into a still expanding housing supply; the number of housing units was growing at nearly twice the rate of population increase. Put more bluntly, the new availability of subsidized mortgages for the non-married actually appears to have encouraged divorce and other forms of modern post-family living.[7] In a manner that Chesterton would have deplored, lawmakers and regulators had stripped American housing policy of normative content. No longer family-centric, with a special focus on the needs of children, it would now be “neutral” as to lifestyle. In practice, these changes blended the U.S. mortgage market together with certain emerging social pathologies and unstable speculation to create a precarious system: again, a problem already evident to some observers as early as 30 years ago. The wonder is that the contradictions in this system took nearly three decades to work themselves out as part of the current crisis.
Etiquetas:
Agrarianismo,
Alan Carlson,
Capitalismo,
Consumismo,
Demografia,
Economia,
Estado,
Estado Social,
Família,
G.K. Chesterton,
Hilaire Belloc,
História,
Propriedade,
Sociedade,
Trabalho
13 de abril de 2011
Sexo, Propriedade, Marxismo, Capitalismo. -- por GK Chesterton
Na linguagem torpe, insonsa, desarticulada e desconcertada a que muita da discussão moderna se acha reduzida, é imperativo afirmar que vemos em voga aquela mesma falácia que é aplicada aos tópicos do sexo e da propriedade. Naquela linguagem mais arcaica e desinibida na qual os homens podiam falar e cantar, parece mais cândido se afirmar que o mesmo espírito ruim se precipita contra as duas grandes bênçãos que nos presenteiam com a poesia da vida: o amor pela mulher e o amor pela terra. É importante observar, de início, que ambas estas coisas estavam intimamente associadas desde que a humanidade é humana - e até quando era pagã. Deveras, estavam estreitamente associadas, mesmo quando se tratava da mais decadente macumbaria. Porém, nem tanto a pestilência dum paganismo decadente fôra tão má como o odor de um cristianismo decadente. Assim é a decadência do que há de mais puro!
Havia, por exemplo, durante toda a Antiguidade, nos seus momentos primeiros e últimos, formas de idolatria e iconolatria das quais os homens cristãos dificilmente eram capazes de relatar: "Que não sejam [esses pagãos] sequer contados entre vós!". Os homens se perdiam na simples sexualidade duma mitologia do sexo; organizavam a prostituição como um sacerdócio, para o serviço dos seus templos; fizeram da pornografia a sua única lírica; parodiaram emblemas que quase tornavam a sua arquitectura numa espécie de frio e colossal exibicionismo. Muitos livros eruditos foram redigidos em todas estas seitas fálicas; e bem podeis prescrutar os seus detalhes, que pouco me importa. Mas o que me interessa é isto: que de certa fora, todo este pecado antigo era infinda e imesuravelmente mais nobre que o pecado moderno. Todos seus estudiosos concordam pelo menos num ponto: de que era o culto da fertilidade. Era, infelizmente, comummente aglotinada com o culto da fertilidade da terra. Porém, estava, pelo menos, do lado da natureza. Estava - concedamos - do lado da vida. Fôra deixado para os derradeiros cristãos, ou melhor, para os primeiros cristãos inteiramente comprometidos a blasfemar e a renegar o cristianismo, a invenção uma nova forma de veneração do sexo, que nem chega a ser uma veneração da vida. Foi incumbido aos derradeiríssimos modernistas proclamar uma religião erótica que, duma vez só, exalta a luxúria, mas proíbe a fertilidade. O novo paganismo merece literalmente a desfeita de Swinburne, no seu luto pelo velho paganismo, pois "não eleva o dote requintado e não estende já o banquete paternal". Os novos sacerdotes abolem a paternidade e guardam o banquete para si mesmos. São piores que os pagãos de Swinburne. Os sacerdotes de Príapo e Cotito mais facilmente alcançam o Reino dos Céus que aqueles.
É natural que esta separação desnaturada entre o sexo e a fertilidade que até mesmo os pagãos teriam por perversão se tenha feito acompanhar com uma separação e uma perversão semelhantes da natureza do amor à terra. Em ambos os contextos a falácia é a mesma; de que é muito verosímil a sua defesa. A razão por que os nossos compatriotas contemporâneos não compreendem quando lhes dizemos que o que entendemos por 'propriedade' é a de que eles apenas a têm por dinheiro; no sentido de 'salário'; no sentido de algo que é imediatamente consumido, gozado e gasto; algo que lhes confere prazer momentâneo e desaparece. Não compreendem o que entendemos por 'propriedade' algo que inclui esse prazer, por incidência; mas que começa e finda com algo mais exímio e digno e criativo. O homem que planta um pomar onde havia outrora um mato e decide quem o há-de herdar, também aprecia o sabor de maçãs; e, esperemos nós, também o sabor da cidra. Porém, ele faz algo de muito mais gratificante que tão-somente comer uma maçã. Ele impõe a sua vontade no mundo segundo o regulamento que foi dado pela vontade de Deus; ele afirma que a sua alma a si lhe pertence e não ao Departamento de Inspecção da Pomicultura, ou o Monopólio do Comércio da Maçã. Mas ele também faz algo que estava implícito em todas as religiões antigas da terra; naqueles grandes panoramas rurais e rituais que seguiam a sucessão sazonal na China e na Babilónia; ele venera a fertilidade do mundo. Agora a noção de reduzir a propriedade ao mero fruir do dinheiro é idêntica à noção de reduzir o amor ao simples gozo do sexo. Em ambos os casos, um prazer acidental, isolado, servil e até secreto é preterido a uma participação no grande processo criativo; até mesmo na grande criação do mundo.
E diga-se que duas coisas podem ser observadas lado a lado no sistema da Rússia bolchevique, porque o comunismo é o único modelo cabal e lógico do capitalismo. A primeira, já se admitiu, é a de todo o sistema se direccionava para o encorajamento ou coação do trabalhador para o gastar do seu salário; para que nada houvesse a pagar no seguinte fim de mês; para que de tudo gozasse e tudo consumisse e nada desperdiçasse; em suma, para que se aterrorizasse com a ideia de cometer um só crime em particular: o crime de economizar. Fôra uma extravagância domesticável; uma negligência disciplinada; uma prodigalidade humilde e submissa. No tempo em que o escravo cessava de esbanjar todo o seu ganho, em que começou a esconder e armazenar alguma propriedade, ele começava a economizar algo que, em última instância, compraria a sua liberdade. Poderia começar a contar como alguém perante o Estado; isto é, ele poderia tornar-se menos escravo e em algo mais parecido com um cidadão. Moralmente considerado, nada houve de mais daninho que esta generosidade bolchevique.
Mas que fique entendido que é o mesmo espírito e tom que grassa na forma com que se vem a lidar com a outra questão. O sexo é para ser apreendido pelo escravo apenas como gozo, para que nunca lhe confira poder. É imperativo que ele saiba o menos possível, ou que pelo menos pense o mínimo que seja capaz sobre o prazer, senão outra coisa que não o ser um gozo; de pensar ou saber de nada sobre donde vem ou para onde vai, desde o momento em que a ferramenta de lavoura lhe passa pelas próprias mãos. Ele não deve incomodar ninguém ao questionar sobre a sua origem dentro do propósito de Deus ou das suas sequelas na posteridade do homem. Em todo e qualquer contexto, ele não se deve afirmar um proprietário, mas apenas um consumidor; ainda que seja um consumidor dos elementos mais primários, como a vida e fogo, no quanto estes são consumíveis, pois ele não deve ter uma qualquer noção da Sarça Ardente, essa que arde e não é consumida. Pois tal sarça só cresce do solo, na terra real que os seres humanos podem apropriar; e o lugar onde eles se encontram de pé é terra santa.
E assim, há uma paralelo exacto entre as duas ideias modernas - sejam morais ou imorais - do que entende por reforma social. O mundo esqueceu-se simultaneamente que a criação de uma quinta é algo de muito maior que a criação de lucro, ou até de um produto, no sentido da apreciação do açúcar de plantio; e que a fundação duma família é algo muito maior que o sexo, como se vê limitado na acepção que vemos na literatura contemporânea; que foi reatada numa só pincelada através de um só verso de George Meredith: "E comamos o nosso pote de mel no sepulcro".
(Trad. do bloguer)
Subscrever:
Mensagens (Atom)