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Um dia, meu amor (e talvez cedo,
Que já sinto estalar-me o coração!)
Recordarás com dor e compaixão
As ternas juras que te fiz a medo...
Então, da casta alcova no segredo,
Da lamparina ao trémulo clarão,
Ante ti surgirei, espectro vão,
Larva fugida ao sepulcral degredo...
E tu, meu anjo, ao ver-me, entre gemidos
E aflitos ais, estenderás os braços
Tentando segurar-te aos meus vestidos...
— «Ouve! espera!» — Mas eu, sem te escutar,
Fugirei, como um sonho, aos teus abraços
E como fumo sumir-me-ei no ar!
Antero de Quental, in "Sonetos"
4 comentários:
Olá.
lindo, simplesmente lindo.
declarar-se enquanto vivo, porque depois...só restarãom as lembranças, que se desvanecem na fumaça, do tempo;
Feliz Natal e Ano Novo.
beijo
Que lindo poema.
beijos
Tão bonito!!
Beijinho
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