Poeta da vida

Por Clecilene Carvalho

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O poeta canta e chora palavras... Aquelas contidas no fundo da alma.

Em sua face tem montanhas, por onde sorriem e rolam estas palavras.

Seu coração tem todas as cores e em suas veias correm diversos sentimentos.

O poeta não apenas ama, vive nos amores.

O poeta não grita, nem cala... Silencia e assim fala em varias línguas.

O poeta não lamenta sua dor, ele canta em poesia.

ENCONTRO

Clecilene Carvalho

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Deixo meus gritos no papel,

Minha pele não me cabe mais,

Minha voz ficou muda.

Tenho sede do brilho nos olhos,

Quero o arrepio que revive a vida.

Vou acordar a sede que mora em mim.

Contemplarei o sol e aquecerei o

Frio que tomou conta do meu interior.

Buscarei meu coração que fora

Esquecido na ponta da caneta.

Tomarei posse do meu riso.

COLHEITA

Clecilene Carvalho

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Minha vida é uma canção...

Componho uma estrofe todos os dias,

Decido ser ou deixar que sejam.

Às vezes danço e perco o passo,

Outras vezes bailo com a música,

Flutuo e volto levemente ao chão.

Posso ser escuridão e luz que guia,

Decido entre o certo e o errado... Escolho,

A colheita que terei das plantações da minha vida.

VENTANIA

Clecilene Carvalho

O nosso amor podia ser... Nosso!

Mas o vento nos soprou para

Outra direção e tirou nossa canção.

Mas, meu pensamento estava em você.

Todo dia é inverno...

O nosso amor é outono, sem esperança.

Não tem brotos, morreu lagarta.

Não terá asas azuis e nem será fênix.

Mas quando um amor adormece,

Surge um novo amor, mais forte,

Capaz de iluminar e fazer florescer

Todas as flores da primavera.

Hoje sei bem o valor do vento.

LUZ - Clecilene Carvalho

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Quero cantar uma bela canção,

Transformar palavras em melodias,

Iluminar o dia já iluminado,

Tirar da alma o grito calado!

Vou perder o rumo da rua,

Encontrar nas curvas na alma,

O doce silêncio que acalma,

O coração e a aura.

Que semeiam corpos de luz,

No âmago das noites negras,

Que aquecem sem fagulhas,

Os corpos frios e as almas vazias.

PALAVRAS

Clecilene Carvalho

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Chegam machucando, causando amargura,

Marcam fundo, deixam cicatrizes.

Ferem em silêncio e no grito.

Também podem ser macias e doces.

Está por toda parte, preste atenção.

Podem ser frias e quentes,

Contaminar muita gente.

Às vezes vem de todas as direções,

Trazem luz e escuridão.

São ditas por acaso e por querer,

Seja como for estão por toda parte,

Curam, adoecem, trazem problemas e soluções.

É motivo de gênese e destruição.

Podem crucificar ou ser motivo de perdão.

É o bem e o mal.

O BEIJO

O BEIJO - Clecilene Carvalho

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O sol brilhava na relva,
Tocando quente a pele alva,
Fazendo labaredas no coração,
E cantando o beijo da alma.

A saudade cantava dentro do peito,
De um jeito cálido e quente,
Doía... Trazendo lembranças,
Que agente gosta quando sente.

A boca cerrada em silencio dizia...
Fazendo brilhar os olhos em brasa,
O corpo falava tão alto...
Que a canção ecoava sem fala.

Em um breve instante as
Mãos se tocaram com calma,
A terra ficou tremula e enfim,
Ouviram-se as falas da alma.

SILÊNCIO - Clecilene Carvalho

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Meus pensamentos não conseguem
Transformar meus sentimentos em
Palavras, capazes de transcender-se
Em símbolos e comunicar-se.

Estou vazia, despida de inspiração
Olho a tela em branco e tento
Em vão dizer o que se esconde
Até mesmo de mim.

Fiquei sem ar, sufoca no
Meu silencio, quero gritar,
Mas as palavras em minha
Boca não exala nenhum som.

A criatividade se foi
Não quer saber de mim,
Sinto a alma vazia e doendo
Feito amor não correspondido.

UTOPIAS

Comecei a rimar sem parar, mas
Com tanto entusiasmo que deu
Vontade de cantar, então me lembrei
Das cantigas de roda e comecei a dançar.

Foi então que percebi que não havia
Tristeza ali e comecei a sorrir,
Ao meu redor todo mundo agradecia
Tudo o que tinham e comemoravam a vida.

Na TV só noticias boas que diziam...
Faz anos que nenhum crime é cometido
E a fome é coisa do passado,
Nem lembro haver existido.

Crianças na escola estudando, jogando
Bola, cantando, aprendendo e ensinando;
A violência contra a criança ninguém
Houve falar, realmente há o que comemorar.

Dormindo, voava em um imenso balão;
Vivia em um mundo azul sem poluição,
Quando acordei vi que era imaginação,
Fiquei triste com a ilusão.

Era sonho então...

AGOSTO - Clecilene Carvalho

fonte: imagens por favor

Revejo minha vida, meus valores,
Cuido do meu jardim e colho
Minhas flores.
Desvendo meus segredos,
Podo minhas dores.
Mudo de casa e no meu
Interior faço morada.
Descubro, na aurora, um novo recomeço.
Perco o medo e me entrego à ventania
E na madrugada fria tomo banho de chuva.
Volto para o amor e nos braço de
Quem amo me aqueço.

A VIAGEM DE TREM

Clecilene Carvalho

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Lentamente embarquei...
De repente a correria começou,
Não me dei conta e a vida passou;

Na primeira parada não percebi,
Alguém me acenou e simplesmente sorri,
Meus olhos olharam e não viram;

No caminho gente descia e subia,
Ninguém percebeu que a vida acontecia,
Alguns choravam e outros sorriam;

No vagão onde fiquei não estava
A companhia que queria...
No da frente... Estava, mas companhado seguia;

O tempo passava e a viagem prosseguia,
Pessoas queridas desciam...
Para uma viagem que jamais voltariam;

Foi ai que acordei e comecei a viver...
Embarquei na viagem da minha vida...
Aproveitando cada momento que acontecia;

Comecei a andar de vagão em vagão,
Sem medo do que encontraria...
Não quis saber em que parada desceria;

“Toda viagem é cheia de atropelos, sonhos,
Esperas, embarques e desembarques,
Aproveite agora, pois o trem jamais volta”.

Sempre é tempo para reconstruir e recomeçar.

Estamos de passagem... Viajamos no trem da vida, o tempo passa rápido demais... Seguimos todos no mesmo trem, mas em vagões diferentes... O bom é que podemos transitar entre muitos vagões e encontrar pessoas especiais, mas o maravilhoso é quando no nosso vagão estão todas as pessoas que amamos... Claro que nesta vigem há embarques e desembarques... Porém ninguem valioso desembarca no acento que damos a elas em nosso coração.

LILI DESEMBARCOU EM 02/02/2011... SAUDADES ETERNAS.

PALAVRAS...

Clecilene Carvalho

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Por muito tempo meu coração calou-se
Deixei de dizer o que sentia
Escrevia palavras de amor,
Mas não as dizia.

Hoje vim gritar... Chega de silêncio!
Não farei mistério...
Meu andar será leve e delicioso,
Meu toque quente e amoroso.

Quero você do meu lado...
Amigo, amante, companheiro e
Namorado... Seremos duas almas
Sem medo da felicidade.

“Morreremos de amor e continuaremos vivos.”

A VOZ

Clecilene Carvalho

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Faz tempo que não escrevo...
No silêncio... calo,
Minha alma tem calo,
No meu sorriso tem choro.

Quando silencio falo de dor,
Da falta de amor e de arrepio...
Na ausência de palavras,
Ouso a melodia do silencio.

Percebo o tempo... rápido e lento,
Deixo todos os tormentos...
Sinto as borboletas por dentro.

Coloco cores na vida... na alma,
O corpo se arrepia... grito,
Mas em versos, tentando fazer poesia.

Sou tomada pela alegria,
Volto a deixar meus códigos,
Em palavras e até melodias.

ABRINDO GAVETAS...

Clecilene Carvalho

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Deixo o som das palavras do meu coração
Dizerem o que a minha boca não diz,
Sou muito mais do vem os teus olhos;
Sou fênix...
Sou chuva que varre as clareiras...
Que faz crescer as sementes e florescer;
Sou música e melodia que embala a noite fria;
Sou mar aberto e tenho ondas...
Sou gente, grande, que chora
Sou criança que brinca e canta...
Então... quem é você?

Em breve: poema coletivo

Dia 18/08 meu blog faz niver - 01 aninho.

FOGO

Clecilene Carvalho

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Sinto o ar arejado e flutuante
Percebo minha respiração
E meu coração acelera
Ritmado pela paixão.

Sou, agora, vulcão em erupção
As lavas correm em minhas veias,
E deságuam em meu peito,
Sou ser iluminado... mudo de estação.

Sou primavera... inundada de perfurmes,
Sou verão... quente de desejos,
Sou outono... desfolhada de medos,
Sou inverno... a espera do amor.

O sorriso invade meus lábios,
Os meus olhos são sois que
Irradiam fogo e brilho e
Meu corpo queima e se queima.

DANÇA

Clecilene Carvalho

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Seguro a mão do destino
E danço ao som da orquestra
Que rege minha vida e feito
Criança me entrego a dança.

Corro, salto, sorrio e não
Me importo com o calor
Ou com o frio; sou quente,
Ardentre, sou sereno... frio.

Tiro a roupa da alma e no
Silencio, com calma, fico nua,
Sem puldor digo quem sou,
Sem medo de represárias.

Entrego-me as alegrias e
Não fico sofrendo pelo o
Que não irá acontecer, deixo,
Sem medo, a vida florescer.

Clecilene Carvalho

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O poeta é um semeador que planta a árvore sem se preocupar com quem descansará a sua sombra.

REALINA BATISTA MARQUES - in memória

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O nunca mais é tempo demais
Para não ter por perto quem
Tanto amamos e de nos
Cuidou com zelo e amor.

Não há como não lavar a alma,
Que transborda feito mar e
Salga as ondas do rosto e
Causam outras dentro do peito.

O que fazemos é dizer adeus e
O Deus que à receba de braços
Abertos e em nuvens macias
Quem nos foi/é tão importante.

Quem somos para definir
Em palavras a dor do outro,
Ela é tamanha que é capaz
De penetrar em nosso corpo.

É sentimento estranho que
Inunda a vida e não nos
Dá a chance de dizer não
Simplesmente toma conta.

O que acalenta é que a dor
Feito vulcão, um dia, fica em
Latência e ali dormindo, nos
Dá permissão de seguir a vida.

Realina, mulher esguia, pele clara e com elegância natural que fazia jus ao significado do nome... RAINHA, foi chamada para junto de Deus para descansar às 23 horas do dia 14 de maio de 2010. Ela é mãe de uma pessoa muito importante para mim, minha amiga IVANIR.
Apesar, de a Realina estar longe, ela estará sempre na lembrança de todos que a amavam, e como diz a música “quem foi que disse que para estar junto precisa estar perto”.

Cantiga de roda

Clecilene Carvalho

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Olho o mundo com olhar
De criança que dança na chuva,
Que pula na lama e se suja, sem
Pensar na mancha da roupa.

Corro para o abraço e fujo
Do laço com medo da prisão,
Fico feliz com a vida e brinco
De circo e sou bailarina sem ilusão.

Hoje sou fada, menina e mulher,
Descubro o mundo e subo no balão,
Olhando o espelho conto piadas e sorrio,
E assim mergulho do rio da vida.

Não invejo a multidão andante,
Sou filha errante da imaginação,
Não me perco nas nuvens escuras,
Acendo a luz e vejo a imensidão.

ESTRELA DALVA

Clecilene Carvalho

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Nem sei se consigo dizer
Em versos o que sinto por você
O sentimento é tão grande
Que não consigo descrever.

Gostaria de arrancar de ti
Toda dor causada e deixar
Na sua alma só as alegrias
Que tanto desejavas.

Se tudo o que sonhas só
Dependesse de mim, viraria
O mundo ao avesso
Só para ver-te sorrir.

Sua dor é cortante
A sinto no fundo da alma
É assim suas lágrimas
Causam feridas dentro de mim.


Sinto tanto orgulho de ser
Um pedacinho seu neste mundo
Que os meus olhos brilham
Cada vez que penso em você.

Você é o meu arco íris
É luz do sol que me aquece
É a chuva que faz florescer
O que há de melhor em mim.

É céu estrelado na minha vida,
A iluminar as noites escuras,
É constelação... é minha
Estrela Dalva.

MÃE AMO VOCÊ .

A todas as mamães um monte de beijos e parabéns todos os dias.