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12/05/2008

Simulacro




Sinto-me inteiramente tua
(como poderia não sentir!?)


Sinto a lasciva que fulguras
Simulacro frágil de esculpir.


Sinto ensandecer-me: palavra tua!
Imensidão dèjá vu.


Sinto-me à tinta-mão fartura:

tinteiro
negro
cheio
cheiro

rosa, framboesa, carmim


jamais vu!...







15/04/2008

Quiromancia



Tua palavra
nunca terei!

Toque de mãos
menos ainda...

Boca molhada e arredia
É desdém que me cala e não me sacia!...


...


Fogo brando, tântrico,
banho-maria

Paixão, tântalo, tirania
Um vilão que nada me alivia...

Mas deixa-me, na boca, um gosto estranho:

quiromancia...


12/04/2008

Cálice


Permita a palavra não-dita
E se espalhe pelo canteiro...


O olhar disfarçado, único, derradeiro
A profecia ainda não-cumprida.


Permita a fusão e a hora partida
E gotas de orvalho.


Permita o cálice descafeinado
E a verdade então mentida...


(Permita-me!...)




"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)