EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.
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20180323

Cataventos de Viseu


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Catavento em ferro forjado do Mestre Arnaldo Malho, na Avenida Infante D. Henrique

Tenho destas maluqueiras
(para o que me havia de dar)
a fazer versos ao ferro,
quando o não sei trabalhar!

O ferro é a minha vida,
do nosso ser já faz parte;
do ferro se fazem jóias
Se forem feitas com arte.

Se tivesse duas vidas,
voltaria a ser ferreiro
para dar vida ao ferro,
mais por gosto que dinheiro.

Do ferro sou um amigo;
(no meio do ferro nasci);
Apesar dele ser duro,
Muito com ele aprendi.

Arnaldo Malho - Viseu, 1880/1960
"O poeta do ferro" -  segundo Aquilino Ribeiro

20170204

Bispo Alves Martins e Antigo Seminário


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"Vizeu - Bispo Alves Martins e antigo seminário" - Bilhete Postal Ilustrado, Edição da Tabacaria Costa - Vizeu, Não circulado, datável das década 20 ou 30 do século XX ?
A estátua de D. António Alves Martins, Bispo de Viseu é da autoria do Mestre António Teixeira Lopes.

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(...) "Em Fevereiro de 1911, foi inaugurado o monumento ao Bispo sr. D. António Alves Martins. O pedestal, obra do grande mestre Serafim Lourenço Simões, tinha sido erigido no ano de 1908, em plena Monarquia, mas a estátua, mercê de manobras ao tempo desenvolvidas, só então foi fundida, apesar do Parlamento ter, anos antes, votado a lei que autorizava o Governo a ceder o bronze e a mandar fundir a estátua na fábrica de fundição do Arsenal do Exército."(...)

Arnaldo Malho (1880/1960)

20150409

A Estátua do Bispo de Viseu


Reprodução de Bilhete Postal Ilustrado não circulado, editado pela Tabacaria Costa - Vizeu, sem indicação da data com fotografia talvez da década 20 ou 30 do século XX, A estátua de D. António Alves Martins, Bispo de Viseu é da autoria do Mestre António Teixeira Lopes.

Aspecto actual da estátua e jardim de Santa Cristina

(...) "Em Fevereiro de 1911, foi inaugurado o monumento ao Bispo sr. D. António Alves Martins. O pedestal, obra do grande mestre Serafim Lourenço Simões, tinha sido erigido no ano de 1908, em plena Monarquia, mas a estátua, mercê de manobras ao tempo desenvolvidas, só então foi fundida, apesar do Parlamento ter, anos antes, votado a lei que autorizava o Governo a ceder o bronze e a mandar fundir a estátua na fábrica de fundição do Arsenal do Exército."(...)

Arnaldo Malho (1880/1960)

20150330

Candeeiro Finalmente Restaurado

Clique sobre a imagem para ampliar

Finalmente boas notícias! o candeeiro de ferro forjado do Mestre Malho, existente na Rua do Adro, junto à barbearia, no Centro Histórico de Viseu, perto da Praça D. Duarte, já foi restaurado. Veja as diferenças...

20150127

Candeeiro do Mestre Malho


Estava assim há poucas horas e assim deverá continuar [ver] o candeeiro da Rua do Adro, um trabalho do Meste Malho - "O Poeta do ferro", no dizer de Mestre Aquilino Ribeiro...

20141105

Candeeiro do Mestre Malho em Risco


Há alguns meses atrás passei na Rua do Adro e reparei com satisfação que estavam a iniciar a reconstrução do prédio que tem a outra fachada virada para a Praça D. Duarte. Ao reparar nos andaimes e no sistema de transporte dos materiais das demolições fiquei com receio que algo de mau viesse a acontecer ao candeeiro do Mestre Malho [saber +] que estava desprotegido. O meu receio veio a confirmar-se porque o candeeiro cuja reposição tanta tinta fez correr [saber +], já tem uma das faces (a porta de acesso à lâmpada) destruída e continua à mercê de boa ou má fortuna [saber +].
Os fiscais das obras do município precisarão de óculos? e os engenheiros que licenciaram a colocação dos andaimes, ignoravam a existência do candeeiro?

20120910

Lampiões de Viseu - Calçada da Vigia


Candeeiro em ferro forjado, atribuído ao Mestre Malho, na Calçada da Vigia (Welcome Center). Parece-me que o local destinado à tabuleta não foi bem escolhido...?

20111203

Restauro de Má Qualidade



Aos seis candeeiros de ferro forjado que há já alguns dias foram devolvidos ao centro histórico [ligação], juntou-se agora mais um. Portanto já só faltará recolocar três, do conjunto de dez, cuja autoria vem sendo atribuída ao Mestre Arnaldo Malho. O sétimo candeeiro foi colocado na Rua do Adro, junto da barbearia, mas a um olhar mais atento revela que o restauro foi muito mal executado. Reparem por favor nas imagens para confirmar que a tinta nova parece esconder a podridão... e este não é um caso único pois existem outras situações de "recuperação" descuidado mas mais discretas.

20111119

Última Hora - Candeeiros do Mestre Malho



Seis dos candeeiros de ferro forjado atribuídos ao Mestre Arnaldo Malho já foram "devolvidos" ao Centro Histórico de Viseu, depois de vários anos de ausência justificada com o necessário restauro.

P.S. - Mais pormenores e imagens logo que possível.

20111111

Campanha a Favor dos Candeeiros



Se não é pelo menos parece que a Região de Turismo do Centro de Portugal (Viseu) está a dar o seu contributo para a reposição dos candeeiros de ferro forjado, atribuídos ao Mestre Arnaldo Malho, porque de outro modo não se entenderia a insistência [ligação] em mostrar peças que deixaram de poder ser vistas, apreciadas e fotografadas. Neste caso a imagem que mostra três exemplares, está na página 10 do "Guia City Breakes" que editou e está a distribuir aos turistas e visitas.

20111031

Publicidade Enganosa ou ... ?!


Os cartazes do que parecer ser uma campanha denominada - “VI(R)VER VISEU”, promovida pela “Turismo do Centro de Portugal” [ligação] e a Câmara Municipal de Viseu, poderá ser considerada publicidade enganosa. Uma das imagens usadas no cartaz que intercala fotos com frases já velhas, gastas e pouco sugestivas (A melhor cidade para viver, Viseu Acessível, Viseu Jovem, Viseu Artístico…), mostra um dos candeeiros de ferro forjado, atribuídos ao Mestre Arnaldo Malho [ligação], ou da sua "escola".
O exemplar da foto e o seu par estavam colocados na fachada da Igreja da Misericórdia mas foram removidos no decorrer das recentes obras, realizadas no edifício. Os restantes, cerca de uma dezena de exemplares, retirados ao longo de vários anos do Adro da Sé e proximidades continuam, em lugar incerto. Na verdade e uma vez que não existem dúvidas sobre impossibilidade de encontrar alguma destas artísticas e valiosas lanternas nas ruas de Viseu, a utilização desta imagem nos cartazes, profusamente afixados no Rossio e noutros locais da cidade, poderá ser considerada publicidade enganosa, ou a confirmação da ignorância de quem criou o cartaz e mais ainda de quem o mandou imprimir e fez afixar.
Para finalizar, resta acrescenta que não vislumbro qualquer interesse na colocação destes cartazes em Viseu, para além da autopromoção, melhor dizendo propaganda, da gestão da câmara municipal.

Um dos Candeeiros "Desaparecidos"



Candeeiro em ferro forjado - "Viseu Monumental e Artístico" de A. de Lucena e Vale, 1949, fotografias de Germano [ligação], edição da Câmara Municipal de Viseu

20111017

Rua Mestre Arnaldo Malho


A Rua Mestre Arnaldo Malho [saber +] fica na freguesia do Coração de Jesus, no Massorim, junto ao Moinho de Vento, entre a Rua Mestre Álvaro Loureiro e a Rua Conselheiro Sousa Macedo. Sobre o Mestre Malho escreveu outro Mestre e seu grande amigo:
"Arnaldo Malho, o coração mais alevantado e as mãos mais destras que pegaram alguma vez no ferro. Fazia renda com ele; esculpia nele retratos como greda; fazia toda a obra de filigrana. Quando se lhe enaltecia o artefacto limitava-se a dizer:
-Não nasci Malho ?"

Aquilino Ribeiro

Arnaldo Malho - Ferros Forjado de Viseu



"Arnaldo Malho é o nome de guerra de Arnaldo dos Santos Malho que, nascido em Viseu, na Rua dos Loureiros (*), bem perto da Porta dos Cavaleiros, em 26 de Novembro de 1880, nesta mesma cidade viveu uma operosa vida e nela morreu em 21 de Abril de 1960 com quase 80 anos feitos.
Curiosamente o sobrenome de Malho que tão bem parece adptar-se à sua profissão de ferreiro não lhe adveio de um dos símbolos do ofício já exercido na família, deve-se à adopção, como patronímico, de uma alcunha dada s seu avô paterno (desassossegado em malhar com varapau as romarias!). "

Alberto Correia in "Arnaldo Malho - Ferros Forjado de Viseu", Edição da Comissão da Feira de São Mateus, Eden Gráfico, Viseu, S/data

* Na vizinha Rua do Arco, segundo o assento de baptismo de 26 de Dezembro de 1880 reproduzido em "Malhando o Ferro com Arnaldo Malho", de Maria das Dores Almeida Henriques

Malhando o Ferro com Arnaldo Malho



(...) "A actividade profissional de Arnaldo Malho assentou em dois marcos fundamentais: o pai e a Escola onde estudou. Do primeiro, herdou o gosto pela arte que abraçou; a segunda, foi a sua segunda casa, ao longo de quase toda a vida."(...)
(...) "Destacou-se na arte de trabalhar o ferro forjado. A partir de formas simples, recria modelos e produz autênticas obras-primas. Lanternas, espelhos, candeeiros, molduras, gatos de lareira, flores, lustres, mesas e transfogueiros são apenas exemplos singelos de tão vasta e rica obra, que concebeu e executou, e à qual se dedicou de alma e coração, com esmero e talento" (...)

Maria das Dores Almeida Henriques in "Malhando o Ferro com Arnaldo Malho", Arquivo Distrital de Viseu, Confraria de Saberes e Sabores da Beira "Grão Vasco", Tipografia Beira Alta, Lda. - Viseu, Viseu 2004

20110708

Malhar em Ferro Frio?


Bilhete postal sem data, 1950 aproximadamente

Onde param afinal os candeeiros do Mestre Malho [ligação]?
A autarquia estranhamente continua sem dar uma resposta satisfatória [ligação]

20090120

D. António Alves Martins - Bispo de Viseu


Reprodução de bilhete postal editado pela Tabacaria Costa, sem indicação da data, talvez do início dos anos 50 do século XX, a estátua do Bispo de Viseu é da autoria de António Teixeira Lopes.
(...) "Em Fevereiro de 1911, foi inaugurado o monumento ao Bispo sr. D. António Alves Martins. O pedestal, obra do grande mestre Serafim Simões [ligação], tinha sido erigido no ano de 1908, em plena Monarquia, mas a estátua, mercê de manobras ao tempo desenvolvidas, só então foi fundida, apesar do Parlamento ter, anos antes, votado a lei que autorizava o Governo a ceder o bronze e a mandar fundir a estátua na fábrica de fundição do Arsenal do Exército."(...)

Arnaldo Malho (1880/1960) [ligação]

20081204

Olho Vivo - Viseu



ONDE PARAM OS CANDEEIROS DE MESTRE MALHO?

"Há já largos meses que foram retirados os candeeiros de ferro forjado da autoria de Mestre Arnaldo Malho que se encontravam na cantaria da Sé Catedral, mais propriamente, na ala contigua à varanda de dupla colunata toscana, ou “passeio dos cónegos”. Outros exemplares iguais já tinham sido retirados, nomeadamente na fachada do Museu Grão Vasco, aquando da remodelação projectada pelo arquitecto Souto de Moura, mas onde se nota mais a ausência é precisamente na esquina do Adro da Sé com a Praça D. Duarte, por cima das escadinhas." (...)


A dúvida existe e preocupa os viseenses mais atentos às coisas do património da nossa cidade que continua a ser espoliada de algumas marcas do passado. Quando estiver tudo muito moderno ou "falso" quem continuará interessado em visitar-nos?

20081007

O Bispo de Viseu



Pedestal da estátua do Bispo de Viseu D. António Alves Martins erigido pelo Mestre Serafim Simões no ano da sua morte (1908). Por dificuldades várias a estátua da autoria de António Teixeira Lopes só foi colocada no seu lugar e inaugurada em 18 de Fevereiro de 1911 depois das peripécias que incluíram o "trambolhão" a "decapitação" da estátua às ordens do Mestre Arnaldo Malho. Essa história verídica fica para mais tarde.
Ao fundo o renovado edifício do Seminário onde poderá visitar as "Escadas Supensas" com os seus 57 degraus que muitos outros recusaram restaurar.

20080609

O Candeeiro "Desaparecido"



Em 2001 a Câmara Municipal iniciou a substituição de candeeiros em ferro forjado em vária ruas e praças do Centro Histórico, substituindo-os por um novo modelo inspirado nos antigos mas sem a menor valia artística. Os candeeiros retirados foram executados na serralharia Malho, na Rua do Arco, fundada por Arnaldo Malho (26/11/1880 - 21/04/1960) um dedicado amigo de Aquilino Ribeiro que colaborou na sua fuga da prisão no Fontelo (1928) e o intitulou o "poeta do ferro".
Agora talvez para não destoar com os novos foi retirado um belo candeeiro, mais trabalhado que os anteriormente citados e da autoria do Mestre Malho que estava colocado na velha torre na Rua do Adro, iluminando a rua e as escadarias que ligam o Largo da Misericórdia, o Adro da Sé e a Praça D. Duarte. Restam dois idênticos na frontaria barroca da Igreja da Misericórdia. Perderam os fotógrafos um bom motivo para as suas objectivas. Confesso que me custou acreditar quando instintivamente apontei a máquina e não encontrei o candeeiro...Espero que seja recuperado e recolocado num lugar digno.