Novamente a réstia sob o diminuto espaço
Que no chão transpassa do separar da porta
Na minguada fresta que no amanhecer reporta-se
E me remete ao chão quando à luz aponta.
Mais um dia a convidar-me à vida
Ergo-me aos punhos e ajoelhado fico
Branda luz que num lentear recolhe-se
Incita-me ânimo a acompanhar-lhe afora.
Agarro-me ao trinco a ruminar temores
De coisas mais vivas que vagueiam fora
Obstinada luz que da fresta some
Benevolente volta nessa mesma hora.
(Carlos Barros)