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La marée haute
terça-feira, outubro 11, 2011
  "Sou responsável pela minha flor", disse o principezinho - ou a história ao contrário

"... farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz..."

Clarice Lispector

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segunda-feira, setembro 05, 2011
  A matemática do amor

Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.

Clarice Lispector

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sexta-feira, julho 22, 2011
 

Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas.

Clarice Lispector

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quarta-feira, setembro 08, 2010
  Amo Clarice, leio-a, repetidamente

Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa.

A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho.


Clarice Lispector

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segunda-feira, agosto 09, 2010
 

"Parecia-lhe que já fora tão experimentada que que agora lhe deveria chegar, dentro da lógica romântica dos humanos, a hora de receber a paz. Já nem ousava pensar em alegria, que ela não sabia propriamente como era, mas em paz. O que seria uma alegria? Ainda teria capacidade de reconhecê-la, se viesse? Ou já era tarde demais para que pudesse distingui-la. Pois ela adivinhava que a alegria viria talvez como um som simples quase aquém do nível de audição."

Clarice Lispector - Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres

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sábado, maio 09, 2009
  Esta noite

Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.

Clarice Lispector


Sem que aparentemente nada do mundo real te fizesse anunciar, irrompeste claro e verdadeiro no meu sonho.

A memória dos afectos trago-a no que sou, como uma discreta presença de luz.

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sexta-feira, maio 01, 2009
 

Amor será dar de presente um ao outro a própria solidão? Pois é a coisa mais última que se pode dar de si.

C. Lispector

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quinta-feira, abril 30, 2009
  (se isto não é bonito e vero, não sei o que o é)

Fique de vez em quando só, senão será submergido. Até o amor excessivo pode submergir uma pessoa.

Clarice Lispector

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quarta-feira, abril 29, 2009
  Clarice volta sempre aqui

O mistério do destino humano é que somos fatais, mas temos a liberdade de cumprir ou não o nosso fatal: de nós depende realizarmos o nosso destino fatal.

C. Lispector

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sexta-feira, fevereiro 22, 2008
  Pertencer

Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: nela o ser humano, no berço mesmo, já começou.

Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça.


Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus.

Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso.
(...)
Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço.
Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.

Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa.

A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho.

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Sur la marée haute je suis montée la tête est pleine mais le coeur n'a pas assez. Lhasa de Sela


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