sexta-feira, 13 de setembro de 2024

1º dia do 2º ciclo

O mais novo entrou no 2º ciclo. Acho que tenho andado mais nervosa do que ele, pois bem sei que estes começos costumam ser difíceis. É um menino doce, que quer agradar, mas o que me assusta sempre, é o tamanho da sua inocência ao lado dos miúdos da mesma idade. É uma criança sociável, mas nunca teve muitos amigos. 

Será que o protegemos demais? Se calhar, mas dói quando sabemos que ficam tristes, magoados e não podemos fazer nada.  

Hoje não foi um dia fácil para ele. Escola nova, tudo diferente... várias disciplinas, horários aos quais tem de estar atento, vários professores, colegas na maioria novos, e os que já conhecia, não eram os melhores amigos. A turma do 4º ano foi toda separada, e os dois melhores amigos dele, ficaram juntos noutra turma. Quando lhe perguntei como correu o dia, disse-me que ambos o ignoraram, e cá dentro tudo doeu. 

Passou os intervalos de toda a manhã com a irmã e os amigos dela, que estavam pendentes dele, pois já estão no 3º ciclo. O que eu gostava mesmo era que ele se desse com os da sua idade, que se enturmasse e formasse a sua própria tribo. 

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Regresso às rotinas

Olá! E um viva aos recomeços. Estamos novamente naquela altura do ano, em que anda tudo em nervoso miudinho, ligeiramente saudável atrevo-me a dizer, do regresso à escola. Não só à escola, mas também às rotinas, aos horários mais controlados, e no fundo mais fáceis de gerir por sabermos com o que contar, pelo menos para mim, é assim. 

E este ano, planeio um regresso aqui, a este cantinho. 

Voltando ao tema regresso à escola, é para mim também regresso à organização doméstica. Ementas precisam ser elaboradas, porque com os treinos de vólei da miúda de volta, os horários do fim de tarde são muitas vezes reduzidos, e quando a organização falha, falham as refeições saudáveis e equilibradas, falham os horários de dormir, tudo falha. 

Amanhã arranca por aqui. Pela manhã a reunião do mais novo, pela tarde a da mais velha, para a qual os pais já não fazem lá falta nenhuma, é assim, muita independência 😁 Na sexta, dizem eles, é dia de arrancar a sério. 

O mais novo vai começar agora o 2º ciclo, e não sei se não estou eu bem mais nervosa do que ele. Com ela foi tranquilo, mas ele é o bebé desta casa, não estamos prontos. No entanto, confio na capacidade dele de se ajustar, e acredito que vai correr tudo bem. 

Se já tenho tudo pronto para este regresso? Claro que não. Temos os livros que chegaram e ainda esperamos alguns que nunca mais chegam. Tenho metade dos livros que já recebemos forrados, e o resto por forrar. Material?! Nenhum! Quando vierem com as listas vamos comprar tudo junto. 


segunda-feira, 9 de setembro de 2024

tenho um bichinho

Tenho sentido dentro de mim um bichinho. um bichinho que vai fazendo cocegas, acho que me quer desafiar, ou fazer-me despertar de um sono profundo. 

Há mais tempo do que aquele que consigo admitir, que não me consigo reconhecer como um todo, sou e vivo em, e de pedaços que não conseguem ser nada de concreto. E que vontade eu tenho, de pegar em mim, virar-me do avesso e voltar a reencontrar-me no espelho!

Tenho sentido um bichinho dentro de mim, que me pede que volte aqui, que explore, nem que seja só para mim, esta parte que era tão minha. 

Estou cansada, sempre cansada, há demasiado tempo cansada, e começo a sentir-me cansada de o estar.

 Preciso de dar retirada às distrações que não me permitem sair desse circulo interminável e tomar as rédeas, mesmo sabendo que já o tentei tantas outras vezes e que as perdi, soltei sem antes chegar ao meu destino, ou pelo menos à estrada certa. 

sábado, 25 de março de 2023

arrependimento

 Pergunto-me... de que serve um arrependimento se não podemos mudar nada nele? 

Sempre enchi a boca para dizer que não me arrependo de nada, que até nas más decisões há lições a aprender, mas dei por mim a questionar-me. Acho que hoje me arrependo sim. Arrependo-me de certas decisões que tomei no passado e que já não posso fazer nada a respeito. Que me ensinaram muito sim, mas que hoje, à distância de vários anos me roem por dentro, e me desamparam. 

Foram outras vozes nos meus ouvidos, que muitas vezes me levaram a seguir caminhos para os quais eu ainda não estava preparada e que ditaram o resto da minha vida. Há decisões que não são fáceis de reverter, e fica mais difícil ainda com o peso dos anos em cima. 

terça-feira, 29 de novembro de 2022

03-11-1958 ----- 10-11-2022


Aqui já tinha falado sobre a doença súbita da minha mãe, um cancro no rim esquerdo muito agressivo. Foi diagnosticada em Julho, sujeita a uma nefrectomia a 18 de Agosto, teve alta a 24 e veio para minha casa. Entretanto ainda passou uns dias com a minha irmã, mas voltou para cá. A recuperação não estava a ser fácil e nunca deixou de sentir dores. 

Durante o mês de Outubro acompanhei bem de perto como a sua saúde se deteriorava e foram dias e noites complicadas, em que as dores eram paralisantes, desesperantes... e para mim, acompanhadas de uma grande impotência. 

No fim desse mês deu entrada no hospital, tão fraca e tão mal que a vi que acreditei quando me vim embora, que essa era a última vez que a via com vida. Estava com uma infeção séptica. No entanto reagiu aos antibióticos numa primeira fase. Uma semana depois, deixaram de fazer efeito e a infeção alastrou. 

Um dia antes do seu 64º aniversário, a médica ligou-me para me dar essa notícia. Para me preparar para o pior. No dia do aniversário dela voltou a falar com a minha irmã, reforçou a ideia de que a partida da minha mãe estaria para breve, que naquele ponto, era algo garantido, à espera de aconteceu. 

Passou-se mais uma semana até ao último dia, e de repente vi-me órfã de mãe e de pai. Já não tenho quem me chame de filha, e no entanto parece tudo surreal. Apesar de já termos vazado a casa onde morava (porque era alugada, ainda nos falta a dela mesmo na Espanha), parece que é mentira, e que a qualquer momento pode voltar. Bem sei que não acontecerá... 

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Natal - As minhas sugestões DIY e minimalistas I

Esta é mais uma publicação que tinha meio escrita há mesmo muito tempo, mais precisamente para o Natal de 2016, e que fui agora resgatar e aproveitar para este próximo Natal.

Parece longe, e eu mesma não gosto nada de ver as lojas repletas de produtos e decoração alusiva ao Natal a meio de Outubro - gente, ainda temos o Halloween antes, que eu tanto gosto!!! - e não me venham com o blá blá blá que não é uma tradição nossa e o raio que o parta... - Mas, a verdade é que para quem gosta de fazer as prendas para os seus amigos e familiares como eu, tem mesmo de se organizar e começar cedo.

Agora; o meu dilema é sempre o mesmo. Adoro, mas adoro mesmo dar presentes, e acabam por acontecer duas coisas em paralelo:
 
1. gosto de os fazer, e muita gente não dá qualquer valor a coisas feitas à mão

2. cada vez mais, tento tirar tralha desnecessária da minha própria casa, e portanto, também me custa dar aos outros coisas que possam vir a tornar-se tralha com o tempo.
 
Pensei em como satisfazer a minha necessidade de mimar as pessoas à minha volta e de quem gosto, e tentar minimizar as prendas desnecessárias, e eis aqui algumas ideias e algumas sugestões, se pensas como eu:

1. Vales oferta/subscrições
Se a pessoa gosta de roupa. ofereceram-lhe vales para as suas lojas preferidas. Se a pessoa gosta de livros, ou música, façam o mesmo e por ai. Podem assinar a subscrição de uma revista, por exemplo e oferecer com um cartão de Natal. Podem também fazer uns vales caseiros que a pessoa possa utilizar quando precisar. Por exemplo, aos nossos pais já ofereci vales para um almoço fora, num sítio à escolha deles, e foi das prendas que mais apreciaram. Podem fazer vales de babysitting, massagens, passeios, etc... pensem - a sério - na pessoa a quem vão oferecer algo, personalizem, e vão ver como vale sempre a pena. 

2. Experiências
Ofereçam entradas para museus, cinema, teatro, concertos, etc. Não ocupam espaço e as experiências ficam para sempre. Até podem ir junto, e aproveitam algum tempo de qualidade. 

3. Comestíveis
É sempre uma ótima opção para quem gosta do feito em casa. Bolachas, bolos, compotas, licores, bombons - pessoalmente já fiz desses todos e são sempre bem aceites.

4. Produtos de higiene caseiros
Sabonetes, óleos personalizados, champôs, bombas para banho, água de rosas, esfoliantes, cremes... há um sem fim de receitas online que podem usar para fazer este tipo de produto em casa. Depois é só colocar numa embalagem bonita e adicionar instruções de uso, ingredientes, etc sempre que necessário. 




5. Ornamentos
Coloco esta sugestão com um pequeno senão. Tenham a certeza que a pessoa a quem vão oferecer os ornamentos monta a árvore de Natal, caso não o faça porque não gosta, não tem espaço ou por levar uma vida mais minimalista, os ornamentos tornam-se "tralha desnecessária". Cá em casa temos uma tradição desde que os miúdos nasceram, todos os anos, por cada um deles adicionamos um ornamento novo, feito à mão. Também adicionamos à nossa árvore todos os ornamentos oferecidos por amigos, comprados ou feitos por eles também, e confesso que sempre que monto a nossa árvore, o que mais gosto é de ver toda a mistura de ornamentos diferentes e ela mais cheia de tanto carinho. 

domingo, 16 de outubro de 2022

cinco anos depois


Andei para aqui a ver posts guardados em rascunhos... eram 20, nunca os cheguei a partilhar embora os tivesse iniciado. Os últimos tempos andam particularmente sensíveis por aqui e encontrar estas coisas... dá uma nostalgia... 

Escrevi isto no início de Junho de 2017, o mês e ano em que a minha filha fez 6 anos, era o começo de muito mais que tinha para dizer, mas ficou assim, aquém...

Ainda me lembro de ti pequenininha. Na ponta dos pés, esticavas-te muito para chegar à tomada da luz, hoje estás mais alta do que ela. É assim que vejo muitas vezes o quanto tu (e o mano) cresceram, pelos móveis, sítios e coisas cá de casa. E quando penso, onde estaremos daqui a dez anos... Inicialmente 10 anos parece muito tempo, mas não é, e em dez anos estarás uma mulher, com 16.

... não passaram dez anos, mas passaram cinco e já tanta coisa mudou. E a princesa - pequenininha - está quase do meu tamanho, já tem 11 anos. 

1º dia do 2º ciclo

O mais novo entrou no 2º ciclo. Acho que tenho andado mais nervosa do que ele, pois bem sei que estes começos costumam ser difíceis. É um me...