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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

1º dia do 2º ciclo

O mais novo entrou no 2º ciclo. Acho que tenho andado mais nervosa do que ele, pois bem sei que estes começos costumam ser difíceis. É um menino doce, que quer agradar, mas o que me assusta sempre, é o tamanho da sua inocência ao lado dos miúdos da mesma idade. É uma criança sociável, mas nunca teve muitos amigos. 

Será que o protegemos demais? Se calhar, mas dói quando sabemos que ficam tristes, magoados e não podemos fazer nada.  

Hoje não foi um dia fácil para ele. Escola nova, tudo diferente... várias disciplinas, horários aos quais tem de estar atento, vários professores, colegas na maioria novos, e os que já conhecia, não eram os melhores amigos. A turma do 4º ano foi toda separada, e os dois melhores amigos dele, ficaram juntos noutra turma. Quando lhe perguntei como correu o dia, disse-me que ambos o ignoraram, e cá dentro tudo doeu. 

Passou os intervalos de toda a manhã com a irmã e os amigos dela, que estavam pendentes dele, pois já estão no 3º ciclo. O que eu gostava mesmo era que ele se desse com os da sua idade, que se enturmasse e formasse a sua própria tribo. 

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Regresso às rotinas

Olá! E um viva aos recomeços. Estamos novamente naquela altura do ano, em que anda tudo em nervoso miudinho, ligeiramente saudável atrevo-me a dizer, do regresso à escola. Não só à escola, mas também às rotinas, aos horários mais controlados, e no fundo mais fáceis de gerir por sabermos com o que contar, pelo menos para mim, é assim. 

E este ano, planeio um regresso aqui, a este cantinho. 

Voltando ao tema regresso à escola, é para mim também regresso à organização doméstica. Ementas precisam ser elaboradas, porque com os treinos de vólei da miúda de volta, os horários do fim de tarde são muitas vezes reduzidos, e quando a organização falha, falham as refeições saudáveis e equilibradas, falham os horários de dormir, tudo falha. 

Amanhã arranca por aqui. Pela manhã a reunião do mais novo, pela tarde a da mais velha, para a qual os pais já não fazem lá falta nenhuma, é assim, muita independência 😁 Na sexta, dizem eles, é dia de arrancar a sério. 

O mais novo vai começar agora o 2º ciclo, e não sei se não estou eu bem mais nervosa do que ele. Com ela foi tranquilo, mas ele é o bebé desta casa, não estamos prontos. No entanto, confio na capacidade dele de se ajustar, e acredito que vai correr tudo bem. 

Se já tenho tudo pronto para este regresso? Claro que não. Temos os livros que chegaram e ainda esperamos alguns que nunca mais chegam. Tenho metade dos livros que já recebemos forrados, e o resto por forrar. Material?! Nenhum! Quando vierem com as listas vamos comprar tudo junto. 


segunda-feira, 9 de setembro de 2024

tenho um bichinho

Tenho sentido dentro de mim um bichinho. um bichinho que vai fazendo cocegas, acho que me quer desafiar, ou fazer-me despertar de um sono profundo. 

Há mais tempo do que aquele que consigo admitir, que não me consigo reconhecer como um todo, sou e vivo em, e de pedaços que não conseguem ser nada de concreto. E que vontade eu tenho, de pegar em mim, virar-me do avesso e voltar a reencontrar-me no espelho!

Tenho sentido um bichinho dentro de mim, que me pede que volte aqui, que explore, nem que seja só para mim, esta parte que era tão minha. 

Estou cansada, sempre cansada, há demasiado tempo cansada, e começo a sentir-me cansada de o estar.

 Preciso de dar retirada às distrações que não me permitem sair desse circulo interminável e tomar as rédeas, mesmo sabendo que já o tentei tantas outras vezes e que as perdi, soltei sem antes chegar ao meu destino, ou pelo menos à estrada certa. 

sábado, 25 de março de 2023

arrependimento

 Pergunto-me... de que serve um arrependimento se não podemos mudar nada nele? 

Sempre enchi a boca para dizer que não me arrependo de nada, que até nas más decisões há lições a aprender, mas dei por mim a questionar-me. Acho que hoje me arrependo sim. Arrependo-me de certas decisões que tomei no passado e que já não posso fazer nada a respeito. Que me ensinaram muito sim, mas que hoje, à distância de vários anos me roem por dentro, e me desamparam. 

Foram outras vozes nos meus ouvidos, que muitas vezes me levaram a seguir caminhos para os quais eu ainda não estava preparada e que ditaram o resto da minha vida. Há decisões que não são fáceis de reverter, e fica mais difícil ainda com o peso dos anos em cima. 

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Natal - As minhas sugestões DIY e minimalistas I

Esta é mais uma publicação que tinha meio escrita há mesmo muito tempo, mais precisamente para o Natal de 2016, e que fui agora resgatar e aproveitar para este próximo Natal.

Parece longe, e eu mesma não gosto nada de ver as lojas repletas de produtos e decoração alusiva ao Natal a meio de Outubro - gente, ainda temos o Halloween antes, que eu tanto gosto!!! - e não me venham com o blá blá blá que não é uma tradição nossa e o raio que o parta... - Mas, a verdade é que para quem gosta de fazer as prendas para os seus amigos e familiares como eu, tem mesmo de se organizar e começar cedo.

Agora; o meu dilema é sempre o mesmo. Adoro, mas adoro mesmo dar presentes, e acabam por acontecer duas coisas em paralelo:
 
1. gosto de os fazer, e muita gente não dá qualquer valor a coisas feitas à mão

2. cada vez mais, tento tirar tralha desnecessária da minha própria casa, e portanto, também me custa dar aos outros coisas que possam vir a tornar-se tralha com o tempo.
 
Pensei em como satisfazer a minha necessidade de mimar as pessoas à minha volta e de quem gosto, e tentar minimizar as prendas desnecessárias, e eis aqui algumas ideias e algumas sugestões, se pensas como eu:

1. Vales oferta/subscrições
Se a pessoa gosta de roupa. ofereceram-lhe vales para as suas lojas preferidas. Se a pessoa gosta de livros, ou música, façam o mesmo e por ai. Podem assinar a subscrição de uma revista, por exemplo e oferecer com um cartão de Natal. Podem também fazer uns vales caseiros que a pessoa possa utilizar quando precisar. Por exemplo, aos nossos pais já ofereci vales para um almoço fora, num sítio à escolha deles, e foi das prendas que mais apreciaram. Podem fazer vales de babysitting, massagens, passeios, etc... pensem - a sério - na pessoa a quem vão oferecer algo, personalizem, e vão ver como vale sempre a pena. 

2. Experiências
Ofereçam entradas para museus, cinema, teatro, concertos, etc. Não ocupam espaço e as experiências ficam para sempre. Até podem ir junto, e aproveitam algum tempo de qualidade. 

3. Comestíveis
É sempre uma ótima opção para quem gosta do feito em casa. Bolachas, bolos, compotas, licores, bombons - pessoalmente já fiz desses todos e são sempre bem aceites.

4. Produtos de higiene caseiros
Sabonetes, óleos personalizados, champôs, bombas para banho, água de rosas, esfoliantes, cremes... há um sem fim de receitas online que podem usar para fazer este tipo de produto em casa. Depois é só colocar numa embalagem bonita e adicionar instruções de uso, ingredientes, etc sempre que necessário. 




5. Ornamentos
Coloco esta sugestão com um pequeno senão. Tenham a certeza que a pessoa a quem vão oferecer os ornamentos monta a árvore de Natal, caso não o faça porque não gosta, não tem espaço ou por levar uma vida mais minimalista, os ornamentos tornam-se "tralha desnecessária". Cá em casa temos uma tradição desde que os miúdos nasceram, todos os anos, por cada um deles adicionamos um ornamento novo, feito à mão. Também adicionamos à nossa árvore todos os ornamentos oferecidos por amigos, comprados ou feitos por eles também, e confesso que sempre que monto a nossa árvore, o que mais gosto é de ver toda a mistura de ornamentos diferentes e ela mais cheia de tanto carinho. 

domingo, 16 de outubro de 2022

cinco anos depois


Andei para aqui a ver posts guardados em rascunhos... eram 20, nunca os cheguei a partilhar embora os tivesse iniciado. Os últimos tempos andam particularmente sensíveis por aqui e encontrar estas coisas... dá uma nostalgia... 

Escrevi isto no início de Junho de 2017, o mês e ano em que a minha filha fez 6 anos, era o começo de muito mais que tinha para dizer, mas ficou assim, aquém...

Ainda me lembro de ti pequenininha. Na ponta dos pés, esticavas-te muito para chegar à tomada da luz, hoje estás mais alta do que ela. É assim que vejo muitas vezes o quanto tu (e o mano) cresceram, pelos móveis, sítios e coisas cá de casa. E quando penso, onde estaremos daqui a dez anos... Inicialmente 10 anos parece muito tempo, mas não é, e em dez anos estarás uma mulher, com 16.

... não passaram dez anos, mas passaram cinco e já tanta coisa mudou. E a princesa - pequenininha - está quase do meu tamanho, já tem 11 anos. 

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Das férias de verão

Tinha aqui um rascunho de uma publicação sobre o início das férias dos miúdos. 😅 Ah Ah Ah 😁 As férias estão por um fio já e eu nunca mais cá voltei. A verdade é que hoje já fui à reunião com a professora do mais novo, e segunda feira arrancam as aulas para ambos. 

Não foi um verão fácil. Para começar com o mais leve, o pai está a trabalhar há relativamente pouco tempo num novo trabalho e como tal não teve férias, passamos todo o verão em casa. Depois, a casa da minha irmã ardeu num incêndio e para arrematar a minha mãe ficou doente e assim de uma semana para a outra foi sujeita a uma cirurgia de urgência, e cuja recuperação não está a ser propriamente pêra doce. A cirurgia foi no dia 18 de Agosto, está cá em casa desde o dia 24 pois não podia ficar sozinha. 

vidros partidos, tudo preto... lá fora, parecia neve, mas era cinza... 

Fizemos muito pouco com os miúdos... 😔 ... não fizemos praia nem um só dia, o que valeu aos miúdos é que eles até são mais de piscina e este ano voltámos a comprar uma insuflável para o quintal (que o cão do vizinho rompeu porque decidiu vir para aqui morder nos nossos - e teve que pagar outra, obviamente). A festa de aniversário do miúdo não correu como esperado, embora tenha acabado por se divertir ainda assim... aprendemos sempre algo, desta vez a convidar só quem realmente importa porque de 6 convidados da turma, 5 cancelaram na véspera. Esta turma que calhou ao meu miúdo é mesmo top! (olhá ironia, claro!). 

... mesa das comidas ... 

o bolo que ele escolheu era todo ele feito em fruta e preparei-o mesmo antes de cantar os parabéns para que estivesse fresquinho. foi um sucesso. 


Ainda fizemos algumas coisas engraçadas com eles, mas pouco. Acampámos com os tios e os primos dois dias...



Fomos à concentração de motos de Faro e mais um par delas locais... 

Fomos a alguns aniversários e um deles teve lugar num espaço com quinta, e mesmo depois de termos dado a voltinha para ver os animais, alguém veio dizer que a cabra tinha parido, claro que foi tudo a correr ver a bebé. Que coisa mais fofa, mal acabada de parir e já se colocava de pé. 


A miúda lá festejou o aniversário, várias semanas depois, pois queria juntar as três melhores amigas na festa, mas faltava sempre alguma que ou iam de férias, ou isto, ou aquilo. Lá fez a sua festa do pijama como queria, e divertiu-se bastante.
 
digam lá que não montei uma boa esplanada para jantarem na rua?

Demos um ou outro passeio noturno com eles que adoram passear quando o sol se põe, comemos churros, waffles... brincaram em parques e passearam à beira mar. Há lá coisa melhor numa noite quente de verão? 


Passeios por shoppings quase não existiram, então num ou dois que fizemos deliraram, como se fosse uma grande coisa... 😆


alte

alte

Boas ou más, acabaram-se as férias e é tempo de retomar rotinas mais ou menos iguais. Confesso que já me fazia falta, embora não tenha a certeza se será melhor assim ou não. De certa forma, e como estive sempre a trabalhar desde casa, ter os miúdos em casa é um descanso, não ter que andar no leva um, leva outro, vai buscar um, vai buscar o outro... 

E por ai? Já arrancou o regresso à escola? Como foi o vosso verão? 

quinta-feira, 30 de junho de 2022

...mais covid...


São cada vez mais raras as vezes que passo por aqui para escrever sobre o que quer que seja. O mundo está louco lá fora, e nós vivemos cada dia devagar, um depois do outro, sem saber que loucura virá a seguir. 

No meu mundo pessoal, também têm sido muitas as mudanças, muitas as incertezas... Muitos projetos parados a meio, em standby porque nem sempre as coisas correm como esperamos, ou pretendemos. 

Hoje por exemplo, já me sinto bem e capaz novamente, mas o raio do bicho (i.e. covid) apanhou-me outra vez e andei aqui no baixa e sobe com a febre, nada a ver como estive da primeira vez. O raio do bicho veio mesmo na pior semana, em que tinha as festas de aniversário dos miúdos para preparar, a festa de fim de ano onde os miúdos atuaram os dois, e o vestido para o baile de finalistas da sobrinha por terminar. Hoje, vai ser dar corda aos sapatos para o vestido. A festa da miúda, que teria sido ontem/hoje (festa do pijama como tem feito nos últimos anos) foi adiada para daqui a um par de semanas porque uma das amigas não vai estar cá antes e ela prefere esperar por ela. E a festa do miúdo que seria sábado, lá teremos de alterar também. O pobre já ficou sem festa o ano passado, também por culpa do covid, quando mandaram os miúdos todos de quarentena apenas uns dias antes, para nós que somos adultos, é fácil de entender, mas ele?! Que faz oito (e sete no ano passado)... Até mesmo ela que é mais velhinha, ficou desconsolada por eu estar com covid e incapaz de lhe dar a festa pela qual tanto esperou e tão ansiosa estava. 

domingo, 10 de abril de 2022

Na falta de melhor, falemos do tempo

Normalmente por esta altura do ano, já costumo ter a roupa de verão fora da arrumação e pronta a vestir. Também já costumo ter as peças mais quentes de inverno guardadas. Este ano bem vemos como as coisas têm estado a correr. Sinceramente, quando o sol sai, aquece bastante, ainda assim, quando vou para a sombra congelo. 
Já vejo imensa gente de manga curta, mas porra, que uma pessoa mora numa casa que agora deu em ser um gelo, e como passo a maior parte do dia aqui, nem tempo tenho de aquecer. Depois quando ando pela rua, dá-me sempre a sensação que sou a única maluquinha com a necessidade de uma roupa um pouco mais quente. 

E quando chega a noite? Quente também não é, que por cá ainda se dorme muito bem com a roupa de cama de inverno e com o pijaminha polar. OK, se calhar o pijaminha já vai sendo demais, mas o que eu quero dizer é que as noites ainda arrefecem bastante. Caramba, estamos quase a meio de Abril. Normal não se pode dizer que seja. 

E eu que já ando com tanta vontade de voltar a vestir aquelas roupinhas que estão guardadas há tanto tempo, as minhas roupitas de verão. 

sábado, 11 de dezembro de 2021

Novo cabeçalho e novo desafio para 2022

Reparei que não mudava o "look" deste espaço desde 2018. Isso não é nada normal em mim, que ando sempre a trocar tudo. Gostava muito do antigo cabeçalho, mas ando a precisar novamente de mudanças. 

Ultimamente, tenho sentido uma grande saudade de quem eu era quando era apenas uma miúda. Uma miúda que podia com tudo neste mundo, que sonhava com tudo e que acreditava que os sonhos são para se realizar. Que se expressava de tanta forma diferente, que respirava tanta forma de arte como se existisse dentro da sua própria pele. 

Porém, sei que já não sou essa menina, que a vida mostrou que nem todos os sonhos são para seguir, aliás, que nem todos os sonhos são bons de manter. Por vezes, evoluem, mudam, transformam-se noutros, ou em alternativas mais palpáveis.

Sinto falta dessa menina, mas não quero ser ela outra vez, quero ser outra versão dela. A minha versão atual. Redescobrir-me a mim mesma, voltar a explorar pedaços de mim, de mim mesma, e não das coisas que me acontecem, ou das pessoas que me rodeiam. 

Uma das coisas que quero recuperar de mim é a escrita. Já não sei escrever. De tempos a tempos deparo-me com coisas que escrevi há mais de vinte anos e fico espantada com a capacidade que tinha de transformar sentimentos em palavras. Creio que perdi o jeito, mas quero muito voltar a encontrá-lo. 

Para 2022, quero propor-me um novo desafio. Quero desafiar-me a escolher um tema diferente a cada dia, e escrever um texto baseado nesse tema. Não faço a mínima ideia se vou conseguir, não faço ideia que tipo de textos vão sair daqui, acredito que a prática, seja para o que for, é precisa, e é isso que pretendo. Praticar. Pode sair daqui uma bela merda, mas e depois? Se não tentar, nunca saberei. 

E tu? Tens saudades de alguma parte do que já foste? O quê? 


quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Destralhar vs. o que compramos

Há já uns dias que há algo que não me sai da cabeça. Isto, possivelmente veio de algum post no instagram ou coisa do género, onde muito se falava de destralhar, destralhar... Ando com dúvidas persistentes. Eu, apologista do destralho, penso: quanto lixo não mandamos nós para a lixeira sem saber que fim terá? Só porque saí da nossa casa, não quer dizer que deixe de existir, certo?

Cada vez estou mais certa que, pelo menos cá por casa, o futuro passa, cada vez mais, pelo reaproveitamento daquilo que ainda está bom de se usar (transformar, se necessário) e apesar de por vezes ser uma luta interior resistir a comprar novo, a nossa escolha recai geralmente por comprar usado. Não nos faz nenhuma confusão, principalmente quando há coisas tão bem estimadas.

E até os miúdos já estão treinados, adoram ir ao mercado das velharias. Primeiro porque conseguem comprar mais do que nas lojas de produtos novos, e para eles é uma felicidade, porque nunca sabem o que vão encontrar, a própria ida às compras é uma aventura em si.

Se fico com mais tralha em casa (em relação aos miúdos?!), sim, ficamos, mas é uma tralha temporária. Volta e meia reciclamos os brinquedos e doamos os que estão bons. Raramente mandamos este tipo de coisas para o lixo, só quando estão mesmo num estado em que não servem para brincar.

É que sinceramente, destralhar parece ser uma moda, mas destralhar para depois voltar a encher a casa com um monte de coisas, para voltar a destralhar dentro de uns meses porque já não estão na moda - como tenho visto por ai, não me faz lá muito sentido... era isto!

terça-feira, 15 de junho de 2021

Mudar


Oficialmente, hoje seria o último dia no meu local de trabalho, porém o patrão vai passar por uma pequena cirurgia e pediram-me para ficar até ao fim desta semana. Assenti. Há dois meses atrás achei que era altura de cerrar o círculo, mudar, fazer mais daquilo que me faz feliz e deixar para outros aquilo que (estando a passar por uma grande mudança também) já não fazia sentido para mim... e que grande peso me saiu dos ombros quando o fiz. 

Larguei o trabalho para ter novamente mais tempo, cabeça e disposição para os meus filhos, pois onde estava, essas características estavam a esvair-se. Mas não só para os meus filhos, na verdade foi muito por mim também, por alguma paz e sanidade mental, para combater níveis de ansiedade que não tinha conhecimento de ter tido antes. 

Saí, sem um plano ainda definido para os próximos tempos, mas com a certeza de que ainda assim não quero ficar parada. Quero seguir os sonhos que me enchem há tanto tempo. O meu lema, é um dia de cada vez, acreditar que as coisas acontecem quando têm de acontecer. Além disso, hoje mais do que nunca, sei perfeitamente onde quero estar. 


E tu? Estás feliz onde estás? 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Vir ao Mundo |Margaret Mazzantini|

 


Sinopse

Gemma deixa para trás a sua vida e entra num avião com o filho de dezasseis anos, Pietro. Destino: Sarajevo, uma cidade entre o Ocidente e o Oriente, ainda cicatrizada pelas feridas de um passado recente. À sua espera no aeroporto está Gojko, um poeta bósnio, velho amigo, que durante os dias festivos das Olimpíadas de Inverno de 1984 apresentou Gemma ao amor da sua vida, Diego, um fotógrafo que captava cenas de beleza estonteante nos reflexos de poças de água.
Este romance conta a história do seu amor, de dois jovens em tempos frenéticos e envelhecidos pela guerra. Uma história de amor tão apaixonada e imperfeita como apenas o amor verdadeiro pode ser, num ambiente contemporâneo e devastador do mundo em guerra e em paz. 

Há pouco mais de uma semana acabei de ler este livro. Adquiri-o numa feira das velharias pré-covid, e pela sinopse do mesmo fiquei interessada nele. Só no fim deste ano que acabou é que peguei nele, e não fazia ideia do quanto me ia tocar, do quanto iria sentir as palavras desta obra. 

A narrativa é absolutamente cativante, e a história em si é devastadora. Por entre as linhas revi pedaços de mim, dores e sentimentos que guardamos tão para nós mesmos, e que quando alguém os transpõe para fora, fazem com que se nos aperte o peito... mesmo que tenha sido tudo lá para trás, distante. 

A ação principal decorre na cidade de Sarajevo, num cenário de guerra, mas temos também uma imagem de como era a cidade antes, das suas gentes, e como se tornou alguns anos depois, como afetou quem passou por horrores que mesmo que nos sejam descritos ao detalhe, quem não esteve lá, quem não passou por isso não pode compreender. 

Há passagens tão brutais que dei por mim a suster a respiração, a ter que fazer uma pausa, engolir um suspiro ou outro em seco, para poder continuar. 

Lembrei-me muitas vezes de ser menina e ouvir falar desta guerra. Dos horrores que era uma guerra, e de ficar aterrorizada porque cheguei a ouvir o barulho ensurdecedor de (penso eu que eram) caças a sobrevoarem-nos. Na altura morava em Espanha, e não me perguntem porque conseguíamos ouvi-los de vez enquanto, mas aconteceu algumas vezes e toda eu tremia. 

Este livro é a história de Gemma, do amor da sua vida Diego. Mas é muito mais, com muitas outras histórias pelo meio, vidas cruzadas, dor e superação. Com um final surpreendente, deveras tocante. Não conhecia a autora, mas fiquei encantada pela sua escrita. Encontrei este belo resumo deste livro, eu jamais o descreveria tão bem. 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

O arrastar dos dias

O arrastar dos dias

    São todos iguais. Poucas diferenças encontro de uns para os outros, e sem querer, sem sequer pensar muito nisso, vou-me perdendo um pouco mais. Desligo. Desligo tudo e digo que não tenho tempo para nada. Dou passos, por vezes largos, por vezes arrastados. Nem sei muito bem o que ando a fazer. Mesmo quando tenho a cabeça cheia de ruído e vontades. Os dias. Pouco alteram uns dos outros, mas até as coisas que me davam prazer, têm ficado para trás, uma a uma, depois dos dias, semanas, meses, anos. Olho para a pilha de coisas que tenho para fazer - não aquelas que temos de fazer quer se goste ou não - olho para a pilha de coisas que tenho para fazer. Coisas que gosto de fazer; e não sei por onde começar! Não sei! E penso que amanhã vai correr melhor, que amanhã vou acordar com maior energia, com maior vontade. E amanhã, volto a ficar sentada (ou de pé), mas sem saber por onde começar.

Escrevi isto em 2016 num outro blogue, hoje por algum motivo encontrei esta publicação. Há muito tempo que vivo com esta sensação diariamente. Por vezes paro para tentar perceber quando é que isso começou, porque é que isso começou. Ao reler esta e outras publicações do mesmo ano, creio ter percebido que foi ali, nos primórdios desse ano que tudo começou a pesar, a arrastar-se, preso a mim, um peso que carrego sem saber como aliviar. Porquê? Nem sei bem. Foi o ano que voltei a trabalhar fora de casa, é verdade, mas esta publicação, por exemplo é anterior a isso. Todos os dias me deito a acreditar que o dia seguinte será melhor, que eu serei melhor, que farei mais... mas... 

domingo, 3 de janeiro de 2021

desafio: 3 meses sem compras (3º e último mês) ... e já agora, bom ano novo!



Então bom ano minha gente! Mais uma virada e toda a gente cheia de esperança neste novo ano. Não estou nem eufórica nem apática em relação a 2021. Estou aqui para ver o que trará. 

E chegado Dezembro ao fim, chegou também o meu desafio dos 3 meses sem comprar roupas ou tecidos. Se a memória não me falha, este é capaz de ter sido o melhor dos três meses, apesar do Natal. 

A verdade, é que este ano não andei feita louca a tratar de prendas de Natal. Há vários anos que queria passar a oferecer só às crianças mas nunca mais arrancava com isso. O ano passado já consegui reduzir e agora neste é que foi mesmo a bombar. Só dei prendas de Natal às crianças mais pequenas, algumas mais velhinhas já ficaram de fora... 

A única pecinha de roupa que comprei, foi uma camisola interior de algodão para o meu miúdo, o tecido era muito bom e estava a um preço simpático, não quis deixar de aproveitar pois ele até precisa. AH! Lembrei-me agora, comprei duas (ou três) leggings para mim com pelinho por dentro porque o frio apertou e eu sou uma moça friorenta. 

Estou livre outra vez para comprar o que me apetecer sem remorsos - diz ela, que na verdade nunca compro assim ao deus dará se não precisar mesmo -  e a minha sobrinha já me cravou para ir com ela aos saldos gastar o dinheiro que recebeu no Natal. Lá terei de ir, vou espreitar uma camisolas para a minha mais velha também. Mais um pulo! Muitos pulos dão estes miúdos, quando uma pessoa acha que está orientada com a roupa deles. Lá vêm os pulos, ora dum ora doutro e lá vamos às comprinhas. 

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

desafio: 3 meses sem compras (2º mês)

 


Mais um mês deste meu desafio. Andei aqui a pensar e não me lembro de andar "nas compras" nestas últimas semanas. Porém sei que voltei a quebrar a regra. Fui em busca de umas sapatilhas novas para o miúdo e passei no corredor de roupa interior de senhora... a culpa não foi minha, juro!... o marido quis ver umas t-shirts novas para ele (está fora do meu desafio - ahahaha) e passei por lá, atrás dele... e pronto, tinham um body interior tão, mas tão giro. Tinha de o trazer e ver se me ficava bem, não é? E olha, fica mesmo! 😉 

Fora isso, voltei a pisar a linha duas vezes, mas na verdade nem sei se conta (olha ela a fugir). É que comprei, num dia, um tecido com caveiras natalícias e com ele pretendo fazer umas botas de Natal para todos nós cá em casa. Há uns dias voltei a comprar mais três tecidos, dois com motas para fazer máscaras (com as encomendas que recebi, já recuperei o valor do mesmo), e o último foi do Super Mario, para fazer qualquer coisa para o meu miúdo. Ah, comprei um em algodão branco também, mas mais uma vez, vai para máscaras. Digam lá, isto não conta, pois não? 


De resto andamos quietinhas com poucos gastos. Isto com confinamentos também não motiva nada a essas andanças. A verdade é que não tenho sentido necessidade de sair em busca desta ou daquela peça. Não nos tem feito falta nada além daquilo que já comprei aos miúdos.


terça-feira, 10 de novembro de 2020

desafio: 3 meses sem compras (1º mês)


Pouco mais de um mês depois de me ter lançado a mim mesma o desafio de 3 meses sem compras venho aqui fazer o meu primeiro balanço de como a coisa está a correr. Sem muita enrolação, digo-vos já que não foi um mês a zeros no que toca a compras, ainda assim estou muito satisfeita ao olhar para trás. 
Logo no início de Outubro, o meu sobrinho mais novo fez 3 anos e a mãe "pediu" que as prendas fossem roupa, o que me levou a lojas de roupa. Pronto. Tentação. Comprei as roupinhas para o miúdo e encontrei o robe que procurava para a minha mais velha, e que já tinha dito que ia mesmo comprar. Só que, nesse dia não foi tudo. 

Acabei por trazer também dois tops (tipo soutien) sem costuras também para a miúda que os começou a usar recentemente e eu sabia que queria mais. Ainda cheguei a desenhar um molde para fazer eu mesma, mas aqueles até estavam baratinhos e senti-me "preguiçosa" por isso aproveitei. O maior pecado nesse dia foi mesmo um soutien que comprei para mim, só porque sim. Porque ele estava ali e era bem giro e eu sou louca por roupa interior. 

Só voltei a entrar num shopping para procurar umas botas novas para a miúda também, pois as do ano passado já não serviam. Claro que acabei por entrar numa loja de roupa e saiu de lá com alguns boxers e cuecas para o miúdo. 

Também ponderava fazer mais, mas a quantidade de trabalho que passei a ter fora de casa aumentou (ao ponto de trazer imenso para casa, e ainda fazer uma série de horas extra), para além das horas que dedico também em casa a costurar as encomendas de máscaras que ainda me vão fazendo. O tempo para as outras costuras, as que faço por diversão, encurtou e muito. 

Não tenho tempo, nem motivação para costurar uma série de pequenas peças que a loja me oferece já pronto, em troca de alguns euros. Mesmo reciclando t-shirts, precisava de elásticos, usar a máquina e linha... eu ficava a perder, não só pelo material, mas também, porque neste momento o meu tempo vale mais. 

Se isso me afeta? Não. Se sinto que já dei cabo do desafio? Também não. Fazemos estes desafios com um propósito, no meu caso, ponderar mais antes de comprar. Pensar realmente nos pró e contras de cada peça que compro. Ainda tenho dois meses pela frente, aliás um terço de Novembro já passou e eu não comprei nada. 

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

desafio: 3 meses sem compras


Tenho um novo desafio para mim - e para ti também se estiveres prepradado/a e com vontade para isso. Vou já dizer-te no que consiste e como cheguei lá. Até ao fim deste ano (daí os 3 meses) acabaram-se as compras de roupa e tecidos cá por casa. Temos todos mais do que suficiente, e se faltar alguma coisa, vou ter que a fazer eu - claro que esta parte do desafio só serve para quem sabe costurar! E é só isto, normalmente, as minhas exceções nestes desafios são: roupa interior, e algo que precise mesmo ser trocado (tipo bata do trabalho, ténis para escola, roupa interior (embora tenha feito as últimas dos miúdos)... 

Então e como é que cheguei a esta brilhante ideia? Leiam o testamento que já lá chegaremos. 

Depois de me lamentar da falta de publicações nos blogues de ontem, andei à procura de alguns que me interessassem ainda, que falassem diretamente aos meus interesses e me cativassem. Não é fácil, há sempre demasiada publicidade, os blogues que continuam ativos estão cheios de publicidade a algum produto e/ou serviço que pretendem vender. É tudo negócio e é por isso que fui deixando de seguir muitos dos que seguia. 

Saltitei de um para outro e acabei por passar algum tempo a ler umas publicações sobre destralhar no blog Happy Simple Mom. O que li fez sentido para mim, e fui ficando, abrindo uma atrás de outras. É que passei a sexta e o sábado a destralhar cá por casa também, e fiquei com o bichinho de destralhar mais novamente. Ando quase sempre nisso, bem sei, é uma constante, mas ainda há sítios da casa, onde coisas se vão acumulando. 

Está mais que visto que perdi um bocado o controlo naquilo que compro, e ultimamente andei a comprar mais do que precisava só porque sim, porque podia e me apetecia mimar-me com compras. Não que seja uma compradora compulsiva, mas há uns anos ganhei o hábito de comprar muito pouco, e agora já me estava a esticar comparando comigo mesma. 

Bem, isto para dizer que ao ler este blogue que vos falei acima, tropecei com este artigo que ressoou imenso na minha cabeça, é que em Agosto, desafiei-me a comprar apenas e só o necessário, no geral. A coisa correu bem, mas eu andava era mesmo com vontade de fazer um ano sem comprar roupa como aliás já fiz uma vez (menciono esse desafio aqui, num outro cantinho também meu).

Nestes dias fiz a troca das roupas de estação e fiquei a cismar com isso. A minha roupa está mais controlada - embora tenha comprado muita o ano passado, mas a dos miúdos assoberba-me um pouco. A miúda destralha com facilidade e o miúdo pouco voto tem na matéria, sendo eu quem controla o que fica e o que vai, na dúvida ele dá a opinião dele para ajudar. O problema é que dão-nos muita roupa, da qual gostamos muito e vai tendo uso. Depois, eles partilham aquele mini quarto que já mal dá para um, quanto mais para os dois. Não vejo a hora de se resolver esse problema.

Assim que, faz todo o sentido começar novamente o desafio no que toca a novas roupas. Até ao fim do ano não entra mais nenhuma (vou já dizer que vamos fazer uma exceção: a miúda precisa de um robe novo e não compensa nada fazê-lo eu, assim que em principio isso vamos comprar, mas é isso e ponto). Nesta troca de roupa já destralhámos algumas, e tenho a certeza que conforme as forem experimentando, algumas estarão curtas, ou não vão gostar de ver, enfim, o mesmo de sempre. 

Em relação a tudo o resto, fora do departamento da roupa terá que ser bem pensado e repensado antes de ser feita qualquer compra também, mesmo sem ser o foco do desafio. Não é uma questão de me privar de nada, e sim evitar o acumulo desnecessário de tralha cá por casa. É que depois sou eu que tenho de lidar com toda essa tralha. 

domingo, 4 de outubro de 2020

quando todos escreviam nos blogues

Tenho saudades, - muitas saudades -  dos tempos em que as pessoas escreviam nos seus blogues, onde havia tanta publicação por ler que não conseguia chegar a todas. Sim, temos o Instagram, e o facebook, há muita partilha por lá, mas digam o que disserem, a partilha não é a mesma, a ligação não é a mesma. Tenho saudades dos anos de ouro dos blogues, dos conteúdos, e da inspiração que daí vinha. Lembro-me dos desafios, da partilha de informação e ajuda gratuita, que dávamos e recebíamos com alegria. Não eram os gostos ou os seguidores que importavam. 

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Primeiros dentes definitivos


O meu mais novo já perdeu os seus dois primeiros dentes de leite. Há umas semanas queixou-se que lhe doíam os dentes da frente (inferiores), fui ver se abanavam, mas nada. Porém continuava a dizer, volta e meia, que estava a doer. Nunca mais me lembrei disso até que há poucos dias voltou a queixar-se e a dizer que tinha um dente a abanar. Fui lá mexer e tinha mesmo, na verdade dois, o direito mais que o esquerdo. 

Mais um ou dois dias passaram e reparei que por detrás do dente do lado já estava um definitivo a romper, e nem sequer era esse que abanava mais. Acabou por engolir o dente sem se aperceber, há duas semanas. Hoje, enquanto eu estava a trabalhar, recebi uma foto do pai com o segundo dentinho. Finalmente vai receber a visita da fada dos dentes, ele estava tão ansioso por ela com o primeiro, mas ao engolir, não houve dente para a fada vir buscar. 

1º dia do 2º ciclo

O mais novo entrou no 2º ciclo. Acho que tenho andado mais nervosa do que ele, pois bem sei que estes começos costumam ser difíceis. É um me...