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14.5.10

Cuidado com os crentes



Animação criativa e bem-humorada estrelada por Rihard (Rick) Dawkins, um dos líderes do neoateísmo, autor de Deus:um delírio. A ironia é tão final e sutil, que Dawkins chegou a achar que era uma homenagem, em especial porque o refrão fala dos seus diplomas.

Escrito por Matt Chandler e realizada por Michael Edmondson, na verdade é um viral para promover o filme
Expelled. O filme é uma espécide de documentário cristão que trata do embate entre criacionistas e evolucionistas pela decisão do que será ensinado em sala de aula a respeito da origem do mundo.

Para saber mais sobre a animação, o filme e a controvérsia, clique aqui (em inglês).

12.5.10

Adão e Ivo: a música e a controvérsia

O presidente e fundador da Igreja Cristã Contemporânea, pastor Marcos Gladstone, recorreu ontem ao Ministério Público contra o que classifica de música evangélica homofóbica. Casado há quatro anos com o também pastor Fábio Inacio, ele descobriu, no sábado, que uma imagem da cerimônia de união dos dois foi usada num vídeo da música “Adão e Ivo”, que critica o homossexualismo, no Youtube.

De autoria de Toinho de Aripibú e interpretada pelo cantor evangélico Emanuel de Albertin, a música diz que “se Deus tivesse feito homem pra casar com outro (homem) não seria Adão e Eva, tinha feito Adão e Ivo”. No vídeo, sobre a foto do casamento de Marcos e Fábio na cerimônia de casamento aparecem dizeres ofensivos como “cena desprezível, horrível e abominável”.

— O que mais me deixou indignado foi eles (autor e intérprete da música) acharem que não vai ter punição — diz Marcos, que também entregou a representação à OAB e à Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.

‘Não tenho preconceito’

No documento, Marcos lembra que Emanuel cantou a música num showmício de Anthony Garotinho, há uma semana, e diz que o político “demonstrou desconhecer o significado da palavra democracia”. Em seu blog, o ex-governador falou do episódio:

“Me relaciono bem com pessoas que fizeram a opção sexual diferenciada. Não tenho ódio, nem rancor, nem preconceito. Apenas discordo, como é meu direito e o de qualquer cidadão”.

Confira (ou não) o vídeo da música abaixo



Assita aqui (ou não) o vídeo em que Fábio Inácio dá sua versão

Fonte: Extra

Um outro vídeo da mesma música está no Youtube desde 2007. Em ano eleitoral, essa polarização com conotação religiosa ainda vai longe.

Os ex-padres que construíram o protestantismo brasileiro

Muita gente ficou surpresa com a conversão do padre Lourival Luiz de Souza, da Paraíba, que deixou a Igreja Romana pela Assembleia de Deus. Não há motivos para surpresas, pois fatos como esse marcaram a história do Protestantismo no Brasil.

O primeiro pastor presbiteriano, fruto do trabalho dos missionários norte-americanos no eixo Rio-São Paulo, foi o padre José Manuel da Conceição, que optaria não por pastorear uma comunidade, mas por ser um evangelista itinerante, varando regiões, em simplicidade de vida, lançando a semente que era colhida pelos que vinham atrás, consolidando um grande número de igrejas presbiterianas.

O primeiro pastor batista, fruto do trabalho dos missionários norte-americanos na Bahia, foi o padre Antonio Teixeira de Albuquerque, de profícuo ministério.

Outros padres foram se convertendo em várias denominações ao longo dos anos, dando inestimável colaboração para a expansão e consolidação do nosso Protestantismo. Devo destacar figuras como o padre Gioia Martins, pai do poeta, radialista e político Gioia Júnior, ou, nos anos 1960-80, o padre Aníbal Pereira dos Reis, evangelista itinerante por todo País, responsável pela conversão de mais de 10.000 pessoas, polemista corajoso, autor de vários livros questionadores do romanismo, como a auto-biografia “best-seller” Um Padre Liberto da Escravidão do Papa, cuja leitura muito emocionou. Levei-o para falar ao Seminário Presbiteriano do Norte e a almoçar lá em casa.

Também pastor batista foi o padre José Tavares, durante muitos anos titular da Primeira Igreja Batista de Maceió, de quem privei amizade, e que muito me apoiou no ministério da Aliança Bíblica Universitária (ABU).

O que havia em comum nessa galeria de notáveis, de verdadeiros heróis da fé, foi, além do desencanto com o sistema romanista (uma página virada, e lamentada), uma forte experiência pessoal de conversão, de novo nascimento, em resposta de fé à Graça de Cristo. Experiência compartilhada com muitos.

O padre Lourival é mais um dentre tantos, e tantos outros que, estou certo se seguirá.

Bem-vindo irmão Lourival. E que o Senhor o use no novo ministério.

Robinson Cavalcanti

11.5.10

Crime contra Deus

Prisioneiro rastafári passa dez anos isolado devido ao cabelo

Kendall Gibson poderia ser um dos prisioneiros mais perigosos da Virginia (EUA).

Por mais de dez anos, ele tem vivido em segregação no Centro Correcional Greensville, passando, no mínimo, 23 horas por dia em uma cela do tamanho de um banheiro de posto de gasolina.

Em uma residência temporária para o pior dos piores --reservado para presos violentos ou perturbadores-- ele tem sido presença permanente.

Ele está aqui, segundo diz, não por seus crimes, mas por um crime que ele não vai cometer - um crime contra Deus.

A única coisa imponente sobre Gibson são seus longos e negros "dreadlocks" descansando na frente de seus ombros para que não arrastem no chão quando ele caminha arrastando os pés, em seu macacão laranja.

É o seu cabelo - bolos cilíndricos que ele considera uma demonstração da sua fé na religião rastafári- que faz dele uma ameaça, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária da Virgínia.

Uma regra começou a vigorar em 15 de dezembro de 1999, e dava duas opções aos presos: cortar seus cabelos curtos e raspar a barba, ou ir para um lugar em segregação administrativa.

No início, Gibson estava entre os 40 presos que optaram pelo confinamento em detrimento do corte. Em 2003, eram 23 presos que entraram com um processo - que, posteriormente, falhou - para tentar encerrar a condição de segregação.

Alguns não aguentaram a pressão pelo isolamento constante e sem visitas. Alguns voltaram para casa.

Nem todo mundo pode lidar com isso, diz Gibson. Para os fracos na mente ou no espírito, as paredes podem facilmente se fechar sobre eles.

"As pessoas sempre perguntam como eu posso sorrir em um lugar tão negativo", diz ele. "O deus rastafári, Jah, é a minha resposta. Sem Jah na minha vida eu não seria capaz de lidar com isso."

fonte: Associated Press [via Folha Online]

10.5.10

Tamara Lowe e o poder da motivação

Michael Phelps, Sarah Palin e Colin Powell em breve vão subir em um palco na cidade americana de Baltimore como se fossem astros pop para falar sobre os altos e baixos da vida para 15 mil pessoas. Essa gente toda passará horas em pé, em filas, para assistir às palestras e tentar aprender um pouco da receita do sucesso. O seminário espetáculo se chama Get motivated (Fique motivado).

É o maior evento de autoajuda dos EUA, mas representa só uma ponta dos negócios da empresária Tamara Lowe. Tamara e o marido, Peter, administram um grupo que faturou no ano passado US$ 16 milhões apenas com a venda de produtos e serviços motivacionais – orientação pelo telefone para a vida pessoal e profissional, seminários pela internet para incentivar equipes no trabalho, podcasts para ajudar as pessoas a encontrar seu “propósito espiritual”, audiolivros com técnicas de motivação de astros do esporte e muitos outros. Eles já reuniram mais de 10 milhões de pessoas em eventos como o Get motivated. O primeiro livro de Tamara, Supermotivado (Get motivated), entrou na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times e da revista BusinessWeek em 2009 e chegou ao Brasil em abril. Nele, Tamara apresenta sua mais recente ideia: o “DNA motivacional”, um sistema que permitiria a cada um decifrar o que o motiva e, assim, renovar sempre suas energias.

A relação próspera entre o marketing e a autoajuda não é novidade, mas o casal Lowe conseguiu alçá-la ao mundo do espetáculo, ao longo de 23 anos de trabalho. Eles usam um modelo fundado na primeira metade do século XX por Dale Carnegie (autor do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, de 1936) e pelo pastor Norman Vincent Pale (autor de O poder do pensamento positivo, de 1952), precursores dos seminários motivacionais, mas o temperam com luzes, celebridades e frenesi religioso. Com a recessão americana, o público cresceu: pulou da média de 10 mil pagantes dos anos 90 para 20 mil. O evento é itinerante e cobra US$ 4,99 por pessoa ou US$ 19 por grupo de funcionários de uma empresa. No público, acotovelam-se vendedores, estudantes, executivos de médio escalão e microempresários.

Às palestras de motivação, Tamara acrescentou luzes, frenesi religioso e celebridades
Tamara criou uma aura própria para sua história de vida. Na introdução do livro, afirma ter se tornado viciada aos 10 anos e vendido drogas na adolescência para poder consumi-las. “Eu usava de tudo, menos injetar coisas na veia”, diz. Aos 17, ela teria passado por uma transformação, depois de ler a Bíblia. Voltou a estudar, entrou na faculdade e fez um mestrado. A história não chega a ser tão dramática nem tão genial, mas Tamara a usa como uma espécie de propaganda do poder da força de vontade. Leia +.

Thiago Cid, na Época Negócios.

Tamara é uma cristã fervorosa. Recentemente, um vídeo seu na igreja Christ Fellowship fez grande sucesso na internet. Nele, Lowe ataca de rapper, juntando citações a personalidades conhecidas da mídia americana, nomes de programas de TV e uma mensagem evangelística, ela mostra que existem mais em sua vida que palestras de sucesso. Veja abaixo o vídeo e a letra do rap (em inglês)



To be a survivor in this Amazing Race with the need for speed you need God’s Grace and if your desperate like housewives watching days of our lives, you can’t cope without hope and that is not on a soap. If your looking to Oprah or Dr. Phil you can shop non-stop or pop a pill, but the void won’t fill and the pain won’t kill until you love the one that hung on a hill. Kicking back in your lazy boy easy chair watching Who Wants To Be A Millionaire, nah your not gonna find it there. No American Idol or Council Tribal has the final answer that will satisfy ya. C. S. I. ain’t got a clue. S.V.U. Don’t know what to do Not the E R or those seen on a CD TV DVD or MP3 can save you and me. CNN has got no Good News here’s a headline you must choose. It’s not a simple life Paris Hilton, It’s treading on thin ice living in sin. You can be an apprentice for Donald Trump or eat Fear Factor fast food from a dump you can be a heavy hitter or wheel of fortune winner or a Fox news no spin spinner or flat sinner but you better check this life that your livin’ and make sure your sins are forgiven I betcha 50 cent Elvis done come and went, and eventually every Black-eyed-pea, Gwen Stefani, P-Diddy and Britney. Every wanna-be on MTV with their Icy Bling, every Dixie Chick that Sings, they all gonna see the king of kings. I don’t care if your J-Lo, Leno or Bono. One thing you gotta know. Some day your gonna die, Bro. Then Where are you gonna go. Hey, i’m not talking some punk junk that is irrelevant. Like your Grandma’s church from way back when. It’s not some preacher feature on TBN. that you need to be liking or listening. The real superstar is Jesus Christ. He’s the way, the truth and the life. One day he’s gonna split the sky. He is the brightest light and the highest high and so what I came to say and what I’m telling you is don’t buy that stupid stuff they be selling ya it’s all designed to fill your head and waste your space until your dead here’s the bottom line in my rhyme. Give your life to God while there is still time.

9.5.10

Pastor metralhadora

Para alguns, ele é conhecido como o pregador mzungo (homem branco). Para outros, é um bad boy regenerado. Talvez o nome de Sam Childers entrará para a história apenas como o "pastor metralhadora". Mas para as pequenas crianças do sudeste do Sudão que correm risco de morte ou de se tornarem escravos pelas mãos do grupo rebelde "Exército de Resistência Lord", ele é sinônimo de salvação.

Sam Childers sequer concluiu o ensino médio, tendo começado a usar drogas aos 11 anos de idade, metendo-se em mais brigas que é capaz de lembrar. Este homem problemático, que muitos consideravam uma causa perdida, cresceu numa família cristã, mas o envolvimento com drogas, sexo e violência consumiram muitos anos de sua juventude e parte da sua vida adulta. Porém, a constante oração da sua mulher, Lynn, cristã desde 1987, ajudou a levá-lo a Cristo em 1992.

“Creio que a maior coisa que as pessoas precisam saber não é até que ponto fui no passado. Não interessa o que alguém era. A única coisa que interessa é o que se pode fazer para alterar o amanhã,” disse Childers durante uma entrevista. E acrescentou, “Penso que se eu pude mudar, qualquer um pode mudar.”

Esse ex-motociclista, que chegou a andar com os Hell's Angels, hoje percorre o território conflituoso do Sudão de arma na mão. O perigo espreita em cada esquina e a todo o instante. Seu espírito guerreiro de sempre continua o mesmo nesta nova luta que abraçou, mas de um modo diferente. “A diferença é que hoje eu luto pelas crianças e famílias que Deus me enviou para proteger.”

Sacrificando a vida confortável que tinha nos EUA, esse pregador incomum passou a maior parte dos últimos dez anos no sudeste do Sudão e no nordeste de Uganda. Ali fundou a aldeia de crianças Anjos da África Oriental, um orfanato cheio de crianças que ele resgatou dos ataques mortais do Exército de Resistência Lord (ERL), liderado por Joseph Kony.

Sam escreveu sua história no livro Another Man’s War: The True Story of One Man’s Battle to Save Children in the Sudan, que em breve deverá virar um filme estrelado por Gerard Butler (de 300) e Michelle Monaghan (de Controle Absoluto). (Veja matéria aqui)

Sua biografia descreve cenas terríveis dos ataques do ERL. Numa aldeia, ele recorda “o fedor intenso de carne humana queimada” e os gritos que ouvia dos feridos. Viu também uma mulher jovem ficar ensopada no próprio sangue ao ter o peito cortado pelo machado de um soldado. Em outros ataques, os soldados do ERL queimaram pessoas vivas e as forçaram ao canibalismo. Fizeram inclusive crianças matarem as próprias mães, pois do contrário seriam mortas. As crianças capturadas com vida são forçadas a unir-se ao ERL, servindo como soldados infantis, escravas sexuais, ou carregadoras de cargas e continuarem aterrorizando aldeões no sudeste do Sudão e nordeste de Uganda.

Childers sentiu-se obrigado a usar armas para defender as crianças, dando origem a seu apelido. Ele diz ser contra a violência, mas afirma que não se pode deixar que as crianças sejam estupradas e assassinadas. “Ajo em auto-defesa, procurando proteger as crianças”, afirme. "Não sou um assassino. Não gosto de machucar ninguém. Mas estas pessoas têm de ser paradas. Você ficaria indiferente se visse alguém fazer mal a uma criança?”

Desde 1988, o ministério de Childers distribui cerca de 2.400 refeições por dia. A aldeia que contruiu tem dormitórios, uma escola de ensino fundamental, creche, clínica, campo de esporte e uma igreja. Seu trabalho na África libertou mais de 900 refugiados de todas as idades, e mais da metade são crianças que foram capturadas pelo ERL.

“Com toda certeza um pregador normal, com formação universitária, nunca poderia fazer o que faço”, afirma Childers em seu livro. “Se eu tivesse morrido antes, certamente teria ido para o inferno,” admite o ex-usuário e traficante de drogas. “Mas quando me rendi ao Senhor, um novo plano entrou em ação, e nasceu um novo ministério.” Ele fez sua primeira visita ao Sudão em 1998 como voluntário para um projeto de construção dirigido por um ministério cristão. Mas a injustiça e necessidade desesperada que viu durante a viagem prendeu o coração de Childers e levou-o a decidir dedicar toda a sua vida para ajudar as pessoas do sudeste do Sudão. Lynn e Paige, a filha do casal, tem apoiado Childers em seu ministério, mesmo passando longos períodos longe dele.

“Sim, eu fui duro e mau, tendo causado uma série de prejuízos quando era incrédulo. Mas essa dureza e maldade prepararam-me para sobreviver num ambiente hostil onde poucos pregadores poderiam ir e voltar vivos,” escreve Childers no último capítulo do livro. “Deus endureceu-me e treinou-me para ser seu instrumento no sudeste do Sudão e em Uganda. Não sou um pastor normal. Sou um soldado, membro do Exército Cristão de Libertação do Povo. Eu ando armado. Luto pela liberdade. Jesus disse: 'Agora, porém, quem tem bolsa, tome-a, como também o alforje; e o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma.' [Lucas 22:35-38] Jesus não condenava a violência. Mas se alguém pegar o seu filho e eu dissesse que podemos trazê-lo de volta, o que você diria?”

O vídeo abaixo mostra um pouco da realidade de Sam no Sudão (há cenas fortes)



7.5.10

Como escolher sua religião



fonte: Maldita inclusão digital

É ou não é ou não é?


Gênios do marketing (194)



A catedral de Santiago de Compostela, uma das mais visitadas da Espanha, acaba de lançar um sistema que substitui as tradicionais velas de cera por outras elétricas que podem ser ativadas através de celulares ou da internet. Por cerca de US$ 2, os fiéis podem acender uma vela sem a necessidade de estar presentes na igreja. De acordo com os criadores do projeto, a catedral fica com um terço do que é arrecadado e o resto é dividido entre os criadores e as empresas que organizam as operações virtuais.

Fonte: UOL

Igreja e as mídias sociais

Darren Rowse é plantador de igreja em Melbourne, Austrália. Também é um blogueiro profissional, ou seja, vive do seu blog. Rowse é dono do site problogger.net , que basicamente dá dicas e sugestões sobre como alguém pode ganhar dinheiro com um blog. Ele mantém outros blogs, inclusive um já o auxiliou a começar um projeto de plantação de igreja alguns anos atrás. Casado, dois filhos om formação em teologia e na área de informática, é autor do livro Problogger: segredos para ganhar até um milhão de dólares com seu blog.

Ele gravou um video para um encontro da rede TransFORM, que visa equipar comunidades com visão missional. Neste vídeo, Darren motiva as igrejas a se envolverem nas redes sociais.

Entre suas dicas estão:

1) entre no mundo online visite os sites de relacionamentos (Facebook,Twitter etc)

2) não abuse das ferramentas

3) entre no mundo das outras pessoas e tente entendê-lo

4) precisamos criar uma estratégia baseada no que ouvimos dos usuários dessas mídias

5) precisamos criar conteúdo que seja atrativo e relevante

5.5.10

A sociedade atual é pedófila

No primeiro dia da 48ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de Porto Alegre, dom Dadeus Grings, instaurou uma grande polêmica ao falar sobre as denúncias de pedofilia contra padres. Presidente da comissão responsável pelo tema principal da reunião -- a missão da Igreja no mundo -, Dom Dadeus disse que "a sociedade é pedófila". Para ele, o abuso sexual de crianças e adolescentes é mais frequente entre médicos, professores e empresários do que entre sacerdotes.

- A sociedade atual é pedófila, esse é o problema. Então, facilmente as pessoas caem nisso. E o fato de denunciar isso é um bom sinal - disse.

Dom Dadeus, de 73 anos, criticou a liberalização da sexualidade por "gerar desvios de comportamento", entre os quais a pedofilia. Para ele, assim como homossexuais conquistaram mais espaço e direitos, o mesmo poderá ocorrer com pedófilos.

- Quando a sexualidade é banalizada, é claro que isso vai atingir todos os casos. O homossexualismo é um caso. Antigamente não se falava em homossexual. E era discriminado. Quando começa a (dizer) que eles têm direitos, direitos de se manifestar publicamente, daqui a pouco vão achar os direitos dos pedófilos - disse.

O arcebispo foi escalado pela CNBB para conceder a primeira entrevista coletiva da conferência, com outros três bispos. Dom Dadeus deixou claro que o abuso sexual de crianças e adolescentes é crime e deve ser punido. Mas admitiu que a Igreja tem dificuldade de cortar a própria carne, ao lidar com denúncias contra religiosos. Segundo ele, punições internas são adotadas, mas denunciar os casos à polícia é mais complicado. - A Igreja ir lá acusar seus próprios filhos seria um pouco estranho.

Dom Dadeus disse que, na Alemanha, apenas 0,2% dos abusos sexuais contra crianças foram praticados por sacerdotes. Ele crê que os casos de pedofilia viraram um calcanhar de Aquiles e estão servindo para quem quer atacar a Igreja e valores como a castidade:- Há uma anomalia na sociedade humana e que deve ser corrigida. Agora, não é justo dizer que só a Igreja que tem. Não é exclusividade da Igreja. A Igreja é 0,2%.

Conhecido por suas posições conservadoras, o arcebispo afirmou que a homossexualidade é inata apenas em pequena parte dos gays. Na outra parte, segundo ele, a opção sexual é resultado da educação recebida:

- Nós sabemos que o adolescente é espontaneamente homossexual. Menino brinca com menino, menina brinca com menina. Só depois, se não houve uma boa orientação, isso se fixa. Então, a questão é: como vamos educar nossas crianças para o uso da sexualidade que seja humano e condizente?

Indagado sobre a afirmação de dom Dadeus de que a sociedade é pedófila, o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, porta-voz da 48ª Assembleia, reagiu: - É uma afirmação complicada, tem que ter dados para verificar isso.

Para dom Orani e o bispo de Araçuaí (MG), dom Severino Clasen, os abusos envolvendo padres são parte de problema que atinge diversos segmentos.- Isso nos frustra e machuca muito - afirmou dom Severino. - O que nos envergonha é também o que nos leva a ter esperança de novos tempos.

Em carta enviada à CNBB, o presidente Lula pediu orações aos bispos para que o brasileiro tenha "a luz e a sabedoria" para escolher seu sucessor . Lula mencionou o seu alto índice de popularidade e disse que reflete o fato de que o povo cada vez mais participa de um "banquete antes restrito a minorias". Lula citou a "grave crise política e ética" em Brasília, referindo-se ao escândalo do mensalão do DEM.

Fonte: O Globo

Não sei o que é pior, ouvir o bispo dizer "só 0.2%" ou o Lula falando em "crise ética". Em que mundo eles vivem?

Epístola de Luiz Inácio aos bispos da CNBB

Meu Prezado Dom Geraldo,

Neste momento em que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil realiza em Brasília sua Assembleia Geral, tomo a liberdade de lhe enviar minha fraterna saudação, com o pedido de que esta mensagem seja comunicada aos Eminentes Senhores Cardeais, aos Senhores Arcebispos, Bispos, Sacerdotes, Religiosos e Religiosas, bem como a todos que compõem e participam desta grande Assembleia.

Antes de mais nada, quero cumprimentar a direção da CNBB pela iniciativa de realizar em Brasília, que comemora seus cinqüenta anos, tanto sua Assembleia Geral como o XVI Congresso Eucarístico Nacional. Esses dois eventos, além de honrarem e dignificarem a comemoração dos cinqüenta anos da Capital do País, certamente, por sua densidade espiritual, nos ajudarão na superação da grave crise política e ética que se abate tristemente sobre esta Cidade.

Como o Senhor deve se lembrar, tive a honra de visitar, em meu primeiro ano de Governo, a Assembleia Geral da CNBB que se realizava em Itaici; agora, esta Assembleia que se inicia coincide com meu último ano de Governo. Neste momento, Dom Geraldo, minha primeira palavra é de agradecimento pelo diálogo e pela convivência franca e fraterna que tivemos ao longo desses quase 8 anos.

O apoio da Igreja Católica em suas instâncias nacional, regionais e locais foi fundamental para que pudéssemos realizar e implementar as políticas sociais nestes dois mandatos. Tenho consciência de quanto são importantes os convênios com as entidades religiosas para que as políticas sociais aconteçam de fato em todo o País e em toda sua capilaridade junto ao povo mais pobre e excluído.

Ao mesmo tempo, as críticas e os embates, em temas específicos, que vivenciamos com maturidade nos ajudaram a corrigir erros e limitações. As divergências e posições diferenciadas que tomamos não afastaram em nenhum momento nossa vontade de diálogo e mútua contribuição.

Nosso Governo, Dom Geraldo, procurou nestes anos pautar-se pelo necessário equilíbrio entre sua definição como Governo de um Estado laico, e, ao mesmo tempo, desenvolver uma política de intenso diálogo com as diferentes Igrejas e Religiões. Tenho consciência dos desafios que esta posição implica, por se tratar muitas vezes de um debate entre diferentes culturas, sensibilidades e concepções éticas. No entanto, não abrimos mão deste relacionamento franco e foi nesta perspectiva que debatemos e levamos a bom termo nosso Acordo firmado e ratificado com a Santa Sé. Entendemos que este Acordo se constitui num avanço da institucionalização de nossas relações, dando maior segurança para a atuação da Igreja Católica em nosso País.

Mas sem dúvida, a questão que mais nos aproxima e identifica é o cuidado para com este grande contingente de brasileiros que ao longo da história foi mantido à margem da cidadania em seus mínimos direitos. Para mim, dom Geraldo, esta é a questão central da grande discussão, tão atual, em torno dos Direitos Humanos.

Tenho consciência, Dom Geraldo que o Estado e o Governo estão em dívida com amplos setores da sociedade brasileira. E neste aspecto, sei muito bem que muito ainda resta a fazer, e um longo caminho a percorrer até que este País se constitua de fato numa verdadeira Nação e seus filhos tenham sua dignidade respeitada, e assegurado seu direito à participação verdadeiramente democrática em todos os sentidos.

Neste momento, Dom Geraldo, quero agradecer muito a Deus por tudo o que aconteceu nestes anos. Tenho para comigo mesmo que as bênçãos de Deus e de Nossa Senhora Aparecida, cujo Santuário pretendo visitar em ato de gratidão antes do fim deste mandato, foram essenciais para que chegássemos até aqui. E peço suas orações e de todos os Senhores Bispos para que sigamos nesta missão até o último dia deste mandato e que o Povo brasileiro tenha a luz e a sabedoria para fazer sua escolha quanto à nossa sucessão.

Desejo muitas luzes para esta Assembleia que se inicia e cujos resultados sem dúvida tem enorme importância para nosso povo.

Um forte e fraterno abraço.

Luiz Inácio Lula da Silva

trecho da carta de Lula à CNBB. Leia +.

fonte: G1
dica do Jarbas Aragão

4.5.10

Explosão (do) gospel

Desde que o movimento pentecostal brasileiro tornou-se fenômeno de massa, no último quarto do século 20, especialistas das mais diversas áreas têm se debruçado sobre a Igreja Evangélica com lupas de pesquisador. O espantoso crescimento do segmento, que pulou de um traço estatístico para a posição de segundo maior grupo religioso do país, tem sido discutido e explicado de muitas maneiras – quase todas, diga-se de passagem, incompletas ou mesmo parciais. Por isso, trabalhos como o da professora Magali do Nascimento Cunha ganham relevância. Jornalista, doutora em Ciências de Comunicação e mestre em Memória Social e Documento, ela é docente em diversos cursos da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista da Universidade Metodista de São Paulo e atua ainda como palestrante e conferencista. Mas observa o cenário evangélico nacional com ainda mais conhecimento de causa, já que é membro da Igreja Metodista do Brasil e do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas (CMI).

Ninguém pense, contudo, que Magali faz algum tipo de concessão ao corporativismo. Ao contrário – a pesquisadora não poupa as críticas que julga necessárias à Igreja contemporânea. No seu mais recente livro, A explosão gospel – Um olhar das ciências humanas sobre o cenário evangélico no Brasil (Mauad Editora), Magali constrói uma tese segundo a qual esse movimento chamado gospel fundamenta-se não apenas na lógica do mercado, mas também numa série de novos comportamentos e maneiras de enxergar e praticar o Evangelho. “Vivemos o surgimento de uma cultura religiosa nova”, afirma a professora. Segundo ela, a explosão gospel criou tantas demandas que afetou até mesmo a teologia cristã deste século 21. Entender este multifacetado universo de fé e todos os seus desdobramentos talvez seja tarefa para gerações. Mas nesta entrevista, Magali Cunha aponta alguns caminhos.

CRISTIANISMO HOJE
Como a senhora define a cultura gospel?

MAGALI DO NASCIMENTO CUNHA – Vivemos o surgimento de uma cultura religiosa nova, um jeito de ser diferente daquele construído pelos evangélicos brasileiros ao longo de sua história. Novos elementos foram adicionados como resposta ao tempo presente, que é fortemente marcado pelas culturas da mídia e do mercado, e pelo crescimento de novos movimentos evangélicos, principalmente o pentecostalismo. O movimento musical chamado gospel resultou deste processo sócio-religioso e abriu caminho para outras expressões. Isso quer dizer que testemunhamos uma ampliação, sem precedentes, do mercado religioso e de formas religiosas mercadológicas. Há também uma relativização da negação do mundo, tão cara aos evangélicos brasileiros – o corpo é valorizado, assim como a diversão. Com isso, temos uma nova cultura experimentada, um novo modo de ser evangélico: privilégio à expressão musical, envolvimento no mercado e espaço para o lazer e o entretenimento.

O termo “gospel” não é abrangente demais para abrigar tantos elementos e manifestações?

Na verdade, podemos dizer que as diferenças que existem entre os grupos evangélicos estão bastante “sufocadas” por essa forma cultural. Uso o termo “gospel” para definir esse modo de vida porque ele emerge do fenômeno que ganhou corpo nos anos 90 – o movimento musical que detonou um processo e configurou algo muito maior. Surgiu uma forma cultural, um modo de vida gospel. Ele não é uma expressão organizada, delimitada; mas resulta do cruzamento de discursos, atitudes e comportamentos entre si e com a realidade sociopolítica e histórica.

Mas existem traços comuns entre todas essas manifestações?

Há, principalmente, três elementos. Em primeiro lugar, a busca de modernidade e inserção dos evangélicos na lógica social da tecnologia, da mídia, do mercado e da política. Numa segunda perspectiva, tivemos as transformações na forma de cultuar e na ética de costumes de um significativo número de igrejas. Veja que atualmente não é mais possível identificar o que é um culto batista, ou um culto metodista, ou um culto presbiteriano. Identificamos, em nossas pesquisas, uma só forma de cultuar com as mesmas características. E, em terceiro lugar, um discurso comum que privilegia temas como “vitória” e “poder”, com ênfase no aqui e agora, bem diferente da tradição evangélica, cuja pregação privilegiava temas como o céu e a segunda vinda de Cristo como compensação pelos sofrimentos do presente. Essa produção de cultura alcançou uma amplitude que perpassa, senão todas, a grande maioria das igrejas e denominações evangélicas brasileiras.

Essa nova cultura gospel tem espaço para a ética cristã?

Vivemos hoje uma forte crise de ética cristã quando privilegiamos um modo de ser baseado no “eu” e na experiência. Isso é totalmente incompatível com o Evangelho. E a coisa se agrava quando aprendemos que ser cristão é consumir bens e serviços religiosos e divertir-se não como mera assimilação da cultura do mercado, mas como expressão religiosa. Quer dizer, a cultura gospel permitiu aos evangélicos brasileiros a inserção de elementos profanos na forma de viver sua fé e de relacionar-se com o sagrado.

Qual a crítica que a senhora faz ao uso que os evangélicos têm feito da mídia no Brasil?

A mídia evangélica é extremamente comercial. Ela reproduz a lógica da mídia secular e não faz diferença no meio. É diferente de mídias cristãs de outros países, que produzem documentários, lideram campanhas de cunho social, exibem mensagens bastante criativas relacionadas ao calendário cristão. Ainda não assisti a nenhuma programação desta natureza em nosso país. O programa mais criativo que assisti nos últimos tempos saiu do ar – era o 25ª hora, da Igreja Universal, que debatia temas da conjuntura com especialistas e pessoas cristãs que os relacionavam ao desafio do Evangelho. Os poucos programas de debates nas rádios ou TVs evangélicas de hoje são apenas doutrinadores do grupo que os lidera. O debate já tem conclusão antes de terminar. O tom evangelístico, de buscar a adesão de novos fiéis à proposta evangélica, é coisa do passado na mídia. Os programas não são mais dirigidos aos não-cristãos, mas sim a quem é crente, ligado a qualquer igreja, para receber doutrinação que corresponde ao discurso da cultura gospel e as ofertas dos produtos de quem lidera aquele veículo. A divulgação dos locais de reuniões públicas dos grupos condutores da programação é apenas um apêndice à veiculação massiva de conteúdo musical, já que o mercado fonográfico do segmento é uma força. Os demais aspectos da programação – debates, sessões de oração, estudos e sermões – não têm aquele cunho proselitista clássico, mas é carregado de ênfase doutrinária para conquistar novos espectadores e consumidores para os produtos oferecidos.

Leia a estrevista na íntegra aqui

Fonte: Cristianismo Hoje

Fica a dúvida, é explosão ou já tá virando implosão?

3.5.10

Gênios do marketing (192)

Loja de apostas patrocina confessionário de igreja

A paróquia Our Lady & St Etheldreda, na Irlanda: confessionário para perdoar pecados, agora patrocinado

Uma rede de casas de apostas gastou R$ 30 mil patrocinando o confessionário de uma igreja católica na Irlanda.

A rede Paddy Power foi chamada para ajudar a levantar fundos para a igreja Our Lady & St Etheldreda, que fica em Newmarket, na Irlanda. A cidade é famosa por seu circuito de corridas de cavalo, que movimenta o mercado de apostas.

Quando os representantes da igreja procuraram a empresa, eles perguntaram se não estariam interessados em promover um evento ligado à paróquia ou ajudar a pagar por um novo confessionário. Foi aí que um representante da Paddy Power perguntou se ao pagar pelo confessionário, a empresa não poderia colocar seu logo nele. A resposta foi sim.

Agora, o confessionário fica coberto com cortinas verdes que levam o logotipo da Paddy Power. Uma placa identifica o lugar como “Lata do Pecado”. A inauguração do novo confessionário teve até a presença do jóquei Frankie Dettori.

fonte: Época Negócios
dica do Chicco Sal

quais empresas poderiam investir em igrejas evangélicas e qual o tipo de patrocínio?

2.5.10

E se o Starbucks usasse o mesmo marketing das igrejas?



Marketing na igreja é uma questão controversa. O vídeo acima compara a abordagem comum nas igrejas comparando-a com a rede americana Starbucks. Nesta "parábola moderna" todos os chavões e situações comuns nas igrejas a cada domingo são usados como um alerta. Muitas pessoas vão ao Starbucks para satisfazer sua vontade de tomar café. Do mesmo modo, muita gente vai à igreja apenas para conhecer mais sobre Deus. Os visitantes "não iniciados" tem dificuldade de obter o que procuram e um deles nem sequer consegue.
Os autores do vídeo colocaram personagens que ao invés de facilitar o acesso ao produto, apenas dificultam. A linguagem é codificada, o comportamento esperado é quase constrangedor. E o mais interessante, nas "entrevistas", o barista, o gerente e o caixa acreditam que estão arrasando e o crescimento do número de fregueses prova a eficácia de seu modus operandis. Mal sabem eles que não chegaram nem perto com o casal de visitantes. O nome do vídeo é "E se o Starbucks usasse o mesmo marketing das igrejas?" Qualquer semelhança não é mera coincidência.


Fonte: Beyondrelevance.com
dica do Hermes Fernandes

1.5.10

Fé 1 X 1 Ciência

Ninguém deixa Charles Darwin em paz. Mesmo 151 anos após a publicação de "A Origem das Espécies", ainda há quem argumente contra sua teoria da evolução natural. Mesmo no Brasil, o movimento do Design Inteligente, que se opõem ao darwinismo, está ganhando espaço. A Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, promove o "III Simpósio Internacional Darwinismo Hoje" para contrapor os dois temas. Para o final de 2010, o Núcleo Brasileiro de Design Inteligente, em Campinas, prepara seu primeiro congresso sobre o assunto.

Os partidários do Design Inteligente acreditam que algo, seja um Deus ou até mesmo um extraterrestre, seria o responsável pelas criações da maioria dos seres na Terra, em oposição ao darwinismo, que responsabiliza o mecanismo de seleção natural pela evolução dos seres vivos, inclusive o homem.

Pesquisas feitas no mundo inteiro constatam que, quanto maior a renda e o grau de instrução das pessoas, mais elas acreditam no darwinismo. Porém, nos Estados Unidos, acontece o contrário. Segundo um levantamento de 2008, 44% dos americanos são criacionistas. Isso significa que quase metade da população americana acredita que Deus criou os seres literalmente como está descrito na Bíblia. Por isso, o Design Inteligente é chamado por seus críticos de “criacionismo disfarçado”, uma tentativa de dar um verniz científico a uma crença religiosa.

No Brasil, de acordo com uma pesquisa Datafolha desde ano, 59% das pessoas creem que o homem resulta de milhões de anos de evolução, mas que esta foi guiada por um ente supremo, ou seja, instintivamente, misturam as duas teorias. Apenas 8% acreditam que a evolução acontece sem interferência divina.

"Não negamos a evolução de seres unicelulares, pequenas mutações ou diferenças entre espécies como, por exemplo, entre as mesmas flores", afirma um dos organizadores do simpósio do Mackenzie, o doutor em literatura e pastor Mauro Meister. No entanto, ele e o pesquisador da Universidade de Idaho, nos Estados Unidos, Scott A. Minnich acreditam que as algumas lacunas na Teoria da Evolução de Darwin podem ser explicadas por esse conceito.

"As lacunas são questões ainda não completamente explicadas pela Teoria da Evolução", conta o biólogo da Universidade de São Paulo (USP), Atila Iamarino. "Isso porque é muito difícil que todos os organismos que documentariam a evolução pela qual passou uma espécie sejam preservados como fóssels e ainda sejam encontrados depois", completa.

Minnich, em entrevista ao iG, afirmou com convicção: "O Design Inteligente não é baseado em qualquer religião, mas, sim, na observação da natureza". E cita um exemplo de lacuna: "Parte das células é impelida por uma espécie de máquina molecular, como se fosse uma turbina", conta o americano, que acredita que esse sistema seja sofisticado demais para não ter sido concebido por “alguém”. Como não foram encontrados os ancestrais desse sistema, os partidários do Design Inteligente usam esse e outros detalhes como base para sua hipótese. "O principal problema do Design Inteligente é montar sua teoria em cima de falhas na Teoria da Evolução", explica o biólogo e pesquisador da Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), Henrique Paprocki. Exatamente por isso, o Design Inteligente é visto por muitos como uma linha de pensamento filosófico ou religioso.

"O Design Inteligente é como dizer que o céu é azul porque alguém o deseja assim, não explica nem acrescenta", acredita Iamarino. Mesmo assim, o biólogo conclui que, de certa maneira, o Design Inteligente pode ajudar a evolução da biologia: "Ele pode apontar áreas que não são tão estudadas ou que explicamos com poucos detalhes que, posteriormente, se revelam muito importantes. Acaba sendo um 'editor', checando os locais que ainda precisam de mais estudo". "Design inteligente é ter fé, é crer. Ciência é evidência", finaliza Paprocki. Leia+

Fonte: IG

No debate fé X ciência marque coluna do meio. Os números da Datafolha apresentados no artigo dizem muito sobre a perspectiva dos brasileiros sobre o assunto.

30.4.10

Católicos contra protestantes ecumênicos


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E o Brasil virou Belfast. A guerra religiosa promovida por católicos contra protestantes foi iniciada oficialmente em março com um post equivocado no blog do padre Joãozinho a respeito de uma declaração em vídeo da cantora protestante Ana Paula Valadão. O padre repetiu o boato de que Ana Paula havia profetizado a queda do catolicismo. Uma acusação falsa que logo foi esclarecida no blog do sacerdote após protestos contra a falta de acuracidade do padre.

Apesar disso o boato continuou. Constrangida com a perseguição injustificada, a cantora viu-se obrigada a posicionar-se sobre o assunto “ecumenismo”. Ela declarou, em entrevista, admiração pela religiosidade de alguns católicos e criticou o fato de muitos protestantes se considerarem proprietários de Deus.

A afirmação de uma das mais conhecidas cantoras protestantes do Brasil – Ana Paula Valadão tem cds com o selo da Som Livre – é uma demonstração clara de que o anti-catolicismo protestante vem perdendo lugar no País.

O fenômeno só não é mais surpreendente que a reação de alguns católicos: eles se levantaram contra Ana Paula e contra todos os que apoiam o discurso ecumênico que ela sustenta. Prova disso foi a discussão, via Twitter, entre o cantor católico Walmir Alencar (Ministério Adoração e Vida) e um seguidor.

Walmir foi agredido por declarar ouvir músicas do grupo Diante do Trono, do qual Ana Paula é integrante. Em resposta às agressões o cantor publicou, para seus 10.350 seguidores, no Twitter, as seguintes proposições pessoais:
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Por que os católicos não deveriam se alegrar com a postura de Walmir e Ana Paula? Somente por grande incompreensão dos fatos é possível indignar-se com a postura ecumênica de ambos. Nenhum dos cantores quer mudar de Igreja e todos os dois se reconhecem como cristãos.

Acredito que Walmir, sendo um católico esclarecido, sabe que o protestantismo não pode alcançar a plenitude da Revelação sem se aniquilar. O protestantismo é um projeto falido que acreditando restaurar a fidelidade à Tradição cristã, se afasta mais e mais dessa Tradição. Isso provam as igrejas protestantes que aprovam métodos anticoncepcionais, aborto e uniões homossexuais, só para darmos exemplos recentes de corrupção religiosa.

É justamente para apresentar a plenitude da Revelação, missão do catolicismo, que o ecumenismo se propõe. Mas existem barreiras, como o forte ranço de anticatolicismo por parte dos protestantes, no Brasil. Ora, se os protestantes sequer reconhecem um católico como cristão, como poderão ouvir o que o catolicismo tem a dizer?

Sabendo disso, por que um católico impediria que a queda/diminuição desse anticatolicismo protestante avançasse? Não faz o menor sentido. Mas é justamente esse non sense o resultado de uma postura falsamente ortodoxa que usa de boatos (ou deixa-se usar por eles) para contaminar as possibilidades de um verdadeiro diálogo ecumênico.

Verdadeira ortodoxia tem muito a ver com sanidade. A falta dela é o que faz o modernismo e suas virtudes loucas, isoladas uma das outras. A condenação do protestantismo de Ana Paula não pode se confundir com uma condenação à Ana Paula e tornar tudo o que ela faz algo reprovável somente por sua adesão a uma fé que desconhece a verdadeira Tradição cristã.

Em nome da Verdade cristã não se pode fazer isso. Em nome de uma verdade enlouquecida, impiedosa, isolada da caridade e da esperança, sim. Mas isso não é ortodoxia e não serve nem para fazer um católico de uma tigela inteira.

Wagner Moura no O possível e o extraordinário

[E o feliz aqui achando que só eu tinha problemas com trolls]

28.4.10

Graça barata - Golpe da faculdade teológica

A Justiça Federal condenou uma faculdade e uma igreja em Goiás a ressarcir os alunos que estudaram em um falso curso superior de teologia.|

Segundo o Ministério Público Federal, a Faculdade de Teologia Evangélica da Igreja de Deus, mantida pela Igreja de Deus no Brasil, anunciava cursos de "bacharelado em teologia" e "mestrado em ministério", mas nunca possuiu autorização do Ministério da Educação para isso. O órgão federal diz que desde 1995 tenta fazer a faculdade mudar a denominação de seus cursos, que deveriam ser apresentados apenas como "cursos livres" ou "seminários religiosos".

De acordo com a sentença, todos os alunos que estudaram na faculdade e comprovarem que não sabiam que o curso ministrado não era de nível superior deverão receber o dobro do valor pago. A faculdade e a igreja também vão ter que pagar R$ 10 mil referentes a despesas com o processo.

Para o Ministério Público, o fato de o estabelecimento se autodenominar "faculdade" pode ser considerado uma propaganda enganosa. Também questiona o procedimento da empresa de publicar anúncios de "vestibular".

A defesa da igreja diz que mudou em 2009, quando soube do processo, o nome da faculdade e dos cursos e que nenhum aluno foi "ludibriado" com isso. Afirma ainda que não tomou conhecimento da sentença, mas que pretende recorrer. A decisão judicial foi assinada na semana passada.

Segundo a defesa, a intenção dos organizadores era apenas formar líderes dentro da própria igreja. A mensalidade, afirma, custa hoje por volta de R$ 200. A duração pode chegar a até seis anos. O nome do estabelecimento, agora, é "Seminário Evangélico".

A Igreja de Deus, de orientação cristã evangélica, foi fundada nos Estados Unidos no século 19.

fonte: Folha Online

O império de (P)Edir Macedo (89)

A Igreja Universal do Reino de Deus é acusada de ter enviado para o exterior cerca de R$ 5 milhões por mês entre 1995 e 2001 em remessas supostamente ilegais feitas por doleiros da casa de câmbio Diskline, o que faria o total chegar a cerca de R$ 400 milhões. A revelação foi feita por Cristina Marini, sócia da Diskline, que depôs ao Ministério Público Estadual (MPE) e confirmou o que havia dito à Justiça Federal e à Promotoria da cidade de Nova York. O criminalista Antônio Pitombo, que defende a igreja e seus dirigentes, nega as acusações.

Cristina e seu sócio, Marcelo Birmarcker, aceitaram colaborar com as investigações nos dois países em troca de benefícios em caso de condenação, a chamada delação premiada. Cristina foi ouvida por três promotores paulistas. Ela já havia prestado o mesmo depoimento a 12 promotores de Nova York liderados por Adam Kaufmann, o mesmo que obteve a decretação da prisão do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), nos Estados Unidos - ele alega inocência.

Os doleiros resolveram colaborar depois que a Justiça norte-americana decidiu investigar a atividade deles nos EUA com base no pedido de cooperação internacional feito em novembro de 2009 por autoridades brasileiras. Em Nova York, eles são investigados por suspeita de fraude e de desvio de recursos da igreja em território norte-americano.

Ela afirmou aos promotores que começou a enviar dinheiro da Igreja Universal para o exterior em 1991. As operações teriam se intensificado entre 1995 e 2001, quando remetia em média R$ 5 milhões por mês, sempre pelo sistema do chamado dólar-cabo - o dono do montante entrega dinheiro vivo em reais, no Brasil, ao doleiro, que faz o depósito em dólares do valor correspondente em uma conta para o cliente no exterior. Cristina disse que recebia pessoalmente o dinheiro.

Outro lado

O advogado Antônio Sérgio Altieri de Moraes Pitombo, que defende a Igreja Universal e seus dirigentes, diz que já esperava o surgimento de um “fato novo” por parte do Ministério Público Estadual. “Todas as vezes que são impetradas medidas judiciais contra a ilegalidade na investigação são criados fatos e manchetes para perturbar a neutralidade do julgamento”, assinalou o criminalista.

“Não é necessário ressaltar que a palavra de um delator deve ser tomada com muita reserva. A defesa vai adotar as medidas pertinentes para evidenciar a verdade, que muitas vezes não está ainda nos autos.” Procurado, o advogado dos doleiros, Alberto Tichauer, não foi localizado para falar sobre o depoimento de seus clientes.


Parece que a IURD continua espalhando lixo por aí. Não entendeu? Clique aqui.

Cleycianne sem filtro

Capa do caderno Ela de "O Globo"
para ler a reportagem, clique na figura
fonte: twitpic da @samara7days


27.4.10

A religião de Freud

Um novo livro que acusa o pai da psicanálise, Sigmund Freud, de ser mentiroso, fracassado e defensor de regimes totalitários está criando polêmica na França. De acordo com o filósofo francês Michel Onfray, autor de "Le Crépuscule d'une idole, l'affabulation freudienne" ("O Crepúsculo de um Ídolo, a Fábula Freudiana"), a psicanálise é comparável a uma religião e sua capacidade de curar as pessoas é semelhante a da homeopatia.

O livro começou a ser vendido nesta semana nas livrarias francesas, mas já havia começado a gerar controvérsia antes mesmo de sua publicação. Psicanalistas acusam Onfray de cometer erros e ignorar fatos para defender a sua tese.

'Necessidades fisiológicas'

O conhecido filósofo, que escreveu "Tratado de Ateologia" (publicado também no Brasil), acredita que Freud transformou seus próprios "instintos e necessidades fisiológicas" em uma doutrina com pretensão de ser universal.

Mas, para Onfray, a psicanálise seria "uma disciplina verdadeira e justa no que diz respeito a Freud e ninguém mais". Onfray diz que Freud fracassou na cura de pacientes que ele mesmo atendeu, mas ocultou ou alterou suas histórias clínicas para dar a impressão de que o tratamento havia sido bem sucedido.

Ele afirma, por exemplo, que Sergei Konstantinovitch, indicado por Freud como "o homem dos lobos", continuou fazendo psicanálise mais de meio século depois de ter sido supostamente curado por Freud.

E diz que Bertha Pappenheim, conhecida como "Anna O." e apresentada por Freud como um caso em que o tratamento contra histeria e alucinações funcionou, continuou tendo recaídas. Durante um debate com a psicanalista francesa Julia Kristeva publicado esta semana no jornal francês "Le Nouvel Observateur", Onfray rejeitou a noção de que o método de Freud "cura todas as vezes".

"A psicanálise cura tanto quanto a homeopatia, o magnetismo, a radiestesia, a massagem do arco do pé ou o exorcismo feito por um sacerdote, quanto nenhuma oração diante da Gruta de Lourdes (onde há relatos de que Nossa Senhora teria aparecido)", afirmou. "Sabemos que o efeito do placebo constitui 30% da cura de um medicamento", acrescentou. "Por que a psicanálise escaparia desta lógica?" Leia +.

Gerardo Lissardy, na BBC Mundo.
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