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Galeria dos Brasileiros Ilustres: Barão de Mauá

Em comemoração aos 500 anos do Brasil, o Conselho Editorial do Senado Federal, criado pela Mesa Diretora em 31 de janeiro de 1997, editou várias obras de valor histórico e cultural e de importância relevante para a compreensão da história política, econômica e social do Brasil e reflexão sobre os destinos do país. Dentre estas maravilhosas obras, disponíveis digitalmente para acesso público no site Domínio Público, encontra-se "Galeria dos Brasileiros Ilustres", de S. A. Sisson, do qual destacamos a figura ilustre do famoso Barão de Mauá, conforme segue...

Irineu Evangelista de Sousa, filho legítimo de João Evangelista de Sousa e de sua mulher D. Mariana de Sousa e Silva, nasceu a 28 de dezembro de 1813 na freguesia do Arroio Grande, distrito de Jaguarão, província de São Pedro do Rio Grande do Sul. No ano de 1822 veio para a corte concluir sua educação, estreando a sua carreira comercial ao ano de 1825 como caixeiro do negociante de fazendas Antônio José Pereira de Almeida. Apesar de sua tenra idade, tanta aptidão mostrou para o comércio e por tal forma se houve no desempenho de seus deveres, que retirando-se o Sr. Almeida à vida privada quatro anos depois, não se esqueceu de recomendar o seu jovem caixeiro a um amigo que estava no caso de aproveitar os seus serviços. Em 1829, pois, entrou Irineu Evangelista de Sousa para a muito acreditada casa comercial de Ricardo Carruthers, o qual, reconhecendo logo as felizes disposições de que era dotado, comprazeu-se em auxiliá-lo a desenvolvê-las, encarregando-o pouco depois da direção da sua casa de comércio à qual o associou no dia 1º de janeiro de 1836, e deixando-o à testa dos seus negócios quando no ano seguinte se retirou para a Europa.
Desde essa época a casa de Carruthers e Cia., da qual Irineu Evangelista de Sousa era sócio-gerente, tornou-se uma das principais desta corte pelo elevado crédito que lhe granjeara a sua hábil direção. Para dar maior desenvolvimento ainda a suas operações comerciais, empreendeu Irineu Evangelista de Sousa em 1840 uma viagem à Europa, estabelecendo durante sua estada ali uma casa em Manchester sob a firma de Carruthers, de Castro e Cia.
Regressando ao Rio de Janeiro em 1841, casou-se a 11 de abril desse mesmo ano com sua sobrinha D. Maria Joaquina de Sousa, que, conjuntamente com toda a sua família, fora buscar ao Rio Grande em 1835.
Querendo concorrer por sua parte para o progresso comercial da província onde nascera, estabeleceu no ano de 1845 uma casa no Rio Grande sob a firma de Carruthers Sousa e Cia. A atividade do seu espírito, porém, não se satisfez com tão pouco. No ano de 1846 fez a aquisição do belo estabelecimento de fundição e estaleiro da Ponta da Areia, elevando-o logo gradualmente da decadência em que se achava ao estado próspero e florescente que poucos anos depois o tornaram o primeiro estabelecimento desse gênero na América meridional. Nesse mesmo ano, tendo sido pelo corpo comercial do Rio de Janeiro eleito presidente da Comissão da Praça do Comércio, teve mercê do hábito de Cristo.
Em 1847, achando-se na cidade do Rio Grande, organizou ali a companhia rio-grandense de reboques a vapor, para facilitar o serviço da barra da província.
Por decreto de 24 de janeiro de 1850, foi agraciado com o oficialato da Ordem da Rosa, na qual foi elevado a comendador em 15 de maio de 1851 em remuneração dos serviços prestados na confecção dos regulamentos para a execução do Código Comercial. Nesse ano fundou em Nova Iorque uma casa comercial sob a firma de Carruthers Dixon e Cia., e revertendo nessa época ao país os avultados cabedais empregados no tráfico do escravocrata, em virtude da cessação desse ilícito comércio, iniciou Irineu Evangelista de Sousa o espírito de associação entre nós organizando nesse mesmo ano de 1851 o Banco do Brasil que tão assinalados serviços prestou a esta praça e que três anos depois, pela sua fusão com o Banco Comercial, serviu de núcleo à instituição de crédito que hoje funciona com o mesmo título e para cuja fundação poderosamente concorreu Irineu Evangelista de Sousa.
Logo em seguida foram por ele criadas: a de navegação e comércio do Amazonas e a de diques flutuantes.

Em 30 de abril de 1851, por ocasião da inauguração da primeira via férrea no Brasil, levada a efeito pelo seu gênio empreendedor, foi agraciado com o título de barão de Mauá. Em julho desse ano transferiu a propriedade do estabelecimento da Ponta da Areia a uma companhia que organizou e da qual é o principal acionista e administrador. Ainda nesse ano fundou nesta praça, com uma casa filial em Londres, a sociedade bancária em comandita sob a firma de Mauá Mac Fregor e Cia., que a despeito da injusta e desabrida guerra que por muito tempo sofreu, tem prosperado em bem dos interessados e da praça do Rio de Janeiro, que nela encontra sempre um poderoso auxiliar. 
Em julho de 1856, estabeleceu uma casa bancária em Montevidéu sob a firma de Mauá e Cia., que muitos bons serviços já tem prestado ao comércio da República Oriental, a cujo governo por várias vezes e em épocas bem críticas acudira o nosso distinto patrício com empréstimos de seus capitais, promovendo ainda por esta forma os interesses do Império.

Além destas empresas por ele mesmo criadas, o barão de Mauá tem concorrido com seus esforços, sua vasta inteligência e sua fortuna para a realização de todas quantas empresas de algum vulto existem no país.
Entre os concessionários da projetada estrada de ferro de São Paulo, figura ainda o nome do barão de Mauá, que pretende levar a efeito mais esse importante melhoramento por meio de capitais levantados em sua máxima parte fora do país.
Nas últimas eleições para deputado, o círculo do Rio Grande resolveu unanimemente, em sinal do apreço em que tem o seu distinto comprovinciano, dar-lhe um lugar na Câmara temporária, na qual já tivera assento como suplente desde o ano de 1855. Ali por várias vezes se tem feito ouvir o nobre barão, sempre que se trata de questões comerciais, pugnando pelos direitos da classe a que pertence e sustentando diferentes medidas tendentes a beneficiar a indústria do país.
O barão de Mauá é membro honorário do Instituto  Histórico e Geográfico do Brasil, tesoureiro do Hospício de Pedro II e sócio de muitas outras instituições de beneficência.

Seu talento não vulgar e seus serviços, a amenidade do seu trato e sua nunca desmentida probidade tornam-no um dos caracteres mais distintos de que o Brasil com razão se pode ufanar.

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Fonte: (imagem e texto):
"GALERIA DOS BRASILEIROS ILUSTRES", de S. A. Sisson. Volume I. Senado Federal. Brasília/DF, 1999, disponível digitalmente no site: Domínio Público

Artistas brasileiros - I

Artistas brasileiros que fizeram história e que deixaram seu legado artístico na cultura do Brasil, como a genial  Abigail Izquierdo Ferreira ou simplesmente Bibi Ferreira,  filha do grande artista Procópio Ferreira. Bibi Ferreira é uma das maiores artistas da história do nosso teatro. As fotografias foram extraídas da revista "A Cigarra", em uma de suas edições de 1947, que está disponível digitalmente no maravilho site do Arquivo Público do Estado de São Paulo
 BIBI FERREIRA (1947) - "A arte acima de tudo"
  BIBI FERREIRA (1947) -  A Mrs. de Winter de "Rebecca", de Daphne du Maurier (SIC)
 BIBI FERREIRA (1947) - 1. Em "A Carreira de Zuzu"; 2. Em "Sétimo Céu"; 3. Em "A Carreira de Zuzu"
  BIBI FERREIRA (1947) - Em "A Moreninha"

 BIBI FERREIRA (1947) - Em "Conchita"

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Fonte:
Revista "A Cigarra", edição de 1947, disponível digitalmente no site do Arquivo Público do Estado de São Paulo

A família Matarazzo em São Paulo

O nome "Matarazzo" já foi sinônimo de empreendimento e desenvolvimento industrial. Nos primórdios do século XX, mais precisamente no ano de 1911, surgem no Brasil as famosas Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM), que alcançaram importância singular no processo industrial brasileiro. Até seu esfacelamento, a IRFM atuou concomitantemente  nos mais variados seguimentos da indústria tais como: têxtil, químico, alimentício, metalúrgico etc. A família Matarazzo foi uma das mais atuantes da elite paulista e, ainda hoje, resquícios de sua importância aparecem em um ou outro lugar da capital.  
 
O Majestoso pavilhão das "Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo", na Avenida das Nações, no Rio de Janeiro, por ocasião da grande Exposição do Centenário da Independência do Brasil, no ano de 1922
 
Ilustração artística do Pavilhão das Indústrias Matarazzo na grande Exposição do Centenário de 1922
 
O Conde Francisco Matarazzo, imigrante italiano, que chegou ao Brasil  no ano de 1882. Esta fotografia, publicada na revista "A Cigarra", em 1917, marcou o instante em que o grande industrial recebeu do soberano da Itália o honroso título de "Conde"

Evento promovido pela colônia italiana de São Paulo, na chácara de Ermelino Matarazzo, por ocasião de seu aniversário
Em cima: O governador de São Paulo, Altino Arantes, Washington Luís e secretários na Casa de Saúde Francesco Matarazzo, por ocasião de sua inauguração. Embaixo: Ermelino Matarazzo, no centro, acompanhado do célebre tenor italiano Enrico Caruso, entre outros, durante o citado evento, em 1917
Visita da classe médica à Casa de Saúde Francesco Matarazzo, que foi doada pelo Comendador Francesco Matarazzo ao Hospital Humberto I. Em cima: O Conde Dall`Aste Brandolini, cônsul geral da Itália, Ermelino Matarazzo, entre outros; no centro: Médicos do hospitais e visitantes; embaixo: o dr. Carlos Comenale, entre outros presentes na inauguração da casa de saúde, em 1917
Casamento de Ida Matarazzo, filhas dos condes Matarazzo, com o dr. David Mele, celebrado em São Paulo no dia 27 de julho de 1919, vendo-se familiares da noiva
Mariângela Matarazzo, filha do industrial Luiz Matarazzo e Elisa Maffei Matarazzo, na  ocasião em que concluiu o curso de Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1919, quando tinha 21 anos de idade. Ela nasceu no ano de 1892

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Fonte:
1. Revista "O Malho", edição de 1922 (imagem: 1), disponível digitalmente no site da Biblioteca Nacional Digital do Brasil;
2. Revista "A Cigarra", edições de 1917, 1919 e 1922 (demais imagens), disponível digitalmente no site do Arquivo Público do Estado de São Paulo

As "Miss São Paulo" dos anos 30 - IV


Uma pouco da história do universo da moda em São Paulo, mais exatamente das "Miss São Paulo" do ano de 1930.

HENEDINA ORELHE - "MISS LIBERDADE" - 1930

CANDIDATA A MISS - 1930

IDA ZERVOLINA - "MISSA CANTAREIRA" - 1930

OUTRA CANDIDATA DE CAMBUCI - 1930

ALVINA TRAUBI - "MISS BELA VISTA" - 1930
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Fonte:
Revista "Para Todos", edições de 1930, disponível digitalmente no site da Biblioteca Nacional Digital do Brasil

As "Miss São Paulo" dos anos 30 - III


As beldades da capital paulista, as quais, no ano de 1930, foram eleitas "Miss" em seus respectivos bairros.

ALDA SANTOS - "MISS SAÚDE" - 1930

EUPHEMIA DE ALMEIDA - "MISS SANTANA" - 1930

LÚCIA VASQUES

JAHYR MIRANDA - "MISS CAMBUCI" - 1930

SARA BITTENCOURT - "MISS BOM RETIRO" - 1930

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Fonte:
Revista "Para Todos", edições de 1930, disponível digitalmente no site da Biblioteca Nacional Digital do Brasil

As "Miss São Paulo" dos anos 30


As belas mulheres da elite paulistana, que lograram o status de "Miss" em seus respectivos bairros, no agitado ano de 1930.

CECÍLIA MARQUES CARDEAL - "MISS PENHA" - 1930

IGNEZ RICCI - "MISS CASA VERDE" - 1930

DULCE RAMOS - "MISS BRÁS" - 1930

LOURDES FALCÃO - "MISS SANTA CECÍLIA" - 1930

JUDITH MARTIRE - "MISS MOOCA" - 1930

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Fonte:
Revista "Para Todos", edições de 1930, disponível digitalmente no site da Biblioteca Nacional Digital do Brasil

As "Miss São Paulo" dos anos 30


As belas mulheres paulistanas dos anos 30, candidatas a "Miss São Paulo" do ano de 1930, em fotografias publicadas na badalada revista "Para Todos".

HENEDINA DROLHE - "MISS LIBERDADE" - 1930

ÁUREA GOMES SILVA - "MISS IPIRANGA" - 1930

DULCE LAPAGE - "MISS CONSOLAÇÃO" - 1930

MARIANNA BACELLAR - "MISS LAPA" - 1930

LAVÍNIA BARROS SEHEIHEL - "MISS JARDIM AMÉRICA" - 1930

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Fonte:
Revista "Para Todos", edições de 1930, disponível digitalmente no site da Biblioteca Nacional Digital do Brasil

As "Miss Universo" dos anos 30


Um pouco da história do universo da moda, especificamente das chamadas "miss": as Miss Universo nos idos anos 30.

YOLANDA PEREIRA - "MISS BRASIL" (Rio Grande do Sul) - 1930

CELIA BASAVILBASO - "MISS ARGENTINA" - 1930

DORIT NITY - "MISS ALEMANHA" - 1930

MILADA DOSTALOVA - "MISS CHECOSLOVÁQUIA" - 1930

SOPHIA BATYCKA - "MISS POLÔNIA" - 1930

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Fonte:
Revista "Para Todos", edições de 1930, disponível digitalmente no site da Biblioteca Nacional Digital do Brasil

As "Miss Universo" dos anos 30 - III


Um pouco da história do universo da moda, especificamente das chamadas "miss": as Miss Universo nos idos anos 30.

MAFALDA MARIOTTINO - "MISS ITÁLIA" - 1930

MARJORIE ROSS - "MSS INGLATERRA" - 1930

ESTHER PEDERSEN - "MISS DINAMARCA" - 1930

JENNY VAN - "MISS BÉLGICA" - 1930

ZULMA INVERNIZZI - "MISS URUGUAY" - 1930

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Fonte:
Revista "Para Todos", edições de 1930, disponível digitalmente no site da Biblioteca Nacional Digital do Brasil