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quarta-feira, 15 de maio de 2013

O que os nazistas copiaram de Marx



Karl Marx com a mascará de Hitler. Imagem:MISES.

O marxismo afirma que a forma de pensar de uma pessoa é determinada pela classe a que pertence.  Toda classe social tem sua lógica própria.  Logo, o produto do pensamento de um determinado indivíduo não pode ser nada além de um "disfarce ideológico" dos interesses egoístas da classe à qual ele pertence.  A tarefa de uma "sociologia do conhecimento", segundo os marxistas, é desmascarar filosofias e teorias científicas e expor o seu vazio "ideológico".  A economia seria um expediente "burguês" e os economistas são sicofantas do capital.  Somente a sociedade sem classes da utopia socialista substituirá as mentiras "ideológicas" pela verdade.

Este polilogismo, posteriormente, assumiu várias outras formas.  O historicismo afirma que a estrutura lógica da ação e do pensamento humano está sujeita a mudanças no curso da evolução histórica. O polilogismo racial atribui a cada raça uma lógica própria.
O polilogismo, portanto, é a crença de que há uma multiplicidade de irreconciliáveis formas de lógica dentro da população humana, e estas formas estão subdivididas em algumas características grupais.

Os nazistas fizeram amplo uso do polilogismo.  Mas os nazistas não inventaram o polilogismo.  Eles apenas criaram seu próprio estilo de polilogismo.

Até a metade do século XIX, ninguém se atrevia a questionar o fato de que a estrutura lógica da mente era imutável e comum a todos os seres humanos.  Todas as interrelações humanas são baseadas nesta premissa de que há uma estrutura lógica uniforme.  Podemos dialogar uns com os outros apenas porque podemos recorrer a algo em comum a todos nós: a estrutura lógica da razão.

Alguns homens têm a capacidade de pensar de forma mais profunda e refinada do que outros.  Há homens que infelizmente não conseguem compreender um processo de inferência em cadeias lógicas de pensamento dedutivo.  Mas, considerando-se que um homem seja capaz de pensar e trilhar um processo de pensamento discursivo, ele sempre aderirá aos mesmos princípios fundamentais de raciocínio que são utilizados por todos os outros homens.  Há pessoas que não conseguem contar além de três; mas sua contagem, até onde ele consegue ir, não difere da contagem de Gauss ou de Laplace. Nenhum historiador ou viajante jamais nos trouxe nenhuma informação sobre povos para quem A e não-A fossem idênticos, ou sobre povos que não conseguissem perceber a diferença entre afirmação e negação.  Diariamente, é verdade, as pessoas violam os princípios lógicos da razão. Mas qualquer um que se puser a examinar suas deduções de forma competente será capaz de descobrir seus erros.

Uma vez que todos consideram tais fatos inquestionáveis, os homens são capazes de entrar em discussões e argumentações.  Eles conversam entre si, escrevem cartas e livros, tentam provar ou refutar.  A cooperação social e intelectual entre os homens seria impossível se a realidade não fosse essa. Nossas mentes simplesmente não são capazes de imaginar um mundo povoado por homens com estruturas lógicas distintas ente si ou com estruturas lógicas diferentes da nossa.

Mesmo assim, durante o século XIX, este fato inquestionável foi contestado.  Marx e os marxistas, entre eles o "filósofo proletário" Dietzgen, ensinaram que o pensamento é determinado pela classe social do pensador.  O que o pensamento produz não é a verdade, mas apenas "ideologias".  Esta palavra significa, no contexto da filosofia marxista, um disfarce dos interesses egoístas da classe social à qual pertence o pensador.  Por conseguinte, seria inútil discutir qualquer coisa com pessoas de outra classe social.  Não seria necessário refutar ideologias por meio do raciocínio discursivo; ideologias devem apenas ser desmascaradas, denunciando a classe e a origem social de seus autores. Assim, os marxistas não discutem os méritos das teorias científicas; eles simplesmente revelam a origem "burguesa" dos cientistas.

Os marxistas se refugiam no polilogismo porque não conseguem refutar com métodos lógicos as teorias desenvolvidas pela ciência econômica "burguesa"; tampouco conseguem responder às inferências derivadas destas teorias, como as que demonstram a impraticabilidade do socialismo.  Dado que não conseguiram demonstrar racionalmente a validade de suas idéias e nem a invalidade das idéias de seus adversários, eles simplesmente passaram a condenar os métodos lógicos.  O sucesso deste estratagema marxista foi sem precedentes.  Ele tornou-se uma blindagem contra qualquer crítica racional à pseudo-economia e à pseudo-sociologia marxistas. Ele fez com que todas as críticas racionais ao marxismo fossem inócuas.

Foi justamente por causa dos truques do polilogismo que o estatismo conseguiu ganhar força no pensamento moderno.

O polilogismo é tão inerentemente ridículo, que é impossível levá-lo consistentemente às suas últimas consequências lógicas. Nenhum marxista foi corajoso o suficiente para derivar todas as conclusões que seu ponto de vista epistemológico exige.  O princípio do polilogismo levaria à inferência de que os ensinamentos marxistas também não são objetivamente verdadeiros, mas sim apenas afirmações "ideológicas".  Mas isso os marxistas negam.  Eles reivindicam para suas próprias doutrinas o caráter de verdade absoluta.  

Dietzgen ensina que "as idéias da lógica proletária não são idéias partidárias, mas sim o resultado da mais pura e simples lógica".  A lógica proletária não é "ideologia", mas sim lógica absoluta.  Os atuais marxistas, que rotulam seus ensinamentos de sociologia do conhecimento, dão provas de sofrerem desta mesma inconsistência.  Um de seus defensores, o professor Mannheim, procura demonstrar que há certos homens, os "intelectuais não-engajados", que possuem o dom de apreender a verdade sem serem vítimas de erros ideológicos.  Claro, o professor Mannheim está convencido de que ele mesmo é o maior dos "intelectuais não-engajados".  Você simplesmente não pode refutá-lo. Se você discorda dele, você estará apenas provando que não pertence à elite dos "intelectuais não-engajados", e que seus pensamentos são meras tolices ideológicas.

Os nacional-socialistas alemães tiveram de enfrentar o mesmo problema dos marxistas.  Eles também não foram capazes nem de demonstrar a veracidade de suas próprias declarações e nem de refutar as teorias da economia e da praxeologia.  Consequentemente, eles foram buscar abrigo no polilogismo, já preparado para eles pelos marxistas.  Sim, eles criaram sua própria marca de polilogismo.  A estrutura lógica da mente, diziam eles, é diferente para cada nação e para cada raça.  Cada raça ou nação possui sua própria lógica e, portanto, sua própria economia, matemática, física etc.  Porém, não menos inconsistente do que o Professor Mannheim, o professor Tirala, seu congênere defensor da epistemologia ariana, declara que a única lógica e ciência verdadeiras, corretas e perenes são as arianas.  Aos olhos dos marxistas, Ricardo, Freud, Bergson e Einstein estão errados porque são burgueses; aos olhos dos nazistas, estão errados porque são judeus.  Um dos maiores objetivos dos nazistas é libertar a alma ariana da poluição das filosofias ocidentais de Descartes, Hume e John Stuart Mill.  Eles estão em busca da ciência alemã arteigen, ou seja, da ciência adequada às características raciais dos alemães.

Como hipótese, podemos supor que as capacidades mentais do homem sejam resultado de suas características corporais.  Sim, não podemos demonstrar a veracidade desta hipótese, mas também não é possível demonstrar a veracidade da hipótese oposta, conforme expressada pela hipótese teológica.  Somos forçados a admitir que não sabemos como os pensamentos surgem dos processos fisiológicos. Temos vagas noções dos danos causados por traumatismos ou por outras lesões infligidas em certos órgãos do copo; sabemos que tais danos podem restringir ou destruir por completo as capacidades e funções mentais dos homens.  Mas isso é tudo.  Seria uma enorme insolência afirmar que as ciências naturais nos fornecem informações a respeito da suposta diversidade da estrutura lógica da mente.  O polilogismo não pode ser derivado da fisiologia ou da anatomia, e nem de nenhuma outra ciência natural.

Nem o polilogismo marxista e nem o nazista conseguiram ir além de declarar que a estrutura lógica da mente é diferente entre as várias classes ou raças.  Eles nunca se atreveram a demonstrar precisamente no quê a lógica do proletariado difere da lógica da burguesia, ou no quê a lógica ariana difere da lógica dos judeus ou dos ingleses.  Rejeitar a teoria das vantagens comparativas de Ricardo ou a teoria da relatividade de Einstein por causa das origens raciais de seus autores é inócuo.  Primeiro, seria necessário desenvolver um sistema de lógica ariana que fosse diferente da lógica não-ariana.  Depois, seria necessário examinar, ponto por ponto, estas duas teorias concorrentes, e mostrar onde, em cada raciocínio, são feitas inferências que são inválidas do ponto de vista da lógica ariana mas corretas do ponto de vista não-ariano.  E, finalmente, seria necessário explicar a que tipo de conclusão a substituição das erradas inferências não-arianas pelas corretas inferências arianas deve chegar.  Mas isso jamais foi e jamais será tentado por ninguém.  Aquele gárrulo defensor do racismo e do polilogismo ariano, o professor Tirala, não diz uma palavra sobre a diferença entre a lógica ariana e a lógica não-ariana. O polilogismo, seja ele marxista ou nazista, jamais entrou em detalhes.

O polilogismo possui um método peculiar de lidar com opiniões divergentes.  Se seus defensores não forem capazes de descobrir as origens e o histórico de um oponente, eles simplesmente taxam-no de traidor.  Tanto marxistas quanto nazistas conhecem apenas duas categorias de adversários.  Os alienados — sejam eles membros de uma classe não-proletária ou de uma raça não-ariana — estão errados porque são alienados.  E os opositores que são de origem proletária ou ariana estão errados porque são traidores.  Assim, eles levianamente descartam o incômodo fato de que há divergências entre os membros daquela que dizem ser sua classe ou sua raça.

Os nazistas gostam de contrastar a economia alemã com as economias judaicas e anglo-saxônicas.  Mas o que chamam de economia alemã não difere em nada de algumas tendências observadas em outras economias.  A economia nacional-socialista foi moldada tendo por base os ensinamentos do genovês Sismondi e dos socialistas franceses e ingleses. Alguns dos mais velhos representantes desta suposta economia alemã apenas importaram idéias estrangeiras para a Alemanha.  Frederick List trouxe as idéias de Alexander Hamilton à Alemanha; Hildebrand e Brentano trouxeram as idéias dos primeiros socialistas ingleses.  A economia alemã arteigen é praticamente igual às tendências contemporâneas observadas em outros países, como, por exemplo, o institucionalismo americano.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O que é Antissemitismo



 Um dos simbolos do antissemitismo. Imagem: Mundo Educação. Antissemitismo é a ideologia de aversão cultural, étnica e social aos judeus. O termo foi utilizado pela primeira vez pelo escritor antissemita Wilhelm Marr, em 1873, surgindo como uma forma de eufemizar a palavra alemã "Judenhass", que significava “ódio aos judeus”. Ao pé da letra, o termo “antissemita” é errôneo, visto que os árabes também são “semitas”, descendentes de Sem, filho de Noé. No entanto, a palavra se refere unicamente ao povo judeu. Desde o fim do século XI, os judeus eram segregados na Alemanha, embora o antissemitismo em si tenha surgido a partir da década de 1870.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Por que os nazistas usavam a suástica?



Alguns estilos de suásticas usadas por diversas civilizações em periodos distintos da história humana. Imagem: Terra.

Apesar de sua imagem estar diretamente vinculada ao Regime Nazista de Adolf Hitler, a suástica esteve presente em muitas culturas milenares e é representada por meio de diversas formas gráficas.

Na Alemanha, a suástica foi adotada primeiramente por organizações militares e nacionalistas, sendo transformada, a partir dos anos 30, em símbolo do Regime Nazista. Assim, tornou-se uma das maiores marcas da propaganda nazista, que era comandada por Joseph Goebbels e pregava que, devido à compreensão limitada do povo, os símbolos e slogans deveriam ser simples, fortes e repetidos à exaustão. Por esse motivo, a suástica era constantemente exibida em cartazes, bandeiras e demais manifestações.

 
Dois significados importantes para o sentido de rotação da suástica. Sentido anti-horário benigno, sorte. Sentido horário maligno, azar.


A "utilização da suástica pelo Nazismo está ligada ao fato de que é um símbolo forte, sedutor e que cativa o olhar. Nesse sentido, servia aos propósitos da propaganda nazista de apelo às massas humanas". Além disso, a representação gráfica da suástica nazista transmite a noção de movimento, que significaria o progresso da nação alemã.

Também conhecida como Cruz Gamada, à suástica é um símbolo encontrado em muitas culturas, algumas das quais sequer tiveram contato entre si. "Sua origem se perde em tempos imemoriais”. Pode-se apontar que vários povos ou civilizações fizeram uso dela: celtas, romanos, hindus (em sânscrito, significa 'aquilo que traz sorte'), índios navajos e maias. 

Existem, inclusive, muitas representações gráficas da suástica. "Em outros povos, ela não era utilizada com formas geométricas retas, como no Nazismo, mas sim circulares. No Nazismo, o símbolo se apresenta em sentido horário, enquanto em outras culturas é anti-horário e mais esférico".

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Nacionalismo não é Nazismo

 
Nacionalismo não é Nazismo : este tem muito mais a ver com conceitos raciais e étnicos do que com nações. Hitler pregava a superioridade germânica , não alemã.


Existem certas mentes confusas que julgam qualquer manifestação nacionalista como nazismo ; Nacionalismo é apenas lutar pelos interesses de seu povo , é sentir orgulho pela sua pátria. Nazismo é atribuir inferioridade étnica a povos quaisquer , é julgar a superioridade racial de seu povo frente aos demais , é passar por cima dos outros povos em nome do seu próprio (um bom nacionalista sabe onde acaba os direitos de seu país e onde começam os do outro ). Nazismo é perseguição , morte , genocídios , humilhação , extermínio : Nacionalismo é orgulho das conquistas de seu povo , é não se deixar submeter aos interesses externos.
No Brasil costuma-se às vezes associar-se Nacionalismo a Ditadura Militar. Essa visão é absurdamente bizarra : foram governos que privilegiaram completamente os interesses externos em detrimento dos nossos , até porque só existiram devido ao suporte americano. Mesmo que um trabalhador brasileiro esteja muito mais próximo , em suas angústias , de um trabalhador argentino do que de um empresário brasileiro, nada justifica criar sobre esses fatos a falsa ideia de luta de classes.
Tem de se saber o limite onde o radicalismo começa a obscurecer e a tornar-se fim do nacionalismo. Pensar apenas em luta de classes é ingênuo : o assalariado brasileiro pode até ter as mesmas exigências de um assalariado argentino , mas certamente não são as mesmas de um assalariado sueco , pois esse ganha muito melhor. Portanto não dá pra se pensar numa luta de classes em escala mundial muito menos nacional, como muitos fazem : existem locais onde a distribuição de renda é muito melhor do que no Brasil , suavizando a diferença entre assalariado/dono dos meios do produção.
Exemplo de enforcamento praticado pelos nazistas no leste europeu. Isso não é nacionalismo, mas sim assassinato e dominação.
Para finalizar essa curta ideia sobre o Nacionalismo , se tivéssemos tido em nossa história governos realmente nacionalistas , com certeza não estaríamos nessa situação lastimável em que nos encontramos hoje , completamente abertos aos estrangeiros. Nossas ditaduras militares tem com certeza muito mais a ver com Nazismo do que com Nacionalismo.
Mulheres polonesas sendo levadas para o meio da mata para serem executadas por soldados da SS.
O Integralismo não se inspirou no nazismo. Quando o Integralismo surgiu ninguém nem sabia o que era nazismo no Brasil. E depois, o Integralismo, que é movimento autenticamente nacional, sempre foi contrário ao racismo, base do nazismo, e Plínio Salgado foi o primeiro pensador brasileiro a condenar publicamente o nazismo.
O Integralismo nunca foi contra os sindicatos, antes muito pelo contrário. O companheiro Integralista Olbiano de Mello, por exemplo, sempre defendeu a transformação do Brasil em uma república sindicalista.

O Nosso Chefe Plínio Salgado era radicalmente contrário ao ódio e ao uso de violência contra os comunistas, defendendo, sim, o combate ao comunismo, doutrina do ódio, da violência e da desagregação moral, combate que se daria não torturando e matando comunistas, mas sim combatendo as causas que levam ao comunismo: o materialismo, o capitalismo liberal, a liberal-democracia burguesa, o comodismo burguês, etc...

Para os que pensam que o Integralismo é o nazi-fascismo Tupiniquim:

“Desde a Monarquia, temos vivido sob a preocupação de impor ao nosso País sistemas políticos estrangeiros...

Assim, não devemos transplantar para o Brasil, nem o fascismo nem outros sistemas exóticos.” - Plínio Salgado, Manifesto da legião Revolucionária de SP, 1931.

“O problema brasileiro é muito mais difícil do que os da Rússia, da Itália e da Alemanha. Os modelos de Lenine, de Mussolini e de Hitler, não valem nada no caso do Brasil”. - Plínio Salgado, "Despertaremos a Nação".

“O homem no Estatismo Racista ou Imperialista, estadartiza-se, uniformiza-se nos movimentos de um todo que é a finalidade inumana do Estado”. - Idem, Ibidem.

“Não pretendemos uma ditadura, só os povos bárbaros permitem ditaduras”. - Idem, ibidem.
Ainda na Praça XV (Largo do Paço), estátua em homenagem ao Integralista negro João Cândido, líder da revolta da chibata.

“Não sustentamos preconceitos de raça; pelo contrário, afirmamos ser o povo
brasileiro tão superior como quaisquer outros. Em relação ao judeu, não nutrimos contra essa raça nenhuma prevenção. Tanto que desejamos vê-la em pé de igualdade com as demais raças, isto é, misturando-se, pelo casamento, com os cristãos." - PLÍNIO SALGADO.

"Assim como hoje, todos os que insurgem contra o comunismo e o materialismo são tidos por fascistas e nazistas, também naquele tempo." - Idem.

"No caso da Alemanha, não tenho dúvida (pelo que tenho lido nos livros nazistas, notadamente no livro de Hitler - 'Minha Luta' - e pelo que tenho deduzido das medidas e iniciativas governamentais), que o governo hitlerista está, sem dúvida alguma, infringindo as mais sagradas leis naturais e humanas e dando lugar a que católicos, ciosos do livre arbítrio e da intangibilidade do homem e de sua família, se rebelem contra o Estado. (...) O ascetismo, a mística, a super-humanização do tipo do Fuehrer, a sua divinização ao ponto de o considerarem, os mais exaltados, a encarnação de Odin, exprime um artificialismo político que foge de toda a base e equilíbrio da razão humana. Nós, os integralistas, que somos coisa absolutamente diferente do nazismo e do fascismo, não nos cansamos de dizer que o nosso fundamento é cristão."
Trechos do art. "Nacional Socialismo e Cristianismo Social", de PLÍNIO SALGADO, publicado a 14 de fevereiro de 1936. (cit. por Jayme Ferreira da Silva em "A Verdade Sobre o Integralismo", págs. 29 e 30.)

"Não podemos querer hoje mal ao judeu, pelo fato de ser o principal detentor do ouro, portanto principal responsável pela balbúrdia econômico-financeira que atormenta os povos, especialmente os semicoloniais como nós, da América do Sul. O judeu-capitalista é igual ao cristão-capitalista (...). Ambos não terão mais razão de ser porque a humanidade se libertará da escravidão dos juros e do latrocínio do jogo das Bolsas e das manobras banqueiristas. A ANIMOSIDADE CONTRA OS JUDEUS É, ALÉM DO MAIS, ANTICRISTÃ e, como tal, até condenada pelo próprio catolicismo. A guerra que se fez a essa raça na Alemanha, foi, nos seus exageros, inspirada pelo paganismo e pelo preconceito de raça. O PROBLEMA DO MUNDO É ÉTICO E NÃO ÉTNICO." Plínio Salgado
"Do Hitlerismo podemos tirar algumas lições em matéria de organização política e financeira, mas não sabemos em que nos poderia ser útil a tese da superioridade racial, tese que consulta uma situação local.
Nós brasileiros devemos nos libertar do jugo do capitalismo financeiro e do agiotarismo internacional, sem que para isso abandonemos os princípios éticos para descambarmos até aos preconceitos racistas. A moral não permite que se distinga entre o agiota judeu e o agiota que diz ser cristão; entre o açambarcador que frequenta a Cúria e o que frequenta a Sinagoga. O combate ao banqueirismo internacional e aos processos indecorosos dos capitalistas sem pátria, justifica-se no plano moral. E quando a pureza da norma ética está conosco, não se compreende bem qual a necessidade de outras justificações , que podem ser de efeito, mas que certamente são discutíveis." MIGUEL REALE.

Você quer saber mais?


http://victoremanuelvilelabarbu.blogspot.com/2011/05/o-integralismo-e-igual-ao-nazi-fascismo.html

http://www.integralismo.org.br/?cont=781&ox=137

http://acaodosblogsintegralistas.blogspot.com/

terça-feira, 10 de julho de 2012

Zyklon B: Cianureto de Potássio

Foto: US Holocaust Memorial Museum

Cianureto é o nome genérico de qualquer composto químico que contém o grupo ciano C≡N, com uma ligação tríplice entre o átomo de carbono e o de nitrogênio. O cianureto de potássio, também chamado de cianeto de potássio, é um composto químico altamente tóxico, se tiver contato com qualquer ácido se converte em gás cianídrico (HCN), que se inalado pode levar à morte. O íon cianeto reage na hemoglobina do sangue fazendo com que esse não transporte oxigênio aos tecidos, por isso é considerado substância hematóxica (que intoxica o sangue), acarretando em morte rápida.

Os cianetos possuem utilizações importantes como: na revelação fotográfica e na produção de plásticos, acrilato e colas instantâneas (cianoacrilato). O cianeto de ouro é usado para a douração de certos metais, a frio (sem a necessidade de processo de eletrólise).


O cianureto é encontrado na natureza em diversas plantas, como nas sementes lenhosas de algumas frutas, e em uma variedade da mandioca, vulgarmente chamada de
mandioca-brava: uma planta sul-americana altamente tóxica quando in natura, mas sua raiz é muito consumida e apreciada na forma de farinha torrada, quando perde suas toxinas. Mas infelizmente ficou mais conhecido para ocasionar a morte de pessoas. Na história há relatos:

- Usado durante a Segunda Guerra Mundial era ingerido para cometer suicídio. Ao ser ingerido provoca ardência na boca, rigidez do maxilar inferior, constrição da garganta, salivação, náuseas e vômitos.


-
Alan Turing suicidou-se comendo uma maçã com o cianureto. Soldados alemães da Segunda Guerra usavam-no para cometer suicídio, através de ingestão.

- Nos campos de extermínio alemães da Segunda Guerra Mundial foi usado um gás tóxico à base de cianureto, conhecido como
Zyklon B ("Ciclone B") nas câmaras de gás. Criado originalmente como um pesticida para a eliminação de piolhos e pulgas, o Zyklon B acabou sendo usado para o extermínio de seres humanos.

- Acredita-se que o próprio
Adolf Hitler possa ter se suicidado com um cianureto, no fim da guerra, mas a verdade sobre seu suicídio nunca foi totalmente esclarecida.

- Nos Estados Unidos, cápsulas concentradas de cianureto foram a forma de aplicação da pena de morte. Na câmara de gás que funcionava na prisão de
San Quentin, estado da Califórnia, as cápsulas eram derramadas em um balde contendo ácido, liberando assim os vapores mortais. Como a aspiração dos vapores provocava uma morte dolorosa e relativamente lenta, esse método de execução caiu em desuso. 

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terça-feira, 26 de junho de 2012

Campos de concentração nos Estados Unidos. PARTE IV. O fim da humilhação e desrespeito com seus próprios cidadãos.


Planta do Campo de Concentração de Manzanar.

A princípios de 1943, DeWitt já não contava com credibilidade no Departamento de Guerra, e foi relevado do controle no Comando Oeste. No seu reporte final, DeWitt assegurou que a evacuação forçosa dos japoneses para campos fora necessária, pois assegurou ter recebido centos de reportes sobre aparições de luzes na costa e transmissões de rádio de origem desconhecida. Hoover mofou-se da Divisão de Inteligência Militar de DeWitt, pois mostrava "histeria e falta de julgamento".

Contudo, não foi até a primavera de 1944 que o Departamento de Guerra recomendou a dissolução dos campos ao Presidente Roosevelt. Contudo, devido a que esse ano Roosevelt buscava a reeleição, a decisão foi adiada.

Assim, na primeira reunião de gabinete depois da reeleição de Roosevelt, decidiu-se soltar

Campos de concentração nos Estados Unidos. PARTE III. O horror se estabelece.



Prédio da administração do Campo de Concentração (ou Realocação) de Dalton CCC Wells).

Inicialmente pensou-se em obrigar as pessoas de etnia japonesa a viver numa áreas escolhidas no interior do país, mas os povoadores destas áreas protestaram contra a medida e decidiu-se internar os prisioneiros em campos especialmente criados para este fim.

Então, as pessoas de etnia japonesa, cerca de 110 000, foram obrigados a vender as suas moradias e negócios em oito dias, embora em algumas partes este tempo se rebaixasse a quatro dias ou fosse elevada a duas semanas. Ao ficarem a saber esta medida, apareceram compradores hostis, que compraram as posses japonesas a preços muito baixos. Naqueles dias, os japoneses étnicos possuíam 0,02% da terra cultivável da Costa Oeste, mas o valor das suas terras, em média, era sete vezes superior ao do média regional. Quando a um afetado pela medida eram negados uns dias adicionais para a colheita, destruiu-a. Imediatamente foi arrestado acusado de sabotagem; este foi o maior caso de sabotagem japonesa reportado nos Estados Unidos durante a guerra.

 Área residencial do Campo de Concentração (ou Realocação) de Rio Gila.

Muitos japoneses colocaram as suas posses em armazéns, esperando poder reclamá-las depois da guerra, mas enquanto isso, foram vandalizadas e roubadas. Alguns arrendaram-nas, mas os ocupantes depois recusaram pagar o aluguer. Alguns donos de plantações descobriram depois da guerra que os seus trabalhadores venderam os terrenos a terceiros. Muitos que decidiram não vender as suas propriedades, descobriram depois da guerra que as suas casas foram invadidas ou que o Estado as expropriara por não pagar impostos.

Uma vez finalizado o tempo para a preparação, os japoneses étnicos foram levados a centros de reunião em comboios ou ônibus, vigiados por guardas armados. Na maioria dos casos, estes centros eram hipódromos, e os evacuados tinham de dormir nos estábulos.
No final de maio de 1942, os evacuados foram instalados em campos rodeados por alambradas. Estes campos foram chamados "centros de relocalização", mas as condições de vida ali eram apenas ligeiramente melhores que as dos campos de concentração.

Nos campos, entregaram placas para se identificarem a cada família, com um número para cada membro.

 Veículos confiscados.

Um campo de internamento foi o de Crystal City, no Texas, onde foram colocados, entre outros, japoneses, nipo-latinos e alemães. Neste campo os internados receberam um trato agradável por parte das autoridades norte-americanas. Por outro lado, o campo de Tule Lake esteve sob um regime mais severo; foi reservado para os descendentes de japoneses e as suas famílias que eram suspeitos de espionagem, traição ou deslealdade, bem como para líderes comunitários, como sacerdotes ou mestres. Outra famílias foram levadas a Tula Lake ao solicitarem ser repatriadas ao Japão. Neste campo houve algumas manifestações pro-japonesas no decurso da guerra.

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Campos de concentração nos Estados Unidos. PARTE II.O Começo do terror.


Distribuição dos Campos de Concentração (ou Realocação) no Oeste dos Estados Unidos.

A ação foi tomada em resposta ao ataque a Pearl Harbor  durante a II Guerra Mundial, pelo que os Estados Unidos se incorporaram às Forças Aliadas contra o Eixo Roma-Berlim-Tóquio, mas foram majoritariamente as pessoas de etnia japonesa que viviam na costa do Pacífico as submetidas a este internamento.
O Tenente-general John L. DeWitt, comandante da Defesa Oeste dos Estados Unidos, foi encarregue de internar os norte-americanos de etnia japonesa. Embora DeWitt comandasse a evacuação forçosa, inicialmente expressou a um superior a sua moléstia por esta ordem, alegando que:

“Um cidadão norte-americano é, afinal, um cidadão norte-americano.”

De Witt também assegurou que era possível diferenciar os estrangeiros leais aos Estados Unidos dos não leais.
O Secretário de Guerra Henry Stimson era de acordo com DeWitt, mas a histeria contra os cidadãos de origem japonês pronto alcançou os níveis militares e governamentais.
A 10 de dezembro de 1941, espalhou-se o rumor de que 20 000 Nisei estavam preparando-se para iniciar um levantamento armado em São Francisco. DeWitt pensava arrestar de imediato todos os japoneses étnicos, mas o chefe local do FBI conseguiu convencê-lo de que a informação era falsa.
Algumas organizações norte-americanas clamaram pelo encarceramento de todos os Nisei, entre as que se destacam a Legião Norte-americana e os Filhos Nativos do Dorado Oeste. O Secretário da Armada Frank Knox acrescentou mais pólvora à histeria antijaponesa ao declarar que se levara a cabo um efetivo trabalho de quinta coluna em Hawai, e ao recomendar a evacuação de todas as pessoas com sangue japonês de Oahu. Porém, a declaração de Knox foi desmentida, confidencialmente, por pessoas próximas ao Presidente Roosevelt.
O Congressista Leland Ford escreveu em meados de janeiro uma carta recomendando que todos os japoneses "sejam colocados em campos de concentração no interior", assegurando que os japoneses étnicos naturalizados que realmente quisessem demonstrar o seu patriotismo deveriam estar dispostos a aceitar este sacrifício. O Governador de Oregon Charles A. Sprague demandou mais proteção contra atividades estrangeiras, fazendo ênfase nos japoneses residentes na costa. Pela sua vez, o Prefeito de Seattle, Earl Millikin, assegurou que embora a grande maioria dos japoneses étnicos não fossem uma ameaça, outros eram capazes de "queimar a povoação" e facilitar um ataque aéreo japonês. O Governador da Califórnia, Culbert Olson, também participou na histeria assegurando que alguns residentes japoneses estavam comunicando-se com o inimigo ou se estavam preparando para formar uma quinta coluna.
A princípios de fevereiro, Los Angeles Times participou em acrescentar a histeria contra os japoneses:

“Uma víbora é uma víbora, sem importar onde se abra o ovo. Do mesmo jeito, um japonês-norte-americano, nascido de pais japoneses, converte-se num japonês, não num norte-americano.”

Depois DeWitt ordenou realizar registros nas casas de japoneses étnicos, com o objetivo de apoderar-se de câmaras e armas "subversivas". Quando o Fiscal Geral Francis Biddle alegou que era preciso apresentar uma possível causa de arresto, DeWitt assegurou que ser descendente de japonês era uma. Porém, após realizar várias procuras sem ordens de registro, até mesmo nas casas de cidadãos norte-americanos, o FBI reportou que não se encontraram armas que pudessem ser utilizadas para ajudar o inimigo, nem câmaras que estivessem sendo usadas em trabalhos de espionagem.
A 25 de janeiro de 1942, Biddle foi convencido por Stimson, que pela sua vez foi convencido por DeWitt, de estabelecer zonas proibidas para os estrangeiros de países inimigos, e zonas restringidas, onde os estrangeiros poderiam estar mas sob vigilância. Posteriormente, Biddle explicou que aceitara porque cria que somente os estrangeiros se veriam afetados, não os estrangeiros naturalizados ou os cidadãos descendentes de estrangeiros.
A 9 de fevereiro, DeWitt solicitou a Biddle incluir a Portland, Seattle e Tacoma na lista de zonas proibidas, o que significava a evacuação de milhares de pessoas. Biddle recusou, alegando que não recebera uma justificação para aceder. Contudo, Biddle agregou que se esta evacuação era uma "necessidade militar", a decisão devia ser tomada pelo Departamento de Guerra, não pelo Departamento de Justiça.
Quase de imediato, o Presidente Franklin D. Roosevelt foi pressionado por Stimson para que acedesse ao plano de DeWitt. Depois, uma delegação do Congresso enviou uma resolução a Roosevelt solicitando a evacuação imediata dos japoneses étnicos, sem distinguir entre estrangeiros ou cidadãos.
A 14 de fevereiro, DeWitt recomendou formalmente a "evacuação de japoneses e outras pessoas subversivas da costa do Pacífico. DeWitt assegurou:

“O fato de não ter ocorrido alguma sabotagem até a data é uma indicação perturbante de que tal ação ocorrerá.”

A 17 de fevereiro, Biddle insistiu frente do Presidente de que não tomasse esta medida pela última vez, argumentando que não havia evidência de um ataque iminente e que o FBI não tinha evidências de possíveis sabotagens. O Diretor do FBI, J. Edgar Hoover, também recomendou a Roosevelt que não evacuasse os japoneses, mas foi em vão.
A 17 de fevereiro, Biddle insistiu frente do Presidente de que não tomasse esta medida pela última vez, argumentando que não havia evidência de um ataque iminente e que o FBI não tinha evidências de possíveis sabotagens. O Diretor do FBI, J. Edgar Hoover, também recomendou a Roosevelt que não evacuasse os japoneses, mas foi em vão.
Campos do War Relocation Authority no Oeste dos EUA.

A 19 de fevereiro, Roosevelt assinou a ordem executiva Nº 9066, autorizando o Departamento de Guerra para delimitar áreas militares onde a permanência das pessoas seria decidida pelo Secretário da Guerra Henry Stimson. Este último aclarou a DeWitt que os descendentes de italianos não deveriam ser molestados, e que somente alguns refugiados alemães deviam ser considerados.

Uma apelação apresentada por organismos de defesa dos direitos humanos tentou impugnar o direito do governo a encerrar pessoas por razões étnicas, mas a Corte Suprema dos Estados Unidos recusou a petição.

A 23 de fevereiro, um submarino japonês I-17 disparou contra um armazém de combustível em Santa Bárbara, incendiando uns barris sem provocar baixas. Ao dia seguinte, unidades do Exército norte-americano em Los Angeles viram-se afetadas pela histeria e atiraram as suas armas antiaéreas ao céu. O ruído sobressaltou a algumas unidades de artilharia que também atiraram os seus canhões, cerca de 1430 cargas. Embora posteriormente esse episodio fosse chamado burlosamente a “Batalha de Los Angeles”, nesses dias somente contribuiu para incrementar a histeria populacional.

A 2 de março, DeWitt estabeleceu a Área de Exclusão Militar 1, que ocupava o oeste de Washington, Oregon, Califórnia e a metade sul da Arizona. A Área de Exclusão militar 2 ocupava o restante dos estados mencionados. DeWitt não pôde iniciar de imediato a evacuação porque se apercebeu que não era considerado um crime que um civil recusasse cumprir uma ordem militar. Stimson solucionou o problema criando uma lei que condenava tudo civil que desobedecesse um militar numa área militar a um ano de prisão e a uma multa de 5000 dólares. A 9 de março, a lei foi apresentada no Congresso, somente um senador republicano se opôs, e ninguém votou contra da lei. A 21 de março a lei foi assinada por Roosevelt e DeWitt finalmente obteve o sinal verde para iniciar a evacuação forçosa dos Nisei.

A 31 de março de 1942 a Zona 1 foi declarada fora de limites para qualquer pessoa de ascendência japonesa. De imediato ordenou-se que aqueles japoneses ou descendentes de japoneses residentes que se preparassem para partir, sem especificar o seu destino e limitando a sua bagagem a um bolso de mão. Embora 7 de cada 10 étnicos japoneses afetados pela medida tivessem nascido nos Estados Unidos, a ordem não fazia distinção sobre nativos ou estrangeiros.

Também se pensou em internar os estrangeiros alemães e italianos, mas houve tantos protestos que o governo norte-americano desistiu, argumentando que a estrutura econômica dos Estados Unidos ver-se-ia afetada e que o moral dos cidadãos descendentes de alemães e italianos decairia.
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