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terça-feira, 21 de junho de 2016

Aos 93 anos, ex-guarda de Auschwitz é julgado na Alemanha por 300 mil mortes


Um ex-guarda nazista de 93 anos está sendo julgado sob acusação de coparticipação na morte de pelo menos 300 mil judeus.
Oskar Groening só chamou a atenção do Ministério Público após se posicionar contra as pessoas que negam o Holocausto e dizer em público que havia testemunhado as mortes.
O julgamento, que ocorre em Lüneburg, pode ser um dos últimos de crimes de guerra nazistas.
No início do júri, Groening, conhecido como o "contador de Auschwitz", admitiu que é moralmente culpado.
Ele descreveu sua função de contar dinheiro confiscado de recém-chegados e disse que testemunhou assassinatos em massa, mas negou participação direta no genocídio.
Se for considerado culpado, ele pode ser condenado a uma pena entre três e 15 anos de prisão.
"Peço perdão. Eu compartilho moralmente a culpa, mas se eu sou culpado de acordo com o direito penal é uma decisão de vocês", afirmou, dirigindo-se aos jurados.
No local: Jenny Hill, BBC News, do tribunal em Lüneburg

Oskar Groening parecia frágil quando entrou na sala do tribunal apoiado em um andador. Mas sua voz soou forte e firme quando ele falou por quase uma hora.

Quatro sobreviventes do notório campo de extermínio o assistiam no local. Grande parte do testemunho descreveu as tentativas de alcançar sua ambição de ser um "executivo" da SS para trabalhar como contador para os nazistas.
Mas houve momentos perturbadores também; por pouco tempo, vimos os horrores de Auschwitz através de seus olhos.
Os sobreviventes o observaram impassíveis, mas seus parentes mais jovens balançaram a cabeça em descrença quando ele contou sobre sua chegada ao campo como um jovem guarda da SS. Ele disse que oficiais lhe deram vodca ao chegar no local.
Ele até descreveu as garrafas de vodca. Enquanto bebiam, os oficiais contaram que o campo era para os judeus deportados. Que os prisioneiros judeus seriam mortos e eliminados.
Depois, ele pegou uma garrafa de água: "Eu vou bebê-la como eu bebia aquelas garrafas de vodca em Auschwitz."
'Vi as câmaras de gás'

Groening começou a trabalhar como guarda em Auschwitz aos 21 anos. Ao final da guerra, começou uma vida normal de classe média em Lüneburg, na Alemanha, onde trabalhou em uma fábrica de vidro até se aposentar.

O nonagenário só foi "descoberto" pelo Ministério Público após decidir se posicionar contra as pessoas que negavam a existência do Holocausto.
"Eu vi as câmaras de gás. Vi os crematórios", disse ele à BBC, em 2005, no documentário "Auschwitz: os nazistas e a 'Solução Final'".
"Eu estava na rampa quando as seleções (para as câmaras de gás) ocorriam."
Groening sempre afirmou que seu papel como guarda não era crime. "Se você conseguir descrever isso como culpa, então sou culpado, mas não de forma voluntária. Legalmente falando, eu sou inocente", disse ele à "Der Spiegel", em 2005.
Ele afirma, porém, que naquela época pensava que o assassinato de judeus, incluindo o de crianças, era o modo "correto" de fazer as coisas.
"Estávamos convencidos, em nossa visão de mundo, de que havíamos sido traídos (...) e que havia uma grande conspiração de judeus contra nós."
Por se considerar inocente, Groening foi um dos poucos nazistas que contou o que testemunhou.
"É a primeira vez na história recente que um acusado fala publicamente dos horrores de Auschwitz, algo que quase nunca ocorreu", disse o "caçador" de nazistas Efraim Zuroff.
Groening serviu em Auschwitz entre maio e junho de 1944, quando cerca de 425 mil judeus da Hungria foram levados para o campo e ao menos 300 mil morreram com gás.
Acusações contra ele na década de 1980 foram arquivadas por falta de provas de seu envolvimento pessoal.
Porém, após uma decisão recente, promotores acreditam que uma condenação pode ser possível simplesmente pelo fato de ele trabalhar no campo.
"O que eu espero ouvir é que ajudar na engrenagem da matança será considerado um crime", disse o sobrevivente Hedy Bohm à agência de notícias Reuters. "Então ninguém no futuro poderá fazer o que ele quer e alegar inocência."

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O que os nazistas copiaram de Marx



Karl Marx com a mascará de Hitler. Imagem:MISES.

O marxismo afirma que a forma de pensar de uma pessoa é determinada pela classe a que pertence.  Toda classe social tem sua lógica própria.  Logo, o produto do pensamento de um determinado indivíduo não pode ser nada além de um "disfarce ideológico" dos interesses egoístas da classe à qual ele pertence.  A tarefa de uma "sociologia do conhecimento", segundo os marxistas, é desmascarar filosofias e teorias científicas e expor o seu vazio "ideológico".  A economia seria um expediente "burguês" e os economistas são sicofantas do capital.  Somente a sociedade sem classes da utopia socialista substituirá as mentiras "ideológicas" pela verdade.

Este polilogismo, posteriormente, assumiu várias outras formas.  O historicismo afirma que a estrutura lógica da ação e do pensamento humano está sujeita a mudanças no curso da evolução histórica. O polilogismo racial atribui a cada raça uma lógica própria.
O polilogismo, portanto, é a crença de que há uma multiplicidade de irreconciliáveis formas de lógica dentro da população humana, e estas formas estão subdivididas em algumas características grupais.

Os nazistas fizeram amplo uso do polilogismo.  Mas os nazistas não inventaram o polilogismo.  Eles apenas criaram seu próprio estilo de polilogismo.

Até a metade do século XIX, ninguém se atrevia a questionar o fato de que a estrutura lógica da mente era imutável e comum a todos os seres humanos.  Todas as interrelações humanas são baseadas nesta premissa de que há uma estrutura lógica uniforme.  Podemos dialogar uns com os outros apenas porque podemos recorrer a algo em comum a todos nós: a estrutura lógica da razão.

Alguns homens têm a capacidade de pensar de forma mais profunda e refinada do que outros.  Há homens que infelizmente não conseguem compreender um processo de inferência em cadeias lógicas de pensamento dedutivo.  Mas, considerando-se que um homem seja capaz de pensar e trilhar um processo de pensamento discursivo, ele sempre aderirá aos mesmos princípios fundamentais de raciocínio que são utilizados por todos os outros homens.  Há pessoas que não conseguem contar além de três; mas sua contagem, até onde ele consegue ir, não difere da contagem de Gauss ou de Laplace. Nenhum historiador ou viajante jamais nos trouxe nenhuma informação sobre povos para quem A e não-A fossem idênticos, ou sobre povos que não conseguissem perceber a diferença entre afirmação e negação.  Diariamente, é verdade, as pessoas violam os princípios lógicos da razão. Mas qualquer um que se puser a examinar suas deduções de forma competente será capaz de descobrir seus erros.

Uma vez que todos consideram tais fatos inquestionáveis, os homens são capazes de entrar em discussões e argumentações.  Eles conversam entre si, escrevem cartas e livros, tentam provar ou refutar.  A cooperação social e intelectual entre os homens seria impossível se a realidade não fosse essa. Nossas mentes simplesmente não são capazes de imaginar um mundo povoado por homens com estruturas lógicas distintas ente si ou com estruturas lógicas diferentes da nossa.

Mesmo assim, durante o século XIX, este fato inquestionável foi contestado.  Marx e os marxistas, entre eles o "filósofo proletário" Dietzgen, ensinaram que o pensamento é determinado pela classe social do pensador.  O que o pensamento produz não é a verdade, mas apenas "ideologias".  Esta palavra significa, no contexto da filosofia marxista, um disfarce dos interesses egoístas da classe social à qual pertence o pensador.  Por conseguinte, seria inútil discutir qualquer coisa com pessoas de outra classe social.  Não seria necessário refutar ideologias por meio do raciocínio discursivo; ideologias devem apenas ser desmascaradas, denunciando a classe e a origem social de seus autores. Assim, os marxistas não discutem os méritos das teorias científicas; eles simplesmente revelam a origem "burguesa" dos cientistas.

Os marxistas se refugiam no polilogismo porque não conseguem refutar com métodos lógicos as teorias desenvolvidas pela ciência econômica "burguesa"; tampouco conseguem responder às inferências derivadas destas teorias, como as que demonstram a impraticabilidade do socialismo.  Dado que não conseguiram demonstrar racionalmente a validade de suas idéias e nem a invalidade das idéias de seus adversários, eles simplesmente passaram a condenar os métodos lógicos.  O sucesso deste estratagema marxista foi sem precedentes.  Ele tornou-se uma blindagem contra qualquer crítica racional à pseudo-economia e à pseudo-sociologia marxistas. Ele fez com que todas as críticas racionais ao marxismo fossem inócuas.

Foi justamente por causa dos truques do polilogismo que o estatismo conseguiu ganhar força no pensamento moderno.

O polilogismo é tão inerentemente ridículo, que é impossível levá-lo consistentemente às suas últimas consequências lógicas. Nenhum marxista foi corajoso o suficiente para derivar todas as conclusões que seu ponto de vista epistemológico exige.  O princípio do polilogismo levaria à inferência de que os ensinamentos marxistas também não são objetivamente verdadeiros, mas sim apenas afirmações "ideológicas".  Mas isso os marxistas negam.  Eles reivindicam para suas próprias doutrinas o caráter de verdade absoluta.  

Dietzgen ensina que "as idéias da lógica proletária não são idéias partidárias, mas sim o resultado da mais pura e simples lógica".  A lógica proletária não é "ideologia", mas sim lógica absoluta.  Os atuais marxistas, que rotulam seus ensinamentos de sociologia do conhecimento, dão provas de sofrerem desta mesma inconsistência.  Um de seus defensores, o professor Mannheim, procura demonstrar que há certos homens, os "intelectuais não-engajados", que possuem o dom de apreender a verdade sem serem vítimas de erros ideológicos.  Claro, o professor Mannheim está convencido de que ele mesmo é o maior dos "intelectuais não-engajados".  Você simplesmente não pode refutá-lo. Se você discorda dele, você estará apenas provando que não pertence à elite dos "intelectuais não-engajados", e que seus pensamentos são meras tolices ideológicas.

Os nacional-socialistas alemães tiveram de enfrentar o mesmo problema dos marxistas.  Eles também não foram capazes nem de demonstrar a veracidade de suas próprias declarações e nem de refutar as teorias da economia e da praxeologia.  Consequentemente, eles foram buscar abrigo no polilogismo, já preparado para eles pelos marxistas.  Sim, eles criaram sua própria marca de polilogismo.  A estrutura lógica da mente, diziam eles, é diferente para cada nação e para cada raça.  Cada raça ou nação possui sua própria lógica e, portanto, sua própria economia, matemática, física etc.  Porém, não menos inconsistente do que o Professor Mannheim, o professor Tirala, seu congênere defensor da epistemologia ariana, declara que a única lógica e ciência verdadeiras, corretas e perenes são as arianas.  Aos olhos dos marxistas, Ricardo, Freud, Bergson e Einstein estão errados porque são burgueses; aos olhos dos nazistas, estão errados porque são judeus.  Um dos maiores objetivos dos nazistas é libertar a alma ariana da poluição das filosofias ocidentais de Descartes, Hume e John Stuart Mill.  Eles estão em busca da ciência alemã arteigen, ou seja, da ciência adequada às características raciais dos alemães.

Como hipótese, podemos supor que as capacidades mentais do homem sejam resultado de suas características corporais.  Sim, não podemos demonstrar a veracidade desta hipótese, mas também não é possível demonstrar a veracidade da hipótese oposta, conforme expressada pela hipótese teológica.  Somos forçados a admitir que não sabemos como os pensamentos surgem dos processos fisiológicos. Temos vagas noções dos danos causados por traumatismos ou por outras lesões infligidas em certos órgãos do copo; sabemos que tais danos podem restringir ou destruir por completo as capacidades e funções mentais dos homens.  Mas isso é tudo.  Seria uma enorme insolência afirmar que as ciências naturais nos fornecem informações a respeito da suposta diversidade da estrutura lógica da mente.  O polilogismo não pode ser derivado da fisiologia ou da anatomia, e nem de nenhuma outra ciência natural.

Nem o polilogismo marxista e nem o nazista conseguiram ir além de declarar que a estrutura lógica da mente é diferente entre as várias classes ou raças.  Eles nunca se atreveram a demonstrar precisamente no quê a lógica do proletariado difere da lógica da burguesia, ou no quê a lógica ariana difere da lógica dos judeus ou dos ingleses.  Rejeitar a teoria das vantagens comparativas de Ricardo ou a teoria da relatividade de Einstein por causa das origens raciais de seus autores é inócuo.  Primeiro, seria necessário desenvolver um sistema de lógica ariana que fosse diferente da lógica não-ariana.  Depois, seria necessário examinar, ponto por ponto, estas duas teorias concorrentes, e mostrar onde, em cada raciocínio, são feitas inferências que são inválidas do ponto de vista da lógica ariana mas corretas do ponto de vista não-ariano.  E, finalmente, seria necessário explicar a que tipo de conclusão a substituição das erradas inferências não-arianas pelas corretas inferências arianas deve chegar.  Mas isso jamais foi e jamais será tentado por ninguém.  Aquele gárrulo defensor do racismo e do polilogismo ariano, o professor Tirala, não diz uma palavra sobre a diferença entre a lógica ariana e a lógica não-ariana. O polilogismo, seja ele marxista ou nazista, jamais entrou em detalhes.

O polilogismo possui um método peculiar de lidar com opiniões divergentes.  Se seus defensores não forem capazes de descobrir as origens e o histórico de um oponente, eles simplesmente taxam-no de traidor.  Tanto marxistas quanto nazistas conhecem apenas duas categorias de adversários.  Os alienados — sejam eles membros de uma classe não-proletária ou de uma raça não-ariana — estão errados porque são alienados.  E os opositores que são de origem proletária ou ariana estão errados porque são traidores.  Assim, eles levianamente descartam o incômodo fato de que há divergências entre os membros daquela que dizem ser sua classe ou sua raça.

Os nazistas gostam de contrastar a economia alemã com as economias judaicas e anglo-saxônicas.  Mas o que chamam de economia alemã não difere em nada de algumas tendências observadas em outras economias.  A economia nacional-socialista foi moldada tendo por base os ensinamentos do genovês Sismondi e dos socialistas franceses e ingleses. Alguns dos mais velhos representantes desta suposta economia alemã apenas importaram idéias estrangeiras para a Alemanha.  Frederick List trouxe as idéias de Alexander Hamilton à Alemanha; Hildebrand e Brentano trouxeram as idéias dos primeiros socialistas ingleses.  A economia alemã arteigen é praticamente igual às tendências contemporâneas observadas em outros países, como, por exemplo, o institucionalismo americano.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A História da eutanásia moderna.



A morte sob supervisão médica na Alemanha nazista. Imagem: Iba Mendes. http://www.ibamendes.com/2010/09/eu-li-isso_05.html


Se o homem perder a vontade de respeitar algum aspecto da vida, ele perderá a vontade de respeitar a vida por completo.
Dr. Albert Schweitzer.[1]

A maioria das pessoas que apóia a idéia da “eutanásia voluntária” acha que o que se quer fazer é apenas acabar com as dores insuportáveis de alguém que já está morrendo. Aliás, algumas organizações de eutanásia parecem ter sido fundadas com esse objetivo. Mas se desejamos entender o moderno movimento pró-eutanásia, suas origens e conseqüências, precisamos conhecer um pouco de seu nascimento.

O movimento pró-eutanásia surgiu na Inglaterra, por volta de 1900, com base nas teorias de Charles Darwin de que os fracos devem morrer e de que só os mais fortes são dignos de viver. Darwin cria que o ser humano é apenas um animal evoluído que veio do macaco. A teoria da evolução foi o fator mais importante por trás das campanhas inglesas que mostravam que, para muitas pessoas, não valia a pena continuar vivendo ou que suas vidas eram apenas uma carga para si mesmas e para os familiares. Muitos ingleses que apoiaram a eutanásia no começo acreditavam que o objetivo era acabar com o sofrimento inútil. Mas logo ficou claro que o objetivo era acabar com as pessoas inúteis.

As raízes do nazismo
Então em 1922 na Alemanha, muito antes de o nazismo começar seu avanço, o jurista Karl Binding e o psiquiatra Alfred Hoche escreveram Legalizando a Destruição da Vida Sem Valor. Esse livro tentava provar que o sustento das pessoas inúteis causava despesas pesadas para o governo e para as famílias e recomendava a eutanásia para os deficientes físicos e mentais.

Nessa época respeitados homens da classe médica, jurídica e psiquiátrica começaram a aceitar a idéia de que a eutanásia era uma opção compassiva de eliminar os que, de acordo com a ética deles, tinham uma vida que não produzia nada. Eles foram influenciados por opiniões que diziam que uma morte apressada seria de grande benefício para pacientes em certas categorias. Os médicos alemães, que eram considerados os mais avançados do mundo, começaram a promover a noção de que o médico deveria ajudar seus pacientes a morrer. A elite da classe médica defendiasterbehilfe, que em alemão significa “ajuda para morrer”, para os doentes incuráveis e isso era considerado wohltat, um ato misericordioso.
[2]

O começo da eutanásia nazista

Ao mesmo tempo, as leis alemãs passaram a permitir uma prática que decisivamente conduz à eutanásia: o aborto médico. Sob a ditadura nazista, a Alemanha foi o primeiro país europeu a legalizar o aborto. A nível mundial, a Rússia comunista foi o primeiro e a Alemanha o segundo. O Código Penal Alemão de 1933 diz:

O médico pode interromper a gravidez quando ela ameaça a vida ou a saúde da mãe e ele pode matar um bebê (na barriga da mãe) que tem probabilidade de apresentar defeitos hereditários e transmissíveis.[3]

O primeiro caso de prática da eutanásia na Alemanha foi o de um recém-nascido cego e deformado. O próprio pai pediu que seu filho deficiente fosse morto, pois ele achava que uma vida com graves deficiências físicas não tinha sentido. A triste condição física do bebê foi amplamente divulgada pela imprensa. E muitos, aproveitando a oportunidade, fizeram campanhas para ganhar o apoio do público para a eutanásia. Em resposta a essas campanhas, Adolf Hitler autorizou um médico a dar uma injeção letal no bebê. Esse caso passou a ser usado, com a colaboração de alguns pediatras, para matar todos os recém-nascidos que tinham algum defeito. Logo os doentes mentais de todas as idades foram colocados na categoria de pessoas com vida inútil, e assim 275 mil pacientes alemães com doenças mentais acabaram sendo cruelmente mortos.

Em 1935, o Dr. Arthur Guett, Ministro da Saúde no governo nazista, disse:

Temos de acabar com o conceito enganoso de “amor ao próximo”, principalmente com relação às pessoas inferiores e aos que não têm uma vida social normal. É o supremo dever do governo dar vida e meios de sobreviver somente para os que são saudáveis…[4]

Por longo tempo, as execuções foram mantidas em segredo do povo por um sofisticado sistema de acobertamento. Tudo ocorria de forma rotineira e profissional: os especialistas em psiquiatria aprovavam os que deveriam ser sentenciados à morte e o governo cuidava do resto. Basta mencionar que a única coisa que o povo sabia era que os pacientes eram transportados para a Fundação de Caridade para a Assistência Institucional, e não mais voltavam. Na verdade, eles eram levados para câmaras de gás. A primeira câmara desse tipo foi projetada por professores de psiquiatria de 12 importantes universidades alemãs.[5] Os pacientes eram mortos com gás ou injeção letal na presença de especialistas médicos, enfermeiras e psiquiatras.[6]

O programa de eutanásia havia se tornado tão normal que os especialistas não viam mal algum em participar. O Prof. Julius Hallervordern, famoso neuropatologista (tão conhecido que determinada doença do cérebro leva seu nome: a doença de Hallervordern-Spatz) solicitou ao escritório central do programa o envio de cérebros de vítimas de eutanásia para seus estudos microscópicos. Enquanto as vitimas ainda estavam vivas, ele dava instruções sobre como os cérebros deveriam ser removidos, preservados e mandados para ele. Ao todo ele obteve das instituições psiquiátricas de eutanásia mais de 600 cérebros de adultos e crianças.
[7]

As autoridades afirmavam manter o programa de eutanásia por puras motivações humanitárias e sociais. Inicialmente só os alemães tinham o “privilégio” de pedir ajuda médica para morrer, porque o governo alemão não queria conceder esse ato de “compaixão” para os judeus, que eram desprezados. É importante observar que os médicos alemães eram convidados, não forçados, a participar desse programa. Os médicos jamais recebiam ordens de matar pacientes psiquiátricos e crianças deficientes. Eles recebiam autoridade para fazer isso, e cumpriam sua tarefa sem protesto, muitas vezes por iniciativa própria.[8] Sua classe e literatura os havia condicionado a ver tudo como normal.

Em setembro de 1939, entrou em vigor a Ordem de Eutanásia de Hitler para toda a sociedade alemã:

sábado, 10 de novembro de 2012

Abajures de Pele Humana! Mito ou Realidade?


Suposto Abajur de Pele Humana. Imagem: The Sun.

Um historiador e escritor americano ganhou um abajur “vintage” de um amigo. Intrigado com a aparência e a textura do objeto, Mark Jacobson resolveu submetê-lo a um teste científico. Ele enviou um pedaço do abajur ao instituto Bode Technology, em Washington, e seus temores se confirmaram: exame de DNA mostrou que o abajur é feito de pele humana!

O abajur europeu tem entre 60 e 80 anos, segundo os testes e análises de peritos.
Suspeita-se que ele tenha sido feito por nazistas usando a pele de prisioneiros judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Comprado em uma feira de objetos usados em Nova Orleans (EUA), após a passagem do furacão Katrina pela cidade, o abajur dá combustível, segundo Jacobson, a relatos de atrocidades cometidas em campos de concentração.

O primeiro relato de um abajur feito com pele humana foi feito em abril de 1945 por Ann Stringer, correspondente de guerra da United Press International, depois de visitar o campo de Buchenwald.

Cútis tatuadas .

A lista de sevícias prossegue em Dachau, onde o médico-chefe Sigismund Rascher comanda um verdadeiro matadouro humano - desta vez, não apenas com fins ditos científicos, como também puramente estéticos. Os documentos sugerem ser uma prática comum nos campos de concentração à remoção da pele de prisioneiros mortos para a confecção de bolsas, chinelos, luvas e cúpulas de abajur, entre outros artefatos. Cútis tatuadas têm especial valor nesse mercado. Quando não há mortos suficientes para atender à demanda, Rascher encomenda o corpo de 20 ou 30 prisioneiros sadios, que são alvejados no pescoço ou estrangulados para que a região do peito e das costas - as mais nobres para tal manufatura - não seja danificada.

Ilse Koch: ‘A Cadela de Buchenwald’.

Pedaços de pele humana tatuada. Imagem: Super Abril.

Ilse Koch foi a esposa de Karl Koch, comandante dos campos de extermínio de Buchenwald (1937-1941) e Majdanek (1941-1943).

Ilse tornou-se sinistramente famosa por colecionar como sourvenires pedaços de peles tatuadas de prisioneiros dos campos. Histórias de sobreviventes contam que ela tinha cúpulas de abajures feitos de pele humana em seu quarto e era conhecida pelo apelido de ‘A Cadela de Buchenwald’, pelo caráter perverso e crueldade sádica com que tratava os prisioneiros deste campo.

Outra foto de um suposto Abajur de pele humana. Imagem: Veja Abril.

A máquina do mal

E Hitler? Ele já foi chamado de tudo. Michael Fitzgerald, professor de psiquiatria do Trinity College, na Irlanda, afirma que provavelmente ele tinha a síndrome de Asperger - um tipo de autismo caracterizado pela fixação em alguns poucos interesses extremamente específicos, dificuldade em relacionamentos e dificuldade de comunicação, presente também em Einstein e Newton. Já o historiador da medicina Fritz Redlich escreveu que o führer era paranoide, narcisista, ansioso, depressivo, hipocondríaco - só para começar a lista. Para piorar, os legistas soviéticos que fizeram a autópsia de Hitler disseram que ele tinha um só testículo. 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Por que os nazistas usavam a suástica?



Alguns estilos de suásticas usadas por diversas civilizações em periodos distintos da história humana. Imagem: Terra.

Apesar de sua imagem estar diretamente vinculada ao Regime Nazista de Adolf Hitler, a suástica esteve presente em muitas culturas milenares e é representada por meio de diversas formas gráficas.

Na Alemanha, a suástica foi adotada primeiramente por organizações militares e nacionalistas, sendo transformada, a partir dos anos 30, em símbolo do Regime Nazista. Assim, tornou-se uma das maiores marcas da propaganda nazista, que era comandada por Joseph Goebbels e pregava que, devido à compreensão limitada do povo, os símbolos e slogans deveriam ser simples, fortes e repetidos à exaustão. Por esse motivo, a suástica era constantemente exibida em cartazes, bandeiras e demais manifestações.

 
Dois significados importantes para o sentido de rotação da suástica. Sentido anti-horário benigno, sorte. Sentido horário maligno, azar.


A "utilização da suástica pelo Nazismo está ligada ao fato de que é um símbolo forte, sedutor e que cativa o olhar. Nesse sentido, servia aos propósitos da propaganda nazista de apelo às massas humanas". Além disso, a representação gráfica da suástica nazista transmite a noção de movimento, que significaria o progresso da nação alemã.

Também conhecida como Cruz Gamada, à suástica é um símbolo encontrado em muitas culturas, algumas das quais sequer tiveram contato entre si. "Sua origem se perde em tempos imemoriais”. Pode-se apontar que vários povos ou civilizações fizeram uso dela: celtas, romanos, hindus (em sânscrito, significa 'aquilo que traz sorte'), índios navajos e maias. 

Existem, inclusive, muitas representações gráficas da suástica. "Em outros povos, ela não era utilizada com formas geométricas retas, como no Nazismo, mas sim circulares. No Nazismo, o símbolo se apresenta em sentido horário, enquanto em outras culturas é anti-horário e mais esférico".

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O Bund Germano-Americano.

O Bund

Imagem: Coleção 70° aniversário da 2° Guerra Mundial, v.26.

Entre as muitas organizações potencialmente subversivas que surgiram nos Estados Unidos, uma delas causou grande preocupação ao FBI por sua determinação em alterar a inicial neutralidade norte-americana e propiciar o apoio norte-americano aos países do Eixo. Tratava-se do Bund Germano-Americano. O país tinha outras organizações com ideologia mais ou menos similar, como o Partido Nacional-Socialista Americano, a Frente Cristã, os Cruzados Cristãos pelo Americanismo, o comitê América Primeiro e os grupos ultra-americanos e patriotas, sem esquecer da Ku-klu-Klan, mas o Bund era a mais organizada de todas elas.

Em 1933, Rudolf Hess havia autorizado a fundação de um Partido Nazista norte-americano, denominado Amigos da Nova Alemanha, com o apoio do cônsul alemão em Nova York. O primeiro líder do partido foi Heinz Spanknobel, e uma de suas primeiras atividades consistiu na edição de um jornal em alemão, o New Yorker Staats-Zeitung, para promover um sentimento simpatizante para com o nazismo. Mas Spanknobel acabou sendo deportado por causa de suas atividades e considerado um agente inimigo dos Estados Unidos. Como as atividades do grupo eram pouco discretas, Hess dissolveu-o em 1935.

Muitos de seus ex-membros fundaram uma organização no ano seguinte, em Buffalo (estado d Nova York). Tratava-se da Liga Germano-americana (Amerikadeutscher Volksbund), sob a direção de Fritz Kuhn, um veterano alemão da Primeira Guerra Mundial. Rapidamente, a organização viu crescer o número de seus membros, muitos dos quais eram imigrantes alemães de primeira ou segunda geração. O Bund imitava a organização do partido alemão, e inclusive chegou a ter sua versão do uniforme da Juventude Hitlerista. Além da atividades culturais e desportivas, existia um forte doutrinamento político entre seus membros.

O Bund chegou a criar colônias de férias em Nova York e New Jersey e várias cervejarias, cujos donos eram alemães, converteram-se em centros de encontro em Chigaco e Milwaukee. Os ataques antisemitas tornaram-se mais freqüentes e a organização começou a ficar cada vez mais parecida com sua inspiradora. A Alemanha apenas prestou

domingo, 19 de agosto de 2012

A Terceira Onda, de 1967, contada pelo professor Ron Jones. Parte I.

Cubberley High School Professor Ron Jones. Creditos: Fotos de Adam Lau / The Chronicle
 
A historia do contada pelo professor Ron Jones de seu experimento, que criou um movimento proto-fascista entre os seus alunos de ensino médio, em Palo Alto, Califórnia, que em 2008 foi tema do premiado filme A Onda. 

A Terceira Onda

Ron Jones (1972)

Por muitos anos eu mantive um estranho segredo. Eu compartilhei esse silêncio com duzentos alunos. Ontem eu fale com um desses alunos. Por um breve momento tudo passou de volta.

Steve Conigio tinha sido um estudante do segundo ano da minha aula de História Mundial. Corremos um para o outro quase que por acidente. É uma daquelas ocasiões vivido pelos professores quando menos espera. Você está andando na rua, comendo num restaurante isolado, ou comprar alguma roupa interior quando, de repente, um ex-aluno aparece para dizer olá. Neste caso, foi Steve correndo pela rua gritando "Mr. Jones, Mr. Jones". Em um abraço envergonhado saudamos. Eu tive que parar por um minuto para lembrar. Quem é esse rapaz, abraçando-me? Ele me chama de Mr. Jones. Deve ser um ex-aluno. Qual o nome dele? Na fração de segundo da minha corrida de volta no tempo Steve sentiu o meu questionamento. Em seguida, sorriu e levantou lentamente a mão em uma posição curvada. Meu Deus Ele é membro da Terceira Onda. É Conigio, Steve Steve. Ele se sentou na segunda fila. Ele era um aluno brilhante e sensível.

E ficamos ali trocando sorrisos quando, sem um comando consciente eu levantei a minha mão na posição curvada. A saudação foi dada. Dois companheiros tinham encontrado muito tempo depois da guerra. A Terceira Onda ainda estava viva. "Mr. Jones Você se lembra da Terceira Onda?" Com certeza, foi um dos eventos mais assustadores que eu já experimentei na sala de aula. Foi também a gênese de um segredo que eu e duzentos estudantes que, infelizmente, partilhamos para o resto de nossas vidas.

Nós conversamos e rimos sobre a Terceira Onda pelas próximas horas. Então chegou a hora de partir. É estranho, você vai e pega alguns momentos de sua vida. Mantenha-os apertados. Então diga adeus. Sem saber quando e se você nunca mais vai ver outra vez. Oh, você faz promessas de conversar novamente, mas não vai acontecer. Steve vai continuar a crescer e mudar. Vou continuar a ser uma referência atemporal em sua vida. Uma presença que não vai mudar. Eu sou o Sr. Jones. Steve se vira e dá uma saudação silenciosa. Mão levantada para cima em forma de uma onda. Mão curvas em uma forma similar devolvo o gesto.

A Terceira Onda. Bem, finalmente, falar sobre o assunto. Aqui eu encontrei um aluno e nós conversamos por horas sobre esse pesadelo. O segredo deve finalmente estar diminuindo. Levou três anos. Posso dizer-vos e a qualquer outra pessoa sobre a Terceira Onda. Agora é apenas um sonho, algo para recordar, não é algo que tentamos esquecer. É assim que tudo começou. Por estranha coincidência, eu acho que foi de Steve, que começou as perguntas que levaram a Terceira Onda.

Estávamos estudando a Alemanha nazista e no meio de uma palestra que foi interrompido pela pergunta. Como pode a ignorante reivindicação alemã levar uma população ao massacre do povo judeu. Como poderia o povo, os condutores ferroviários, professores, médicos afirmarem que não sabia de nada sobre campos de concentração e da carnificina humana. Como as pessoas que eram vizinhos e talvez até amigos dos cidadãos judeus dizem que não estavam lá quando tudo aconteceu. Era uma boa pergunta. Eu não sabia a resposta.

Como ainda havia vários meses para terminar o ano letivo e eu já estava na Segunda Guerra Mundial, eu decidi tirar uma semana e explorar a questão. 

Força através da disciplina
Na segunda-feira, apresentei os meus alunos do segundo ano a história de uma das experiências que marcaram a Alemanha nazista. Disciplina. Dei uma palestra sobre a beleza da disciplina. Como um atleta se sente de ter trabalhado duro e regularmente para ser bem sucedido no esporte. Como uma bailarina ou pintor trabalha duro para um movimento perfeito. A paciência dedicada de um cientista em busca de uma idéia. É a disciplina. Essa auto-treinamento. Controle. O poder da vontade. A troca de dificuldades físicas para instalações superiores física e mental. O triunfo final.

Para experimentar o poder da disciplina, eu convidei, não mandei a classe para o exercício e usar uma nova postura sentada, eu descrevi como a postura correta sentado assistências concentração obrigatória e fortalece a vontade. Na verdade eu instruí a classe de uma postura sentada correta. Esta postura começou com os pés no chão, mãos colocadas em toda a classe para forçar um alinhamento em linha reta da coluna vertebral. "Você não conseguem respirar mais facilmente? Você está mais alerta. Não se sente melhor."

Nós praticamos esta posição para obter mais e mais atenção. Eu andava para cima e para baixo nos corredores de alunos sentados apontando pequenas falhas, fazendo melhorias. O assento apropriado tornou-se o aspecto mais importante da aprendizagem. Gostaria de descartar a classe que lhes permita sair de suas mesas e, em seguida, chamá-los de repente volta a atenção para uma posição sentada. Nos treinos de velocidade da classe aprenderam a mudar de posição de pé, sentado atenção em quinze segundos. Nos treinos eu foco concentrado a atenção nos pés paralelos e planos, nos tornozelos bloqueado, os joelhos dobrados em ângulo de noventa graus, as mãos espalmadas e cruzou contra as costas, coluna ereta, queixo para baixo, cabeça para a frente. Fizemos exercícios de ruído em que falar era permitido apenas para ser mostrado como um desserviço. Após minutos de trabalhos progressivo da classe pode mudar de posições em pé fora da sala a atenção sentada em suas mesas, sem fazer um som. A manobra levou cinco segundos.
Foi estranho a rapidez com que os estudantes tomaram a este código uniforme de comportamento que eu comecei a me perguntar o quão longe eles podem ser empurrados. Foi essa demonstração de obediência de um jogo momentânea estávamos todos a jogar, ou foi outra coisa. Foi o desejo de disciplina e uniformidade de uma necessidade natural? Um instinto social que todos nos escondemos dentro de nossa alma.

Decidi empurrar a tolerância da classe para a ação a ser regulamentada. No final de 25 minutos da aula, eu trouxe algumas novas regras. Os alunos devem estar sentados na sala de aula na posição de atenção antes do sino final, todos os estudantes devem levar lápis e papel para tomar nota, quando perguntando ou respondendo perguntas que um aluno deve estar ao lado de sua mesa, a primeira palavra dada em responder ou perguntar uma pergunta é "Mr. Jones". Nós praticamos curta "leitura silenciosa" nas aulas. Os estudantes que responderam de forma lenta foram repreendidos e em cada caso feita para repetir o seu comportamento até que ele foi um modelo de pontualidade e respeito. A intensidade da resposta se tornou mais importante que o conteúdo. Para acentuar isso, eu pedi respostas a serem dadas em três palavras ou menos. Os estudantes foram recompensados por fazer um esforço para responder ou fazer perguntas. Eles também foram reconhecidos por fazer isso de uma forma nítida e atencioso. Logo, todos na classe começaram a aparecer com respostas e perguntas. O nível de participação na classe mudou de uns poucos que sempre dominou as discussões para toda a classe. Ainda mais estranho foi a melhoria progressiva da qualidade das respostas. Todo mundo parecia estar ouvindo mais atentamente. Novas pessoas estavam falando. 

Quanto a minha parte neste exercício, eu não tinha nada, mas questiona. Porque não havia pensado dessa técnica antes. Os estudantes pareciam ter a intenção sobre a cessão e exibido recitação exata dos fatos e conceitos. Eles até pareciam estar a fazer perguntas melhores e tratar uns aos outros com mais compaixão. Como pode ser isso? Aqui eu estava decretando um ambiente autoritário aprendizagem e parecia muito produtivo. Agora comecei a refletir não apenas o quanto essa classe poderia ser empurrado, mas como tal, eu iria mudar a minha opinião de base para uma aula aberta e aprendizagem auto-dirigida. Foi toda a minha crença em Carl Rogers a murchar e morrer? Sempre foi essa experiência de liderança?

Força através da comunidade
Na terça-feira, segundo dia do exercício, entrei na sala de aula para encontrar todos sentados em silêncio na posição de atenção. Alguns de seus rostos estavam relaxados com sorrisos que vêm de agradar ao professor. Mas a maioria dos estudantes olhavam para a frente na concentração sério. Músculos do pescoço rígido. Nenhum sinal de um sorriso ou um pensamento ou mesmo uma pergunta. Cada fibra tensa para executar a ação. Para liberar a tensão, fui para o quadro negro e escreveu em letras grandes "FORÇA através

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Luta Integralista Contra a Infiltração Estrangeira no Brasil

  Detalhes que fazem a diferença. Para melhor compreensão leia o texto que se segue.
"Equanto houver árvore, haverá folhas e flores, e frutos; enquanto houver Brasil haverá integralismo; e se algum dia não existir , o que não é possível que acredite quem for bom brasileiro."
Plínio Salgado
É preciso lembrar que , quando o integralismo surgiu no Brasil , a nossa Pátria estava ameaçada pela infiltração de doutrinas estrangeira , a tal ponto que os nazistas usavam impunemente os seus distintivos, as suas bandeiras e as suas camisas kaki, chegando mesmo a fazer desfiles em certos pontos do país , sob os olhos complacentes das autoridades, o que lhes facilitava conquistar prosélitos entre elementos descendentes da raça alemã, determinando por parte dos anti-totalitários nacionalistas o uso de exterioridades semelhantes para captar , nacionalizar brasileiramente tais elementos e impedi-los de formar quistos raciais que poderiam ser utilizados pelo imperialismo nazista.
Braçadeira Integralista.
Quando iniciei forte concorrência brasileira em santa catarina , os meus perseguidores foram os nazistas aliados aos políticos dominantes, políticos que mantinham em todo o estado , a custa dos cofres municipais, escolas em que só se ensinava em língua alemã. Assim , fomos ali muitas vezes proibidos de desfilhar com a camisa verde brasileira, mas vimos cheios de revolta os nazistas promoverem

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Nacionalismo não é Nazismo

 
Nacionalismo não é Nazismo : este tem muito mais a ver com conceitos raciais e étnicos do que com nações. Hitler pregava a superioridade germânica , não alemã.


Existem certas mentes confusas que julgam qualquer manifestação nacionalista como nazismo ; Nacionalismo é apenas lutar pelos interesses de seu povo , é sentir orgulho pela sua pátria. Nazismo é atribuir inferioridade étnica a povos quaisquer , é julgar a superioridade racial de seu povo frente aos demais , é passar por cima dos outros povos em nome do seu próprio (um bom nacionalista sabe onde acaba os direitos de seu país e onde começam os do outro ). Nazismo é perseguição , morte , genocídios , humilhação , extermínio : Nacionalismo é orgulho das conquistas de seu povo , é não se deixar submeter aos interesses externos.
No Brasil costuma-se às vezes associar-se Nacionalismo a Ditadura Militar. Essa visão é absurdamente bizarra : foram governos que privilegiaram completamente os interesses externos em detrimento dos nossos , até porque só existiram devido ao suporte americano. Mesmo que um trabalhador brasileiro esteja muito mais próximo , em suas angústias , de um trabalhador argentino do que de um empresário brasileiro, nada justifica criar sobre esses fatos a falsa ideia de luta de classes.
Tem de se saber o limite onde o radicalismo começa a obscurecer e a tornar-se fim do nacionalismo. Pensar apenas em luta de classes é ingênuo : o assalariado brasileiro pode até ter as mesmas exigências de um assalariado argentino , mas certamente não são as mesmas de um assalariado sueco , pois esse ganha muito melhor. Portanto não dá pra se pensar numa luta de classes em escala mundial muito menos nacional, como muitos fazem : existem locais onde a distribuição de renda é muito melhor do que no Brasil , suavizando a diferença entre assalariado/dono dos meios do produção.
Exemplo de enforcamento praticado pelos nazistas no leste europeu. Isso não é nacionalismo, mas sim assassinato e dominação.
Para finalizar essa curta ideia sobre o Nacionalismo , se tivéssemos tido em nossa história governos realmente nacionalistas , com certeza não estaríamos nessa situação lastimável em que nos encontramos hoje , completamente abertos aos estrangeiros. Nossas ditaduras militares tem com certeza muito mais a ver com Nazismo do que com Nacionalismo.
Mulheres polonesas sendo levadas para o meio da mata para serem executadas por soldados da SS.
O Integralismo não se inspirou no nazismo. Quando o Integralismo surgiu ninguém nem sabia o que era nazismo no Brasil. E depois, o Integralismo, que é movimento autenticamente nacional, sempre foi contrário ao racismo, base do nazismo, e Plínio Salgado foi o primeiro pensador brasileiro a condenar publicamente o nazismo.
O Integralismo nunca foi contra os sindicatos, antes muito pelo contrário. O companheiro Integralista Olbiano de Mello, por exemplo, sempre defendeu a transformação do Brasil em uma república sindicalista.

O Nosso Chefe Plínio Salgado era radicalmente contrário ao ódio e ao uso de violência contra os comunistas, defendendo, sim, o combate ao comunismo, doutrina do ódio, da violência e da desagregação moral, combate que se daria não torturando e matando comunistas, mas sim combatendo as causas que levam ao comunismo: o materialismo, o capitalismo liberal, a liberal-democracia burguesa, o comodismo burguês, etc...

Para os que pensam que o Integralismo é o nazi-fascismo Tupiniquim:

“Desde a Monarquia, temos vivido sob a preocupação de impor ao nosso País sistemas políticos estrangeiros...

Assim, não devemos transplantar para o Brasil, nem o fascismo nem outros sistemas exóticos.” - Plínio Salgado, Manifesto da legião Revolucionária de SP, 1931.

“O problema brasileiro é muito mais difícil do que os da Rússia, da Itália e da Alemanha. Os modelos de Lenine, de Mussolini e de Hitler, não valem nada no caso do Brasil”. - Plínio Salgado, "Despertaremos a Nação".

“O homem no Estatismo Racista ou Imperialista, estadartiza-se, uniformiza-se nos movimentos de um todo que é a finalidade inumana do Estado”. - Idem, Ibidem.

“Não pretendemos uma ditadura, só os povos bárbaros permitem ditaduras”. - Idem, ibidem.
Ainda na Praça XV (Largo do Paço), estátua em homenagem ao Integralista negro João Cândido, líder da revolta da chibata.

“Não sustentamos preconceitos de raça; pelo contrário, afirmamos ser o povo
brasileiro tão superior como quaisquer outros. Em relação ao judeu, não nutrimos contra essa raça nenhuma prevenção. Tanto que desejamos vê-la em pé de igualdade com as demais raças, isto é, misturando-se, pelo casamento, com os cristãos." - PLÍNIO SALGADO.

"Assim como hoje, todos os que insurgem contra o comunismo e o materialismo são tidos por fascistas e nazistas, também naquele tempo." - Idem.

"No caso da Alemanha, não tenho dúvida (pelo que tenho lido nos livros nazistas, notadamente no livro de Hitler - 'Minha Luta' - e pelo que tenho deduzido das medidas e iniciativas governamentais), que o governo hitlerista está, sem dúvida alguma, infringindo as mais sagradas leis naturais e humanas e dando lugar a que católicos, ciosos do livre arbítrio e da intangibilidade do homem e de sua família, se rebelem contra o Estado. (...) O ascetismo, a mística, a super-humanização do tipo do Fuehrer, a sua divinização ao ponto de o considerarem, os mais exaltados, a encarnação de Odin, exprime um artificialismo político que foge de toda a base e equilíbrio da razão humana. Nós, os integralistas, que somos coisa absolutamente diferente do nazismo e do fascismo, não nos cansamos de dizer que o nosso fundamento é cristão."
Trechos do art. "Nacional Socialismo e Cristianismo Social", de PLÍNIO SALGADO, publicado a 14 de fevereiro de 1936. (cit. por Jayme Ferreira da Silva em "A Verdade Sobre o Integralismo", págs. 29 e 30.)

"Não podemos querer hoje mal ao judeu, pelo fato de ser o principal detentor do ouro, portanto principal responsável pela balbúrdia econômico-financeira que atormenta os povos, especialmente os semicoloniais como nós, da América do Sul. O judeu-capitalista é igual ao cristão-capitalista (...). Ambos não terão mais razão de ser porque a humanidade se libertará da escravidão dos juros e do latrocínio do jogo das Bolsas e das manobras banqueiristas. A ANIMOSIDADE CONTRA OS JUDEUS É, ALÉM DO MAIS, ANTICRISTÃ e, como tal, até condenada pelo próprio catolicismo. A guerra que se fez a essa raça na Alemanha, foi, nos seus exageros, inspirada pelo paganismo e pelo preconceito de raça. O PROBLEMA DO MUNDO É ÉTICO E NÃO ÉTNICO." Plínio Salgado
"Do Hitlerismo podemos tirar algumas lições em matéria de organização política e financeira, mas não sabemos em que nos poderia ser útil a tese da superioridade racial, tese que consulta uma situação local.
Nós brasileiros devemos nos libertar do jugo do capitalismo financeiro e do agiotarismo internacional, sem que para isso abandonemos os princípios éticos para descambarmos até aos preconceitos racistas. A moral não permite que se distinga entre o agiota judeu e o agiota que diz ser cristão; entre o açambarcador que frequenta a Cúria e o que frequenta a Sinagoga. O combate ao banqueirismo internacional e aos processos indecorosos dos capitalistas sem pátria, justifica-se no plano moral. E quando a pureza da norma ética está conosco, não se compreende bem qual a necessidade de outras justificações , que podem ser de efeito, mas que certamente são discutíveis." MIGUEL REALE.

Você quer saber mais?


http://victoremanuelvilelabarbu.blogspot.com/2011/05/o-integralismo-e-igual-ao-nazi-fascismo.html

http://www.integralismo.org.br/?cont=781&ox=137

http://acaodosblogsintegralistas.blogspot.com/

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