CONGELAR CARNE E PEIXE...

CARNE

Selecção
No caso de a carne ser fresca e adquirida no talho, pode congelar-se directamente.
Tratando-se de produção e abate doméstico, para se obter uma óptima qualidade de carne congelada é necessário submetê-la à maturação e enxugo, colocando-a no refrigerador (frigorífico) à temperatura de refrigeração, após o que se procederá à congelação.
Os tempos mais convenientes para o enxugo e maturação da carne, a uma temperatura de 7° C (refrigerador) são:
* Vaca: 4 a 5 dias;
* Vitela e Porco: 1 a 2 dias;
* Cordeiro e Cabrito: 2 a 3 dias.
Passado esse período, as carnes serão preparadas para congelação.

Preparação e Congelação
A carne deve ser:
- Esquartejada, desossada e limpa de dos tendões e gorduras.
- As peças de carne devem ser cortadas em dimensões próprias para o consumo e de forma espalmada para que a penetração do frio se faça o mais ràpidamente possível
- As línguas devem ser lavadas e escovadas.
- O fígado pode ser conservado inteiro ou em iscas (fatias finas). A embalagem do fígado deve ser feita com especial cuidado. Evitar colocar as embalagens directamente em contacto com as superfícies frias, a fim de evitar as "queimaduras do frio" nesta víscera muito delicada.
- A carne congelada que se compra já descongelada, não se deve recongelar em crú.

Descongelação e Confecção
- Porções de pequena dimensão (bifes, costeletas e escalopes, pedaços para guisar,etc.) podem cozinhar-se directamente mas a uma temperatura mais baixa e com um tempo de cozedura superior ao habitual para o produto fresco. (Eu descongelo sempre e tempero com alguma antecedência).
- Peças de maior dimensão (para assar, cozer, etc.) podem ser cozinhadas directamente ou descongeladas no frigorífico. No caso de serem cozinhadas directamente, mantém-se a temperatura e o tempo de cozedura indicados para porções de pequena dimensão.

ANIMAIS DE CAPOEIRA E CAçA

Selecção 
A congelação de animais de capoeira é particularmente vantajosa para quem tenha criação própria.
É necessário ter em conta que os animais devem ser congelados um dia após o abate.

Preparação e Congelação 
As aves e os coelhos devem ser:
- completamente sangrados;
- depenados ou esfolados;
- eviscerados (retiradas as tripas)
- retiradas as gorduras;
- lavados com água fria;
- cortados aos pedaços (também se podem congelar inteiros, se não forem muito grandes);
- embalados e congelados.
- as miudezas devem ser lavadas, arranjadas e congeladas separadamente.

Descongelação e Confecção
É aconselhável, sempre que possível, cozinhar directamente sem descongelação prévia. Neste caso, deve adoptar-se a temperatura e a duração da cozedura indicadas para a carne.

PEIXE E MARISCOS

Selecção
O peixe presta-se muito bem a ser congelado. Todavia, por ser um produto muito frágil, deve ser tratado num período nunca superior a 8 a 12 horas após a captura. Portanto não se aconselha a congelar o peixe que se compra normalmente nos mercados da cidade, mesmo que pareça muito fresco. (Como não temos outro, eu congelo o peixe que compro na Peixaria bem fresco, mas uso-o durante a semana. Nunca deixo muito tempo no congelador). Contudo, se tiver acesso directo aos pescadores da costa, aos piscicultores (viveiros de trutas, por ex.) ou se houver um amador de pesca na família, pode-se congelar este peixe cuja frescura se conhece como certa.
Quanto aos crustáceos e moluscos podem-se congelar os adquiridos no mercado desde que estejam vivos.

Preparação e Congelação
O peixe fresco deve ser:
- imediatamente eviscerado, lavado e escamado;
- seguidamente, cortado em postas, filetes ou mantido inteiro, segundo a utilização que se lhe quiser dar;
- embalado em material perfeitamente impermeável;
- os crustáceos são congelados após cozedura e eliminação das partes não comestíveis.

Descongelação e Confecção
O peixe deve ser descongelado na própria embalagem antes de ser cozinhado. Esta operação dura geralmente 2 a 3 horas, se for feita à temperatura ambiente e varia com a espessura e tipo da embalagem.
Pode-se reduzir o tempo da operação colocando a embalagem fechada sob água fria corrente. (Para não gastar muita água, ponho de imersão em água morna, mas em geral retiro do congelador na véspera e deixo descongelar dentro do frigorífico).
No caso dos crustáceos cozidos, é necessário assegurar-se que a descongelação foi total, pois seria desagradável encontrar partes ainda congeladas, no consumo.

 E aqui termina o tema da Congelação de Alimentos. Espero que tenham ficado esclarecidas, tal como eu que já não abria este livrinho há anos, e que descobri que ainda não tinha assimilado as regras todas. Como vos disse na primeira postagem sobre este tema, guiei-me por uma pequena brochura editada pelo Instituto Nacional do Frio. Estas regras são gerais, mas de tal maneira aprofundadas, que podem ser usadas até para fins industriais, sem ficar com medo da ASAE. Por isso, são de confiança.

Uma boa semana de trabalho e de gostosas comidinhas!
Beijinhos da

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima












































A EMBALAGEM DOS CONGELADOS

A todos os que me visitam, peço desculpa por este Tema estar a ser tão longo. A verdade é que, para quem estiver interessado nele, decerto lhe acharão alguma utilidade. E aqui estou a pensar em todas as Amigas que me têm deixado os seus comentários e que tanto estímulo me deram.
Não sei se sabem, mas a Bombom tem o costume de visitar todas as comentadoras do Estaminé. O problema é que em muitas delas não consegue fazer entrar os seus comentários, (só como anónima) e alguns estão bloqueados a anónimos... A todas, muito obrigada pelas vossas visitas e pelos vossos comentários!

Antes de falar da Carne e do Peixe, queria falar-vos da embalagem, que é muito importante para a qualidade final dos produtos congelados. Tem por função principal, proteger os alimentos contra a sujidade, oxidação, desidratação superficial, contaminações, transmissão de odores, etc.
Os materiais para a embalagem devem obedecer às seguintes características:
* serem impermeáveis ao ar, aos líquidos, ao vapor de água e aos cheiros;
* não serem tóxicos;
* estarem rigorosamente limpos.
Os mais utilizados são:
* os plásticos (polietileno flexível, poliester ou polivinilo) sob a forma de sacos, folhas ou caixas rígidas;
* o celofane especial, sob a forma de folhas (film).
* o alumínio, rigorosamente estanque e opaco, sob a forma de folhas ou formas;
* o cartão parafinado ou plastificado rígido, sob a forma de caixas;
* o vidro, sob a forma de frascos ou outros recipientes rígidos.
As formas de embalar: as dimensões da embalagem devem ser, tanto quanto possível, reduzidas (pequenas quantidades) para permitir uma rápida penetração do frio e, de preferência, ter formato rectangular para ganhar espaço no congelador.
Os produtos sólidos como a carne, as frutas, o pescado e outros alimentos de forma irregular, podem ser embalados em sacos de plástico aos quais se tira cuidadosamente todo o ar; fecham-se com fio ou plastificam-se (soldam-se a quente); melhores ainda, são as folhas de polietileno, alumínio ou celofane, que se vendem a rolo ou a metro e que aderem bem aos alimentos, evitando a formação de bolsas de ar, susceptíveis de prejudicar uma boa conservação. Neste caso, depois de dar várias voltas sobre o produto, colam-se os bordos com fita adesiva especial (a normal descola-se a baixas temperaturas).
Os produtos sólidos em calda (como a fruta) ou com molhos, devem ser embalados em caixas rígidas hermèticamente fechadas.
As peças de carne (bifes, costeletas) bem como os filetes de peixe, devem ser separados entre si, por folhas de plástico ou de alumínio.
Os produtos líquidos devem ser embalados em caixas de material rígido, seja de plástico, alumínio, cartão ou vidro.
O volume dos líquidos aumenta cerca 10% ao congelar. Por isso, deve-se calcular uma margem de segurança, deixando um vazio entre o produto e a tampa da embalagem.
Para tornar estanque uma embalagem, coloca-se uma cinta adesiva especial à volta do bordo da tampa. Algumas caixas de plástico já possuem uma tampa que fecha hermèticamente sob pressão.
Atenção: Na congelação, nunca utilize sacos que já tenham sido  usados (texteis, alimentos crus, etc) e que não correspondam às características já referidas ou que possam transmitir aos alimentos sabor ou cheiro.

Para terminar, por hoje, vou contar-vos as minhas Desventuras na Cozinha, desta semana.
Num destes dias assisti a um programa na Sic Mulher, com a Nigella. Raramente consigo vê-los porque são transmitidos sempre a horas em que estou a fazer o jantar, mas nesse dia calhou-me bem. Ela estava a ensinar a uma amiga, como se faz uma COMPOTA DE FRAMBOESA em 20 minutos. Fiquei logo de olho arregalado (sim, porque o ouvido à escuta, já era!!!).
Ela pegou em duas taças de vidro pirex e numa pôs as framboesas que tinha apanhado no quintal (mais ou menos 750g), e na outra pôs o que me pareceu ser 0,5 kg de açúcar. Colocou as duas taças no forno pré-aquecido a 180°, durante 20 minutos. Quando as retirou, juntou cuidadosamente o açúcar às framboesas, com muito cuidado para  não se queimar. Mexeu com a espátula para misturar bem e deitou em frascos que tapou com tampas herméticas. Ficou uma compota com uma cor linda que, depois de fria, se deve guardar no frigorífico por duas semanas.
Agora, as minhas desventuras... Como não tinha framboesas, substituí por morangos e fiz "talqualzinho" como a Nigella. Até pus o temporizador ao pé de mim, para não deixar passar o tempo... mas distraí-me um pouco e passaram mais 5 ou 6 minutos. Quando abri o forno, parte do açúcar já estava a caramelizar... Sobre a tábua de madeira da cozinha pus as duas taças e cuidadosamente, juntei colheradas da polpa de morangos no açúcar caramelizado e fui envolvendo, até obter uma compota homogénea, de cor bonita. No final provei e gostei do sabor, embora tenha ficado com um leve travo amargo do caramelo quase queimado!!!
Desta lição aprendi que os tempos da receita são sempre para respeitar! O açúcar da Nigella ficou areadinho, seco e branco, só que a elevada temperatura (daí o cuidado ao manusear). E o doce dela devia estar divinal, como vai ficar o próximo que eu fizer!
Sempre quero ver se os Provadores vão dar pelo "meu gato"!...

Desejo-vos uma boa semana, com calma e alegria .
Beijinhos da

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima

CONGELAR PRATOS COZINHADOS

"Pode congelar-se todo o tipo de alimentos cozinhados: guisados, assados, cozidos, etc. Se se consumirem frios, deve-se cozinhar normalmente; se se consumirem quentes, o tempo de cozedura deverá ser inferior ao normal.
Os produtos picados assim como os recheios, são particularmente delicados uma vez que estão mais sujeitos à acção das enzimas e dos microorganismos. Por isso devem-se conservar durante pouco tempo e separadamente dos alimentos a rechear.
Nos pratos com molhos, estes só devem ser adicionados depois da descongelação do prato, para evitar o ranço e outras alterações.
As sopas podem-se congelar normalmente sem problemas de alteração de textura ou de cor.

Cozinhar uma vez... Consumir quatro vezes

Alguns conselhos práticos:
* Diminuir a quantidade de gorduras e de sal.
* Reduzir ligeiramente os tempos de cozedura.
* Para ligar os molhos utilizar misturas que associem farinha e fécula.
* Empregar recipientes que possam ir ao forno (cerâmica ou pirex).
* Completar o tempero e apurar os molhos na altura de servir.
* Qualquer que seja a natureza dos pratos cozinhados, é importante que sejam embalados o mais ràpidamente possível, para evitar a contaminação microbiana e colocados no congelador logo que tenham arrefecido.

Descongelação
* Se os pratos se destinarem a ser consumidos frios, devem-se descongelar no refrigerador (frigorífico). É o caso da carne ou frango assado.
*Se forem consumidos quentes, devem-se aquecer lentamente no forno.
* Molhos, sopas e estufados podem-se aquecer directamente, no forno ou numa caçarola, em lume brando.


Pão, Doces e Pastelaria

* O pão e os bolos devem congelar-se o mais frescos possível e embalados em plástico ou em papel de alumínio.
* A compra obrigatória do pão diário pode-se efectuar semanal ou quinzenalmente, se se guardar a quantidade necessária no congelador.
* A sua conservação pode atingir os dois meses.
* Em Pastelaria pode-se congelar, separadamente, a massa crua e os elementos de guarnição, assim como as tartes e bolos já confeccionados. Estas podem ser embaladas cruas ou depois de cozidas no forno e arrefecidas.

Descongelação
* Podem ser descongelados no forno a temperatura branda mas, se se utilizar este processo, conservar-se-ão menos tempo frescos do que se forem descongelados à temperatura ambiente ou no frigorífico.
* Tortas Cobertas: Devem -se desembalar antes de descongelar para evitar que o invólucro se pegue.
* Tartes de Creme: Podem-se cortar enquanto estão parcialmente congeladas para se conseguir melhor forma e maior rapidez na descongelação.

Ovos

É pouco vulgar congelar ovos porque se encontram disponíveis todo o ano e conservam-se fàcilmente, por algum tempo, no frigorífico. Contudo, se pretender congelar, siga as seguintes recomendações:
 * Os ovos devem ser partidos. Devem misturar-se as gemas com as claras batendo pouco para não introduzir muito ar na mistura e adicionar-se um pouco de sal ou de açúcar, consoante a utilização posterior.
* Pode-se ainda congelar separadamente gema e clara. Na clara não se deve adicionar sal ou açúcar se se destinar a ser batida em castelo, depois de descongelada.
* Devem escolher-se embalagens rígidas e estanques e de tamanho adequado às porções a congelar.
* A descongelação faz-se na embalagem e, de preferência, dentro do frigorífico.

Leite

* A  congelação do leite permite fazer face a eventuais faltas no mercado. No entanto, para congelar só se deve utilizar leite pasteurizado e homogeneizado (isto é, fortemente batido) de forma a evitar a separação do soro.
* Deve-se escolher de preferência embalagens paralelipipédicas de cartão que serão colocadas no congelador.
* A descongelação deve efectuar-se na embalagem.
* Uma vez descongelado, convém conservar o leite no frigorífico até ser utilizado.
* O consumo deve efectuar-se num curto espaço de tempo.

Natas

* Deve-se escolher natas frescas e muito espessas.
* Deve-se bater enèrgicamente a fim de as homogeneizar o mais possível.
* Para congelar devem ser embaladas em recipientes estanques.
* A descongelação deve realizar-se na própria embalagem e no frigorífico.

Manteiga

* Deve-se escolher manteiga sem sal, de boa qualidade e muito fresca, e acondicioná-la em embalagens estanques.
* Deve ser congelada imediatamente.
* Por ser muito susceptível aos odores, deve ser muito cuidadosamente embalada e protegida.

Queijo


* Não se aconselha a congelação de queijos duros porque, ao descongelar, reduzem-se a migalhas.
* Os queijos curados devem ser cortados em fatias ou pedaços e separados por película aderente ou folha de alumínio.
* A descongelação é feita no frigorífico."

Espero que estas notas vos possam ser úteis. Se as seguirem, não há ASAE que nos sancione, he,he!
Estou a brincar, mas parabéns à ASAE pois antes de ela existir, nem vocês imaginam as porcarias que comíamos todos! (E só refilam os prevaricadores.)
Só falta falarmos das regras para a Carne, Aves e Caça, Peixe e Mariscos, mas ficam para a próxima.
Beijinhos da

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima.

CONGELAR FRUTOS

Antes de mais, queria deixar aqui um agradecimento sincero a todos(as) os(as) meus (minhas) leitores(as).
A todas as Amigas que me brindam com os seus comentários, quero que saibam que os aprecio muito e que, com o seu "feed-back", me ajudam a orientar aqui dentro do Meu Estaminé. Não é minha intenção ensinar nada a ninguém, mas apenas partilhar os conhecimentos "culinários" que a experiência dos meus sessenta e muitos anos de vida, me foi dando.
Porque me parece importante e não é muito divulgado, vou continuar a falar-vos de Congelação de Alimentos.
Hoje trago-vos o capítulo dos Frutos.

CONGELAR FRUTOS

Selecção
Devem escolher-se frutos maduros e muito frescos.

Preparação
* Os frutos devem ser protegidos contra efeitos da oxidação e da acção das enzimas. Para tal, são envolvidos em açúcar em pó ou numa calda, adicionando sumo de limão, para reforçar a acidez.
* Aos morangos, framboesas e amoras, por exemplo, retiram-se os pés e escolhem-se cuidadosamente, para eliminar os muito maduros ou "tocados".
* As cerejas, ameixas, pêssegos e alperces, devem ser escolhidos e lavados (quanto aos pêssegos, é preferível pelados) e descascados. Os pêssegos e os alperces devem ser cortados em 2 ou 4 pedaços.
* As maçãs e as pêras não podem ser congeladas inteiras; estes frutos devem ser pelados e cortados aos pedaços, antes de serem branqueados durante 3 minutos num xarope de açúcar a ferver. Em seguida, serão tratadas como as outras espécies.

Métodos utilizados no adoçamento dos frutos

Açúcar
Utilizar cerca de 200g (12 colheres de sopa) de açúcar em pó por cada Kg de fruta.
Misturar ligeiramente a fruta com o açúcar até que esteja uniformemente coberta.
Embalar em recipientes de plástico ou de cartão (encerado) deixando livre cerca de 1 cm entre o produto e a tampa.
Este método aplica-se à fruta para cozer, para usar em pastelaria e para consumo ao natural (cru).

Calda de Açúcar 
Preparar a calda utilizando 450g de açúcar (27 colheres de sopa), para cada litro de água.
Depois de ferver, apague o lume e deixe arrefecer bem.
Assegure-se de que a calda de açúcar cobre a fruta, deixando um espaço de 1 ou 2 cm entre a fruta e a tampa.

Descongelação
* Quando se destinam a ser consumidos em cru (saladas de frutas, por exemplo) devem descongelar-se parcialmente no frigorífico (refrigerador), dentro da embalagem.
* Quando se destinam a preparações de doçaria ou compotas, devem cozinhar-se directamente sem descongelação prèvia.

SUMOS DE FRUTA

* Também se podem congelar os frutos sob a forma de sumos. Neste caso, isso implica uma certa rapidez nas operações de lavagem, escolha e eliminação das partes do fruto tocadas ou estragadas.
* Os frutos serão reduzidos a sumo, de preferência num centrifugador (ou com a varinha mágica). Pode-se acrescentar açúcar ou sumo de limão, conforme o gosto.
* A adição de sumo de limão impede ainda o escurecimento dos sumos de pêra e de maçã.
* Para congelar, coloca-se o sumo em caixas de plástico hermèticamente fechadas, deixando um espaço vazio entre o líquido e a tampa.
* Pode-se ainda congelar os sumos dentro das formas do gelo retirando depois os cubos para sacos ou caixas de plástico, onde serão conservados no congelador. É uma solução prática, de utilização cómoda e mais económica pois permite dosear melhor.

 FRUTAS MAIS INDICADAS PARA CONGELAR:

Ameixas - seleccionar, lavar, cortar em metades e descaroçar. Embalar sem açúcar ou preparar uma compota açucarada antes de congelar.

Cerejas - Seleccionar, lavar, retirar o pé e descaroçar. Açucarar ligeiramente.

Damascos - Seleccionar, lavar, cortar em metades, retirar o caroço. Mergulhar em água a ferver e retirar de seguida. Colocar na embalagem e cobrir de xarope a 25% ou 30%, adicionando sumo de limão.

Maçãs - Congelar unicamente em compota cozida e bem açucarada. (Eu costumo partir aos quartos, ferver em água com um pouco de sumo de limão, escorrer e deixar arrefecer. Depois embalo em caixinhas em pequenas doses que descongelo para acompanhar com carne assada. Faço o mesmo aos marmelos. Quando quero fazer compota retiro só a quantidade necessária.).

Melão - Retirar a casca e as pevides. Cortar em dados. Embalar com um pouco de açúcar em pó.

Morangos, Framboesas, Groselhas, Amoras - Seleccionar, lavar. Colocar em pequenos pratos (de cartão) uma só camada de frutos, com 25g de açúcar por 100g de frutos. Congelar e embalar.

Pêras - Descascar, cortar aos quartos, retirar as pevides e qualquer defeito. Mergulhar 2 minutos em água a ferver. Embalar e cobrir de um xarope de açúcar a 25% ou a 30%.

Pêssegos (variedade de polpa amarela e caroço não aderente) - Seleccionar, descascar, cortar em metades. Proceder ràpidamente e por pequenas quantidades de cada vez. Mergulhar em água a ferver e retirar em seguida. Embalar e cobrir de xarope de açúcar a 25% adicionando sumo de limão.

Conclusões: Como viram, as frutas mais rijas precisam de ser branqueadas em água a ferver por alguns minutos (1 ou 2 apenas).
O xarope de açúcar a 25% significa que para cada litro de água, se acrescenta 250g de açúcar.
O xarope a 30% ( 1 litro de água para 350g de açúcar) parece-me doce de mais.
Nesta altura do ano, começam a aparecer as frutas da época. É pois, a altura ideal para comprar mais em conta, congelar e utilizar durante o ano. Se fizerem as contas aos mesmos produtos congelados mas de compra, verão que vale a pena o trabalho pelo dinheiro que se poupa. 
E já que falamos em poupar, "não deixem para amanhã o que podem fazer hoje". A verdadeira crise ainda não chegou. Portugal ainda "não bateu no fundo", mas isso pode estar na iminência de acontecer. Tudo o que pudermos fazer para Poupar Sem Perder a Cabeça, será pouco. Unidas, talvez consigamos (com acento no â) passar pela onda com a cabeça de fora...
Desejo-vos uma boa semana, com Sol no Coração!
Beijinhos da

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima
















































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CONGELAR LEGUMES - BRANQUEAMENTO

De acordo com o livrinho de que lhes falei, alguns dos produtos hortículas mais indicados para congelação, são: feijão verde, ervilhas, espinafres, couve-de-bruxelas, couve-flor e pimentos. Eu acrescento, da minha prática, abóbora, curgete, cogumelos e alho francês. As favas conservam-se bem congeladas, mas endurecem um pouco ao cozer.
Os pepinos, tomate, alfaces e outros hortículas para saladas não devem ser congelados porque perdem textura e aroma. Em relação aos tomates, podem congelar-se se for para utilizar posteriormente em sopas ou molhos.

Selecção
Deve-se escolher hortículas no ponto óptimo de maturação (colhidos no devido tempo: nem antes, nem demasiado tarde) e muito frescos porque os vegetais perdem ràpidamente as suas qualidades gustativas e o seu valor nutritivo, ao mesmo tempo que o seu aspecto se deteriora.

Preparação
* Devem ser lavados, limpos e descascados, isto é, prontos a cozinhar.
* Devem ser submetidos seguidamente,  a uma operação chamada de branqueamento, para que se destruam as enzimas que eles contêm e que os podem alterar.
* Para se proceder a esta operação são precisos recipientes grandes e outros utensílios que permitam cozer e escorrer sem manipulações (intervenção manual), tais como : cestos metálicos, passadores , peneiras, etc.
* Não se devem utilizar recipientes de metais oxidáveis.
* A água a utilizar deve ser potável e abundante e o processo de aquecimento deverá ser por forma a permitir a ebulição rápida (fervura), após a introdução dos produtos.

BRANQUEAMENTO

* Numa panela grande com água a ferver, mergulhar os legumes e agitar (ou dar uma mexidela cuidadosamente), para obter uma boa repartição do calor. (Se puser os legumes dentro de um cesto metálico como os das fritadeiras, terá uma boa ajuda).
* A retomada da ebulição (fervura) deve fazer-se em menos de 8 minutos. A ebulição deverá manter-se de 1 a 3 minutos, conforme o legume.
* Em seguida retiram-se os legumes e arrefecem-se ràpidamente em água corrente (poderá também utilizar-se água arrefecida com cubos de gelo).
* Deixam-se escorrer bem e, se possível, enxugam-se num pano ou numa substância absorvente.
* Embalam-se (sacos de plástico, por ex.) em seguida e metem-se no congelador.
* Para os legumes que podem ficar acastanhados, convém juntar à água um pouco de vinagre. Aconselha-se 1 colher de café de vinagre para 6 litros de água.

Descongelação e Confecção 

* A descongelação dos hortículas faz-se directamente na cozedura, em água a ferver com sal.
* Os legumes congelados têm um tempo de cozedura inferior, devido ao branqueamento prévio.

Tempos de Branqueamento

Alcachofras (juntar sumo de limão à água do branqueamento) - 4 minutos
Beringelas (cortadas às rodelas, branquear juntando sumo de limão na água ou de preferência saltear) - 4 minutos
Cenouras, Nabos, Alho-Porro (juntar sumo de limão à água do branqueamento) - 5 a 6 minutos
Couve-flor - 2 a 3 minutos
Couve-de-bruxelas - 3 a 4 minutos
Ervilhas (branquear ou refogar) - 1 minuto a 1 minuto e 30 segundos
Espargos (branquear com as pontas ao ar, fora da água) - 3 minutos
Espinafres (branquear ou estufar lentamente com azeite e cebola) - 2 minutos
Favas (branquear ou refogar) - 1 minuto e meio a 2 minutos
Feijão (branquear ou estufar em azeite e cebola) - 4 minutos
Feijão verde (já cortado conforme o uso) - 2 minutos
Tomate (estufar ou reduzir a sumo) - 2 minutos

E já têm aqui muito com que se entreter no fim de semana (he,he)!
Para a próxima sai "Como  Congelar Frutas". Espero que vos seja útil. Numa altura de crise económica como a que se avizinha, todos os conselhos são poucos...E nunca se esqueçam que "no poupar é que está o ganho".
Beijinhos da 

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima

REGRAS GERAIS PARA UMA BOA CONGELAçÃO

E pensávamos nós que a Congelação dos Alimentos ou o Bife na Pedra, eram privilégio das sociedades modernas, he,he! Como vimos anteriormente, já eram privilégio dos nossos antepassados das Cavernas!
Mas nos tempos actuais, e graças aos conhecimentos que o Homem foi adquirindo, muitas dessas técnicas foram evoluindo e hoje temos um conjunto de regras que nos guiam e orientam.
De uma pequena brochura (livrinho) editada há muitos anos pelo Instituto Nacional do Frio (Rua Filipe Folque, 46-1000 Lisboa), retirei estes apontamentos que partilho convosco.

Regras Gerais Para Uma Boa Congelação

Selecção de Produtos
* Os produtos destinados à congelação devem estar sãos, frescos e limpos, ser de origem recente e estar no ponto óptimo de maturação.
* Devem-se escolher sempre os produtos de melhor qualidade.

Preparação
* Os produtos para congelar devem ser preparados com um cuidado rigoroso para serem conservados em óptimas condições higio-sanitárias.
* Evitar as manipulações susceptíveis de os alterar.
* Trabalhar nas melhores condições de higiene e limpeza.
* A mesa de trabalho e os utensílios (inox) devem estar limpos, tal como o avental.
* Antes de qualquer manipulação deve-se lavar as mãos com água e sabão e escovar as unhas (em caso de ferida, mesmo ligeira, use luvas de borracha). Contràriamente ao calor, o frio não esteriliza, apenas paraliza o desenvolvimento e actividade dos microorganismos a partir de -10°C a -12°C, os quais são retomados logo que se processe a descongelação.

Acondicionamento
* Acondicionar porções que correspondam a uma refeição normal para evitar os restos; nunca se deve recongelar, mesmo que parcialmente, um produto que já foi descongelado. Para mais de seis pessoas é preferível prever duas embalagens para uma única refeição de modo a que a espessura das embalagens a congelar não seja demasiado grande, para que a congelação se faça mais ràpidamente.
* Limitar a espessura da embalagem a 5 ou 6 centímetros (de altura), salvo para os produtos de forma determinada (por exemplo frangos).

Embalagem
* Utilizar embalagens estanques, impermeáveis, de qualidade própria para alimentos "especial congelação", a fim de evitar a desidratação e todos os riscos de contaminação microbiana.
* Eliminar o ar para suprimir os riscos de oxidação que se traduzem na rancificação das matérias gordas, modificações de cor, sabor e teor vitamínico.

Etiquetagem
* Etiquetar cada embalagem com a descrição de: natureza do produto, número de porções, data de congelação, época limite do consumo.
* Fazer um inventário dos produtos conservados e  consumir sempre em primeiro lugar os mais antigos.

Congelação
* Preparar, embalar e etiquetar ràpidamente os produtos, logo após a sua aquisição.
* Regular o congelador para a posição de congelação, algumas horas antes de se introduzirem os produtos para congelar. (Ver instruções do aparelho).
* Colocar as embalagens no aparelho em contacto com as superfícies frias do compartimento de congelação. (Consulte as instruções do seu aparelho).
* Para congelar em condições aceitáveis, respeitar a quantidade de produtos a congelar numa só operação, indicada pelo "poder de congelação" mencionado na placa sinalética do aparelho.
* Nunca introduzir produtos quentes no congelador (arrefecê-los até à temperatura ambiente ou mesmo inferior).
* Nunca pôr os produtos a congelar, em contacto com os que já estão armazenados, a fim de evitar qualquer subida de temperatura destes últimos.

Conservação
*Terminada a congelação, retirar as embalagens dos compartimentos de congelação e arrumá-las umas contra as outras, por categorias, nos cestos ou prateleiras do aparelho.
* Conservar, nas mesmas condições, os produtos congelados industrialmente ou em casa.
* Manter constante a temperatura dos produtos a -18C ou inferior. (As alterações térmicas são prejudiciais à boa conservação dos produtos).
* Não ultrapassar os períodos de conservação recomendados . É preferível renovar frequentemente o stock do que ultrapassar a duração de conservação indicada.

Descongelação
* A descongelação é uma operação tão importante como a congelação.
* Observar uma higiene rigorosa.
* Sempre que possível, cozinhar os alimentos ainda congelados ou só parcialmente descongelados. Assim, conserva-se o seu sabor, textura, cor, economiza-se tempo e não se perdem substâncias nutritivas (que muitas vezes se perdem com os líquidos que ficam nas embalagens).
* Para os produtos que exijam descongelação prévia, esta deve realizar-se a uma temperatura controlada (2° C a 4°C) e apenas com a antecedência necessária para a sua utilização.
* O local ideal para proceder a esta operação é a prateleira superior do frigorífico.

Muitas destas recomendações, não são novidade para nenhuma de nós. Mas com o tempo e a prática, às vezes esquecemo-nos de alguns pormenores importantes. Para mim, foi útil relembrá-los. Espero que para os que me lêem também seja.
Beijinhos da

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima


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