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02 dezembro, 2015

Passe Livre

Coluna Larissa Facco



Eu fico

Então eu fico. Fico com a vontade de querer viver tudo outra vez. Fico com a saudade dos teus risos. Fico com a minha ilusão, que você ajudou a construir. Fico com o frio na barriga em dia de encontro. Fico com os teus ensinamentos, e você minha intensidade.
Você deve lembrar daquele abraço apertado, daquele beijo demorado, daquele olhar penetrante. Fico com eles também. Fico com a cena das nossas mãos se tocando lentamente. Fico com a vontade de conhecer teu mundo. 
Fico com o dia que você disse ter medo de paixões intensas, fico com a sua fala de adeus.
Fico com o que foi dito e o que não foi. Fico com o silêncio que muitas vezes habitava em nós, quando as palavras não se faziam necessárias. Fico com a minha insegurança, da qual você sempre aumentava. Fico com a sua falta, com a sua ausência. Fico com a sua saudade.


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22 julho, 2015

Passe Livre

Coluna Amanda Jéssica



Amigo homem

Eu sempre tive a sorte de ter amigos homens. Não sei se pelo meu jeito meio 'desbocado' ou se pela minha impaciência com "qual roupa você vai usar?" e afins. Sério, eu não sou dessas. Não curto horas no telefone conversando sobre o cabelo de alguém. Nem sou do tipo que passa horas se trocando, pensando nas mil combinações possíveis de bolsa e sapato. Sequer entendo de moda. E, tampouco, sei diferenciar uma californiana de um ombré hair. Minhas poucas - e boas,  graças a Deus! - amigas sabem: não suporto mimimi. Sim, elas sabem. Mas, às vezes, ainda me olham com um jeito esquisito de "por que você é assim?". A verdade é que esse meu jeito meio masculino, meio inusitado, me fez ver o outro lado da moeda. Se, por um lado, umas tantas se distanciaram, por outro, eu descobri, no homem, um amigo sem igual. Não me critiquem - ou me critiquem - mas o fato é que amizade masculina é o que há de melhor no mundo! É sincera, leal e protetora. Não tem meias verdades. É objetiva. Vai direto ao ponto. Sem “é, você tá fofinha, mas já emagrece”. Aqui, o negócio é “você tá uma baleia. Ou perde os quilos ou perde o namorado”. Sem rodeios. Eles não ligam se você tá feia, descabelada e de TPM. Aguentam gritos, dão gritos. Deixam que você fale mal deles. E você fala. Mas não deixa ninguém falar. E “ai” de quem falar mal de você pra eles. Onde eles estiverem, você também está. Se você não foi à aula, eles fazem o trabalho por você. Nem ligam. Depois, você faz outro por eles. Sem cobrança. Leve. Plena. Serena. Assim é amizade de homem.  Penso, às vezes, que nasci no sexo errado. Mas ninguém me aguentaria homem. E meus amigos me aguentam assim, mulher, com um lado masculino à flor da pele. E, mesmo assim, não esquecem a delicadeza - que nem eu tenho - quando ela é necessária. Ombro de amigo homem é diferente. Ouvidos, também. Chorar pra amigo homem é chorar pra si mesma. E revigora.  Sabem dar gritos. Sabem abraçar. E sabem cuidar como ninguém! Sentem ciúmes sem segundas intenções. Puro instinto protetor.  Não precisam demonstrar, dizer “eu te amo”, nem elogiar. Só precisam estar ali. E sempre estão. Amigo homem não falta. E mostra quão besta é a historia de que amizade entre homem e mulher não existe. Pura hipocrisia. Tenho amigos homens. E não sei viver sem eles.

- Amanda Jéssica
@amandajessicab
@coisasdestavida_

24 junho, 2015

Passe Livre

Coluna Amanda Jéssica


Média ponderada pra uma vida a dois

Química é importante em qualquer relacionamento. É bom ter alguém que te puxa e te faz perder os sentidos por um momento. Eu sempre idealizei isso: um relacionamento que me fizesse perder o fôlego. Eu achava que amor era importante, mas que era a paixão que mantinha tudo intacto. Só que que, aí, a gente vai vivendo. Vai se relacionando e, também, vai vendo o relacionamento dos outros (por que não?). E vai chegando à conclusão de que esse fogo todo não é base pra nada. Que existe um monte relacionamento por aí com muita paixão e pouco amor. Aqui entre nós? Eu aprendi que nada supera o tal do companheirismo. Já vi muito casal cheio de química não dar certo, porque não havia sentimento. E, olha, já vi também quem, com o mínimo de química, foi feliz o resto da vida por ter amor de verdade. Acho que relacionamento é como uma média ponderada de química e amor. Um bom relacionamento = (Química x 1 + Amor x 99)/100. Mais ou menos por aí. É claro que os dois podem existir. E devem! Sintonia de corpo e alma é maravilhoso. Mas nas doses certas. Depois de muito quebrar a cara, o que, hoje, eu sei mesmo é que, se eu tivesse que escolher entre um dos dois, certamente, escolheria o coração. A paz (e a sorte) de um amor tranquilo e sincero. Nada melhor do que ver os dias passando e ter alguém ao lado, em baixo do cobertor, assistindo um filme e comendo uma pipoca quentinha. Ficar velhinho assim não tem preço! Passei da fase dos encantos, das paixões avassaladoras e dos romances passageiros. Eu descobri que a melhor coisa da vida é ter alguém que, inteiro, seja você pela metade. Ah, isso é bom.  As mesmas ideias nem sempre existem, mas o respeito tá ali, sempre presente. Brigas sempre existirão, mas descobri uma regra que é infalível. Se você amar mesmo, aquele amor bem verdadeiro, combina com ele: independente da briga, os pés tem que dormir encostados. Mesmo que na raiva, só os dedos mindinhos se toquem, de madrugada, está tudo entrelaçado. No outro dia, ninguém lembra mais o que houve. O sol nasce com um abraço. O pé de um já está do lado da cama do outro. E ninguém ousa voltar ao assunto de ontem. E quem há de dizer que existe química melhor que essa?

- Amanda Jéssica
@amandajessicab
@coisasdestavida_
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10 junho, 2015

Passe Livre

Coluna Amanda Jéssica


Dos ingredientes que toda boa relação tem que ter

Duas coisas que têm faltado na gente hoje em dia: autocrítica e atitude. Pode ver: a ausência de uma, geralmente (sempre), vem acompanhada da falta da outra.
Vamos lá! O relacionamento não tá dando certo por alguns motivos: ele não tá sendo atencioso, ele não tá sendo romântico, ele não tá fazendo jantares maravilhosos, nem te levando pra curtir programinhas incríveis toda sexta à noite. A casa tá um caos por causa da bagunça dele. Você não aguenta mais aquela toalha molhada, a louça suja, as meias no chão e a cama desforrada. Ele vive cansado. E só quer ficar em casa. Dormir. Descansar. E ficar ao seu lado, te olhando como se você fosse a última maravilha do mundo. Você, claro, quer sair, aproveitar pra gastar as energias e fazer qualquer coisa que não seja, simplesmente, ficar deitada com ele como se não houvesse mundo atrás da porta. Quanta coisa fora do lugar, não? Você, cheia de energia, disposição e louca por carinho, amor, paixão e entrega, tem estado ao lado de alguém que não corresponde (mais) às suas expectativas.
Ok. E a autocrítica? O que é que você tem feito pra que esse relacionamento cheio de histórias boas não se vá pelo ralo? Você é romântica? Você é carinhosa? Você tenta agradar o outro de alguma forma? Talvez, ele, cansado de uma rotina puxada, cheio de problemas e com a cabeça a mil, só queira mesmo chegar em casa e comer com você aquele jantarzinho azedo que só você (não) sabe fazer. Aquele miojo insosso. Ou aquela lasanha que você compra no supermercado e ele finge acreditar que, além de deliciosa, foi você quem fez.
Para um pouco e pensa! Relacionamento – e eu não canso de dizer isso! – é uma via de mão dupla: se você quer receber, você tem que dar também. E incessantemente. Dia após dia. Porque o que faz do amor uma delícia é a intensidade com que a gente se dedica ao outro. E aí, vem a questão da atitude. Depois de colocar a mão na consciência e parar de cobrar do outro o que a gente não faz nem de longe, a gente tem que deixar de ser hipócrita e AGIR! Não é só “não fazer pelo outro o que não gostaria que ele fizesse com você”. É mais que isso: é fazer por ele o que você gostaria que ele fizesse por vocês dois. E vou além: é saber abrir mão e agradar um pouco aquele com quem você escolheu pra dividir a vida.
 Relacionamento é cheio dessas coisinhas mesmo: consciência, dedicação, atitude e, principalmente, saber se colocar no lugar do outro. Não que a gente tenha que deixar de lado o que a gente quer ou as nossas intuições e concepções mais firmadas, mas a gente tem que, apesar de não concordar e não entender, saber aceitar. Não abrir mão de uma coisa aqui, mas abrir mão de um monte de coisa ali. E ir ajeitando o que tá dando errado. Moldando. Consertando. E fazendo dar certo.
Mas, antes de qualquer coisa, vale a pergunta: é isso que você quer? E TE FAZ FELIZ? Se não, esquece tudo que a gente conversou aqui, parte pra outra e vai encontrar felicidade de outro jeito. Mas, se sim, cabe repensar. E ir tomando a consciência de que, mais que exigir, a gente tem que fazer. Olhar mais pra si do que pro outro. E ele que cuide das suas próprias mancadas. Porque não tem outra: se cada um fizer sua parte, a relação só tende a andar pra frente. E a ser, cada dia mais, uma delícia de (re)conquistas.
Que a gente nunca esqueça: amor – amor mesmo! - nunca vai ser perfeito, mas, quando a gente decide encontrar paz ao lado de alguém, a gente descobre solução – e alegria - nos piores problemas. E, até, principalmente neles. É só ter um pouquinho de consciência, paciência, atitude e muita, muita vontade de fazer dar certo. Porque, quando dois querem, um não fica separado do outro nem que o mundo inteiro conspire contra. E não tem quem me convença do contrário!

- Amanda Jéssica
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