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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

E se nos restar apenas 1 dia...


Lambuze-se de vida....


Não coma a vida com garfo e faca, lambuze-se.

Muita gente guarda a vida para o futuro. 


Mesmo que a vida esteja na geladeira, se você não a viver, ela se deteriora. 


É por isso que muitas pessoas se sentem emboloradas na meia-idade.


Elas guardaram a vida, não se entregaram ao amor, ao trabalho, não ousaram, não foram em frente. 


Depois chega um momento em que se conscientizam: “Puxa, passei fome para guardar batatas e elas apodreceram”.

Hoje em dia as pessoas orientam sua vidas baseadas em idéias e métodos que já não tem relação com a própria existência.


Elas não se alimentam corretamente porque sentem medo de tudo: de engordar, de emagrecer, dos agrotóxicos, da contaminação, dos malefícios para essa ou aquela doença. 



Quando se sentam a mesa, afirmam que precisam comer carne porque contém proteína, tomar leite porque contém cálcio. 
Elas precisam comer isto e aquilo. 
Quase ninguém come sem culpa. 
Todo o mundo se alimenta seguindo alguma moda. 
O alimento deixou de ser comida e se transformou em medicamento.


Solte sua alma, seja você. 


Tenha consciência de que, se estiver em paz consigo mesmo, você comerá carne quando tiver vontade e não porque alguém disse que é bom ou ruim. 
Você não come açúcar porque está satisfeito e não porque ele é tido como nocivo à saúde.



Mergulhe totalmente na vida. 
Chupe a laranja e tire todo o caldo. 
Quando a morte chegar encontrará somente o bagaço. 
Nada do que você deveria desfrutar estará contido no bagaço, nada do que precisaria viver restará.


Não deixe sua vida ficar muito séria. 
Viva como se estivesse num jogo, saboreie tudo o que conseguir, as derrotas e as vitórias, a força do amanhecer e a poesia do anoitecer.
Brinque, mas brinque muito. 


A felicidade é feita de muitos sorvetes.



Roberto Shyanishiki

sábado, 8 de dezembro de 2012

Seu Passado, Seu Presente e Seu Futuro



foto google


Se queres conhecer o PASSADO,
examina o PRESENTE,
que é o RESULTADO;

se queres conhecer o FUTURO,
examina o PRESENTE,
que é a CAUSA.


Confúcio

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Desapego


foto google



...Soltar....

Entregar.

Deixar ir.

Deixar partir .

Fluir.

Viver no presente,

Sem o peso do passado, 

Sem expectativas para o futuro.

Saber de nossa finitude.

Saber que somos passageiros.

Sem posses.

Sem medos.

Sem culpas.




Do facebook da minha amiga Helga Marcos

sábado, 28 de julho de 2012

Quando me aposentar...



Como é estranha a nossa pequena progressão na vida!

A criança diz: "Quando eu for um menino grande."



O menino grande diz: "Quando eu for adulto".



E quando se torna adulto diz: "Quando eu me casar". 



Mas depois do casamento, pensa: "Quando puder me aposentar".

E quando a aposentadoria chega, ele olha para trás e vê a paisagem percorrida;
um vento frio parece varrê-la;
de alguma forma, ele deixou de apreciá-la e ela não existe mais.



Nós aprendemos tarde demais que a vida consiste em viver intensamente no emaranhado de cada dia e de cada hora. "

Stephen Leacock


Fotos do google

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Mescla de talentos e energias

foto do google


"Uma parceria é uma mescla consciente de talentos e energias, 
a doação de tudo o que cada parceiro tem para oferecer 
visando alcançar o objetivo comum 
e o benefício recíproco dos envolvidos.

As parcerias são o futuro de todos os esforços sérios."


Stacy Brice

terça-feira, 3 de julho de 2012

Que pessoas ficaram com as mãos enrugadas por você?


 foto google


Um jovem de nível acadêmico excelente, candidatou-se à posição de
gerente de uma grande empresa.
Passou a primeira entrevista e o diretor fez a última, tomando a última decisão.

O diretor descobriu, através do currículo, que as suas realizações
acadêmicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até
à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não
tivesse pontuado com nota máxima.

O diretor perguntou, "Tiveste alguma bolsa na escola?"
O jovem respondeu, "nenhuma".
O diretor perguntou, "Foi seu pai quem pagou as suas mensalidades ?" o
jovem respondeu, "O meu pai faleceu quando eu tinha apenas um ano, foi
a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades."
O diretor perguntou, "Onde trabalha a sua mãe?" - e o jovem respondeu:
"A minha mãe lava roupa."

O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem
mostrou um par de mãos macias e perfeitas.
O diretor perguntou, "Alguma vez ajudou sua mãe lavar as roupas?" - o
jovem respondeu: "Nunca,  a minha mãe sempre quis que eu estudasse e
lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa
do que eu."

O diretor disse, "Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltar, vá e limpe
as mãos da sua mãe e depois venha ver-me amanhã de manhã."

O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando
chegou em casa, pediu, feliz, à mãe que o deixasse limpar as suas
mãos. A mãe achou estranho, estava feliz, mas com um misto de
sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.

O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe
enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe
estavam muito enrugadas e havia demasiadas contusões nas suas mãos.
Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpava com
água.

Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que
lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões
nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência
acadêmica e o seu futuro.
Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as
restantes roupas pela sua mãe.

Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.

Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor.

O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou,
"Diz-me, o que fez e que aprendeu ontem em sua casa?"

O jovem respondeu, "Eu limpei as mãos da minha mãe e ainda acabei de
lavar as roupas que sobraram."
O diretor pediu, "Por favor, diz-me o que sente?."

O jovem disse "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe,
não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a
minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza
que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e
valor de uma relação familiar."

O diretor disse, "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero
recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que
conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas e uma
pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida.
Está contratado."

Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos
seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e
como equipe. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.

Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis se
desenvolverá mentalmente e sempre se colocará em primeiro. Ignorarará
os esforços dos seus pais e quando começar a trabalhar, assumirá que
todas as pessoas o devem ouvir e quando se tornar gerente, nunca
saberá o sofrimento dos seus empregados e sempre culpará os outros.
Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem
ser bem sucedidas por um tempo, mas eventualmente não sentirão a
sensação de objetivo atingido. Irão resmungar, estar cheios de ódio e
lutar por mais.

Se somos esse tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou
estamos a destruir o nosso filho?
Pode-se deixar seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições,
aprender piano e ver televisão numa grande TV em plasma. Mas quando
cortar a grama, por favor, deixe-o experienciar isso. Depois da
refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e
irmãs. Deixe-o guardar seus brinquedos e arrumar sua própria cama.
Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas
porque o que quer é amar e ensinar como deve de ser. Quer que ele
entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, pois um dia
ele irá envelhecer, tal como a mãe daquele jovem.

A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar
o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de
trabalhar com os outros para fazer as coisas.

Quais são as pessoas que ficaram com mãos enrugadas por mim...?


Fonte: 
email recebido de uma querida amiga de trabalho que gosta de ficar incógnita (obrigada!rssr)

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Milagre

foto do google
 
Podemos acreditar que tudo que a vida
nos oferecerá no futuro é repetir
o que fizemos ontem e hoje.

Mas, se prestarmos atenção,
vamos nos dar conta de que
nenhum dia é igual a outro.

Cada manhã traz uma benção escondida;
uma benção que só serve para esse dia
e que não se pode guardar nem desaproveitar.

Se não usamos este milagre hoje,
ele vai se perder.

Este milagre está nos detalhes do cotidiano;
é preciso viver cada minuto porque ali
encontramos a saída de nossas confusões,
a alegria de nossos bons momentos,
a pista correta para a decisão que tomaremos.

Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual
ao anterior porque todos os dias são diferentes,
porque estamos em constante processo de mudança.

 
-Paulo Coelho-

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O quanto de mim vive no presente?

Uma parte de mim vive no futuro....
Uma parte de mim vive no passado...
e vivo me perguntando quanto de mim vive no presente...


Uma parte de mim vive no futuro....

Começo cada dia fazendo um planejamento do meu dia, e mesmo estando no presente, já estou nas horas futuras organizando minha TO DO list, fazendo a gestão da minha agenda, me preocupando em dar conta dos diversos expedientes - de mãe, de esposa, de dona-de-casa, de profissional, de mulher, de cidadã...(e nesse momento já estou ansiosa, com medo de não dar conta, de não ser perfeita, de não estar organizada o suficiente, ou de não ter energia suficiente para chegar ao último item da última lista..)

Chego no trabalho, normalmente cedo, mas já bastante "pilhada", com minhas ações em follow-up todas em mente, disparando emails, sms´s, agendando reuniões, preparando apresentações, para quando iniciar a primeira reunião do dia(e são muitas!) estar com minha caixa de emails profissional administrada, ter todas as ações necessárias ao dia feitas, delegadas e/ou devidamente direcionadas/orientadas, para que a maratona de eventos profissionais do dia, das "emergências", não bagunce com a minha organização!
E no segmento de negócio em que atuo, na responsabilidade que tenho, tudo é "on-line", "real-time", ou seja, muitas vezes chegam "problemas" inesperados, que nem com bola de cristal poderia supor, imaginar que ocorreriam naquele dia, nem naquele momento, e a agenda precisará caber tudo, e mais um pouco, sem deixar nenhuma peteca cair..
É a lei da imprevisibilidade, que nesse segmento, aprendi que todas as técnicas de gestão do tempo, gestão de prioridade, gerenciamento de pessoas, organização, planejamento com margem de risco, consegue competentemente gerenciar os imprevistos, as emergências...
Faz parte dos meus últimos 6 anos de vida profissional exercitar minha capacidade de lidar com imprevistos mesmo tendo cuidado, prevenido, pensado em tudo o que houvesse de possibilidade de problemas a serem antecipados, simplesmente, pois como não depende só de mim, do meu time e da minha área, precisei exercitar o famoso "imprevistos acontecem" e exercitar trabalho em time multi-departamental, tasks-forces, salas de guerra, para unidos contingenciarmos todos os problemas inimagináveis que possam vir a acontecer, a qualquer hora do dia e da noite, em qualquer dia da semana, mês ou ano!
Que aprendizado de - pensar em tudo - "prever o futuro", analisar riscos, ter check-lists de identificação rápida de emergências, time preparado e disparar planos de contingência, sempre que necessário e de forma imediata!!!!



É que nem Corpo de Bombeiros, estar sempre em alerta e pronta para apagar incêndios, mesmo tendo seguro, mesmo tendo brigada de incêndio, mesmo tendo todos os cuidados preventivos para não se ter qualquer foguinho...

À noite volto para casa, como disse uma vez o palestrante Pedro Mandelli, repleta de miquinhos-pretos empoleirados nas minhas costas, fazendo "Qui-qui-qui-qui-qui".... Cada um deles com o nome de uma pendência na coleira.


Ou seja, lembrando que:
- minha TO DO List de mãe ainda tem X itens a concluir,
- minha TO DO list de amiga ficou de lado(mas nem sempre isso ocorre, viu?),
- minha TO DO list de filha está devedora (mãe e pai vocês sabem o quanto tenho me esforçado!)
- minha TO DO List de dona de casa ainda tem armário para arrumar, tem que ir ao supermercado, açougue, farmácia, loja de produtos naturais (mas tenho uma lista de supermercado on-line, e lojas de delivery que me salvam muitas vezes),
- minha TO DO List de esposa está me cobrando muito uma série de disponibilidades de tempo para viagens, para companhia (essa TO DO list é a mais complicada de resolver, pois, por mais que faça, a dívida é eterna) e
- as outras TO DO Lists estão igualmente enormes....

E o que isso gera sentimento de culpa, de stress, de preocupação, de futuro repleto de cobranças, minhas e dos que me cercam...

Uma parte de mim vive no passado...

Saudades, muitas saudades de uma época da vida que já passou..
Infância, adolescência, o período da faculdade, o pós-faculdade, a primeira independência, e aí começa...
os meus 20 aninhos....
os meus 30 anos...
a idade da Loba dos 40 anos...
Sei lá, acho que é devido a envelhescência todo esse saudosismo.
E aí começam as revisões das escolhas feitas, e das escolhas não feitas - as que tivemos que aceitar e encarar, os "What Ifs", o voltar no tempo em sentimentos e pensamentos...
Sei lá, acho que esse saudosismo todo é devido a estar me olhando no espelho e não vendo mais aquela jovem na imagem!!!
Mas por dentro não me sinto quem vejo...
Muitas vezes tenho até culpado as redes sociais que são (gratificantemente) me proporcionando reencontrar os amigos de infância, os colegas de escola, de faculdade, de outros tempos profissionais e com isso ver que: aquela amiga querida super divertida já está com 6 netinhos lindos (como ela já tem netos?), aquele amigo que era super bem de saúde - morreu ou foi operado, aquele outro que era o galã da turma está careca e barrigudo, o meu melhor amigo de outros tempos está completamente grisalho, como assim????
Na minha memória eles ficaram marcados do jeitinho que os conheci....

Anualmente tenho dois encontros muito especiais...
o da minha turma de colégio (concluído em 1976 (uiii) e
o da minha turma de faculdade (concluída em 1980 (haja experiência no meio copo cheio, correto?)).
Como é maravilhoso ter esses encontros organizados e mantidos anualmente, e a preparação para eles, a confirmação, a ansiedade do dia...é demais!
E aí, no dia seguinte, fica sempre aquela questão....
Nossa como o tempo passou...
Nossa como a vida separa pessoas que eram tão próximas do convívio diário(meio copo vazio) mas ainda as mantém unidas pelo menos num encontro anual depois de 30 anos(meio copo cheio).
Será que na média eu estou bem? bem pessoalmente (conservada???), bem profissionalmente (com qualquer coisa que isso queira dizer - prestígio, poder, ter emprego, faixa de remuneração, qualidade de vida, estar atuando na carreira que se formou, estar na vida pública ou privada, ser empregado ou empresário,....)

Guardei uma frase perfeita:
O passado, se mantido guardado, é como um lugar com teias de aranha.
O pior de remexer o passado e, com isso, mexer nas teias de aranha, é que a aranha ainda pode estar lá dentro e morder a gente.
Por isso, há que se ter cuidado!


O melhor é deixarmos o passado quieto, com lembranças, mas sem confrontações, por isso ele é passado, não volta!

E aí, vivo me perguntando quanto de mim vive no presente?

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Qual é a cara do seu futuro?


Estou lendo uma série da Nora Roberts, assinando J D Robbs que é a Série Mortal.

Já estou no 8o. livro da Série, que é o Conspiração Mortal.

São livros que misturam aventuras de uma policial, desvendando diversos assassinatos, casada com um eterno e apaixonado romântico, e que se passa em New York, em 2058, com cenário absolutamente futurista.

Nessa época no futruro, as pessoas possuirão, segundo descrito no livro, diversos tratamentos de saúde e de estética anti-envelhecimento e viverão em média 110 anos, se bem cuidadas.

Não se entra em detalhes sobre planos de saúde, aposentadoria profissional, questões de habitação, de empregabilidade, etc, com essa população envelhescente...

Mas, saindo da ficção e entrando na vida real, um tema que muito têm me preocupado é o investir no futuro, é pensar em trabalhar, trabalhar, trabalhar, mesmo após a aposentadoria, é ter subsistência em saúde, moradia, empregabilidade, considerando, para a minha geração, uma maior longevidade ( se Deus quiser!).

Pensando no tema longevidade e subsistência, com qualidade de vida, fiz um link com mais um artigo publicado pela Cristiane Segatto (virei fã de carteirinha!), que transcrevo a seguir:



"Um artigo publicado recentemente no jornal The New York Times me fez refletir sobre o futuro que queremos.

A autora, Natasha Singer, conta de que forma o envelhecimento da população pode deixar na miséria as nações que não estiverem preparadas para lidar com ele. Durante o século 20, a expectativa de vida aumentou na maior parte dos países. Graças a gigantes invenções da medicina (os antibióticos e as vacinas são dois exemplos) e à melhoria das condições de trabalho e moradia e do acesso a água encanada e esgoto. Pela primeira vez na história humana, as pessoas com 65 anos ou mais devem se tornar mais numerosas que as menores de 5 anos.

O ponto levantado por Natasha é interessante: do jeito que as coisas vão, talvez não possamos nos dar ao luxo de viver tanto. Em muitos países, o número de idosos com direito a aposentadorias públicas, serviços de saúde e cuidados prolongados deve superar, em breve, a força de trabalho. ..... Em seu artigo, Natasha faz uma sugestão compatível com o tamanho do problema: grupos e organizações internacionais influentes deveriam assumir o envelhecimento como uma causa, a exemplo do que fizeram com o ambiente. ..... Se nada for feito, dificilmente conseguiremos resolver a equação complicada que nos aguarda: na próxima década, teremos mais idosos, mais doenças crônicas, mais custos.

O Brasil enfrentará esse desafio e também a tentação de adotar novas, maravilhosas e caras tecnologias. Em 2020, as pessoas com mais de 60 anos serão 14% da população (atualmente são 10%).

No plano individual, isso é bom.

Para o sistema de saúde, isso é ruim.

Antigamente, bastava dar antibióticos e despachar os doentes para casa.

Havia dois desfechos possíveis: eles saravam ou morriam.

Nas próximas décadas, será cada vez maior o contingente de pessoas que precisarão de cuidados médicos e remédios caros por muito tempo.

Teremos uma vida longa e cheia de remedinhos. As principais preocupações de saúde serão obesidade, os males cardiovasculares, o câncer e as doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

Além das doenças crônicas que se tornarão mais frequentes, sempre haverá o imponderável - o surgimento de vírus e doenças.

Quer um exemplo? Nos anos 80, os médicos achavam que doenças infecciosas como a gripe seriam controladas e o câncer seria o grande problema.

Hoje, muitos tumores são curados e há pessoas morrendo com novas formas de gripe. O Brasil só vai conseguir enfrentar o desafio imposto pelo envelhecimento da população se cada um de nós tiver consciência de que vai ser preciso gastar cada vez mais dinheiro com saúde.

Isso é inevitável.

Vamos gastar mais no plano individual (na parcela do orçamento familiar destinada às despesas de saúde) e no plano coletivo (na parcela dos impostos destinados a essa área). O que me assusta é perceber que poucos brasileiros acham que estar preparado financeiramente para enfrentar uma doença inesperada é uma excelente razão para poupar dinheiro.

O que vemos atualmente é uma gastança e um endividamento generalizados.

É compreensível que as novas classes C e D, compostas por gente que nunca teve acesso aos bens de consumo, queiram consumir hoje tudo o que podem. O consumo é bom.

Movimenta a economia, alegra as famílias, estimula o trabalhador a conquistar o que deseja.

Mas a falta de cultura da poupança não contribui para o equilíbrio do orçamento doméstico.

O que vai acontecer se alguém ficar doente por muitos meses e não puder trabalhar?

Ou se alguém sofrer um acidente e ficar incapacitado?

A família vai perambular pelo SUS ou vai pagar um atendimento particular com tênis de marca, perfume importado, celular top de linha ou carro do ano adquirido em 60 meses? O número de brasileiros com dívidas superiores a R$ 5 mil, considerando todos os tipos de empréstimo, saltou de 10 milhões para 25,7 milhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central.

O total pode ser muito maior porque ele não considera os cidadãos que não têm conta em banco - cerca de metade da população. Muitos trabalhadores de baixa renda estão absolutamente deslumbrados com as novas oportunidades de consumo.

....

Será que isso vai acabar bem?

O mais injusto nessa história toda é que os longos crediários e os parcelamentos das faturas de cartão de crédito (nos quais estão embutidos juros altíssimos) prosperam graças à ignorância matemática de grande parte da população.

Os pobres e a nova classe C não sabem fazer contas simples.

Estão gastando o que têm e o que não têm.

Precisam, urgentemente, aprender a planejar o futuro.

Pelo bem de sua saúde."

Cristiane Segatto, Revista Época - outubro/2010

terça-feira, 22 de março de 2011

Um pouco mais de Bryan




"Não deixem que a vida escorra entre os dedos
por viverem no passado ou no futuro.
Se tiverem um dia de cada vez,
viverão todos os dias de sua vida".

Bryan Dyson