Mostrando postagens com marcador dor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador dor. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Lágrimas de Maria





Quisera eu, enxugar Tuas lágrimas
Consolar o Teu Coração Imaculado
De espinhos cercado
Que os meus pecados cravaram em Ti

Quisera eu, as Tuas dores amenizar
Compreender Teu silêncio e guardar
Tudo em meu coração

Mas a minha ingratidão me afastou de Vós
Longe estou de ser exemplo fiel de Ti

Se eu pudesse ficar
Junto a Ti aos pés da Cruz
E Contigo até o fim
Adorar Jesus
Teu doce Jesus, Teu Menino Deus

Se eu pudesse Te abraçar
Em Teu colo descansar
E encerrar meus olhos nesse Teu olhar
Tocar o Teu santo manto
Sob o véu me guardar


Não chores mais
Eis-me aqui ó Mãe
De tudo farei para agradar-te
Desagravar-te e consolar o Teu Coração
Aqui prostrado aos Vossos pés
Eu Te ofereço meu sacrifício, minha oração
E Vos prometo amar e honrar
Como minha Mãe
E eu Vos peço que alcance de Deus
Para mim o perdão
E seja para sempre o Teu Coração...

O meu refúgio
O caminho que me levará a Deus
Que eu espero
Contemplar eternamente lá no Céu

Ó Virgem Maria, Ó minha Senhora e minha Mãe!


(Homenagem a Nossa Senhora decorrente à visita da Imagem Milagrosa de Fátima, que verteu lágrimas em Nova Orleans no dia 17/07/1972 - Canção composta em 17/07/2011)

Fonte: Clique aqui

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Conselhos sobre humildade



l Quando ouvires os aplausos do triunfo, que ressoem também aos teus ouvidos os risos que provocaste com teus fracassos.

l Não queiras ser como aquele cata-vento dourado do grande edifício; por muito que brilhe e por mais alto que esteja, não conta para a solidez da obra.
            -- Oxalá sejas como um velho silhar, oculto nos alicerces, debaixo da terra, onde ninguém te veja; por ti não desabará a casa.

l Quanto mais me exaltarem, meu Jesus, humilha-me mais em meu coração, fazendo-me saber o que tenho sido e o que serei, se Tu me abandonares.

l Não esqueças que és... a lata do lixo. – Por isso, se porventura o Jardineiro Divino lança mão de ti, e te esfrega e te limpa... e te enche de magníficas flores..., nem o aroma nem a cor que embelezam a tua fealdade devem envaidecer-te.
-- Humilha-te; não sabes que és o caixote de lixo?

l Quando te vires como és, há de parecer-te natural que te desprezem.

l Não és humilde quando te humilhas, mas quando te humilhem e o aceitas por Cristo.

l Se te conhecesses, alegrar-te-ias com o desprezo, e choraria teu coração ante a exaltação e o louvor.

l Não te aflijas por verem tuas faltas. A ofensa a Deus e a desedificação que podes ocasionar, isso é o que te deve afligir.
            -- De resto, que saibam como és e te desprezem. – Não tenhas pena de ser nada, por que assim Jesus tem que pôr tudo em ti.

l Se agisses de acordo com os impulsos que sentes em teu coração e os que a razão te dita, estarias continuamente com a boca por terra, em prostração, como um verme sujo, feio e desprezível... diante desse Deus! Que tanto vai te suportando.

l Como é grande o valor da humildade – “Quia respexit humilitatem...” Acima da fé, da caridade, da pureza imaculada, reza o hino jubiloso de nossa Mãe em casa de Zacarias:
            “Porque Ele olhou a humildade da sua serva, eis que desde agora me chamarão bem-aventurada todas as gerações...”

lÉs pó sujo e caído. – Ainda que o sopro do Espírito Santo te levante sobre todas as coisas da terra e te faça brilhar como ouro, ao refletires nas alturas, como a tua miséria, os raios soberanos do Sol da Justiça, não esqueças a pobreza da tua condição.
            Um instante de soberba te faria voltar ao chão, e deixarias de ser luz para ser lodo.

l Tu?... Soberba? – De quê?

l Soberba? – Por quê? ... Dentro de pouco tempo – anos, dias -, serás um monte de podridão hedionda: vermes, humores fétidos, trapos sujos da montanha..., e ninguém na terra se lembrará de ti.

l Tu, sábio, afamado, eloqüente, poderoso: se não fores humilde, nada vales.
            -- Corta, arranca esse “eu” que tens em grau superlativo – Deus te ajudará -, e então poderás começar a trabalhar por Cristo, no último lugar do seu exército dos apóstolos.

l Essa falsa humildade é comodismo; assim, tão “humildezinho”, vai abrindo mão de direitos... que são deveres.

l Reconhece humildemente a tua fraqueza, para poderes dizer com o Apóstolo: “Cum enim infirmor, tunc potens sum” – porque, quando sou fraco, então sou forte.

l Padre: como pode suportar todo este lixo?, disseste-me, depois de uma confissão contrita.
-- Calei-me, pensando que, se a tua humildade te leva a sentir-se assim – como lixo, montão de lixo! -, ainda podermos fazer algo de grande de toda a tua miséria.

l Olha como é humilde o nosso Jesus: um burrico foi o seu trono em Jerusalém!...

l A humildade é outro bom caminho para chegar à paz interior. – Foi “Ele” que disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração..., e encontrareis paz para as vossas almas.”

l Não é falta de humildade reconheceres o progresso da tua alma. – Assim podes agradecê-lo a Deus.
            -- Mas não te esqueças de que és um pobrezinho, que veste um bom terno... emprestado.

l O conhecimento próprio leva-nos como pela mão à humildade.

l A tua firmeza em defender o espírito e as normas do apostolado em que trabalhas não fraquejar por falsa humildade. – Essa firmeza não é soberba; é a  virtude cardeal da fortaleza.

l Foi por soberba: já te ias julgando capaz de tudo, tu sozinho. – O Senhor te largou por um instante, e caíste de cabeça. – Sê humilde, e o seu apoio extraordinário não te há de faltar.

l Bem podias repelir esses pensamentos de orgulho; afinal, és como o pincel nas mãos do artista. – E nada mais.
            -- Diz-me para que serve um pincel, se não deixa trabalhar o pintor.

l Para que sejas humilde, tu, tão vazio e tão satisfeito de ti mesmo, basta-te considerar aquelas palavras de Isaías: és “gota de água ou de orvalho que cai na terra e mal se deixa ver.”

São Josemaria Escrivá - Caminho, pontos nº 589 a 613, Ed.Quadrante, São Paulo, SP. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Onde está nossa esperança?

Quem nunca se indagou por Deus não atender este ou aquele pedido? Quem nunca

reclamou ao Senhor algo que queria? Muitas vezes até ensaiamos uma revolta contra Ele por não nos conceder aquilo que nossa fraqueza suplica. Mas este não é o caminho.

Ao passar por situação semelhante dias atrás, resolvi intensificar minhas orações para tentar obter uma resposta de Deus. E não é que o Senhor me mostrou a verdade? E ela é tão simples! Se Deus não nos concede algo que queremos é porque aquilo não seria benéfico a nós. Sabemos perfeitamente que Deus é um ótimo pai, e qual pai daria a seu filho um escorpião ou uma serpente para brincar? Não adianta; podemos passar qualquer um pra trás, menos Deus. Ele só quer o nosso bem, mesmo que a nossa pirraça fale mais alto que a nossa sensatez.

E aquilo de benéfico que pedimos ao Senhor e Ele parece não querer atender? É mais simples ainda. Será que pedimos com todo o nosso coração? Não adianta pedir ao Senhor sem esperança de que tudo vai dar certo. Cristo mesmo disse que se pedirmos com fé até mesmo uma montanha pode se atirar no mar (cf. Mc 11, 23); a fé não vê tamanho de obstáculo e sim a confiança. Sempre que começo a duvidar que o Senhor pode nos conceder algo lembro daquilo que disse Jesus aos cegos que O procuraram para serem curados: “Vocês acreditam que eu posso fazer isto?” (cf. Mc 9, 28)

Cristo é mesmo “avassalador”. Ele ainda hoje faz esta pergunta, mas agora a nós. Será que cremos realmente Nele? Aqueles pobres cegos não hesitaram: “Sim, Senhor”, e foram curados. Qual é a nossa resposta a esta pergunta do Senhor?

Sejamos sinceros, ao menos desta vez, pois sei que isto é difícil para o homem. Como diria o Papa Bento XVI, “somos como que cobertos de várias formas de sujidade, de palavras vazias, de preconceitos, de sabedoria limitada e alterada; uma múltipla semi-falsidade ou falsidade aberta infiltra-se continuamente no nosso íntimo” [1]. Mas façamos um esforço. Será que realmente confiamos no Senhor?

Apesar de não acreditarmos realmente Nele, Ele não desiste de nós em momento algum. Vale lembrar aquilo que Ele nos disse: “Vinde a mim vós todos que estais cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhes aliviarei. [...] Sou manso e humilde de coração e vocês encontrarão descanso para suas vidas.” (cf. Mt 11, 28-29) Que presente o Senhor nos oferece!

Tantas vezes nos encontramos tão fadigados deste mundo, que realmente é horrendo, mas não sabemos onde procurar refúgio. Muitos procuram no álcool, no fumo, nas drogas, nos jogos e em tantos outros lugares que só geram a morte. Porque não aceitar este convite do Senhor?

Nunca deveríamos reclamar, pois não nos foi dado a conhecer o verdadeiro sofrimento, que só Deus conhece. Se nosso coração se abate com nossas fraquezas, desânimos e tantas outras coisas mesquinhas, imagine o quanto não se abate o coração de Deus, que é continuamente ultrajado por nossos pecados, cada vez mais terríveis. Diante de nossas quedas tem se tornado tão comum xingarmos, falarmos palavrões e fazermos tantas coisas deploráveis. Isso tudo apenas nos afasta mais ainda de Deus. Que tal se em vez de ofender mais Nosso Senhor, oferecêssemos nossos sofrimentos aos Corações de Jesus e Maria em reparação aos pecados que tanto os magoam? Com certeza deus veria tal ato como verdadeira oração, sincera.

Talvez não consigamos compreender certos desígnios divinos por nos faltar a humildade. Esta que teve de sobra o profeta Jeremias ao lamentar a destruição de Jerusalém: “Caiu a coroa da nossa cabeça: Ai de nós, porque pecamos!” (Lm 5, 16) Devemos ter esta humildade de reconhecer nossos erros e correr ao manancial de graças que é o Coração de Jesus e beber daquela fonte que nunca deixa de jorrar o mais sincero amor.

Procuremos colocar nossas aflições, tribulações, aflições, cansaço, tristezas, preocupações e tudo o mais nos braços de Maria. Certamente não nos faltará recurso, pois não há melhor advogada em lugar nenhum.

Jesus, eu confio em Vós!

[1] SANTA MISSA "IN COENA DOMINI", Quinta-feira Santa, 20 de Março de 2008

João Carlos Resende

sábado, 17 de setembro de 2011

A tentação do poder

Num destes dias atrás vi passar na TV uma propaganda promovendo o Concurso de Miss Universo.
Passava ali várias moças com corpos muito bonitos e lindas feições faciais, cada uma oriunda de um país diferente, todas elas sorridentes, com cabelos bem penteados, vestidas com grifes famosas e muito bem maquiadas. À primeira vista tudo muito perfeito, mas se analisarmos bem o caso poderemos até ter nojo provocado por aquilo que está debaixo de suas maquiagens e pelo que se sucede atrás das câmeras e dos holofotes.
O que faz com que deixem suas casas, seus familiares e muitas vezes até seus empregos? Uma terrível sede de poder, que vem através da fama e do dinheiro. Sabemos muito bem que a vencedora deste concurso não ganhará pouco dinheiro e irá faturar uma bolsa de estudo muito bem conceituada internacionalmente. Também terá seu nome lembrado durante anos pela mídia. Mas será que vale a pena se expor tanto? Será que vale a pena seguir esse falso deus que é o sucesso mundano?
Primeiro vamos analisar a tentação da riqueza. O Cardeal inglês John Henry Newman, a pouco beatificado pelo Papa Bento XVI explica isso de uma forma melhor. Ele diz que “a riqueza é o grande deus atual; a ela prestam homenagem instintiva a multidão e toda a massa de homens. Medem a felicidade pelo tamanho da fortuna e, segundo a fortuna, medem também a honradez... Tudo isso vem da convicção de que tendo riqueza, tudo se consegue. A riqueza é, pois, um dos ídolos atuais, da mesma forma que a fama...”
Newman também fala um pouco sobre a tentação da fama: “A fama, o fato de alguém ser conhecido e fazer estardalhaço na sociedade (o que poderíamos chamar de notoriedade da imprensa), chegou a ser considerada um bem em si mesma, um sumo bem, um objeto, também ela, verdadeira veneração”.
Newman é perfeito em sua análise destas duas tentações que tanto mexem com a cabeça do homem moderno. Sempre vale lembrar que Cristo também foi tentado por Satanás, e este chegou a lhe oferecer até mesmo o poder de todo o mundo. Alguém que tem o poder sobre o mundo em que vivemos com certeza o adquiriu por meio da fama e do dinheiro, pois só assim poderá reinar e governar isso aqui.
Mas Jesus deu uma verdadeira bofetada em Satanás usando para isso a Palavra de Deus: perante a proposta de que para adquirir o poder deveria adorar o Maligno, o Santo Messias lembrou o que diz a Sagrada Escritura: “Adorarás somente o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás”. Mas para dar esta resposta ao Maligno,Cristo se preparou: orou durante vários dias no deserto e fez jejum, por isso estava inspirado.
Maria também poderia ter se aproveitado da boa vontade dos Apóstolos e dos primeiros seguidores do Santo Cristo para ter fama pelo fato de ser a Mãe Daquele que fundou a Santa Igreja de Deus, mas era toda pura e o pecado não estava nela. Viveu, pois, sua vida na humildade até o dia em que o Senhor lhe chamou a desfrutar as delícias da glória celeste.
Cabe também a nós escutar ou não este apelo de humildade que o Senhor nos faz. São dois caminhos diferentes, mas o sensato saberá escolher o melhor; o da glória terrena, que passa pelo oba-oba e acaba com a morte, para então vir uma possível desgraça ou o da glória eterna, que passa pela cruz do silêncio, do esquecimento e da humildade.
João Carlos Resende

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O dom do remorso


“Concede-me, ó Deus, que o meu coração dirija-te a Ti para que ao falhar sinta remorsos por meus pecados e jamais desista de me redimir”. [1]

Essa expressão de S. Tomás de Aquino, tirada de uma oração, é muito estranha aos nossos ouvidos, é comum ouvirmos a expressão “eu não me arrependo de nada do que fiz na vida”, ou algo parecido remetendo que a pessoa não sentiu remorso pelo erro cometido.

Isso é sinal de uma sociedade de mentalidade infantil, pois como dizia o Venerável Papa João Paulo ll “o homem se torna adulto quando sabe diferenciar o bem do mal”, [2] o homem moderno tem o pecado da preguiça espiritual ainda mais acentuado.
Isso é mais uma consequência do relativismo, onde cada um define a sua opinião como verdade e não se faz o mínimo de esforço para “ir de encontro”, viver de acordo com a Verdade Absoluta, que é Deus.

Vivendo sem Deus o homem perde o sentido, começa a mentir pra ele mesmo, dizendo que o veneno do pecado é algo bom, já que sem Deus é ele quem decide o que é o bem e o que é o mal.

Só se vive em paz - mesmo em meio as tribulações - na luta constante pela conversão pessoal, só há conversão quando se admite o erro, só se admite o erro quando há a dor pelo bem perdido. O remorso pelo pecado cometido é um dom que Deus nos dá para nos reaproximarmos Dele, se não sentíssemos essa dor viveríamos mais cegos ainda na situação de pecado.

Pedro negou Cristo 3 vezes, mas sentiu essa dor e se arrependeu, foi perdoado e a ele ainda foi dada a missão de guiar a Igreja. Deus sempre espera o nosso arrependimento para que possa nos dar dons ainda maiores, e vivendo em direção a Deus sempre lutando pela graça, um dia chegaremos à Graça maior, o Reino dos Céus.

Que Nossa Senhora nos guie a misericórdia de seu Filho e Deus nos dê a graça de sempre dirigir nosso coração ferido a Ele, principalmente no Sacramento da Confissão.

Tiago Martins da Silva


[1] S. Tomás de Aquino – Oração para organizar a vida
[2] Venerável Papa João Paulo ll – Encíclica Fides et Ratio
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...