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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Um bom exame de exame de consciência para nós católicos:

"Vejo-te, cavalheiro cristão (dizes que o és), beijando uma imagem, mascando entre dentes umas oração vocal, clamando contra os que atacam a Igreja de Deus..., e até frequentando os Santos Sacramentos.


Mas não te vejo fazer um sacrifício, nem prescindir de certas conversas... mundanas (podia, com razão, aplicar-lhes outro qualificativo), nem ser generoso com os inferiores...- nem com a Igreja de Cristo! -, nem suportar uma fraqueza do teu irmão, nem abater a tua soberba pelo bem comum, nem desfazer-te do teu forte invólucro de egoísmo, nem... tantas coisas mais!

Vejo-te... Não te vejo... - E tu... dizes que és um cavalheiro cristão? - Que pobre conceito fazes de Cristo!" 

São Josemaria Escrivá - "Caminho, pt. 683"


Se possível, passe a diante. Obrigado.


terça-feira, 16 de setembro de 2014

O homem católico e o namoro

Por Maria Tereza Colares


Comecei a perceber que as vantagens de um relacionamento cristão eram muito maiores do que eu imaginava no consultório da minha terapeuta, quando ela me perguntou se eu não queria namorar por medo de uma possível relação sexual e, assim, ela descobriu que o namoro pelo qual ela tanto lutava para que saísse do impasse seria bem diferente do que habitual. 


“Católica”, entre aspas mesmo, como estamos acostumados, usou da minha escolha para me mostrar o quanto eu tinha sido agraciada por encontrar quem levasse Deus a sério: “Menina, homens religiosos são garantia de felicidade! Levam o namoro a sério, sabem amar, respeitar e tratar bem, são mais carinhosos e, quando é o caso, têm casamentos duradouros e felizes”, esse foi o discurso que eu escutei por bastante tempo, até o bendito sim.

Durante o namoro, não são poucas as vezes que chegam aos meus ouvidos coisas como “Queria um namoro igual ao seu!”, “Como você é abençoada por ter um namorado assim”, “Que lindo o namoro de vocês!”, “Claro que você não é insegura, ele nunca faria nada de mal pra você.” Fora as diversas vezes que eu não pude ajudar em uma situação difícil porque “Você nunca vai entender, o seu namoro não passa por isso!”.

Mas por quê? Por que ter um namoro em que Deus é a base é garantia de felicidade? Por que um namoro alicerçado nos ensinamentos da Igreja é tão leve, seguro e cheio de amor? E a resposta é simples: porque é por Ele e para Ele.

Existe uma frase que diz mais ou menos assim: “O amor imperfeito é muito frágil e fácil de ser traído, mas O Amor Perfeito, não”. Quando um homem vive em amizade com o Senhor, não é por sua namorada que ele permanece fiel, firme na batalha pela pureza, pelo amor e pela doação de si mesmo, é por Deus, o Amor Perfeito e, ir pra longe Daquele que o coração busca sem cessar, é ir contra si. Ser fiel a quem não corresponde as nossas expectativas incontáveis vezes é muito difícil, mas quando o Amor (assim, maiúsculo) entra em cena, tudo muda.

Quanto mais aconchegado no Sagrado Coração um homem estiver, maior vai ser a capacidade dele de amar, e amar com um amor que vem direto do Céu, capaz de superar qualquer coisa e de permanecer firme até o fim! Um amor generoso, que não busca felicidade e sim fazer feliz. Amor puro e pleno, que foi provado pelo fogo das renuncias, do não receber nada em troca e que se torna sobrenatural, amor de corpo e alma. Um amor que conta com a graça do Cristo para que seja como o amor Dele por nós, que entrega, sem reservas, a própria vida. 

Como não ser feliz experimentando tão grande amor? Como não confiar em um homem que é capacitado, a todo instante, por Nosso Senhor? Como entrar em crise, se o que Deus planeja é perfeito? Como não ser eterno, se foi feito para a Eternidade?

Namorar um Homem Católico é muito mais do que não ser traída, ter um relacionamento duradouro e feliz: é ser amada pelo próprio Amor através do coração de um Homem.





Leia mais sobre o assunto acessando estes textos abaixo:

















sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Maria foi assunta ao Céus, os anjos e os homens se alegram!!! Aleluia!!!

Maria foi assunta ao Céus, os anjos e os homens se alegram!!! Aleluia!!!

Leia mais a respeito desta bela festa em honra a Virgem Santíssima acessando os links abaixo:

Constituição Apostólica Munificentissimus Deus” - definição do dogma da Assunção de Nossa Senhora em Corpo e Alma ao Céu.

Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para o Céu.” Reflexões de São Josemaria Escrivá sobre o mistério da Assunção de Nossa Senhora.

“Maria chegou ao Paraíso e este é o nosso destino.”– Catequese do Papa Bento XVI sobre a festa da Assunção de Nossa Senhora 






segunda-feira, 31 de março de 2014

A Cruz, o Padre e a Missa




Pe. Gaspar S. C. Pelegrini*

“Não separe o homem o que Deus uniu”. (Mc 10, 9)

A Cruz, o Padre e a Missa são três mistérios inseparáveis. Estes três mistérios estão intimamente unidos, tão unidos que podemos acomodar a eles a palavra da Escritura : “Não separe o homem o que Deus uniu”. (Mc 10, 9)

Falemos de cada um deles

A Cruz

Diz o livro da Imitação de Cristo: “In Cruce Salus”, “na Cruz está a salvação.” Sim, porque na Cruz está Jesus, nossa Salvação.
Não devemos nos fazer ilusões, temos necessidade da Cruz. Fora da Cruz não há salvação. In Cruce Salus.

Mas em qual cruz está a salvação?

Vamos ao Calvário. Lá encontraremos três cruzes, três modos de encarar e viver o sofrimento:
- A Cruz do Inocente que sofre pelos pecadores: Jesus.
- A cruz do penitente que sofre resignado em expiação de seus próprios pecados: o Bom Ladrão.
- A cruz do revoltado contra Deus, contra o sofrimento: o mau ladrão.
A salvação não está na revolta do mau ladrão, mas sim na paciência de Jesus e na resignação do Bom Ladrão. A salvação está na Cruz de Jesus como fonte, como causa, como modelo de nossa Salvação; na do Bom ladrão como meio.
Assim também para nós:
Da Cruz de Jesus nos vêm todas as graças de que precisamos para nos salvar, e é também para nós um modelo de como temos que enfrentar os sofrimentos.
A nossa cruz (como a do Bom Ladrão) é um meio para chegarmos ao céu.
Todos nós temos que sofrer, o importante é saber sofrer. Soframos como o bom ladrão. Aceitemos as cruzes que Deus nos enviar.
Que jamais imitemos o mau ladrão no sofrimento.

O Padre

Podemos resumir o que é o padre nas palavras – ousadas - de S. João Maria Vianney: “Depois de Deus, o sacerdote é tudo.”
Tudo. Saibamos dar valor ao sacerdote. O padre dá sua vida por nós. Deixa de constituir uma família, para se consagrar inteiramente a Deus e às almas.
O sacerdote continua nesta terra a missão do próprio Jesus.
Agradeçamos a N. Senhor pelos padres que Ele já nos deu e peçamos-lhe que nos envie mais vocações.
Dizia também S. João Maria Vianney: “Quando se quer destruir a Religião, começa-se por destruir o Sacerdote.”
Isso explica a resistência que às vezes o sacerdote encontra em seu ministério e o porquê de tantos ataques contra o sacerdócio.

A Missa

Que seria o mundo sem a Santa Missa!?
Na Missa, é o próprio Jesus que pede por nós.
É através da Santa Missa que as graças descem do céu à terra.
A Missa é a renovação do Sacrifício do Calvário. E, às vezes, pelo nosso modo de participar da Missa, nós nos encarregamos de tornar mais literal, (digamos assim) esta renovação.

Três grupos de pessoas na Primeira Missa:
- Os piedosos com Nossa Senhora, Santa Madalena, S. João, as Santas mulheres.
- Os irreverentes, e até inimigos da Cruz de Cristo, como aqueles judeus que estavam no Calvário, que gritavam, faziam zombarias, insultavam a Jesus.
- Os curiosos, aqueles que estavam lá no Calvário só para ver o que ia acontecer, ou como tudo iria terminar, talvez até com o intuito de presenciar algum milagre retumbante.

Assim acontece muitas vezes nas Missas. Estão aqueles que chegam a ser irreverentes no modo como se comportam durante a Santa Missa e como tratam o Santíssimo. Aqui entram também os que voluntariamente se aproximam da Sagrada Comunhão sabendo que não estão no estado de graça, os que estão na Santa Missa e continuam alimentando em seu coração o apego ao pecado, os que não querem mudar de vida. Como disse o Papa Francisco, os corruptos.
Há também nas nossas Missas os curiosos . Vão à Missa para ver quem foi, para se encontrarem com os amigos, etc.
Mas há também os piedosos, os que participam da Santa Missa imitando os sentimentos do Coração de Jesus, de Nossa Senhora ao pé da Cruz, dos santos.

Sejamos deste grupo. Saibamos dar valor à Santa Missa, participando dela sempre que pudermos.

A união destes três mistérios: Cruz, Padre, Missa

Como vimos acima, “na Cruz está a salvação,” porque na Cruz está Jesus, nossa Salvação.
E como a Santa Missa não é outra coisa que a renovação do Sacrifício da Cruz, também da Missa podemos dizer: “In Missa salus”, na Santa Missa está a Salvação.
E o Sacerdote é ordenado sobretudo para a Santa Missa, portanto, para renovar o sacrifício da Cruz, é ordenado então para a Cruz. Logo também do padre podemos dizer: “In sacerdote salus”, no sacerdote está a salvação.
Nós não podemos de modo algum separar estes três mistérios, pois, se o fizermos, eles perdem sua razão de ser:

Nós não podemos separar a Missa da Cruz.
Se tirarmos da Santa Missa tudo o que se refere ao Calvário, portanto ao Sacrifício de Cristo, vamos esvaziar a Missa. Ela então se tornaria se torna uma mera lembrança de algo que já passou, ou se uma simples reunião dos fiéis, ou uma espécie de ceia. Por isto, não separemos o que Deus uniu. Renovemos sempre nossa fé no Sacrifício do altar, tenhamos sempre presente sua união inseparável com a Cruz.

Não podemos separar o Padre da Cruz.
A mãe de São João Bosco disse para ele no dia de sua ordenação que “começar a dizer Missa é começar a sofrer”.
Não que ser padre seja um sofrimento para a pessoa, mas que, como o padre é discípulo e ministro de Cristo, ele precisa se unir ao Seu Mestre e Senhor na Redenção da humanidade, aceitando de bom grado os sacrifícios que Deus pedir dele. Por isso o ministério sacerdotal é sempre marcado pela cruz. E um padre sem a Cruz é um soldado sem armas, é uma incoerência, quase que uma deformidade da natureza. A vida do padre deve girar em torno da Cruz. Todos os gestos litúrgicos que o padre realiza são acompanhados do sinal da cruz. A Liturgia muitas vezes manda que o padre beije a cruz, abençoe com a cruz, se benza com a cruz, etc. A sua própria vida não tem sentido sem a Cruz.

Não podemos, em fim, separar o Padre da Missa.
O Padre não é ordenado primeiramente para ser cantor, ser um homem da mídia, para ser um excelente administrador, um professor, etc. Existe uma relação inseparável entre o Padre e a Missa. Portanto ela está no essencial da vida do padre. Não pode, pois, ficar relegada a uma mera obrigação, ou ser considerada um incômodo no dia do padre. Tudo o que sacerdote faz, ou é uma preparação, ou uma consequência de sua Missa.
A Missa não é uma das atividades do padre, é a principal finalidade de seu sacerdócio.

Conclusão

Amemos a Santa Missa.
Saibamos dar valor ao Sacerdote. Agradeçamos a Deus pelos padres que ele já nos concedeu e peçamos a Nosso Senhor que nos envie muitas vocações, vocações em número proporcionado às nossas necessidades.
Enfim, saibamos levar a cruz, como o bom Ladrão. Com paciência, com resignação, como propiciação pelos nossos pecados.
Não separemos o que Deus uniu. Lembremo-nos sempre: na cruz está a Salvação. Se quisermos, pois, salvar nossa alma, abracemos a Cruz. Para que na hora de nossa morte, Jesus possa nos dizer o mesmo que ele disse ao Bom Ladrão: “Em verdade te digo: ainda hoje estarás comigo no paraíso.”

* Reitor do Seminário da Imaculada Conceição da Administração Apostólica Pessoal S. João Maria Vianney - Campos dos Goytacazes - RJ – Brasil

Fonte: Aqui

terça-feira, 25 de março de 2014

O soldado convertido por Nossa Senhora



Há uma sequência de cenas no filme A Paixão de Cristo onde podemos ver belamente o início da conversão de um soldado após assistir o sofrimento de Nossa Senhora junto ao seu Filho no caminho para o Calvário, e nesta postagem tentaremos elencar as cenas junto com uma reflexão a respeito sobre como toda conversão começa através da intercessão de Nossa Senhora.

Como se sabe, o diretor Mel Gibson baseou-se muito nas revelações particulares feitas a Beata Anna Catarina Emmerich [1] para montar as cenas do filme, no qual foram reveladas a ela realidades da Paixão de Nosso Senhor, digo que li apenas alguns pequenos trechos dos relatos dela, e não sabemos – mesmo que por revelação particular - se esta sequência aconteceu realmente, mas creio que ela foi pelo menos pensada pelo diretor do filme para que tivesse esse efeito.

Então, é uma sequência de 3 cenas cheias de significado, e envolve o encontro de Nossa Senhora e um soldado romano, que no filme é chamado no pelo nome de Cassius, e que vemos no fim ser aquele que perfurará com uma lança o lado de Nosso Senhor, e se converterá depois de ver jorrar sangue e água do corpo de Cristo, no filme não há a pronúncia dos tais dizeres mas ligando a cena aos relatos das Sagradas Escrituras sabemos que é aquele soldado que diz: “Verdadeiramente este Homem era Filho de Deus” (cf. Mt 27,54). Nos relatos da Beata Anna Catarina Emmerich ele é chamado de Cassius,  mas a tradição costumou-o chamar de Longino ou Longinus (Nome derivado do grego “longche” que significa "uma lança"), daí derivou-se que seu nome chegasse até nós na sua “versão portuguesa” como São Longuinho. [2]

Prosseguindo, o primeiro encontro entre o soldado Cassius e Nossa Senhora se dá durante a Via Dolorosa de Nosso Senhor, (vamos chamá-lo aqui de Cassius para um melhor entendimento), Nossa Senhora encontra Jesus e depois de um curto tempo juntos os soldados vêm e os separam e fazem com que Jesus siga o caminho, então Cassius olha de um modo estupefato e muito assustado para aquela cena, e em seguida pergunta a outro soldado:
-- Quem é Ela? O soldado responde:
-- É a Mãe do Galileu.
A cena prossegue e o olhar estupefato de Cassius continua, como se lêssemos aquela pergunta ressoando em sua mente: -- Quem é Ela? Quem é Esta Mulher?



Não há como não pensar na passagem dos Cânticos dos Cânticos que sempre é atribuída profeticamente a Nossa Senhora: “Quem é Esta que surge como a aurora, bela como a lua, brilhante como o sol, temível como um exército em ordem de batalha...?” (Ct 6,10), num instante o soldado que pertencia ao exército mais poderoso do mundo se vê pequeno e fraco perto da magnitude daquela cena, do amor tão grande daquela Mãe pelo Filho, e do Filho pela Mãe, e deve ter começado a se perguntar? “O que há de tão grande neste Galileu? Quem é Este?”

As cenas se desenrolam e há um novo encontro, agora já aos pés da Cruz, Nossa Senhora acompanhada de São João e Santa Maria Madalena se aproximam de Nosso Senhor, é o momento onde Jesus deixaria Nossa Senhora como Mãe de todos nós na pessoa de São João, e parece que Cassius tem a função de guardar o local para que ninguém se aproximasse da Cruz. Então os 3 se aproximam e Cassius entra na frente, como que para impedir, mas visivelmente com o corpo estremecido, com um olhar confuso, e por dentro com o coração já tocado pela piedade de ver a dor e o amor de Mãe e Filho, deixa-os passar... E deve ter-se perguntado: Quem é Esta que tem força para ficar de pé vendo tamanha dor de um filho? Quem é Este Homem?”



O terceiro encontro com Nossa Senhora é novamente aos pés da Cruz, tudo já está consumado, Nosso Senhor está morto, e logo em seguida acontece um terremoto e os soldados romanos correm assustados e sem rumo, começam a quebrar as pernas dos outros crucificados para morram mais rápido, é entregue um pedaço de madeira a Cassius para que quebre as pernas de Jesus, ele olha para Nossa Senhora antes, e não tem coragem de fazê-lo, e dá um grande grito: “Mortus est...” Está morto!! O seu oficial superior então lhe entrega uma lança e diz:
--“Certifique-se!!”

Cassius olha novamente para Nossa Senhora, tremendo, quase desiste, mas o faz, insere a lança no corpo de Nosso Senhor. Então jorra sangue e água do Corpo de Jesus e Cassius caiu de joelhos, neste momento nasce para a fé...

Provavelmente ele já tinha ouvido falar de um tal profeta da Galiléia que fazia milagres, arrebanhava multidões de discípulos e que se dizia o Filho de Deus, e mesmo sendo pagão deve ter ficado admirado com isto tudo, ainda mais quando se viu ajudando a conduzir tal Galileu ao Calvário, ao ver sua Mãe Santíssima o acompanhando, quantas vezes deve ter se perguntado: “Quem é verdadeiramente Este Homem?” E neste momento, ao jorrar do sangue e da água sua pergunta tem resposta, e vinda de dentro, uma profissão de fé: “Verdadeiramente, este Homem era o Filho de Deus!” 



No fim vemos Cassius entre aqueles que ajudam a descer Nosso Senhor da Cruz e colocá-lo nos braços de sua Mãe, ali já o vemos como um discípulo, pois ser discípulo é retribuir o amor com o qual Deus nos ama, mesmo de que maneira infinitamente menor, nos arrependendo de nossos erros, com contrição, pois eles ferem Nosso Senhor, nos retificando e buscando dar o máximo de nossas forças por Deus a cada momento, e foi esta a ação de Cassius naquela hora, arrependido de suas ofensas fez o que podia e devia naquele momento, ele quis participar da Cruz, e assim devemos ser todos nós.

O que podemos perceber nesta reflexão é que sabemos que a conversão é um caminho para toda a vida, todos os dias, a luta pela conversão deve ser diária, mas há aqueles momentos especiais na vida onde Deus nos chama a passos maiores, toda conversão é um chamado divino que nós devemos responder, pois Deus quer a nossa felicidade, a felicidade neste mundo que é sofrer com paciência os revezes e esperar somente a Paz que vem de Nosso Senhor, e a felicidade eterna ao lado Dele na Glória, e Deus usa vários meios para isto, para nos chamar e levar-nos até Ele, e o mais belo, eficaz e santo é o caminho que passa por sua Mãe Santíssima, como dizia São Bernardo [3] “Ela é a Raptora de Corações”, toda conversão começa com Ela e tem o seu fim em Nosso Senhor, e foi o que vimos no desenrolar dessas cenas, o soldado que se admirou da magnanimidade de Nossa Senhora terminou professando a fé na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Este filme dispensa recomendações, mas aconselho depois desta leitura a assisti-lo novamente, e agora com um olhar mais atento a estes detalhes descritos acima, e vê-lo com o espírito de oração, e com certeza Nosso Senhor nos inspirará a que vejamos ainda mais belos detalhes neste filme.

Suplicamos a Nossa Mãe Santíssima, a Raptora de Corações, que sempre nos dê a força para perseverar em nossa vida de fé, na nossa conversão diária, que nos dê esperança no nosso caminhar, e principalmente um amor cada vez maior a Nosso Senhor Jesus.

Tiago Martins

Referências:

[1] Saiba mais sobre a história da Beata Anna Catarina Emmerich acessando estes links:Anna Catharina Emmerich, que teve a vida unida a Jesus Eucaristia, beatificada.”

Relatos da Paixão por Beata Anna Catarina Emmerich


[2] Leia mais a respeito acessando este link: São Longuinho

[3] Citado por Dom Jean-Baptiste Chautard em “A Alma de Todo Apostolado. Leia mais a respeito acessando este link: “O Apóstolo deve ter uma intensa devoção a Nossa Senhora.”

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

É realmente necessário que eu vá a uma praia para me entreter?


“Quanto à santa pureza, nunca tenhas em conta de demasiada toda e qualquer precaução. Santo Afonso de Ligório

Este artigo é uma opinião pessoal, mas pautada em critérios sérios, gostaria que o leitor tivesse pelo menos a boa vontade em ler e refletir sobre os pontos colocados, e para ajudar na reflexão sobre os critérios deixarei ao final do texto mais alguns links de bons materiais sobre o assunto.

Então, passemos ao assunto, a pergunta título: É realmente necessário que eu vá a uma praia para me entreter? Estamos no verão, vemos a efervescência das pessoas falando sobre ir à praia, piscinas e afins, e desde já coloco que apesar do título falar em praia subtende-se todos os ambientes parecidos que se encaixam com o motivo da pergunta. Todos pensam nisso em função de se entreter, passar um tempo livre "arejando" a cabeça, se divertindo, e é óbvio que se entreter é algo lícito, faz bem à alma, a questão toda gira em torno do modo e lugar no qual temos este entretenimento, é neste ponto que quero chegar durante esta reflexão.

Pergunto novamente, é realmente necessário que eu vá à uma praia para me entreter? O mundo não se importa com critérios morais, com pudor, modéstia, castidade e outros, mas nós cristãos sim, pelo menos deveríamos. Então devemos ficar atentos a uma coisa: Hoje em dia 99% dos ambientes de praia são ambientes imorais, vamos ser sinceros, não há moralidade num lugar onde pessoas andam seminuas como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.

Por mais que até nós nos precavêssemos, nos vestíssemos bem, os outros não fazem e isso nos coloca numa ocasião muito próxima de pecar, e que poderíamos evitar. Vou dar um exemplo muito claro, imagine um homem* que vá com uma roupa recatada a praia, mas lá vai se deparar com centenas, milhares, de mulheres seminuas, quanta tentação sofrerá, e será quase impossível não cair no pecado do olhar, e ele poderia ter evitado se não tivesse freqüentando este lugar.

Pode-se objetar que existem mulheres impudicas em todos os ambientes, que sofrerá tentação em todos os lugares, sim, mas, nem todos os ambientes são evitáveis, a pessoa não tem culpa se no trabalho, na fila do banco ou na calçada há uma pessoa sem pudor, e isso não fará com que ele tenha que ter menos responsabilidade em viver a castidade no olhar, desviando o olhar e o pensamento da situação, e principalmente pedindo auxílio a Deus, mas há situações evitáveis, como por exemplo, uma pessoa que queira viver a castidade nunca irá numa balada, sabe o que vai encontrar ali, e o que venho a colocar nesta postagem tem claramente a ver com isto, a praia é um local onde todo mundo sabe o que irá encontrar, e é evitável.

Evitável? Sim, como dissemos, as pessoas vão à praia para se entreter, mas ir a praia para se entreter não é necessário, temos que atentar a um critério, em tudo o que fazemos na vida há coisas necessárias e outras não necessárias, por exemplo, é necessário que eu coma pra sobreviver, mas não é necessário que eu coma certas comidas pra sobreviver, eu posso passar a vida inteira sem comer sorvete e isso não me mataria, comer sorvete não é necessário para meu organismo. Então, neste ponto respondemos a pergunta título: Não é necessário que eu vá à praia para me entreter, é necessário que eu tenha tempos de entretenimento, mas não é necessário que seja na praia, posso escolher outros locais e situações, e ainda mais neste caso, muito mais sadias. Ninguém morrerá se não for à praia, mas pode estar colocando por sua própria conta e risco a alma em perigo se for, e quem morrerá aos poucos nesta situação é a alma, pois para cair num precipício sempre há um primeiro passo.

Pode-se objetar que há praias e praias, umas desertas em certos horários, eu mesmo já vi exemplos de clérigos que procuram estes locais nestas condições, e também ambientes familiares de piscinas, entre outras coisas, mas como disse no início, isso tudo é uma opinião minha, mas ainda é muito forte o argumento de que a maioria absoluta das praias se tornou um ambiente imoral, e como posso me entreter em outras coisas muito mais sadias, me pergunto se vale a pena ir num local assim, e a minha consciência sempre diz não.

As vezes Deus permite que vejamos o inferno para nos impulsionar ao Céu, certa vez - por outro motivo que não o passeio - fui a cidade do Rio de Janeiro, uma pessoa convidou eu e mais duas para visitar a Praia de Copacabana, estava completamente lotada, a primeira coisa que veio a minha mente foi: "Isto é uma visão do inferno!!" . Se repararmos bem, a maioria absoluta das pinturas que vemos representando o inferno são de pessoas nuas e sofrendo, a maioria absoluta das praias tem essa visão, pessoas praticamente nuas e com divertimentos mundanos, e todo divertimento mundano esconde atrás de si um sofrimento sem esperança, sem Deus, um inferno.



Como disse, tudo o que escrevi é uma opinião minha, mas usei critérios sérios, o que peço é a sua boa vontade e que reflita sobre a pergunta do título, e principalmente sobre outras 3 perguntas: Estou disposto a renunciar a um divertimento, ainda mais quando sei que ele muito provavelmente irá ocasionar situações que desagradem a Nosso Senhor Jesus Cristo? E se a Virgem Santíssima estivesse ao meu lado, eu a levaria a um ambiente assim? E eu, será que não estou sendo também causa de perdição para outros com minhas roupas - ou falta delas? Faça estas perguntas a si mesmo, a sua consciência...

Termino o texto com um conselho de São Josemaria Escrivá, onde ele mostra o melhor modo de vivermos bem o nosso tempo de entretenimento:
Sempre entendi o descanso como afastamento do trabalho diário; nunca como dias de ócio. Descanso significa represar: acumular forças, ideias, planos... Em poucas palavras: mudar de ocupação, para voltar depois - com novos brios - à atividade habitual. [1]
Lembra-te com constância que colaboras na formação espiritual e humana dos que te rodeiam e de todas as almas - até aí chega a bendita Comunhão dos Santos -, em qualquer momento: quando trabalhas e quando descansas; quando se vê que estás alegre ou preocupado; quando na tua tarefa no meio da rua fazes a tua oração de filho de Deus e transcende exteriormente a paz da tua alma; quando se nota que sofreste - que choraste - e sorris.” [2]

Tiago Martins

Grifos nossos

*É óbvio que este exemplo também serve para as mulheres em relação aos homens.

Referências:
[1] São Josemaria Escrivá - Sulco, 514
[2] São Josemaria Escrivá - Forja, 846

Textos recomendados:

Modéstia, pudor e lógica – Sobre o uso de “roupas de banho”

 

1946: O ano em que lançaram o biquíni”

 

Biquíni, o Cristo Redentor e a Lógica.



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