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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Novena de Natal

Novena de Natal


Oração para todos os dias:

Senhor o Teu Natal se aproxima. Depositamos diante de Tua manjedoura todos os nossos sonhos, todas as nossas lágrimas e esperanças que estão contidas em nossos corações.

Pedimos Senhor Jesus, por aqueles que choram sem ter quem lhes enxugue uma lágrima. Por aqueles que gemem, sem ter quem escute o seu clamor. Suplicamos por aqueles que Te buscam sem saber ao certo onde Te encontrar. Para tantos que gritam – paz! – quando nada mais podem gritar. Abençoa Jesus Menino cada pessoa, colocando em seu coração um pouco da luz eterna que Vieste acender na noite escura de nossa fé. Menino Jesus é o (primeiro, segundo, etc.) dia da Novena. Acolha o meu pedido:

(Diga agora o presente que você vai pedir a Jesus)
Senhor queremos que nosso lar seja o aconchego necessário para Teu nascimento entre nós. Por isso Te pedimos, que neste período e nesta novena, possamos nos preparar para assumir Contigo a missão salvífica na Terra. Menino Jesus faça brilhar sobre nós a estrela guia. Que possamos enxergar essa luz que nos conduz à gruta de Belém.

Maria Santíssima invocamos o Teu nome e Tua intercessão. Nos aproxime de Seu filho amado. Ensine-nos a servi-Lo, anunciá-Lo e amá-Lo. Pedimos também a intercessão de São José, para que estejamos a serviço de Deus, para gerar Deus no mundo. Menino Jesus acolha nossos pedidos nessa novena em preparação ao Teu Santo Natal.

Amém.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O homem católico e o namoro

Por Maria Tereza Colares


Comecei a perceber que as vantagens de um relacionamento cristão eram muito maiores do que eu imaginava no consultório da minha terapeuta, quando ela me perguntou se eu não queria namorar por medo de uma possível relação sexual e, assim, ela descobriu que o namoro pelo qual ela tanto lutava para que saísse do impasse seria bem diferente do que habitual. 


“Católica”, entre aspas mesmo, como estamos acostumados, usou da minha escolha para me mostrar o quanto eu tinha sido agraciada por encontrar quem levasse Deus a sério: “Menina, homens religiosos são garantia de felicidade! Levam o namoro a sério, sabem amar, respeitar e tratar bem, são mais carinhosos e, quando é o caso, têm casamentos duradouros e felizes”, esse foi o discurso que eu escutei por bastante tempo, até o bendito sim.

Durante o namoro, não são poucas as vezes que chegam aos meus ouvidos coisas como “Queria um namoro igual ao seu!”, “Como você é abençoada por ter um namorado assim”, “Que lindo o namoro de vocês!”, “Claro que você não é insegura, ele nunca faria nada de mal pra você.” Fora as diversas vezes que eu não pude ajudar em uma situação difícil porque “Você nunca vai entender, o seu namoro não passa por isso!”.

Mas por quê? Por que ter um namoro em que Deus é a base é garantia de felicidade? Por que um namoro alicerçado nos ensinamentos da Igreja é tão leve, seguro e cheio de amor? E a resposta é simples: porque é por Ele e para Ele.

Existe uma frase que diz mais ou menos assim: “O amor imperfeito é muito frágil e fácil de ser traído, mas O Amor Perfeito, não”. Quando um homem vive em amizade com o Senhor, não é por sua namorada que ele permanece fiel, firme na batalha pela pureza, pelo amor e pela doação de si mesmo, é por Deus, o Amor Perfeito e, ir pra longe Daquele que o coração busca sem cessar, é ir contra si. Ser fiel a quem não corresponde as nossas expectativas incontáveis vezes é muito difícil, mas quando o Amor (assim, maiúsculo) entra em cena, tudo muda.

Quanto mais aconchegado no Sagrado Coração um homem estiver, maior vai ser a capacidade dele de amar, e amar com um amor que vem direto do Céu, capaz de superar qualquer coisa e de permanecer firme até o fim! Um amor generoso, que não busca felicidade e sim fazer feliz. Amor puro e pleno, que foi provado pelo fogo das renuncias, do não receber nada em troca e que se torna sobrenatural, amor de corpo e alma. Um amor que conta com a graça do Cristo para que seja como o amor Dele por nós, que entrega, sem reservas, a própria vida. 

Como não ser feliz experimentando tão grande amor? Como não confiar em um homem que é capacitado, a todo instante, por Nosso Senhor? Como entrar em crise, se o que Deus planeja é perfeito? Como não ser eterno, se foi feito para a Eternidade?

Namorar um Homem Católico é muito mais do que não ser traída, ter um relacionamento duradouro e feliz: é ser amada pelo próprio Amor através do coração de um Homem.





Leia mais sobre o assunto acessando estes textos abaixo:

















quarta-feira, 19 de março de 2014

Procuremos a intimidade com José e encontraremos Jesus

Procuremos a intimidade com José e encontraremos Jesus



Tens de amar muito São José, amá-lo com toda a tua alma, porque é a pessoa que, com Jesus, mais amou Santa Maria e quem mais privou com Deus: quem mais O amou, depois da nossa Mãe. - Ele merece o teu carinho, e a ti convém-te buscar o seu convívio, porque é Mestre de vida interior e pode muito diante do Senhor e diante da Mãe de Deus. (Forja, 554)

Nas coisas humanas, José foi mestre de Jesus; conviveu diariamente com Ele, com carinho delicado, e cuidou dEle com abnegação alegre. Não será esta uma boa razão para considerarmos esse varão justo, esse Santo Patriarca, em quem culmina a fé da Antiga Aliança, como mestre de vida interior? A vida interior não é outra coisa senão uma relação de amizade assídua e íntima com Cristo, para nos identificarmos com Ele. E José saberá dizer-nos muitas coisas sobre Jesus. Por isso, não abandonemos nunca a devoção que lhe dedicamos: Ite ad Ioseph, ide a José, como diz a tradição cristã, servindo-se de uma frase tirada do Antigo Testamento.

Mestre de vida interior, trabalhador empenhado no seu ofício, servidor fiel de Deus, em relação contínua com Jesus: este é José. Ite ad Ioseph. Com São José, o cristão aprende o que significa pertencer a Deus e estar plenamente entre os homens, santificando o mundo. Procuremos a intimidade com José, e encontraremos Maria, que encheu sempre de paz a amável oficina de Nazaré. (É Cristo que passa, n. 56)

A Igreja inteira reconhece em São José o seu protetor e padroeiro. Ao longo dos séculos, tem-se falado dele sublinhando diversos aspectos da sua vida, continuamente fiel à missão que Deus lhe confiou. Por isso, desde há muitos anos, agrada-me invocá-lo com este título muito íntimo: Nosso Pai e Senhor.

São José é realmente Pai e Senhor: protege e acompanha no seu caminho terreno aqueles que o veneram, como protegeu e acompanhou Jesus enquanto crescia e se tornava homem. (É Cristo que passa, n. 36)


Fonte: Aqui

quinta-feira, 13 de março de 2014

Um ano depois, quem é Francisco?



Hoje eu quero unir a minha voz à de tantas pessoas para agradecermos a Deus o primeiro ano de Pontificado do Papa Francisco.
Mas quem é Francisco?
Francisco é um dom para a Igreja hoje.
Francisco é o “resultado” da oração de milhões de católicos que há um ano pediam a Deus um novo Pontífice segundo o Coração de Cristo.


Francisco foi o consolo de Deus, depois do choque que todos nós levamos com o anúncio de que nosso sempre amado Bento XVI iria renunciar.
Francisco é a prova de que Bento XVI agiu impulsionado por Deus quando decidiu renunciar. Bento hoje vive tranquilo, pois vê que a Igreja continua em boas mãos.
Francisco é o Papa que fala mais com gestos que com palavras.
Francisco é uma pregação constante, que nos lembra que muitas vezes nos perdemos em coisas supérfluas.
Francisco é sinônimo de sair de si mesmo, de ir ao encontro do outro, de ir às periferias existenciais. 

Francisco é sinônimo de alegria do Evangelho, vivido com radicalidade, pregado com clareza e profundidade.
Francisco é Pastor supremo de uma Igreja de portas abertas, com confessionários funcionando, de uma Igreja que é mãe e não uma alfândega de Sacramentos.
Francisco é um antídoto contra o pessimismo, o derrotismo, as quaresmas sem páscoa, as caras de vinagre...
Francisco é um chicote contra as fofocas, os maus juízos, o carreirismo, o exibicionismo.

Francisco quer padres pastores, não funcionários. 
Francisco quer padres misericordiosos, não rigoristas nem laxistas.
Francisco é um eco de misericórdia, de compaixão, de bondade.
Francisco é um brado contra o mundanismo, fora e dentro da Igreja.
Francisco é um açoite contra a idolatria do dinheiro e do poder.
Francisco se incomoda e se sente ofendido quando o apresentam ideologizado, deturpado.

Francisco é o rosto que Cristo quer hoje para a Sua Igreja.
Francisco, enfim, é a imagem de Cristo, Bom Pastor, que nos ama, nos conhece, e dá, aos poucos , sua vida por nós.
Por isso, hoje nós dizemos: Senhor, obrigado por tudo que nos destes, quando nos destes Francisco.

*Reitor do Seminário da Imaculada Conceição da Administração Apostólica Pessoal S. João Maria Vianney - Campos dos Goytacazes - RJ


Fonte: Clique aqui

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Um feliz e Santo Natal!

“A graça de Deus manifestou-se: eis o motivo por que o Natal é festa de luz. Não uma luz total, como aquela que envolve todas as coisas em pleno dia, mas um clarão que se acende na noite e se difunde a partir de um ponto concreto do universo: da gruta de Belém, onde o Deus Menino «veio à luz». Na realidade, é Ele a própria luz que se propaga, como aparece bem representado em muitos quadros da Natividade. Ele é a luz, que, ao manifestar-se, rompe a bruma, dissipa as trevas e nos permite compreender o sentido e o valor da nossa existência e da história. Cada presépio é um convite simples e eloquente a abrir o coração e a mente ao mistério da vida. É um encontro com a Vida imortal, que Se fez mortal na mística cena do Natal; uma cena que podemos admirar também aqui, nesta Praça, tal como em inumeráveis igrejas e capelas do mundo inteiro e em toda a casa onde é adorado o nome de Jesus [...]

Vamos, pois, irmãos! Apressemo-nos, como os pastores na noite de Belém. Deus veio ao nosso encontro e mostrou-nos o seu rosto, rico em misericórdia! A sua graça não seja vã para nós! Procuremos Jesus, deixemo-nos atrair pela sua luz, que dissipa a tristeza e o medo do coração do homem; aproximemo-nos com confiança; com humildade, prostremo-nos para O adorar. Feliz Natal para todos!”

Bento XVI - Mensagem de Natal de 2012

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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O tripé para a boa vivência do matrimônio





Nos diz o Catecismo da Igreja Católica: "A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, e foi elevada, entre os batizados, à dignidade de sacramento por Cristo Senhor" [1] [...] O consentimento pelo qual os esposos se entregam e se acolhem mutuamente é selado pelo próprio Deus. De sua aliança "se origina também diante da sociedade uma instituição firmada por uma ordenação divina". A aliança dos esposos é integrada na aliança de Deus com os homens: "O autêntico amor conjugal é assumido no amor divino". [2]

O matrimônio é uma vocação sublime, tanto que Nosso Senhor elevou-o a dignidade de Sacramento, e tanto mais nobre e bela é uma missão mais cruzes e desafios enfrentaremos. Muitas vezes andamos como que num nevoeiro, trilhando um caminho no escuro, e isso acontece muitas vezes pelo excesso de vias pelas quais nossa alma anseia, e o melhor modo de enxergar melhor um caminho é ter o olhar simples e focado, buscar o que é essencial, a luz que brilha como meta no fim do caminho, buscar em primeiro plano realizar aquilo que nos aproxima dessa meta, e daí, no desenrolar das questões as coisas secundárias serão organizadas com maior facilidade.

Nesta presente postagem falaremos dos 3 pontos que são essenciais para a boa vivência do matrimônio, que são a vida de oração, o apostolado – seja em casa ou fora – e o trabalho, o sustento material, peço ao leitor que faça uma reflexão sobre estes 3 pontos, se analisarmos profundamente, tudo o que tenhamos a fazer de bom na vida matrimonial gira em torno desses pontos, são como um tripé que mantém o matrimônio, e tudo o que nos afasta de um desses pontos só traz ruínas ao casamento. Como foi dito acima, estes são os pontos essenciais, a vida matrimonial é muito mais rica de ações nobres, mas todas essas outras são sustentadas por este tripé. Então vamos a eles:

Vida de oração: “Quando empregamos as palavras vida de oração, contemplação, vida contemplativa – termos que se encontram nos Padres da Igreja e nos escolásticos – a nossa intenção é sempre designar a vida interior normal, acessível a todos, e não os estados pouco comuns de oração que a teologia mística estuda, e a fortiriori  êxtases, visões, arroubamentos”, [3] assim é definida a vida interior por  Dom Jean-Baptiste Chautard em seu célebre livro “A Alma de Todo Apostolado”, e poderemos usar estes termos para entendermos melhor o que é a vida de oração, e desde já recomendamos muitíssimo a leitura deste livro, (obra tão recomendada, como pelo Papa São Pio X que o tinha como livro de cabeceira [4]) dentre outros tantos, um dos grandes benefícios desta obra é aprendermos como agirmos no apostolado sem perdermos a vida interior, pois como veremos a seguir, sem a vida de oração todo o restante se torna infecundo. 

Prosseguindo, o casal deve ter uma vida de oração ordenada, pois ela será a base de tudo, dos 3 pontos este é o mais forte, se esta base vacilar consequentemente as outras desabarão conjuntamente. É a vida de oração a base para que uma pessoa viva para Deus, é aí o “lugar” de encontro íntimo com o Senhor, onde agradecemos por todas as graças recebidas, O louvamos e encontramos luzes para os próximos caminhos, “a vida sobrenatural é a vida do próprio Jesus Cristo em mim, pela fé, pela esperança e pela caridade” [5],  sem isto a vida se torna egoísta e soberba, é um querer fazer tudo por força própria. O amor a Deus é o motor do amor humano, sem ele não se pode amar e cuidar do cônjuge e dos filhos verdadeiramente.

Como dissemos, a vida de oração é a base dos outros dois pontos, todo o sentido das nossas ações deve ter a caridade como fim, fazer tudo por Deus e por amor a Ele, sem esta caridade o apostolado e o trabalho material se tornam infecundos. Sem a caridade é impossível fazer um bom apostolado porque daí ao invés de fazermos tudo pra Deus estaremos fazendo obras para inflar o nosso orgulho, esperando o aplauso daqueles que nos cercam, o verdadeiro apostolado é desinteressado, visa antes o bem daqueles a quem Nosso Senhor confiou aos nossos cuidados.

Quanto ao trabalho, do mesmo modo, quando vivemos a nossa vida laboral sem a caridade corremos o risco de cairmos no egoísmo, na avareza e na ganância, de buscarmos o trabalho como um fim, e não como um meio.
Deus é o sentido de tudo, se nossas ações não forem para Ele tudo perde o sentido, tudo o que fazemos neste mundo é em vista da Vida Eterna, e se não tivermos esse olhar sobrenatural sobre todas as coisas não suportaremos as cruzes que a vida nos traz, pois só suportamos as dores da vida quando elas tem um sentido, e por mais que em certos momentos não entendamos porque sofremos, essas cruzes começam a fazer sentido se a entregamos junto a Cruz de Nosso Senhor, e só temos essa visão sobrenatural da vida no momento que temos uma vida de oração ordenada. Sejam as alegrias, sejam as cruzes, elas só serão bem vividas se forem em direção a Deus, e só saberemos caminhar com humildade em direção a Deus se tivermos uma correta vida de oração.

“...uma autêntica vida de piedade tornará mais eficazes os seus esforços e perfumará o seu lar com o espírito de Jesus Cristo, e com essa paz inalterável que, apesar das provações, há-se ser sempre o apanágio das famílias profundamente cristãs.” [6]

Apostolado: Por muitas vezes temos a visão de que o único apostolado são nossas atividades paroquiais, esta - é claro – é uma das ações de apostolado, mas não é a única e nem a primeira que um casal deve exercer, o primeiro dever de apostolado de um casal deve ser dentro de casa, na família, como dizia o Santo Padre Papa João Paulo II: “A família é a Igreja doméstica”. O primeiro passo que o casal deve dar – e isto é algo que já deve vir desde o namoro, pois a vida matrimonial será um reflexo do tempo de namoro - é que eles tenham uma vida de oração ordenada, que eles se esforcem o máximo possível para terem seus momentos de oração, mesmo com as labutas do dia-a-dia, individualmente, a dois e em família, estes momentos são importantíssimos, pois toda pessoa precisa de um tempo de reflexão a sós, para fazer seu exame de consciência, para conversar na intimidade com Deus, e também o tempo de oração a dois, pois este sempre une mais ainda o casal, e é mais uma forma de cuidarem um do outro, e também a oração da família inteira, e uma das orações mais perfeitas neste sentido é a oração do santo terço em família, como diz aquela bela citação: “família que reza unida permanece unida.”

E passamos a mais um sentido do apostolado familiar, a educação dos filhos na fé, e a primeira e melhor forma de educar é pelo exemplo, filhos que vêem seus pais rezando, falando sobre Deus também na vida cotidiana já serão muito mais propensos a abraçarem as belezas da fé, principalmente quando chegar a etapa onde aprenderão sobre doutrina na catequese. E esta é outra questão, os pais também devem ser bem formados na fé para formarem bem seus filhos, eles tem que ser os primeiros catequistas, pois o mundo tem aversão aos valores cristãos e infelizmente muitas vezes até nossas catequeses paroquiais ensinam doutrinas heterodoxas e valores frouxos. Os pais são na maioria absoluta das vezes o padrão de como os filhos vão enxergar Deus, seja para bem ou para mal, quantos santos se santificaram por ver os bons exemplos dos pais, mas também quantos perderam a fé porque viram os maus exemplos dos seus, isto é uma coisa gravíssima que infelizmente a maioria dos pais de hoje em dia não se atentam.

Outra questão recorrente hoje em dia são os pais com uma grande preocupação com o apostolado “de fora” e pouca preocupação na educação religiosa dos próprios filhos, percebemos isso claramente naquelas infelizes e recorrentes situações onde há pais que não saem de dentro da Igreja, como “leigos clericalizados”, mas que seus filhos não saem do mundo, isto é um sinal muito claro de que apesar da muita atividade exterior do casal a sua vida de oração e o apostolado com os filhos não vai bem.

E há também a justa necessidade do apostolado paroquial, mas isto varia muito com as particularidades dos grupos, associações ou movimentos em que a pessoa participa, ou mesmo que a pessoa não esteja em algum grupo o padrão é sempre agir com caridade, a caridade é o sentido de todo apostolado, fazer tudo por Deus, daí em cada caso Deus irá inspirando o trabalho de cada um. É sempre uma grande graça quando um casal pode trabalhar juntos numa obra de apostolado, isso une ainda mais o casal, a graça e a beleza desta obra se torna maior ainda se tiverem a oportunidade de que um ou mais filhos seja do mesmo grupo, mas apesar dessa beleza do trabalho conjunto, não quer dizer que o casal deva sempre agir assim, Deus pode querer que eles trabalhem em grupos diferentes, no passado isso era muito mais comum pois a maioria dos grupos e associações não eram mistas, e sempre deu certo.

Como dissemos, o sentido maior de tudo é a caridade, então o padrão do bom apostolado do casal é ter antes a vida de oração ordenada, contar sempre com o auxílio da graça do que com a própria força, e ter a clara noção de que o seu primeiro apostolado deve ser no interior da família, ajudar a cuidar do cônjuge e dos filhos, os guiando e sustentando em direção a Deus, e isso também fará com que o seu apostolado exterior será verdadeiramente frutuoso.

Trabalho: Então, passamos ao terceiro e último ponto, o trabalho, o sustento material, tão importante, mas que deve ser pautado tendo os outros dois pontos como auxílio, pois o trabalho sem caridade se torna ganancioso, e ele também deve ser uma área de apostolado. Talvez fosse dos 3 pontos o que menos comentaríamos pois a primeira função do trabalho material é o sustento da família, o prover as necessidades, este sim é o primeiro sentido mas não é o único. Como cristãos temos que ter um olhar sobrenatural sobre todas as coisas, e um ponto a comentar é que é neste campo onde se sobressaem mais as características específicas do homem e da mulher. Como vimos acima, se na vida de oração os dois podem ter atividades praticamente iguais e isso terá muito proveito, no apostolado já aparecem algumas singularidades, mas no trabalho material essas singularidades são muito latentes, homem e mulher devem sempre trabalhar juntos para o bem da família, mas cada um tem habilidades e missões bem específicas que ajudam no crescimento do casal.

Isso deve ser reforçado, pois vivemos num mundo onde é proclamada a ideologia do gênero, onde colocam homem e mulher em situação de igualdade em tudo, como se a humanidade formasse uma massa amorfa, sem individualidades. Homem e mulher são iguais sim perante a Deus, ambos são criaturas que Ele criou, mas cada um com especificidades e diferenças que ajudam no complemento um do outro. Há diferenças físicas e psicológicas entre homem e mulher e isso só uma pessoa cega pela mentalidade moderna negaria, e essas diferenças que se vividas de modo coerente ajudam no crescimento do casal também influenciam no modo de exercer o trabalho de sustento material da família.

Quanto ao homem, como diz o Pe. Paulo Ricardo [7], as 3 características que formam a paternidade, e consequentemente a masculinidade de uma forma correta no homem, é que ele seja protetor, mestre e provedor , isto está ligado as suas especificidades físicas e psicológicas que estão bem centradas na força, então daí vemos e entendemos porque o principal papel de provedor da família é o do homem, e porque ele é naturalmente inclinado ao trabalho fora, é ele quem sai pra buscar o sustento e proteção para a família, e também em certos trabalhos da casa onde as habilidades masculinas são mais requeridas, principalmente onde se envolve a força. Daí também percebemos como que o primeiro papel da disciplina dos filhos é sempre ligado ao pai, claro que pai e mãe tem essa função, mais pela sua característica nata de ser mestre o pai terá o papel primordial na disciplina, principalmente na firmeza.

Do mesmo modo, as características próprias da feminilidade também fazem que a mulher tenha maior propensão a um trabalho específico, que é o de cuidar da casa interiormente, e isso não é nenhum demérito, como prega o mundo. A mulher também requer uma força para suas tarefas, tão cansativas quanto a dos homens, mas até pela sua missão materna, e esta é outra questão porque o casal deve se esforçar para que a mulher trabalhe em casa, que é a de que ela cuide mais de perto dos filhos, a sua força vem da sua ternura, é daí que ela consegue os modos para ordenar a sua casa com os cuidados próprios da feminilidade, cuidados estes que tornam o lar harmonioso. É claro que homem e mulher devem ser ternos no trato com os membros da família, mas a mulher tem uma naturalidade maior a lidar com o afeto, a ser carinhosa, desse equilíbrio entre a firmeza paterna e a ternura materna é que nasce uma educação sadia dos filhos, a clássica canção “Oração da Família” do Pe. Zezinho exemplifica isto muito bem em um dos seus refrões:

“Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!”

Sobre estas questões sobre a feminilidade, principalmente o modo como as mulheres estão vivendo e sendo tratadas nos dias de hoje, maternidade, trabalho e afins recomendo muitíssimo a aula do Pe. Paulo Ricardo intitulada: “Feminilidade: O que está acontecendo com as mulheres?”


É muito bom quando há a graça de que homem consiga manter materialmente toda a casa, daí a mulher pode se preocupar somente com cuidado direto com os filhos e os afazeres domésticos, que já são tantos, mas as circunstâncias da vida podem levar a que essa renda não seja suficiente, e para isso a mulher tenha que ter atividades extras em casa ou fora, isso vai requerer uma prudência e reflexão muito grande sobre a real necessidade dessas atividades. Quando estas são em casa há menos problemas, pois ela estará ainda perto dos filhos, e este é o grande problema das mulheres trabalharem fora, se absterem da educação próxima dos filhos e confiarem a terceiros.

Há também os casos justos onde a mulher tenha que trabalhar fora por meio-período ou integralmente, a questão é, como dito acima, a reflexão e a prudência sobre a real necessidade dessas atividades, analisar se essa renda extra é realmente urgente, temos que ter o bom senso para ver o que são nossas necessidades materiais, o que não vemos muito hoje em dia, pois ter roupas novas sempre, o último equipamento eletrônico da moda, férias paradisíacas, entre outros do tipo, isso tudo não são prioridades necessárias, então, acima de tudo deve se ter prudência. Resumindo, o ideal é que o homem trabalhe fora e que a mulher trabalhe em casa, ambos cuidando da família exercendo bem suas especificidades.

Para terminar, falamos de mais um ponto sobre o trabalho, ponto este que reúne todos os outros colocados acima, mas que é pouco comentado , é o apostolado no trabalho. Mesmo assim, quando este apostolado nos vem a mente é a memória daqueles protestantes que querem fazer pregação forçada no meio do trabalho, e não é assim,  o verdadeiro apostolado no trabalho é primeiro o do bom exemplo, da boa conduta, do cumprimento dos nossos deveres, e aí sim, cumprindo estes deveres, e se for a vontade de Deus, Ele colocará em nosso caminho almas que estão sedentas pela verdade e nós poderemos usar de nosso apostolado de catequese, mas elas só virão a nós se virem primeiro a face de Cristo em nossas ações, por isto este ponto reúne todos os outros, porque antes é preciso se ter uma vida de oração coerente, daí isso se reflete no nosso modo de agir no apostolado em casa e na paróquia, e consequentemente em como faremos apostolado nos nossos trabalhos, sejam estes trabalhos em qualquer ambiente, em casa ou fora. Deixamos abaixo 2 pequenas citações de São Josemaria Escrivá que falam muito bem sobre o assunto, e desde já recomendamos muito a leitura de seus escritos [8], entre outros tantos belos temas que ele explana, poucos falam tão bem como ele do apostolado da vida cotidiana:

“Convencei-vos de que a vocação profissional é parte essencial, inseparável, da nossa condição de cristãos. O Senhor vos quer santos no lugar em que vos encontrais, no ofício que escolhestes, seja qual for o motivo: todos me parecem bons e nobres - enquanto não se opuserem à lei divina - e capazes de ser elevados ao plano sobrenatural, isto é, enxertados nessa corrente de Amor que define a vida de um filho de Deus.
Temos que evitar o erro de pensar que o apostolado se reduz ao simples testemunho de umas práticas piedosas. Tu e eu somos cristãos, mas ao mesmo tempo, e sem solução de continuidade, cidadãos e trabalhadores, com umas obrigações claras que temos de cumprir de um modo exemplar, se nos queremos santificar de verdade. É Jesus Cristo quem nos incita: Vós sois a luz do mundo (Mt V, 14-16)”. [9]
“Deus não te arranca do teu ambiente, não te retira do mundo, nem do teu estado de vida, nem das tuas ambições humanas nobres, nem do teu trabalho profissional... mas, aí, te quer santo!” [10]

O matrimônio é uma vocação sublime, assim começamos e terminamos nossa postagem, por mais que tenha cruzes não deixa de ser bela, e vale muito a pena, assim são as coisas de Deus, a beleza junto a Cruz. Nestes dias ouvi numa pregação uma bela citação que resume tudo isto, e também nos impulsiona: “O casamento é para heróis, é para quem quer levar a vida a sério” , [11] e assim é mesmo, um ato de heroísmo, nobre e belo, difícil, uma cruz, mas feliz quando o vivemos em direção a Deus, dando nossa vida para levar ao Céu nós mesmos e aqueles a quem Ele nos confiou os cuidados.

"Se na realização de nossa vocação devêssemos morrer, seria esse o dia mais bonito da nossa vida!". Santa Gianna Molla

Se em tudo devemos agir com a caridade para a boa vivência da vida matrimonial, se pautando nestes 3 pontos essenciais,a vida de oração, o apostolado e o trabalho, se em tudo devemos olhar para Cristo, nada mais justo e belo do que olharmos e pedirmos a intercessão de Nossa Mãe Santíssima em todas as nossas obras, como bem observa Dom Chautard, todas as nossas atividades de apóstolo só terão frutos se passarem pelas mãos Dela:
“Apoiados nesta doutrina, não hesitamos em dizer que, se a atividade do apóstolo não se fundar numa especialíssima devoção a Nossa Senhora, arrisca-se, seriamente, a construir sobre a areia.” [12]

Que Nossa Mãe Santíssima, Rainha das Famílias, guarde e proteja todos aqueles que foram chamados a vocação matrimonial, que suas famílias sejam verdadeiras Igrejas domésticas, lares de santidade que carregarão a luz de Nosso Senhor a todos os ambientes. Salve Maria!


Tiago Martins

*****
Referências

[3] pg. 16 -  [5] pg.16 -  [6] pg.14  -  [12] pg.177 - todas citações retiradas da obra “A Alma de Todo Apostolado” - Dom Jean-Baptiste Chautard – Constam-se as páginas da edição da Editora Civilização.

[4] “Se quereis que Deus abençoe e torne fecundo o vosso apostolado, empreendido para a sua glória, impregnai-vos bem do espírito de Jesus Cristo, procurando adquirir uma intensa vida interior. Para este fim, não vos posso indicar melhor guia do que “A Alma de Todo Apostolado” de Dom Chautard, abade cisterciense. Recomendo-vos, calorosamente, esta obra, que estimo particularmente, e da qual fiz o meu livro de cabeceira”.
Papa São Pio X, durante a visita ad limina dos bispos do Canadá, em 1914.
O livro pode ser comprado através deste link, ou baixado em formato PDF através deste link

[7] Pe. Paulo Ricardo de Azevedo - Vídeo-Aula "Masculinidade: O queestá acontecendo com os homens de Deus."
[8] Acesse as obras completas de São Josemaria Escrivá através deste link: Obras do Fundador do Opus Dei.
[9] São Josemaria Escrivá - "Amigos de Deus, 60-61"
[10] São Josemaria Escrivá - Forja, 362”
[11] V. Ex.ª Revma Dom Fernando Areas Rifan – Bispo Administrador da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney - Em cerimônia de casamento na Igreja Principal do Imaculado Coração do Rosário de Fátima, Campos-RJ - Dia 14/12/2013

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A família no centro da política - Padre Paulo Ricardo na Câmara dos Deputados

Na Câmara dos Deputados, em Brasília, diante de uma plateia atenta, Padre Paulo Ricardo falou sobre o mais perverso ataque contra a família já desferido: a ideologia de gênero. Saiba como ela pode finalmente abrir a porta para a implantação da revolução tão sonhada pelos marxistas, assistindo ao vídeo.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O casamento não é para você, é para os outros





Estou casado à apenas um ano e meio, e recentemente cheguei à conclusão de que o casamento não é para mim.

Mas, antes de começar a fazer suposições, continue lendo.

Conheci minha esposa nos tempos de escola, quando tínhamos 15 anos. Fomos amigos por dez anos, até que ... até que decidimos que não queríamos mais ser apenas amigos. :) Eu recomendo fortemente que os melhores amigos se apaixonem. Bons tempos terão os dois.

No entanto, se apaixonar pela melhor amiga não me impediu de ter certos medos e ansiedades sobre se casar. Quanto mais Kim e eu nos aproximávamos da decisão de nos casarmos, mais eu estava cheio de um medo paralisante. Eu estava pronto? Eu estava fazendo a escolha certa? Kim era a pessoa certa pra casar? Será que ela me faria feliz?

Então, numa noite fatídica, eu compartilhei esses pensamentos e preocupações com o meu pai.

Acho que cada um de nós tem estes momentos na vida em que parece que o tempo fica mais lento, e tudo ao redor atrai para aquele momento, marcando-o como aquele que nunca iremos esquecer.

Quando meu pai deu sua resposta às minhas preocupações foi um destes momentos para mim. Com um sorriso, ele disse: "Seth, você está sendo totalmente egoísta. Então, eu vou dizer isto de maneira simples: o casamento não é para você. Você não se casa para fazer-se feliz, se casa para fazer alguém feliz. Mais do que isso, seu casamento não é para você, você vai se casar para uma família. Não apenas para os da família dela, que agora são sua família também, mas para seus futuros filhos. Quem você quer que ajude-os e levante-os? Quem você quer influencie-os? O casamento não é para você. Não é sobre você. Casamento é sobre a pessoa com quem se casou."

Foi nesse exato momento que eu soube que Kim era a pessoa certa para casar. Eu percebi que eu queria fazê-la feliz, ver o seu sorriso todos os dias, fazê-la sorrir todos os dias. Eu queria ser uma parte de sua família, e minha família queria que ela fosse uma parte da nossa. E pensando em todas as vezes que eu a tinha visto brincar com os meus sobrinhos, eu sabia que ela era a pessoa com quem eu queria construir nossa própria família.

O conselho do meu pai era ao mesmo tempo chocante e revelador. Foi na contramão da "filosofia Walmart" de hoje, que é se não te faz feliz, você pode deixá-la e começar um novo relacionamento.

Não, um verdadeiro casamento (e um verdadeiro amor) nunca é sobre você. É sobre a pessoa que você ama, seus desejos, suas necessidades, suas esperanças e seus sonhos. O egoísmo exige: "O que tem para mim?", enquanto o amor pergunta: "O que eu posso dar?"

Algum tempo atrás, minha esposa me mostrou o que significa amar desinteressadamente. Por muitos meses, meu coração estava endurecendo com uma mistura de medo e ressentimento. Foi se construindo uma pressão que chegou a um ponto que nenhum de nós poderia suportar, as emoções entraram em erupção. Eu era insensível. Eu era egoísta.

Mas, em vez de repetir meu egoísmo, Kim fez algo além, e maravilhoso, ela deu uma demonstração de amor. Deixando de lado toda a dor e angústia que eu havia causado, ela carinhosamente me tomou em seus braços e acalmou minha alma.

O casamento é sobre a família.

Eu percebi que tinha esquecido o conselho do meu pai. Enquanto o lado de Kim do casamento estava sendo me amar, meu lado do casamento tornou-se só sobre mim. Esta terrível constatação me levou às lágrimas, e eu prometi a minha mulher que iria tentar ser melhor.

Para todos os que estão lendo este artigo, casados, quase casados e solteiros, eu quero que você saiba que o casamento não é para você. Não é verdade que um relacionamento de amor é para você. O amor é sobre a pessoa que você ama.

E, paradoxalmente, quanto mais você realmente ama essa pessoa, mais amor você recebe. E não apenas a partir de seu cônjuge, mas de seus amigos e sua família e milhares de outras pessoas que você nunca teria conhecido se o seu amor permanecesse egocêntrico.

Na verdade, o amor e o casamento não são para você. É para os outros.

Grifos do texto original

Fonte: Seth Adam Smith’s blog

Tradução livre usando o Google Tradutor
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