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quinta-feira, novembro 10, 2011

A nova lingua Portuguesa!!!


Quando eu escrevo a palavra acção, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o C na pretensão de me ensinar a nova grafia.
De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa.

Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim.

São muitos anos de convívio.

Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes CCC's e PPP's me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância.

Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora:  - não te esqueças de mim!

Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí.

E agora as palavras já nem parecem as mesmas.

O que é ser proativo?

Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.

Depois há os intrusos, sobretudo o R, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato.

Caíram hifenes e entraram RRR's que andavam errantes.

É uma união de facto, e  para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem.

Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os EEE's passaram a ser gémeos, nenhum usa ( ^^^) chapéu.

E os meses perderam importância e dignidade; não havia motivo para terem privilégios. Assim, temos  janeiro, fevereiro, março, são tão importantes como peixe, flor, avião.

Não sei se estou a ser suscetível, mas sem P, algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.

As palavras transformam-nos.

Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos.

Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do C não me faça perder a direção, nem me fracione, e nem quero tropeçar em algum objeto.

Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um C a atrapalhar.

Só não percebo porque é que temos que ser NÓS a alterar a escrita, se a LÍNGUA É NOSSA ...? ! ? ! ?
(recebido via e-mail)

Ele há coisas que nunca vou entender porque acontecem, esta alteração da nossa lingua é uma delas.
Durante algum tempo afirmava que iria manter a minha escrita, que não iria sujeitar-me a esta nova alteração.
Tudo foi por água abaixo quando no meu computador do trabalho foi instalado o novo verificador ortográfico tendo em conta o novo acordo. A partir desta altura as palavras que deveriam estar certas começaram a aparecer com a linha vermelha em baixo indicando que estavam erradas.
Ao princípio ainda tentei não ligar, mas depois acabei por me ir rendendo e agora já escrevo, na maioria das vezes, tendo em conta o novo acordo.
Acho que devemos ter orgulho de quem somos e da nossa capacidade de adaptação.
Se vamos para o estrangeiro rápidamente adaptamo-nos à lingua e tentamos falar de forma a que nos percebam. Se um estrangeiro vem para Portugal fala a sua língua e nós se quisermos que nos esforçemos para o perceber. Agora também com esta alteração fomos nós que nos adaptamos. Não devemos ter vergonha.
Tal como dizia Darwin .... "as espécies mais fortes mudam, adaptam-se e sobrevivem, só assim temos evolução".

quarta-feira, junho 23, 2010

Para pensar ...

Um professor de economia da universidade Texas Tech disse que raramente chumbava um aluno, mas tinha, uma vez, chumbado uma turma inteira.
Esta turma em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo".

O professor então disse:
- "Ok, vamos fazer uma experiência socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas dos exames."

Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma e, portanto seriam "justas".
Isto quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém chumbaria.
Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores...

Logo que a média dos primeiros exames foi calculada, todos receberam 12 valores.

Quem estudou com dedicação ficou indignado, pois achou que merecia mais, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado!

Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma.

Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que também eles se deviam aproveitar da media das notas.
Portanto, agindo contra os seus princípios, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos.
O resultado, a segunda média dos testes foi 10.
Ninguém gostou.

Depois do terceiro teste, a média geral foi um 5.
As notas nunca mais voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, procura de culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma.
A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma.
No fim de contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar os outros.
Portanto, todos os alunos chumbaram...
Para sua total surpresa.

O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela era baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi o seu resultado.
Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.

- "Quando a recompensa é grande", disse, o professor, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.
Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não lutaram por elas, então o fracasso é inevitável."

O pensamento abaixo foi escrito em 1931.

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de leis que punem os ricos pela sua prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa tem de trabalhar recebendo menos.
O governo só pode dar a alguém aquilo que tira de outro alguém.
Quando metade da população descobre de que não precisa de trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Adrian Rogers, 1931


(recebido por e-mail)

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Dizeres (II)

"Ir para o maneta"

Significado: Estragar-se, desaparecer, morrer

Origem: Conta-se que, por altura da invasão de Portugal, por parte dos franceses, um general, chamado Loison, tinha perdido um braço numa anterior batalha. Esse militar era responsável pelas torturas aos presos e tinha, inclusivamente, causado várias mortes.
Por ser tão terrível nas torturas que executava, surgiu um medo popular do general Loison, mas ninguém o tratava por esse nome. Para o povo Loison era o "maneta".
E quando havia perigo de se ser capturado, ouvia-se logo o conselho: "Tem cuidado, que ainda vais para o maneta."
Duzentos anos depois, o general Loison ainda vive nesta expressão, habitualmente utilizada.

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Dizeres (I)

"O primeiro milho é para os pardais"

Significado: Os mais fracos aproveitam as primeiras vantagens

Origem: No tempo dos romanos, era costume os agricultores oferecerem os primeiros frutos das suas colheitas às aves. Pensava-se na altura que eram as aves que levavam as oferendas aos deuses.
O conhecimento desse hábito foi-se transmitindo de geração em geração, até que, no séc. XVI - quando o milho chegou à Europa - a expressão evoluiu. O pardal era o simbolo de todas as aves e o milho abundava nas culturas portuguesas.