Mostrando postagens com marcador vocação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vocação. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Cuidado com a batina!






Sei que o título deste artigo soa estanho. Mais ainda vindo de um padre que usa sempre a batina. Mas eu repito: cuidado com a batina!
Se me permitem, eu me explico.

Para tanto, temos que recordar o sentido da batina. E quando digo batina, entenda-se o hábito sacerdotal, seja a batina mesma ou o clergyman, ou outra veste sacerdotal.
A batina tem como fim ser um sinal para os outros e para o padre.
Para os outros a batina ajuda a identificar o sacerdote em meio a outras pessoas. O padre, como nos dizia o Beato João Paulo II, não pode perder-se no anonimato. Ele é sinal de Deus. É luz, é referência. Ele tem que ser visto, tem que ser encontrado com facilidade. E o hábito sacerdotal ajuda a identificar o padre.

A vista de um padre nos leva a pensar em Deus, a lembrar-nos de Deus de quem o padre é sinal e mais ainda, ministro. Se estamos num perigo e vemos um policial, nós nos tranqüilizamos e vamos até ele pedir ajuda. A farda não faz o policial, mas facilita encontrá-lo, identificá-lo. Como também o nome de uma loja não é a loja, mas ajuda a encontrá-la. A batina não é o padre. O poder não está na batina. Mas a batina ajuda muito a encontrar o padre.
E para o Padre?

O hábito o ajuda a não se esquecer de sua missão, de sua entrega a Deus.
A batina é para o padre proteção, alerta e às vezes, até sinal vermelho.
Alerta porque se ele está com a sua veste própria, é convidado a agir como sacerdote. O hábito lembra ao padre uma coisa que muitas vezes não queremos aceitar: o padre não é uma pessoa comum. Não é um homem como os demais. Não. O jovem que é chamado por Deus e é ordenado padre, sim, é um homem como os demais. Mas, enquanto sacerdote, não é mais como os demais. Houve uma mudança em seu próprio ser. Ele não se pertence mais, não tem direito de agir como se não fosse sacerdote. Isso o próprio povo de Deus espera de nós. O povo quer e tem direito de ver no padre um padre.

Às vezes também a batina pode ser um sinal vermelho para o padre no sentido em que como sacerdote, vestido como padre, ele não pode tomar certas atitudes, ir a certos lugares, etc.
A batina é ainda um desafio para o padre. Temos que ser o que a batina representa.
Por isso eu digo: cuidado com a batina. Cuidado, meu irmão padre, para não se esquecer de seu hábito que lhe recorda sua identidade. Cuidado com a batina, pois ela o sinaliza. Suas ações e atitudes são vistas como ações de um ministro de Deus.
Mas quando digo aqui “cuidado com a batina”, eu quero mesmo é insistir num outro aspecto totalmente diferente.

Um dos grandes significados da batina é lembrar ao padre e aos outros que ele abriu mão de muitas coisas para se dedicar a Cristo, na simplicidade, na pobreza, numa vida austera, embora cheia de alegria. Ou seja, a batina nos convida a renunciar a roupas ostensivas, roupas de marca, cores preferidas por nós, roupas da moda, etc. Por isso se diz que a batina é sinal de morte para o mundo. Neste sentido.
Mas eu percebo um pouco hoje entre nós padres e, talvez, mais ainda, entre seminaristas, uma atitude que é uma grande incoerência: usar a batina por vaidade. Fazer da batina um meio de ostentação. Já viram na internet fotos de padres e seminaristas fazendo poses de batina, querendo imitar fotos antigas, um pezinho pra frente, olhar para o infinito, uma boa quantidade de gel no cabelo, etc., etc?

A batina que tem que ter não sei quantos botões, em honra dos anos da vida de Jesus, das bem-aventuranças, dos coros angélicos... O tecido tem que ser tal que para dê uma boa caída. A faixa tem que ter tantos centímetros de largura, uma franja bem entrelaçada para lembrar a rede de São Pedro. A capinha para imitar S. João Bosco. O solidéu... Outro dia um jovem desistiu de nosso Seminário porque me perguntou se nossos seminaristas usavam solidéu e eu disse que não. Imaginem. Uma vocação condicionada a um solidéu...

E o preço que às vezes se paga por uma batina, porque tem tal tipo de corte, é de tal marca... Até a batina virou roupa de marca.
O que acontece então? Aquela veste que seria um convite à simplicidade e à pobreza, torna-se ocasião de vaidade, de ostentação, de consumismo.
Nestes casos, o uso da batina não serve para mostrar a condição de ministros de Deus, mas para a pessoa se mostrar, se exibir através da batina.
Mais triste ainda quando a pessoa que faz uso da batina tem um comportamento que não condiz em nada com a condição de discípulos de Cristo, mortos para a vaidade e para as coisas mundanas.

Por isso digo: cuidado com a batina!
Não estou defendendo que não se use a batina. Até porque eu só ando de batina. Quero dizer que devemos usá-la corretamente. Ter cuidado porque o diabo, que se veste de anjo de luz, pode também querer usar da batina para nos fazer cair no contrário de tudo o que ela significa e nos recorda.

Cuidado com a batina! Cuidado para não deixar de lado este grande sinal.
Cuidado para não usá-la mal, deformando o seu significado. Cuidado para não transformar o remédio em veneno. Cuidado para não transformar o hábito que é um sinal do que trazemos lá dentro de nós, em uma capa que esconde o que lá dentro não está bem.
Dizer “cuidado com a batina” não é um convite para não usá-la, mas um apelo a usá-la corretamente, segundo o que realmente ela é e nos lembra: sinal de morte às coisas mundanas, entrega e consagração a Deus como seus ministros no seguimento de Cristo, a serviço de nossos irmãos.

*Reitor do Seminário da Imaculada Conceição - Adm. Apostólica S. João M. Vianney

Fonte: Clique aqui 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Aniversário de 3 anos do blog

Salve Maria! Neste dia 07 de Junho o Blog Mater Dei completa 3 anos de existência,  e nesta data tão significativa para nós deixaremos aqui apenas algumas palavras porque qualquer coisa que fosse escrita ainda seria pouco em agradecimento a tudo que Deus fez por nosso humilde apostolado. Há pouco mais de 3 anos tivemos a ideia de começar a postar na internet de uma forma mais abrangente nossas reflexões a respeito de assuntos relacionados a nossa fé e resolvemos criar um blog, enquanto pensávamos no nome que ele teria várias opções vieram a mente, mas nada melhor do que entregar nosso apostolado a Santíssima Mãe de Deus pois tudo o que fazemos para Ela conseqüentemente estaríamos fazendo para seu Filho.

Foi um caminho de altos e baixos devido as nossas fraquezas e disponibilidade de tempo, além de nossas reflexões próprias começamos a compartilhar textos de santos, grandes escritores católicos e também de alguns amigos que nos ajudaram esporadicamente – como devia de ser pois nosso trabalho é ínfimo perto dos grandes - mas o resultados foram muito maiores do que poderíamos imaginar, Nossa Senhora levou nossas postagens a muitas pessoas e com isso conseguimos ajudá-las na vida espiritual, mesmo que fosse apenas um pouquinho.

Então, este é um dia de agradecimento, primeiramente a Deus por ter nos dado essa graça de poder compartilhar estes ensinamentos, por ter nos usado como instrumentos neste apostolado que não é nosso, é da Igreja, agradecer a Santíssima Virgem Maria, nossa Santa Mãe, que nos guiou todo o tempo e que queremos mais ainda nos entregar a Ela, que Ela conduza todo nosso apostolado, aos meus amigos João Carlos Resende, Jean Carlo da Silva e William Dias que toparam a ideia de criar o blog e começarmos a batalha, aos outros colaboradores no qual esporadicamente escreveram para nós, aos que nos apresentaram bons textos de santos e outros escritores para postarmos aqui, e também, a todos aqueles que já passaram por nosso blog, – e principalmente – pelos que rezaram por ele, sem as orações não podemos nenhum passo, por isso também já peço a todos os que lerem este texto que rezem uma Ave-Maria por nosso apostolado, para que sejamos fiéis a Igreja, ao Papa, a Nossa Mãe Maria e acima de tudo a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Então, hoje é dia de agradecer a Deus por tantas graças, pois talvez os mais beneficiados com isso tudo sejamos nós que administramos o blog, pois para levar um estímulo de santidade aos outros nós devemos primeiramente nos esforçarmos bravamente para sermos coerentes com o que pregamos, e isto serve de estímulo para nós mesmos, e nisso tudo sempre vimos a intercessão de Nossa Mãe Santíssima ao nosso lado, talvez essa seja a maior graça recebida, mesmo sendo pequenos podemos batalhar pelo nome da Mãe de Deus.

Pedimos a intercessão da Virgem Maria, Santa Mãe de Deus, de seu Castíssimo Esposo São José e de todos os santos do Céu para que sempre guarde e guie nosso apostolado, que nada que dissermos seja contrário a que Nosso Senhor quer, também pedimos por você e sua família, caro leitor, e sempre contamos com vossas orações, que Nossa Senhora lhe guarde.


Abaixo deixaremos alguns dados do blog sobre estes 3 anos de existência:

Primeiro texto: Objetivo do Blog

Total de acessos: 58.606
Mês com maior acesso: Janeiro de 2013 - 5789 acessos.

Os 10 textos mais acessados:

04/07/2011
4726
23/11/2012
1576
24/04/2013
1540
Em defesa de São Sebastião e de seu verdadeiro legado...
20/01/2012
1513
07/07/2012
1460
12/08/2012
1442
15/01/2012
1136
18/12/2011
978
24/10/2012
973
06/09/2012
929

Acessos por país: (Os 10 mais...)
Brasil
50220
Estados Unidos
3249
Portugal
1456
Rússia
429
Alemanha
329
Angola
149
México
122
Espanha
98
Reino Unido
94
Bolívia
82

Origens do tráfego (De onde partiram os acessos ao blog) (Os 3 mais)
18454
5083
1975


Os banners utilizados:

1º 
 2º
 3º






quarta-feira, 24 de abril de 2013

Os “beijos íntimos” no namoro são pecado?

"Quero formar uma família verdadeiramente cristã; um pequeno cenáculo onde o Senhor reine nos nossos corações, ilumine as nossas decisões, guie os nossos programas". Santa Gianna Molla [1]


“Os noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, urna aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus. Reservarão para o tempo do casamento as manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade” diz o Catecismo da Igreja Católica [2] e neste contexto – ao falar dos noivos – também se incluem os namorados, e como foi dito, certas manifestações de ternura são específicas do amor conjugal, ou seja, dos que já estão casados, e dessas a principal manifestação é a relação sexual.

Graças a Deus vemos crescer o número de pessoas que tem a intenção de viver um relacionamento casto, e nesse contexto vemos surgir também muitas dúvidas e questionamentos a respeito, uma delas – e provavelmente a mais polêmica – é a discussão sobre se é lícito que um casal de namorados dêem “beijos íntimos”, os chamados “beijos de língua”, - não gosto deste termo por ser um tanto vulgar, mas o uso para exemplificar, pois  já  vi pessoas fugirem do assunto dizendo que existem “níveis de beijos íntimos”, por isso vou logo direto ao assunto para não haver margem para interpretações, - e o motivo deste assunto ser polêmico e fazer com que muitos não o abordem é que ele é sempre um divisor de águas no real entendimento do que é um namoro casto, muitas vezes tem se a falsa ideia de que só é preciso que não haja relação sexual para que o relacionamento seja casto e  o casal não precise se preocupar com mais nada, mas há outras manifestações de carinho que são próprias dos casados pois são uma preparação para a relação sexual, conseqüentemente são ilícitas para namorados e noivos.

É sobre isto que trataremos nesta postagem, apresentaremos alguns apontamentos de autoridades nestes assuntos sobre castidade e também alguns pontos de bom senso sobre o assunto, nossa intenção é que sirva de um estopim para sua reflexão e estímulo para aqueles que já pensam a respeito, por isso é imprescindível que você leia os complementos dos textos indicados (no final da postagem há o link que direciona ao texto completo de cada autor indicado) e também que você leia esta postagem com boa vontade, com o espírito de aprendizagem e aberto a verdade, por mais que a verdade seja incômoda, pois uma pessoa que quer viver a castidade não se pergunta primeiro se deve agradar o namorado ou a namorada, antes ela se pergunta se seus atos estão agradando a Nosso Senhor Jesus, este é o verdadeiro comportamento de um filho de Deus, agindo de forma contrária caímos no pecado, ofendendo a Deus, destruindo a nossa vida e a de quem amamos:

“O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. Foi definido como "uma palavra, um ato ou um desejo contrários à lei eterna”. [3]
Então, vamos aos apontamentos, que o Divino Espírito Santo esclareça nossa inteligência:

Pe. Thomas Morrow: [4] “Uma pergunta clássica entre os solteiros diz respeito ao french kiss ou beijo de língua. É aceitável? Redondamente, não. Houve mulheres que me disseram serem capazes de fazê-lo sem se sentirem excitadas, e acredito nelas. Mas, é difícil encontrar um homem normal que não se excite com um beijo de língua. As mulheres são responsáveis pelo que provocam no homem, assim como pelo que provocam e si mesmas.
Um estudante disse-me: - "Padre, eu consigo dar um beijo de língua sem excitar-me". Repliquei-lhe: - "Talvez seja porque o faz mal". Também pode ser porque, pela prática constante, um homem se torne insensível, mas esse processe de insensibilização esconde já muitos pecados graves [...]
O propósito do namoro é chegar a conhecer a outra pessoa para ver se seria conveniente casar-se com ela. Os beijos prolongados não ajudam a alcançar esse objetivo. Geralmente, faz-se isso por ser agradável, não para se chegar a uma descoberta interpessoal. De modo que, ainda que os beijos prolongados não provoquem excitação (o que poderia ser caso para uma consulta médica), são contraproducentes para o namoro. São pelo menos um pecado contra a virtude da prudência [...] Pôr-se voluntariamente em perigo de pecar já é um pecado.”

Jason Evert: [5] Quando se fala de pecados de impureza, muitas pessoas pensam: “Se é um pecado mortal, então eu não quero. Mas se for só pecado venial, então não quero perder!”. Precisamos deixar de lado essa idéia minimalista que se foca em “até onde podemos ir sem ofender a Deus”. Mesmo o menor pecado divide, enquanto a pureza faz nascer o verdadeiro amor. Elizabeth Elliot escreveu em seu livro Passion and Purity: “Como posso falar de alguns beijos imprudentes para uma geração que cresceu sendo ensinada que quase todo mundo vai pra cama com todo mundo? Daqueles que vagueiam no mar da permissividade e dos excessos, será que existe alguém que ainda olhe para o céu em busca do farol da pureza? Se eu não acreditasse que existe alguém assim, sequer me importaria em escrever.

Portanto, o beijo de língua provoca o corpo com desejos que não podem ser moralmente satisfeitos fora do casamento. Para o casal que está guardando o sexo para o casamento, o beijo de língua é como um garoto de quinze anos sentado no carro, na saída da garagem, só acelerando o carro estacionado, porque sabe que não tem carteira de motorista.
Eu acredito que o problema moral com beijo de língua é mais difícil de ser entendido pelas garotas, porque elas tendem a se excitar sexualmente de uma maneira mais gradual do que os rapazes. Se a excitação de uma mulher pode ser comparada com um ferro de passar esquentando pouco a pouco, a de um rapaz poderia ser comparada com o acender quase instantâneo de uma lâmpada elétrica. As reações sensuais em um rapaz tendem a ser mais imediatas, e quando a chama da excitação sexual se acende, um homem geralmente quer ir além [...]
Pense em guardar a paixão ardente para seu esposo ou esposa. Não apenas sua pureza será um dom e presente para seu cônjuge, ela vai fazer a afeição dele ou dela mais única para você também. No longo prazo isso vai unir os dois muito mais do que todas as “experiências” que o mundo recomenda que você tenha antes de se casar.

Pe. Luiz Carlos Lodi: [6] Alguns jovens, ridículos, dizem: “padre isso aqui é bom, mas está muito difícil, eu acho que não dá para fazer exatamente como está aqui, não, namorar desse jeito, ninguém agüenta…” Então, eles propõem um jeitinho, ao invés de não beijar a gente vai beijar rapidinho, ou então a gente vai beijar encostando só os lábios, mas não a língua, mas qual a distância entre os lábios e a língua? Um milímetro? Ou então “nós vamos beijar poucas vezes”. Tudo isso é ridículo. Se vocês já foram a um posto de combustível, seja ele de gasolina ou álcool, vocês não viram e eu também nunca vi, algum tipo de placa escrito assim: “fume pouco, acenda faíscas em outro lugar, produza poucas centelhas”, ridículo, ou você não fuma ou você já joga logo fogo em cima da gasolina, ou você não produz nenhuma centelha ou então você causa logo a explosão! Com o fogo não se brinca! Com o instinto que Deus colocou em nós, mas que é explosivo como o fogo e que é incendiário como a gasolina nós não podemos brincar. Namorados que querem fazer isso eu digo, sejam coerentes, se vocês querem fazer isso entreguem-se de uma vez à fornicação, se não querem fornicar, tratem de namorar de maneira correta! [...] O amor não se prova com abraço, não se prova com beijo, não se prova pela relação sexual, os animais também fazem isso e eles não se amam.
Como dito no início, é imprescindível a leitura do complemento destes textos, seus link’s estarão indicados no final da postagem. Passemos a mais alguns pontos que são de bom senso sobre o assunto, reflita sobre cada um, verá que fazem muito sentido.
Uma pessoa pediu ao Prof. Felipe Aquino [7] um conselho para se precaver e não cair no pecado da masturbação, entre outras coisas o professor respondeu que a pessoa não deve permanecer em situações que "mexam" com a sua imaginação, que não deve ficar observando situações que lhe provoquem a libido, dentre essas situações ele acentuou que as pessoas não devem ficar observando casais se beijando, principalmente em filmes, novelas e afins, pois isso é um estímulo a esses pensamentos.

Concordamos que o que ele disse faz muito sentido, qualquer um sabe que isso é uma realidade, disso deduzimos: Um casal sabe que olhar os outros se beijando é perigoso por causa do estímulo, agora imagine então o que acontece se o próprio casal se beijar? Se o olhar já os coloca em perigo de pecar, o que acontece se o próprio casal realizar um ato igual? Na sua consciência você já sabe a resposta.

Como foi dito, os beijos íntimos são uma preparação para a relação sexual, isso se liga a outro ponto que as pessoas não param para pensar, todo casal que caiu no pecado do sexo antes do matrimônio estava se beijando antes de ter a relação, é praticamente impossível imaginar que um casal que namore somente de mãos dadas de repente “pule” para uma relação sexual. Então, só o fato de serem praticamente nulas as chances de um casal que namore sem estes beijos íntimos cair no pecado da fornicação já faz que este tipo de namoro seja infinitamente mais agradável a Deus do que o namoro com beijo.

Outro ponto, talvez o mais importante, nada melhor do que observarmos a vida dos santos, seus exemplos nos arrastam a Cristo e são neles que devemos nos espelhar. E tivemos uma santa de nossos tempos que viveu a vocação matrimonial, e obviamente passou pelo tempo de namoro antes de se casar, por isso podemos te-la como grande exemplo, é Santa Gianna Molla. Agora, reflitamos com seriedade, será que ela e seu namorado – e futuro esposo – o Sr. Pietro Molla tiveram um namoro com beijos íntimos? Você sabe que não tiveram, seja sincero consigo mesmo, você não imaginaria uma santa com este comportamento.

Santa Gianna e seu esposo Pietro
 Então, você quer mesmo viver um namoro santo? Está na hora de se perguntar se realmente você quer um namoro casto, que agrade a Deus, ou um namoro que somente satisfaça seus prazeres. Santa Gianna disse: "Se na realização de nossa vocação devêssemos morrer, seria esse o dia mais bonito da nossa vida!".[8] Se o sentido do namoro é a preparação para o matrimônio e sabendo que a vida matrimonial irá requerer inúmeros sacrifícios e grandes responsabilidades, só estará preparado para o casamento aqueles que estão abertos a sacrifícios deste o tempo de namoro, ainda mais quando é pro bem de si mesmo e do outro como é deixar de ter esses beijos íntimos. Quem ama de verdade não faz algo que coloque o outro em perigo de pecar.

Dois outros questionamentos comumente vistos: E se o outro não quiser um namoro assim? Não namore, o amor se prova com sacrifícios e pela fidelidade aos mandamentos de Deus em primeiro lugar, se você já percebeu que uma coisa é agradável a Deus mas o outro não quer viver aquilo não é bom sinal, é claro que todos podem se converter, mas é algo para ser muito bem refletido, pois relacionamentos são situações que mudam nossa vida por completo, e a pior conseqüência de um relacionamento ruim é nos afastar de Deus. Há uma situação inversa que mostra como este sacrifício é um bom sinal, se um casal está se conhecendo e um deles diz que se vierem a namorar quer que tenham um namoro sem beijos íntimos, se o outro aceita é um grande sinal de que este está interessado no outro como pessoa por completo e não somente em possíveis prazeres, isto é uma verdadeira prova de amor, este primeiro sacrifício pelo outro mostra que ele está aberto aos grandes sacrifícios que possam vir no futuro.

Mas é claro, as coisas não podem ficar só nas promessas ou no empenho em viver esses bons valores somente no início do namoro, as tentações são fortes e qualquer um pode cair, devemos antes contar com a graça de Deus, ter uma vida de oração e freqüência aos sacramentos, principalmente da Eucaristia e da Confissão, sem a graça de Deus de nada adianta nossa luta. Aos que já namoram e perceberam que devem mudar o comportamento essa é a hora ideal para isso, apresente ao seu namorado (a) estes textos dos autores indicados acima, será de grande ajuda para o entendimento.

Mas vão zombar de mim! Sim, vão, mas zombaram até de Nosso Senhor, sempre zombarão dos que buscam o bem, e quando vier aquela sensação de desistência por te criticarem, seja forte, lembre-se que você é um filho de Deus e não do mundo: "Se alguém zomba de você ser casto, saiba que é o fraco que está zombando do forte, que é o derrotado que está zombando do vencedor. É por que ele não consegue fazer o que você faz que ele está zombando de você. Mas você não tem que sentir vergonha de ser casto, por que Jesus foi casto, Maria Santíssima, São José, São João Batista, São João Evangelista, São Paulo, eles nos ensinaram a virtude da castidade por que ela é maravilhosa, estamos seguindo os passos deles." Pe. Luíz Carlos Lodi

Para terminar, respondendo a pergunta do título da postagem: Osbeijos íntimos” no namoro são pecado? Sim, são pecado. Creio que depois dessas reflexões acima você percebeu que este tipo de manifestação é própria dos casados, pois é uma preparação para a relação sexual, e quando é praticado pelos não casados torna-se uma ofensa a Deus, ao outro e consequentemente a si mesmo, como foi dito, o pecado é  “falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens.”, o pecado nos afasta de Deus e torna nossa vida triste e sem sentido, sempre houve pessoas que se arrependeram de viver uma vida impura mas nunca houve uma que se arrependeu de viver uma vida casta, pois uma vida assim tem sacrifícios, mas é feliz. Pense nisto,  de agora em diante todas as vezes em que você estiver em alguma situação em que surja este assunto lembre-se destas reflexões mostradas na postagem.

Esta citação a frente mostra o que é verdadeiramente um namoro cristão, e que é neste tipo de namoro que devemos nos espelhar, pois é somente  de um namoro casto que nasce um casamento forte, íntegro e feliz! “Dias antes do seu Matrimônio Santa Gianna escreveu ao futuro marido: "Você não acha interessante fazermos um tríduo para nos prepararmos espiritualmente antes do casamento? Nos dias 21, 22 e 23, Santa Missa e Comunhão, você em Ponte Nuovo, eu no Santuário de Nossa Senhora da Assunção. A Senhora acolherá as nossas preces e desejos e, porque a união faz a força, Jesus não poderá deixar de escutar-nos e ajudar-nos." [9]

Peçamos a Virgem Santíssima, Rainha da Pureza, e seu Castíssimo Esposo São José que roguem a Deus por nós para que vivamos uma vida casta e pura, nos caminhos que Ele designou para nós.

Grifos nossos

Tiago Martins

Referências:
[4] Pe. Thomas Morrow – Autor do conceituado livro “Namoro cristão em um mundo supersexualizado. O complemento de seu texto pode ser lido acessando este link: Sobre beijos no tempo de namoro”.

[5] Jason Evert - é um autor e palestrante sobre castidade, tem seus livros e artigos muito difundidos em vários site sobre o assunto, também fundou o Projeto Chastity, uma organização que dá suporte a adolescentes que querem viver a castidade. Ele é Mestre em Teologia pela Universidade Franciscana de Steubenville. Acesse complemento de seu texto através deste link: "E o beijo de língua? Está tudo bem? Todo mundo me diz uma coisa diferente."

[6] Pe. Luiz Carlos Lodi - é presidente do Movimento Pró-Vida de Anápolis-GO que tem a finalidade de promover a dignidade e a inviolabilidade da vida humana e da família e defender tais valores contra os atentados de particulares ou dos poderes públicos. Acesse complemento de seu texto através deste link: "Namoro Santo à luz da Consagração à Imaculada."

[7] Programa "Pergunte e Responderemos", TV Canção Nova - 07/12/12

Mais alguns textos sobre namoro cristão:
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...