quinta-feira, abril 22, 2004

Rock Wall

Uma vez por mês, o pessoal abre a parede de escalada para a tripulação... E também o rink de gelo para patinação. Como estou terminando cedo (após o último show), dava tempo e eu fui tentar uma vez... Afinal, de que adianta estar num navio assim se não se aproveita tudo o que ele oferece?

Lá fui eu, rumo ao deck 15, com uma chileninha que acabou de chegar. Ela foi só para tirar fotos (e a burra ainda tirou umas duas fotos só, e bem tremidas!). Fiz o ritual de colocar sapatinhos, cintos, capacete, e lá fui eu... É alto pra caramba, e dif~icil demais! Vendo não parece... Eu me atrapalhei toda, acabei com as pernas muito separadas, segurando todo o peso do corpo nas mãos... Faltou uns 3 mt para eu chegar lá em cima. Mas valeu a sensação, apesar da dor nos antebraços depois. Se eu não estivesse malhando direto, teria sentido muito mais.

Quando abrirem o rink de patinação - se eu puder ir - eu conto.

A próxima aventura será um curso de mergulho, feito a bordo, mas quando eu tiver guardado uma graninha.

Por agora é só isso.

PS: Feedback do show de patinação no dia do mar revolto: não rolou nada! O mar estava mais calmo lá pela hora do show.... Desapontamento!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, abril 19, 2004

Rocking and Rolling!!!!!!!!!!!!!

Bom, creio que pelas minhas explicações não dá mesmo para ter idéia do tamanho deste navio. Mas estando dentro dele, você às vezes esquece.... Até que o mar um dia se torne revolto, e você se sinta dentro de um liquidificador! Saimos de Nassau ontes às 4 da tarde, e uns 50 minutos depois, comecou a balaçar, aumentando progressivamente. Faz três semanas que estou trabalhando no Metropolis Theatre - dois andares, capacidade para 1100 pessoas ou mais! Ele fica no deck 5, foward, ou seja, bem na frente no navio. Pega as ondas de frente. Não sei como não cancelaram o show, pois dançar e cantar no palco quando o cenário atrás do elenco se movia para lá e para cá não á para qualquer um não.

Aliás, um comentário: já conheço todos os shows de cor! Hoje e]é dia de comedia, num show da meia noite, para adultos. Aquelas piadas bem americanas... Realmente espero que semana que vem me troquem de bar.

Se o navio não parar de balançar - o mar segue revolto - quero ver como vai ser o ice skating show hoje a noite. Se dançar e cantar já e dificil, imagina então dançar e patinar no gelo, com aquelas piruetinhas e tudo? Acho que verei belos tombos hoje.

Ontem chegou uma chilena nova, vinda do Serenade of the Seas - o barco mais novo da frota. Está estranhando tanto quanto eu, pois a atmosfera daqui é mais relaxada - com limpeza inclusive! Mas isso nos faz ter menos enchção de saco. Então levei a mocinha no crew bar comprar cigarros e ensinar o caminho a ela. Justo eu, que cada vez que ponho o pe no I-95 (corredor que corta o barco de ponta a ponta no deck 1) tenho que olhar para os dois lados para descobrir para onde ir... Lá chegando, encontramos amigos, várias Coronas, e por lá ficamos. O crew bar fica no deck 3 aft (bem atrás no navio) e á aberto - tem teto, mas as "janelas" são abertas. O spray das ondas espirrava na gente... Depois de várias Coronas e de ver dois de meus supervisores bem alegres, decidi que era hora de dormir. Difícil saber se não consegui andar reto pela bebedeira ou mar virado...

Esqueci de dizer também que ontem foi dia de festa do Capitão, onde damos bebidas grátis para os passageiros por uma hora - na verdade, champagne vagabundo. A recepção acontece no Royal Promenade, uma "rua" dentro do navio, que o corta de ponta a ponta, e que tem 3 decks de altura - um átrio gigante. Ali se concentram os 3 mil passageiros, e o Capitão (Rick Sullivan, canadense e bonzinho que só) vai fazer um discursinho. Temos de passar por esta gente toda com bandejas carregadas de taças de champagne, cuidando para que não esbarrem nelas e que não derrubemos champagne nos vestidos de gala das peruas. Ontem foi mesmo um desafio. Eu olhava minha bandeja e via as taças pendendo para um lado e para outro.... Divertido, mas não causei nenhuma desgraça - o que prova que voltei ao trabalho em forma!

Bom, por hora é só. Amanhã estaremos na Jamaica, mas tenho que trabalhar no almoço. Faz parte. Ao menos tenho uma bela vista do porto lá do deck 11.

sábado, abril 17, 2004

Um sopro de ar fresco...

Desde que cheguei, só saí duas vezes. Uma em Cozumel, para almoçar com minha amiga chilena Midzilla (sim, este é o nome da cabrocha), e depois tomar um café com ela e mais um bartender argentino - o primeiro de sua raça que vejo por aqui. Ele é super buena onda, mas não entende porque os mexicanos tratam ele mal depois que descobrem sua origem... :)

A outra vez foi em St Thomas, para fazer compras no K Mart. Travesseiro, toalhas, tapete de banheiro, enfim, coisas que façam a cabine ficar mais agradável. Neste mesmo dia, fui trabalhar no bar do teatro e saí um pouco mais cedo da cabine - assim poderia ver o sail away. Foi muito impressionante ver o Capitão puxar este barco enorme do porto tão devagarinho... Depois a velocidade aumenta, ele se vira sobre seu eixo...Lá embaixo, no porto, os trabalhadores portuários soltavam as amarras - fácil como se elas fossem fininhas, mas tem a espessura de minhas coxas ao cubo...

Ao fundo, o sol se punha, as pessoas la embaixo acenavam com as mãos, e então ele tocou o "apito" uma vez. As gaivotas voavam ao redor do barco, dizendo "Me, Me", como no filme do Nemo. Um passageiro parou do meu lado e começou a fazer um montão de perguntas. Queria ficar sozinha e o mandei (sugeri) para a piscina, pois é mais alto. Ele foi - e voltou! Dizendo que não tinha gostado da sugestão!!!! Ai fui embora trabalhar, depois de escutar o Capitão tocar o apito mais três vezes, indicando a partida. Ai me lembrei porque estou aqui. Me arrepiei toda.

Depois fui trabalhar no show no Studio B, a pista de patinação no gelo. O navio se movia (balançava mesmo) e pensei quão impressionante é um show de patinação no gelo em pleno mar. O cuidado que os caras tem para o gelo não quebrar quando o mar está bravo, o cuidado dos patinadores para não se machucarem.... Isso aqui é mesmo um shopping flutuante.

Esta semana me toca a terceira semana no Metropolis - o teatro com 1100 lugares. Já conheço os shows de cor - inclusive o de ice skating. Há tambem um malabarista peruano que trabalhou no circo Thiany - mundo pequeno - e morou em SP por 3 anos. A irmã dele é contorcionosta. Fazem um show bem legal. As chilenas dizem "el chow de la mina que se dobla". Me cago la risa, como dizem elas.

Já tenho uns amiguinhos portugueses, peruanos, colombianos, mexicanos... A latinaiada toda junta. Cada um se vira como pode.

Ainda não estreei minha maquina digital - comprei a que o Daniel indicou - powershot A80, mas o farei logo!

terça-feira, abril 13, 2004

Dez dias entre céu e mar....

Cheguei e já fui me ajustando... O bicho é imenso, mas com dez dias já dá pra me achar. Uma vez num navio, o senso de direção não muda. Semana passada sai em Cozumel para comer uma comidinha mexicana. Hoje em St Thomas, para umas comprinhas de guloseimas para aquela fome fora de hora.

A cabine e mínima (a menor que já estive) mas tem internet e tudo - apesar de cara. Minha room mate é chilena, se chama Paula, e é Chef de formação também... Mas vive de fogo - acho que vai ser despedida rapidinho.

Encontrei alguns amiguinhos do Splendour aqui, inclusive um bartender turco e um filipino. O resto são rostos novos!

Antes de embarcar estive com a Ana Paula de Paula e sua família - visitei sua linda casa nova e tudo. Foi show!

E por hora é isso mesmo, pois tô morrendo de pressa. Muita coisa para fazer hoje, e tenho pouco tempo.

Mas continuem comigo que estou na área!