Finalmente havia chegado a hora de viajar pra Oslo pra assistir ao show de Leonard Cohen, um dos maiores letristas da história (pra mim), e passear um pouco.
Começou mal, pois nosso avião atrasou uma hora pra sair de Bodø. Chegamos em Gardermoen às 6 da tarde, pegamos o trem correndo às 6:15. Chegamos na estação central de Oslo pouco antes das sete, corremos feito loucos até o hotel. O show começava às 7:30... Pedimos pro recepcionista já pedir um taxi enquanto deixavamos a mala no quarto. O taxista que nos levou até riu, porque estávamos relativamente próximos ao Spektrum (umas 8 quadras) mas atrasadíssimos. No fim o show atrasou, e tivemos tempo de comprar ao menos uma água antes de nos prostrarmos nas cadeiras das últimas fileiras do Spektrum, lá no alto das alturas... E assim que entrou no palco, L. Cohen saluda a platéia: "Thank you friends for showing up tonight in large numbers, and climbing the heights to your seats!" (Obrigado amigos por comparecerem em grandes números e escalar as alturas até seus assentos). Não levei a máquina fotográfica por respeitar a proibição especificada no ingresso. Lá dentro tinha muita gente filmando. Procurei no Youtube, mas ainda não subiram os vídeos (se subirem, considerando que a média de idade da platéia era acima de 60 anos...). Por isso, usarei alguns vídeos do show de Malmö. UPDATE - a vovozada subiu os vídeos, e alguns usados na postagem são de fato do show em Oslo! Ueba!
O show foi maravilhoso, uma experiência única, da qual eu não me arrependo, mesmo tendo sentado tão longe do palco e visto o cantor do tamanho de um Playmobil... A voz do cara é tão poderosa quanto sempre foi, grave de tudo, e ele, do alto dos seus 76 anos, ainda manda muito bem. Até dançar ele dança. A banda dele é incrível, e a acústica do Spektrum estava excelente. Amamos... O show começou às quase 8 da noite. Às 9 e meia eles fizeram um intervalo de 15 minutos, e voltaram para tocar até depois de 11 e meia! Ele prometeu que daria tudo de si - e cumpriu.
Tower of Song - a música da volta do break, e ele, depois de fazer o solinho do teclado, agredeceu dizendo que era o drink que ele tomou no intervalo o responsável pelo solinho...
Halleluja - lá pelas tantas, ele toca a pérola, e eu me debulhei em lágrimas, não consegui me conter. E ninguém canta essa música como ele... (esse vídeo é de Malmö)
I'm your man - a primeira música do Cohen pela qual me apaixonei, lá pelos idos de 1995 lá em Cumuruxatiba, Bahia, na Barraca Porto Belo...
First We Take Manhattan - umas das saideiras, uma música que fez MUITO sucesso na Noeruga, onde Cohen é um Deus, como aprendi ontem com o marido de Carolina...
Pra quem quiser, mais vídeos do show aqui (If it be your will, com as Webb Sisters, liiiindooooooo) , aqui (Who by fire, também lindo!) e aqui (Everybody Knows, maravilhosa, mas de longe, assim como nós...)
Saímos do show extasiados, mas famintos e exaustos, portanto paramos no Seven Eleven da Karl Johan, um lugar não muito agradável num fim de semana à noite (prostitutas, bêbados, drogados, pedintes... Ufa!), compramos um lanchinho e fomos pro hotel. E o hotel tinha aquelas camas que reclinam com um controle remoto, coisa maravilhosa! Eu preciso de uma daquelas, agora, estoy enamorada! E já deixo aqui a recomendação... Indo à Oslo, fique neste hotel ( Clarion Collection Hotel Bastion)! Boa localização, café da manhã e jantar incluídos na diária, quarto agradável, que não tem cara de quarto de hotel, e as camas com controle, impagáveis!!!!
Depois de dormido o sono dos justos, acordamos para um sábado de muito, muito sol. E lá fomos nós de metrô pro museu do Munch. O lugar estava cheio, mas não lotadaço. Deu pra ver tudo com calma e até assistir filminhos sobre a vida do Munch (que eu não tinha conhecimento, além do Grito, eu não sabia nadica de nada sobre ele). Fora as telas do período Frieze of Life, entre as quais Vampiro, aí ao lado, mais me impressionou, as obras do período em que ele se mudou pra uma propriedade em Skøyen, onde morreu cercado de telas e nada mais, também me impressionaram muito. Depois de visitar a exposição, fomos comprar um poster na lojinha e tomar um delicioso Illy Cafe no divino café do museu, num jardim lindo. Foi uma manhã excelente. E como o tempo tava fabuloso mesmo, resolvemos ir até o Vigelandsparken, uma parte do Frognerparken que tem esculturas de Gustav Vigeland.
Nem preciso dizer que o lugar estava apinhado de gente... Lembrei de meu pai, em sua viagem à China, que escreveu que nunca imaginou fotografar tantas costas de chineses... Mas enfim, um dia de verão maravilhoso pros padrões nórdicos. Cachorros, bebês, turistas, aquela farofada toda. Mas o que mais me chamou a atenção (além das magníficas esculturas), foram os roseirais do parque. Absolutamente TODOS floridos, com rosas de toas as cores possíveis!!!
Tantas flores, mas tantas flores, que até as balinhas que vieram na conta do café onde paramos pra uma providencial e refresante cervejita tinhas florzinnhas, que mimo!
Então tomamos o metrô de volta ao hotel, e foi só o tempo de eu dar uma refrescada e um jeito na cara e no cabelo (afinal, ia encontrar, além de Carolina e Márcia, a Nara, que tem um blog super bem humorado sobre moda e estilo. Eu não podia fazer feio, né!). Nara logo mandou uma mensagem que já estava em Aker Bryge. Caminhamos uns 10 minutos e foi partir pro abraço.
Engraçado que a gente encontra pela primeira vez uma pessoa que nunca viu, mas sente que já conhece, fica faltando um detalhe importante (já tinha conversado isso com Sonildes em Malmö), a voz!!! A gente ouve pela primeira vez a voz e o sotaque da pessoa!!! Mas foi uma beleza de tarde.
Nara e eu enroscamos no papo em português e por uma meia hora Lars ficou a ver navios, agarrado com sua cerveja. Então chegou Carolina, e a mesma surpresa não-surpresa... Era como encontrar uma velha amiga que não víamos a tempos.... Ah, os blogs tem um poder bem maior do que se imagina!
Quando decidimos mudar de lugar porque estávamos com fome e o bar que escolhemos não tinha o traguinho da Nara (porque ela é fina e exigente, rsrsrsrs), Márcia chegou. E puf, foi a terceira velha-nova amiga que pude abraçar naquele dia. Passamos literalmente HORAS tagarelando. Os maridos? Foram renegados a uma mesa separada (não porque fomos más assim com eles, mas porque era hora do rush em Aker Bryge e só tinham mesas separadas) e obrigados a se entrosar, pobrezinhos. No fim tudo deu certo. Quando Nara resolveu fazer a travessia de volta ao lar, mudamos de bar novamente. Só saímos de lá pelas 11 da noite. Adorei! Preciso repetir a dose!!!
Muierada, foi excelente! E Márcia, sua fofa, aquele pavê de chocolate estava tudo de bom! Comi na cama, com colherzinha de plástico, e sozinha, rsrsrsrs!
Bom, só pra terminar o fim de semana como começou, o vôo de volta era às 8 da manhã. Saímos sonados do hotel e largamos o poster do Munch no quarto. Até lembrei, mas não tinha como voltarmos pra trás. Tristeza, mas tudo bem, era só um papel. E tudo corria bem no vôo, até que, chegando em Bodø, o aeroporto estava encoberto por uma neblina grossa. O avião estava quase quase pousando , mas como avisibilidade era zero, ele arremeteu e subiu de novo. Apavorei, confesso... Pensamos que ele ia tentar pousar na outra pista, sentido leste. Mas não, ele ficou sobrevoando o aeroporto por uns 45 minutos, até que a neblina dissipasse, caso contrário teríamos que ir a Trondheim! Graças à Nossa Senhora dos passageiros presos pela neblina, o capitão consegui pousar... Ufa, que susta!!!
O show foi maravilhoso, uma experiência única, da qual eu não me arrependo, mesmo tendo sentado tão longe do palco e visto o cantor do tamanho de um Playmobil... A voz do cara é tão poderosa quanto sempre foi, grave de tudo, e ele, do alto dos seus 76 anos, ainda manda muito bem. Até dançar ele dança. A banda dele é incrível, e a acústica do Spektrum estava excelente. Amamos... O show começou às quase 8 da noite. Às 9 e meia eles fizeram um intervalo de 15 minutos, e voltaram para tocar até depois de 11 e meia! Ele prometeu que daria tudo de si - e cumpriu.
Tower of Song - a música da volta do break, e ele, depois de fazer o solinho do teclado, agredeceu dizendo que era o drink que ele tomou no intervalo o responsável pelo solinho...
Halleluja - lá pelas tantas, ele toca a pérola, e eu me debulhei em lágrimas, não consegui me conter. E ninguém canta essa música como ele... (esse vídeo é de Malmö)
I'm your man - a primeira música do Cohen pela qual me apaixonei, lá pelos idos de 1995 lá em Cumuruxatiba, Bahia, na Barraca Porto Belo...
First We Take Manhattan - umas das saideiras, uma música que fez MUITO sucesso na Noeruga, onde Cohen é um Deus, como aprendi ontem com o marido de Carolina...
Pra quem quiser, mais vídeos do show aqui (If it be your will, com as Webb Sisters, liiiindooooooo) , aqui (Who by fire, também lindo!) e aqui (Everybody Knows, maravilhosa, mas de longe, assim como nós...)
Saímos do show extasiados, mas famintos e exaustos, portanto paramos no Seven Eleven da Karl Johan, um lugar não muito agradável num fim de semana à noite (prostitutas, bêbados, drogados, pedintes... Ufa!), compramos um lanchinho e fomos pro hotel. E o hotel tinha aquelas camas que reclinam com um controle remoto, coisa maravilhosa! Eu preciso de uma daquelas, agora, estoy enamorada! E já deixo aqui a recomendação... Indo à Oslo, fique neste hotel ( Clarion Collection Hotel Bastion)! Boa localização, café da manhã e jantar incluídos na diária, quarto agradável, que não tem cara de quarto de hotel, e as camas com controle, impagáveis!!!!
Depois de dormido o sono dos justos, acordamos para um sábado de muito, muito sol. E lá fomos nós de metrô pro museu do Munch. O lugar estava cheio, mas não lotadaço. Deu pra ver tudo com calma e até assistir filminhos sobre a vida do Munch (que eu não tinha conhecimento, além do Grito, eu não sabia nadica de nada sobre ele). Fora as telas do período Frieze of Life, entre as quais Vampiro, aí ao lado, mais me impressionou, as obras do período em que ele se mudou pra uma propriedade em Skøyen, onde morreu cercado de telas e nada mais, também me impressionaram muito. Depois de visitar a exposição, fomos comprar um poster na lojinha e tomar um delicioso Illy Cafe no divino café do museu, num jardim lindo. Foi uma manhã excelente. E como o tempo tava fabuloso mesmo, resolvemos ir até o Vigelandsparken, uma parte do Frognerparken que tem esculturas de Gustav Vigeland.
Nem preciso dizer que o lugar estava apinhado de gente... Lembrei de meu pai, em sua viagem à China, que escreveu que nunca imaginou fotografar tantas costas de chineses... Mas enfim, um dia de verão maravilhoso pros padrões nórdicos. Cachorros, bebês, turistas, aquela farofada toda. Mas o que mais me chamou a atenção (além das magníficas esculturas), foram os roseirais do parque. Absolutamente TODOS floridos, com rosas de toas as cores possíveis!!!
Tantas flores, mas tantas flores, que até as balinhas que vieram na conta do café onde paramos pra uma providencial e refresante cervejita tinhas florzinnhas, que mimo!
Então tomamos o metrô de volta ao hotel, e foi só o tempo de eu dar uma refrescada e um jeito na cara e no cabelo (afinal, ia encontrar, além de Carolina e Márcia, a Nara, que tem um blog super bem humorado sobre moda e estilo. Eu não podia fazer feio, né!). Nara logo mandou uma mensagem que já estava em Aker Bryge. Caminhamos uns 10 minutos e foi partir pro abraço.
Engraçado que a gente encontra pela primeira vez uma pessoa que nunca viu, mas sente que já conhece, fica faltando um detalhe importante (já tinha conversado isso com Sonildes em Malmö), a voz!!! A gente ouve pela primeira vez a voz e o sotaque da pessoa!!! Mas foi uma beleza de tarde.
Nara e eu enroscamos no papo em português e por uma meia hora Lars ficou a ver navios, agarrado com sua cerveja. Então chegou Carolina, e a mesma surpresa não-surpresa... Era como encontrar uma velha amiga que não víamos a tempos.... Ah, os blogs tem um poder bem maior do que se imagina!
Quando decidimos mudar de lugar porque estávamos com fome e o bar que escolhemos não tinha o traguinho da Nara (porque ela é fina e exigente, rsrsrsrs), Márcia chegou. E puf, foi a terceira velha-nova amiga que pude abraçar naquele dia. Passamos literalmente HORAS tagarelando. Os maridos? Foram renegados a uma mesa separada (não porque fomos más assim com eles, mas porque era hora do rush em Aker Bryge e só tinham mesas separadas) e obrigados a se entrosar, pobrezinhos. No fim tudo deu certo. Quando Nara resolveu fazer a travessia de volta ao lar, mudamos de bar novamente. Só saímos de lá pelas 11 da noite. Adorei! Preciso repetir a dose!!!
Muierada, foi excelente! E Márcia, sua fofa, aquele pavê de chocolate estava tudo de bom! Comi na cama, com colherzinha de plástico, e sozinha, rsrsrsrs!
Bom, só pra terminar o fim de semana como começou, o vôo de volta era às 8 da manhã. Saímos sonados do hotel e largamos o poster do Munch no quarto. Até lembrei, mas não tinha como voltarmos pra trás. Tristeza, mas tudo bem, era só um papel. E tudo corria bem no vôo, até que, chegando em Bodø, o aeroporto estava encoberto por uma neblina grossa. O avião estava quase quase pousando , mas como avisibilidade era zero, ele arremeteu e subiu de novo. Apavorei, confesso... Pensamos que ele ia tentar pousar na outra pista, sentido leste. Mas não, ele ficou sobrevoando o aeroporto por uns 45 minutos, até que a neblina dissipasse, caso contrário teríamos que ir a Trondheim! Graças à Nossa Senhora dos passageiros presos pela neblina, o capitão consegui pousar... Ufa, que susta!!!
E aqui, Bodø ao fundo, Fauske abaixo de nós. Olha a situação da neblina...
A surpresa boa? Ligamos no hotel em Oslo, conversamos com o recepcionista, perguntamos se era possível que enviassem o poster, e ele chegou ontem... Só na Noruega mesmo...