quarta-feira, novembro 17, 2004

Novidades

(Labadee, propriedade particular da Royal no Haiti)


Bom, já estou de volta há 7 semanas, e muita coisa tem acontecido... Nem sei se soará tão interessante, mas a vida tem sido bem intensa por aqui...

Amigos chegaram, amigos se foram e não voltam mais... Faz parte. Pra quem fica, é tudo trabalho e festa. Que aliás tem dado uma acalmada, mas vem aí final de ano e elas vêm em cascata.

Então foi assim: um dia sai com meu amigo húngaro pra praia em Labadee (a ilha particular da Royal no Haiti). Nos "disfarçamos" de passageiros, ganhamos coco loco (um drink dez!) gratis, e ainda nos metemos na fila do almoço no meio dos passageiros, de óculos escuros e boné, e ninguem nos pescou - e se pescasse, era warning na certa! Um dia lindo.


Outro dia, sai de voluntária na Jamaica. Há um lugarejo chamado St. Ann's Bay, bem pobre, onde há um hospital público que cuida de loucos e idosos. O furacão Ivan detonou o lugar, e a gerência do Navigator resolveu levantar fundos para ajudá-los. Rolaram várias rifas e bingos, e doações espontâneas de tripulantes. Então eles pediram gente para ir com o Hotel Manager e a Crew Activities Manager e a Human Resources Manager levar as doações para o hospital. Só eu e mais uns 5, sendo 2 do gift shop, um camareiro jamaicano, uma mocinha do youth staff e dois filipinos eletricistas, para instalar a máquina de lavar nova que levavamos. Um longo caminho, uns 30 minutos de carro, pela costa jamaicana. Chegando lá, o lugar era extremamente miserável. O cheiro era terrível, mas as pessoas estavam tão felizes que foi possível aguentar tudo. Me senti muito mal com tudo aquilo, mas feliz de ter ido.

(St. Ann's Bay, Jamaica; vista dum mirante a caminho de Megans Bay, St. Thomas)


Depois ganhei do Raul, o brasileiro que trabalha com as excursões em terra, um tour para dois para Megan's Bay beach em St. Thomas. Levei meu amigo Norbert, o húngaro. Foi um dia lindo. Praia lotadassssa, mas a água estava uma delícia.

Depois teve um outro dia na Jamaica, onde minha colega Anoushka organizou sua despedida. Nos acompanharam uma sul africana e uma espanhola do spa, um amigo meu, chileno, Cristian, do room service, e minha roomie Blanca, a peruana. Fomos a um autêntico restaurante italiano, o Evita´s, no alto das colinas, de onde se tem uma vista fantástica do porto, e do Navigator, of course.

Comemos muito e muito bem. A dona do restaurante é italiana, de Veneza... Comi linguine com frutos do mar, inclusive o viagra jamaicano que e uma conchinha que se chama conch. Delicioso... Nem jantei naquele dia.

(almoço no Evita's; eu com Anoushka; eu e Christian em Cozumel)









Depois teve um dia em Cozumel que o Cristian, chileno, me chamou pra sair. Fomos fazer compras (vanities!), depois um big lunch mexicano... Depois fomos no supermercado, onde comprei vários queijos pra uma festa de queijo e vinho que planejávamos para a Anoushka. Depois paramos no duty free do porto e comprei vários vinhos espanhóis da Rioja... E do duty free ao barco pegamos uma puta chuva na cabeça. Maravilhosa!

Depois saí em St. Thomas pra comprar vinho pra festinha...

E ai veio a festa de queijo e vinho.... Vinho espanhol, sul africano, australiano, californiano, argentino (que eu trouxe), romeno e até israelense! Foi divino, e embebedante!
(festinha do DJ Paulo...)
E ainda, houve festinhas informais do crew bar, semanalmente. Quando meu amigo garçon português Paulo, aprendiz de DJ, vai tocar no BackDeck, é encontro dos latinos na certa. Às vezes dançamos até 4 da manha...

E as festas oficiais, como a de ontem, patrocinada pelo Dining Room: Bacardi Late Night. O DJ parou às 4:30 da manhã. E depois neguinho saiu em grupos pra terminar de beber nas cabines. Eu e a Blanca achamos melhor ir dormir.

E o trabalho? Faz 4 semanas que trabalho no winestand, no dining rooom. Os garçons vendem o vinho, vem buscar comigo, e eu digito as contas pros passageiros. Ou seja, faz 4 semanas que não trabalho com passageiros pentelhos... E como comida de passageiro (cuidado com a pança senão vou engordar!)

O dinheiro tá muito bom, o trabalho, pouco....

Que mais posso dizer? Voltar pro Brasil? Eu, hein?????????