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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O escândalo de Cuba


              Uma batalha ideológica de longo alcance ainda deve se dar para que se acabe com essa bonificação de legitimidade que o comunismo continua tendo ante a opinião pública nos países livres. 

            Raúl Castro, presidente de Cuba pela graça de seu irmão e por essa irresistível propensão que os comunistas têm de criar dinastias de tiranos, encerrou na quarta-feira passada (29.01) em Havana a II Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). 

            Esta CELAC, cuja primeira cúpula teve lugar em Caracas em dezembro de 2011, agrupa todos os estados da América, exceto Estados Unidos e Canadá. E embora esteja fundada sobre as boas intenções habituais (impulsionar o desenvolvimento e a cooperação dos países americanos), esta CELAC atua de fato como um grupo de pressão contra os Estados Unidos. Isto pode-se comprovar com a Declaração de Havana que acabam de aprovar, na qual o mais substancial é o rechaço do embargo dos Estados Unidos sobre Cuba ou o protesto pelo fato de que Cuba figure na lista negra que Washington tem dos países que apóiam o terrorismo. Enquanto isso, nessa declaração não há nem uma linha que denuncie a ditadura castrista nem um mínimo gesto para os cubanos que arriscam a vida, a liberdade e a subsistência por defender uma mudança democrática na ilha. 

            Porém, o verdadeiramente assombroso desta cúpula é a naturalidade com a qual quase todos os dirigentes dos países participantes renderam seu tributo de admiração à dinastia de ditadores que subjuga Cuba desde há 55 anos. Inclusive com visitas ao sinistro patriarca que implantou o regime comunista que arruinou a República, arrebatou a liberdade dos cubanos e condenou-os à pobreza, quando não à miséria. 

            Em uma época como a nossa, na qual todos os dirigentes políticos do mundo querem fazer figura de seu caráter democrático e na qual, ao menos da boca para fora, todo mundo abjura das ditaduras, essa complacência, quando não admiração à ditadura castrista, resulta verdadeiramente escandalosa. 

            E só se explica pela benevolência com a qual no mundo livre e democrático continua-se contemplando o comunismo. Apesar de que está arqui-demonstrado que o comunismo é o sistema político mais nefasto que a Humanidade inventou, apesar de que já conhecemos com detalhes muitos dos horrores que o comunismo produziu, desde Lenin e Stalin na Rússia, até Pol Pot no Camboja ou a Revolução Cultural na China, apesar de que já não se podem esconder as sinistras e excêntricas barbaridades dos Ceausescu na Romênia e dos Kim na Coréia do Norte, ainda há dirigentes democráticos que dedicam seus sorrisos e seus afetos a um comunista como Fidel Castro. 

            Alguém pode imaginar um chefe de Estado ou de Governo de um país livre indo prestar visita e homenagem a algum dos ditadores não-comunistas que teve a América, como Pinochet ou como Stroessner? Nenhum se atreveria porque a imprensa livre de seus países democráticos os crucificaria. E com razão. Entretanto, visitar um tipo como Fidel e sorrir a seu lado não apenas sai grátis aos dirigentes que vão fazer-lhe o rapapé, senão que, provavelmente, vão vê-lo, precisamente, porque acreditam que uma foto com esse velho com moletom lhes dá dividendos eleitorais em seus países de origem. E o triste é que talvez seja assim. 

            Uma batalha ideológica de longo alcance ainda deve se dar para que se acabe com essa bonificação de legitimidade que o comunismo continua tendo ante a opinião pública nos países livres. Uma bonificação de legitimidade que leva a homenagear e honrar ditadores como Fidel, ou a olhar com uma injusta benevolência os desmandos dos muitos regimes comunistas que têm oprimido seus semelhantes. 

            Ou que nos leva, como ocorre na Espanha, a criticar qualquer acordo positivo da ditadura franquista e a não dizer nada dos crimes dos comunistas espanhóis no passado de nossa Pátria. Um passado, precisamente, sobre o qual eles mais do que ninguém insistem uma e outra vez em retornar. À vista deste tipo de comportamentos nos países livres, não resta nenhuma dúvida de que a luta pela liberdade ainda tem muito caminho que percorrer.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

CUBA FACTS, Edição 19: Mitos e Realidades na Cuba de Castro.


Cuba Facts consiste de uma série continua de curtos artigos abordando diferentes tópicos, tal como, estrutura política, saúde, economia, educação, nutrição, trabalho, negócios, investimento estrangeiro e demografia, publicada e atualizada regularmente por editores do Projeto de Transição de Cuba.

Mito #1: Fidel Castro era um ingênuo Robin Hood revolucionário quando assumiu o poder.

Realidades:

•Fidel Castro já era um revolucionário com muita experiência quando assumiu o poder em 1959.
• Ele tinha recebido treinamento militar em Cuba, em 1947, durante as preparações para uma expedição contra o ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo.
• Ele participou na violência que perturbou a sociedade Colombiana em 1948 e distribuiu propagandas anti-US em Bogotá.
• Enquanto estava na prisão em Cuba em 1954, ele instruiu um de seus aliados: “sorria para todos, mais tarde terá tempo suficiente para esmagar todas as baratas juntas”. Mais tarde, Castro revelou que havia lido Lenin e tornou-se um admirador do revolucionário russo.
• Enquanto estava nas montanhas, lutando contra a ditadura de Batista em 1958, Castro escreveu: “meu verdadeiro destino, quando alcançar o poder, será lutar contra os Estados Unidos”.

Mito # 2: Os Estados Unidos empurraram Castro e a Revolução Cubana para o campo soviético.

Realidades:

•Em 1959, Castro era um líder anti-Americano procurando transformar Cuba e permanecer no poder indefinidamente.
• Ele buscou e recebeu apoio soviético para realizar sua agenda política.
• Os soviéticos introduziram mísseis nucleares em Cuba para alterar o balanço de poder no Mundo e para forçar com que os Estados Unidos oferecessem privilégios sobre Berlim, não para defender a Castro dos Estados Unidos.
• Se os soviéticos quisessem defender Cuba eles poderiam ter assinado um acordo militar com Castro, ter incluído Cuba no Pacto de Varsóvia, ou ter colocado várias divisiões militares soviéticas na ilha, e não terem introduzido repentinamente mísseis nucleares que levaram o mundo a um confronto nuclear.
• A aliança entre Cuba e a União Soviética foi de mútua conveniência e interesse estratégico para ambos países.

Mito # 3: O embargo americano é a causa do sofrimento econômico de Cuba.

Realidades:

• Cuba pode vender e comprar da maioria dos países, exceto dos Estados Unidos. Comida e medicamentos não estão incluídos no embargo americano e Cuba pode comprá-los dos Estados Unidos.
• Os Estados Unidos não é o país mais barato do qual Cuba pode comprar comida, technologia, etc.
• Cuba não tem recursos financeiros suficientes para comprar grandes quantidades de produtos que eles necessitam do mercado mundial e as prioridades de Castro são gastos militares e suporte para suas causas internacionais. Estas são as razões porque faltam bens de consumo em Cuba.
• A economia de Cuba dominada pelo Estado, assim como a do Europa do Leste e da antiga União Soviética não é produtiva, é ineficiente, é caracterizada por seu mau gerenciamento e corrupção.
• O sofrimento do povo Cubano não é consequência do embargo Americano, mas de uma fracassada economia dominada por Castro e sua elite militar por 47 anos.

Mito # 4: Se formos agradaveis para Castro, ele corresponderá.

Realidades:

• Existem líderes no mundo que têm suas próprias convicções políticas, religiosas, e ideológicas e que são contra e não gostam dos Estados Unidos e sua política.
• Por 47 anos Castro tem demonstrado a sua animosidade e ódio aos Estados Unidos.
• Cuba tem apoiado grupos terroristas, revolucionários anti-Americanos por todo o mundo.
• Castro não tem demonstrado interesse em mudar a sua política para ter melhores relações com os Estadios Unidos.
• Atualmente, entre os mais próximos aliados de Castro estão Venezuela, China, Irã e Coréia do Norte.

Mito # 5: Se turistas Americanos visitam Cuba, nós podemos levar democracia para a ilha.

Realidades:

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