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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Comunismo - doutrina política e econômica

Por Emerson Santiago 

 Comunismo pode ser definido como uma doutrina política e econômica que estuda condições de libertação do chamado proletariado (classe da sociedade que tira o seu sustento única e somente da venda do seu trabalho e não do lucro de qualquer capital). Uma característica básica desta doutrina é que os meios de produção (fábricas, fazendas, minas, etc.) são disponíveis ao público, abolindo-se a propriedade privada destes. O termo comunismo surge a partir dos trabalhos de teoria econômica do alemão Karl Marx, que, influenciado por filósofos como Hegel, tece um minucioso estudo das relações econômicas e seu histórico através dos tempos. A palavra é utilizada para descrever uma organização social só experimentada pelo ser humano em seus estágios iniciais de desenvolvimento coletivo (o chamado comunismo primitivo). No comunismo, as classes sociais não teriam razão de existir, e a coletividade viveria de maneira comunal, ou seja, trabalhando e compartilhando o resultado de seu esforço. Segundo o autor, tal estágio será atingido inevitavelmente após a experiência com o capitalismo acabar por revelar o seu natural desgaste, provocado por imperfeições inerentes à sua própria composição. Importante lembrar que apesar da experiência vivida por várias nações no século XX, que buscavam por em prática a doutrina econômica de Marx, nenhuma destas pode ser chamada rigorosamente de comunista, sendo melhor se referir a tais regimes como socialistas, pois, o raciocínio de Marx previa a possibilidade de implantação de uma sociedade comunista somente após a experiência capitalista, algo que não aconteceu em muitos países, em especial na mais importante experiência comunista, realizada na extinta União Soviética, pois seus dirigentes resolveram transplantar um país ainda profundamente mergulhado em um regime medieval, sem qualquer cerimônia, para um sistema de economia planificada socialista. Outro conceito nebuloso envolvendo a palavra é com relação à natureza do trabalho de Marx. Apesar de sua título mais famoso sobre o assunto ser "O Capital" (Das Kapital, em três volumes), em boa parte de sua obra Marx se dedica ao estudo da economia global, seu funcionamento, agentes e o seu respectivo comportamento social. Nem mesmo em obras como o "Manifesto Comunista", classificado como um tratado político, o autor estabelece uma teoria sobre como aconteceria a passagem do capitalismo para o comunismo em termos políticos. Em outras palavras, as bases econômicas do comunismo foram estabelecidas em seu trabalho, mas não havia nenhum detalhe sobre como seria uma política de cunho capitalista. É neste contexto que aparece Lênin e decide preencher tal lacuna, escrevendo sobre a ciência política do comunismo. É com este político russo que surgem muitos dos conceitos historicamente ligados aos partidos comunistas no mundo, como por exemplo a tomada do poder através da luta revolucionária, e que conhecemos por Marxismo-Leninismo. 

 Bibliografia:

 ENGELS, Friedrich. Princípios Básicos do Comunismo. Disponível em: . Acesso em: 25 abr. 2012. Comunismo. Disponível em: . Acesso em: 25 abr. 2012.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O escândalo de Cuba


              Uma batalha ideológica de longo alcance ainda deve se dar para que se acabe com essa bonificação de legitimidade que o comunismo continua tendo ante a opinião pública nos países livres. 

            Raúl Castro, presidente de Cuba pela graça de seu irmão e por essa irresistível propensão que os comunistas têm de criar dinastias de tiranos, encerrou na quarta-feira passada (29.01) em Havana a II Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). 

            Esta CELAC, cuja primeira cúpula teve lugar em Caracas em dezembro de 2011, agrupa todos os estados da América, exceto Estados Unidos e Canadá. E embora esteja fundada sobre as boas intenções habituais (impulsionar o desenvolvimento e a cooperação dos países americanos), esta CELAC atua de fato como um grupo de pressão contra os Estados Unidos. Isto pode-se comprovar com a Declaração de Havana que acabam de aprovar, na qual o mais substancial é o rechaço do embargo dos Estados Unidos sobre Cuba ou o protesto pelo fato de que Cuba figure na lista negra que Washington tem dos países que apóiam o terrorismo. Enquanto isso, nessa declaração não há nem uma linha que denuncie a ditadura castrista nem um mínimo gesto para os cubanos que arriscam a vida, a liberdade e a subsistência por defender uma mudança democrática na ilha. 

            Porém, o verdadeiramente assombroso desta cúpula é a naturalidade com a qual quase todos os dirigentes dos países participantes renderam seu tributo de admiração à dinastia de ditadores que subjuga Cuba desde há 55 anos. Inclusive com visitas ao sinistro patriarca que implantou o regime comunista que arruinou a República, arrebatou a liberdade dos cubanos e condenou-os à pobreza, quando não à miséria. 

            Em uma época como a nossa, na qual todos os dirigentes políticos do mundo querem fazer figura de seu caráter democrático e na qual, ao menos da boca para fora, todo mundo abjura das ditaduras, essa complacência, quando não admiração à ditadura castrista, resulta verdadeiramente escandalosa. 

            E só se explica pela benevolência com a qual no mundo livre e democrático continua-se contemplando o comunismo. Apesar de que está arqui-demonstrado que o comunismo é o sistema político mais nefasto que a Humanidade inventou, apesar de que já conhecemos com detalhes muitos dos horrores que o comunismo produziu, desde Lenin e Stalin na Rússia, até Pol Pot no Camboja ou a Revolução Cultural na China, apesar de que já não se podem esconder as sinistras e excêntricas barbaridades dos Ceausescu na Romênia e dos Kim na Coréia do Norte, ainda há dirigentes democráticos que dedicam seus sorrisos e seus afetos a um comunista como Fidel Castro. 

            Alguém pode imaginar um chefe de Estado ou de Governo de um país livre indo prestar visita e homenagem a algum dos ditadores não-comunistas que teve a América, como Pinochet ou como Stroessner? Nenhum se atreveria porque a imprensa livre de seus países democráticos os crucificaria. E com razão. Entretanto, visitar um tipo como Fidel e sorrir a seu lado não apenas sai grátis aos dirigentes que vão fazer-lhe o rapapé, senão que, provavelmente, vão vê-lo, precisamente, porque acreditam que uma foto com esse velho com moletom lhes dá dividendos eleitorais em seus países de origem. E o triste é que talvez seja assim. 

            Uma batalha ideológica de longo alcance ainda deve se dar para que se acabe com essa bonificação de legitimidade que o comunismo continua tendo ante a opinião pública nos países livres. Uma bonificação de legitimidade que leva a homenagear e honrar ditadores como Fidel, ou a olhar com uma injusta benevolência os desmandos dos muitos regimes comunistas que têm oprimido seus semelhantes. 

            Ou que nos leva, como ocorre na Espanha, a criticar qualquer acordo positivo da ditadura franquista e a não dizer nada dos crimes dos comunistas espanhóis no passado de nossa Pátria. Um passado, precisamente, sobre o qual eles mais do que ninguém insistem uma e outra vez em retornar. À vista deste tipo de comportamentos nos países livres, não resta nenhuma dúvida de que a luta pela liberdade ainda tem muito caminho que percorrer.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

CUBA FACTS, Edição 19: Mitos e Realidades na Cuba de Castro.


Cuba Facts consiste de uma série continua de curtos artigos abordando diferentes tópicos, tal como, estrutura política, saúde, economia, educação, nutrição, trabalho, negócios, investimento estrangeiro e demografia, publicada e atualizada regularmente por editores do Projeto de Transição de Cuba.

Mito #1: Fidel Castro era um ingênuo Robin Hood revolucionário quando assumiu o poder.

Realidades:

•Fidel Castro já era um revolucionário com muita experiência quando assumiu o poder em 1959.
• Ele tinha recebido treinamento militar em Cuba, em 1947, durante as preparações para uma expedição contra o ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo.
• Ele participou na violência que perturbou a sociedade Colombiana em 1948 e distribuiu propagandas anti-US em Bogotá.
• Enquanto estava na prisão em Cuba em 1954, ele instruiu um de seus aliados: “sorria para todos, mais tarde terá tempo suficiente para esmagar todas as baratas juntas”. Mais tarde, Castro revelou que havia lido Lenin e tornou-se um admirador do revolucionário russo.
• Enquanto estava nas montanhas, lutando contra a ditadura de Batista em 1958, Castro escreveu: “meu verdadeiro destino, quando alcançar o poder, será lutar contra os Estados Unidos”.

Mito # 2: Os Estados Unidos empurraram Castro e a Revolução Cubana para o campo soviético.

Realidades:

•Em 1959, Castro era um líder anti-Americano procurando transformar Cuba e permanecer no poder indefinidamente.
• Ele buscou e recebeu apoio soviético para realizar sua agenda política.
• Os soviéticos introduziram mísseis nucleares em Cuba para alterar o balanço de poder no Mundo e para forçar com que os Estados Unidos oferecessem privilégios sobre Berlim, não para defender a Castro dos Estados Unidos.
• Se os soviéticos quisessem defender Cuba eles poderiam ter assinado um acordo militar com Castro, ter incluído Cuba no Pacto de Varsóvia, ou ter colocado várias divisiões militares soviéticas na ilha, e não terem introduzido repentinamente mísseis nucleares que levaram o mundo a um confronto nuclear.
• A aliança entre Cuba e a União Soviética foi de mútua conveniência e interesse estratégico para ambos países.

Mito # 3: O embargo americano é a causa do sofrimento econômico de Cuba.

Realidades:

• Cuba pode vender e comprar da maioria dos países, exceto dos Estados Unidos. Comida e medicamentos não estão incluídos no embargo americano e Cuba pode comprá-los dos Estados Unidos.
• Os Estados Unidos não é o país mais barato do qual Cuba pode comprar comida, technologia, etc.
• Cuba não tem recursos financeiros suficientes para comprar grandes quantidades de produtos que eles necessitam do mercado mundial e as prioridades de Castro são gastos militares e suporte para suas causas internacionais. Estas são as razões porque faltam bens de consumo em Cuba.
• A economia de Cuba dominada pelo Estado, assim como a do Europa do Leste e da antiga União Soviética não é produtiva, é ineficiente, é caracterizada por seu mau gerenciamento e corrupção.
• O sofrimento do povo Cubano não é consequência do embargo Americano, mas de uma fracassada economia dominada por Castro e sua elite militar por 47 anos.

Mito # 4: Se formos agradaveis para Castro, ele corresponderá.

Realidades:

• Existem líderes no mundo que têm suas próprias convicções políticas, religiosas, e ideológicas e que são contra e não gostam dos Estados Unidos e sua política.
• Por 47 anos Castro tem demonstrado a sua animosidade e ódio aos Estados Unidos.
• Cuba tem apoiado grupos terroristas, revolucionários anti-Americanos por todo o mundo.
• Castro não tem demonstrado interesse em mudar a sua política para ter melhores relações com os Estadios Unidos.
• Atualmente, entre os mais próximos aliados de Castro estão Venezuela, China, Irã e Coréia do Norte.

Mito # 5: Se turistas Americanos visitam Cuba, nós podemos levar democracia para a ilha.

Realidades:

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Decálogo 'infernal', os 10 mandamentos da ideologia comunista.


Imagem: liciomaciel.wordpress.com

Já está na Web e causando bastante polêmica o possível "DECÁLOGO 'INFERNAL'" escrito pelo Revolucionário Comunista Vladimir Lênin em 1913. O decálogo oferece estratégias para tomada do poder. A discussão em fóruns na internet está bastante intensa, sendo que alguns historiadores dizem que o decálogo foi escrito em 1901 e outros dizem que tal decálogo nem mesmo foi escrito por Lênin.

Provavelmente escrito em 1913 pelo Líder revolucionário russo Vladimir Lênin, o pai do comunismo (Sistema Governamental Ateísta). Notem como fica aqui bem observado -, que qualquer semelhança com populistas ditadores como Hugo Chávez, Fidel Castro, Evo Moralez, Uribe, etc e com contecimentos atuais e recentes, quase 100 anos depois , não é mera coincidência:

1 – Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual.
2 – Infiltre e depois controle todos os meios de comunicações.
3 – Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os às discussões sobre assuntos sociais. 

4 – Destrua a confiança do povo em seus líderes.

5 – Fale sempre em Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o poder sem qualquer escrúpulo. 

6 – Colabore para o esbanjamento do dinheiro público, coloque em

descrédito a imagem do País, especialmente no exterior, e provoque o pânico e o desassossego na população por meio de inflação. 

7 – Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País.

8 – Promova distúrbio e contribua para que às autoridades constituídas não as coíbam. 

9 – Colabore para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes.

10 Procure catalogar todos aqueles que têm armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência.
 
“O mais assustador de tudo isso, é que a maioria das pessoas, principalmente as menos esclarecidas, vêem toda essa imoralidade apenas sob o aspecto financeiro, não percebendo que o principal objetivo, é um elaborado plano que visa destruir as nossas instituições. Instituições como a FAMÍLIA, o ESTADO DE DIREITO, o BEM PÚBLICO, a RELIGIÃO etc. São os “pilares que sustentam uma verdadeira DEMOCRACIA.”


Se hoje em dia, Lamarca, por exemplo, é visto como herói, é mais uma das distorções presentes no país que vivemos. Você poderá achar que tudo isso não tem absolutamente nada a ver com a nossa vida, com nossa família, mas pode acreditar, tem muito a ver com o futuro de nosso País, de nossos filhos, de nossos netos.




Você quer saber mais?
http://construindohistoriahoje.blogspot.com.br/search/label/COMUNISMO

terça-feira, 10 de julho de 2012

A Europa e o Comunismo


 O Muro de Berlim, erigido em agosto de 1961, era o muro da crueldade e da vergonha. O estigma de um império que só conseguia sobreviver protegendo-se com muros e metralhadoras. Sua queda foi o anúncio da liberdade.

A foto da barreira sendo alegremente desmantelada completa a rica heráldica do século 20: as guerras de 1914 e 1939, Hitler numa cervejaria em Munique, Lenin dançando na neve em 1917, Gandhi com os pés nus diante de soldados ingleses. Cada um desses ícones integra uma constelação de imagens. O dia 9 de novembro de 1989 não fugiu à regra: o concerto de Mtislav Rostropovich enquanto os berlinenses demoliam o Muro com picaretas e martelos no Portão de Brandemburgo.

Como ocorreu nas grandes rupturas da História, estalidos já anunciavam a agonia do grande corpo doente. Em 1980, na Polônia, as greves de Gdanski e o surgimento de um sindicato livre, o Solidariedade, e do líder Lech Walesa, abriam uma brecha na casamata. Na Hungria, a Cortina de Ferro se rompe em pedaços em 19 de agosto de 1989. Nesse dia, diante das câmeras, os chanceleres da Hungria e da Áustria cortaram a cerca de arame farpado que separava os dois países, permitindo a entrada na Áustria de uma maré de alemães orientais que se agrupavam na Hungria.

Semanas antes, o líder soviético Mikhail Gorbachev, o homem da perestroika, em visita a Berlim Oriental, foi acolhido por jovens que gritavam: "Faça o amor e não muros." Um mês antes da queda do Muro, 70 mil pessoas se juntaram diante da Igreja de São Nicolau, na cidade de Leipzig, para vaiar o Partido Comunista alemão oriental. 

E, então, chegava ao fim o longo capítulo iniciado em outubro de 1917 por Lenin, Trotski e o Cruzador Aurora, em São Petersburgo. Em poucas semanas, enquanto a União Soviética ainda prosseguia na sua trajetória já meio zonza (como o pato cujo pescoço é cortado, mas continua a andar jorrando sangue), todas as colônias do império começam a se libertar.

Nós, na Europa, não entendíamos mais nada. Um Estado construído para durar mil anos se desfazia como uma boneca de pano. Além disso, tínhamos esquecido a geografia do continente. Descobrimos que rios, que nunca ouvimos falar, não tinham deixado de correr. 

Fui à biblioteca empoeirada do meu avô em busca dos velhos livros de escola de antes da guerra de 1914. E então recoloquei a Moldávia no seu lugar. Descobri que havia duas Ossétias, uma do Norte e outra do Sul. Toda uma geografia submersa voltava à superfície como um reflexo que sai do fundo cintilante de um lago. Uma Europa fantasma surgia do nada, retomava o seu lugar, preenchia a enorme rachadura que o belo dia de 9 de novembro de 1989 tinha aberto na História do século 20.

Em menos de dois anos, as 15 repúblicas da União Soviética proclamaram sua soberania e depois, com exceção da Rússia e do Casaquistão, a independência. Duas avançaram muito rápido, antes mesmo do golpe de Estado abortado de agosto de 1991 - a Geórgia (abril de 1990) e a Lituânia (março de 1990). As outras seguiram o exemplo.

As "democracias populares", os países da Europa Oriental que, após a 2ª Guerra, caíram pela força, crime ou trapaças na esfera de influência de Moscou, aproveitaram a ocasião. Em Praga, a "Revolução de Veludo", em 17 de novembro de 1989, pôs fim ao comunismo. Na Bulgária, o stalinista Todor Zhikov foi substituído por um comunista mais aberto, Petar Mladenov. Na Romênia, o tirano Nicolau Ceausescu foi derrubado em dezembro de 1989 por um movimento popular. Ele fugiu, mas foi capturado, julgado sumariamente, e executado como um cachorro, com sua mulher. 

Restava a Alemanha Oriental. Seu estado de deterioração era tal que o então chanceler alemão ocidental, Helmut Kohl, decidiu reunificar as duas Alemanhas - ideia que não agradava muitos dirigentes ocidentais, em especial os dos Estados europeus, cujo lema era: "A reunificação: pensar nela, sempre; falar dela, jamais." O então presidente francês, François Mitterrand, chegou a afirmar: "Amo tanto a Alemanha que prefiro que existam duas delas." Mas Kohl insistiu e obteve um acordo de Gorbachev, em troca de concessões à URSS.
Foi o fim do império comunista, ou soviético, no Leste Europeu. A Europa mutilada, dilacerada, de 1950, voltou a se reagrupar e estava livre.

O comunismo não desapareceu em todo o planeta. Em cinco países, o partido único ainda leva o nome de "comunista" ou faz referência ao comunismo. Entre eles, o PC da China, onde as reformas que foram realizadas, sem renegar o comunismo, poderiam portar o lema que resume toda a pobre filosofia das sociedades burguesas livres: "Enriqueçam." Alguns outros países mantêm intacta a teoria e a prática marxistas, como a Coreia do Norte e Cuba.
Em compensação, é preciso reconhecer que, 20 anos depois da debandada, o comunismo e mesmo a União Soviética recuperaram senão a força, pelo menos uma certa atração. E essa atração é explicada, de um lado, por um sentimento intrínseco da natureza humana: a nostalgia. Cada um de nós ama o que foi o seu passado, mesmo que tenha sido sombrio ou triste. De outro lado, essa atração se explica pela imagem com frequência fútil, corrompida e imoral que se tornou a figura do Ocidente.

É na antiga União Soviética que esses ventos nostálgicos sopram com mais constância. Por duas razões: em primeiro lugar, a Rússia não se conforma de ter perdido tantos territórios e ser apenas um simples peão no jogo de xadrez mundial, e não mais uma "das duas superpotências". De outro lado, Vladimir Putin, obcecado pelo império morto, não faz nada para desestimular essas nostalgias. "O fim da URSS foi a maior catástrofe histórica do século 20", disse Putin.

Curiosamente, essa nostalgia também é observada no Ocidente. O comunismo stalinista é rejeitado pela maioria, mas o homem que dominou a ideologia comunista e as ações de Lenin, Trotski, Stalin ou Mao Tsé-tung - o alemão Karl Marx - está tendo um retorno assombroso.

O fim da URSS contribuiu vigorosamente para esse estranho "ressurgimento" de Marx. Caído em desgraça quando a URSS passou a cometer seus crimes, fazer suas asneiras, Marx hoje reencontra sua virgindade, e a sua filosofia - como suas lições de economia - brilha intensamente. Os erros, para não dizer as vilanias, os crimes cometidos pelas sociedades liberais, banqueiras e cínicas do Ocidente colaboram para esse ressurgimento de Marx.
Mas o comunismo, que foi sinônimo - como todas as tiranias - de muro, prisão, silêncio, censura, crueldade, está sob todos os aspectos condenado pelo simples movimento da ciência. Um mundo dominado pela internet com certeza tem seus graves inconvenientes. Mas pelo menos é um mundo onde os muros e as barreiras entre países e cérebros estão destinados a desaparecer. Mesmo o Irã e a China comunista acabarão percebendo isso. A internet anuncia, talvez, o fim dos muros.

*Gilles Lapouge é correspondente em Paris

Você quer saber mais? 



 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Trótski: Monstro Marxista



Por Victor Emanuel


Lev Davidovitch Bronstein, vulgo Leon Trótski, foi um revolucionário marxista judeu-ucraniano nascido em 1879, numa pequena aldeia da Província de Kherson, no então Império Russo, e assassinado em Coyoacán, México, no ano de 1940, com uma picaretada na cabeça, por ordem de seu arquirival Iossif Vissarionovitch Djugashvili, dito Stálin. O autor do crime foi o agente estalinista Ramón Mercader, de nacionalidade espanhola.

Trótski, que certa vez afirmou que “Para cada revolucionário morto mataremos cinco contra-revolucionários”, foi, como fundador e líder máximo do Exército Vermelho, o responsável pelo extermínio de milhões de pessoas durante a Guerra Civil Russa; apoiou Lênin quando este ordenou o assassinato do Czar Nicolau Romanov II e de toda a Família Imperial; esmagou implacavelmente os soldados, operários, camponeses e marinheiros de Petrogrado e da base naval de Kronstadt quando estes, havendo percebido que a Revolução de Outubro de 1917 – de que tinham sido de longe os mais decisivos elementos – culminara numa brutal ditadura não do proletariado, mas sim contra este; criticou, certa vez, Stálin por este haver deixado vivos, em Leningrado, milhares de antigos nobres; e ainda teve a audácia de escrever que desejava a derrota e deposição de Stálin pelos nazistas de Hitler e o conseqüente fim da URSS.

Os virulentos ataques que Trótski dirigiu contra Stálin – com quem disputara o poder após a morte de Lênin -, acusando-o de “pequeno Napoleão” e mesmo de fascista, levaram os argentários das liberal-democracias plutocráticas e reacionárias do Ocidente a rejubilar-se, ingenuamente “convencidos de que se dera na Rússia um golpe de Brumário, devendo, por conseguinte, a revolução retroceder como acontecera em França no século passado.
Stalin serviu-se desse estado psicológico criado nos países capitalistas para obter deles toda a sorte de auxílios, quer sob a forma de um amigável comércio de importação e exportação, quer sob a de empréstimos para o incremento das indústrias da U.R.S.S. O que o capitalismo quer é ganhar dinheiro, não se incomodando com o aspecto moral de seus negócios, e uma vez que lhe eram asseguradas garantias de lucro e de intangibilidade, esse capitalismo sem alma tudo facilitou ao comunismo russo” (Plínio Salgado, “Doutrina e Tática Comunistas, 1956, pág. 17).

Diante das considerações expostas, fica claro que Trótski, com as diatribes que moveu contra Stálin, só fortaleceu a este último e que, ademais, caso houvesse tomado o poder na URSS, haveria sido Trótski no mínimo um tirano tão sanguinário quanto seu rival.

Espero que estas linhas sirvam para abrir a mente de alguns dos inocentes úteis que julgam ter sido Trótski um “santo” sob cujo governo a URSS haveria se transformado num verdadeiro paraíso terreno...

Antes de dar por terminado este pequeno texto, entretanto, urge admitir que Trótski, apesar de haver sido indiscutivelmente um indivíduo extremamente cruel, um verdadeiro monstro marxista, conforme demonstramos, teve uma grande qualidade que foi a bravura. Ao contrário dele, Stálin “jamais assume a responsabilidade por seus atos; manda matar e pune depois o executor dos assassínios, como fez com Yagoda e posteriormente com Yuzef; extermina milhares de oficiais do exército polonês na floresta de Katin e acusa os alemães desse crime; reparte a Polônia com Hitler e seu representante senta-se como juiz em Nuremberg para julgar os chefes hitleristas; proclama a liberdade religiosa e promove a campanha ateísta e a perseguição aos padres; premedita, resolve e executa o envenenamento de Máximo Gorki e faz punir o médico que aplicou a injeção fatal; une-se a Hitler, para animar os nazistas a se empenharem numa guerra, manda Thorez pregar a sabotagem e o derrotismo no exército francês, e quando a sorte das armas pende a favor dos aliados, negocia secretamente com Churchill a sua mudança de campo (o que ficou provado num discurso do “premier” britânico muito antes da invasão nazista na Rússia...); e, para preparar todos esses acontecimentos, favorece a subida de Hitler ao poder...

Nunca o mundo produziu um político mais falso, mais mentiroso, mais cínico do que Stalin” (Plínio Salgado, ob. Cit., pág. 22).

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