Chamem-me nomes se estiver enganado, mas...
É - para mim - absolutamente incompreensível a super-atenção que a generalidade dos jornalistas têm dado ao piloto português preso na Venezuela.
É certo que, agora, Luís Santos está em prisão domiciliária e tem um telefone por perto, que facilita o contacto, mas a proximidade jornalística já vem de trás.
Algumas notas sobre a minha perplexidade:
- o piloto é um dos quatro portugueses detidos na Venezuela envolvidos no mesmo caso; e o que é que se sabe dos outros?
- os jornalistas acham que Luís Santos é mais inocente do que as três senhoras? E a presunção de inocência não é abstracta? As senhoras falam?
- Luís Santos (que obviamente beneficia e faz muito bem) fala quase todos os dias. Porquê?
- o que é que é notícia, aqui? Um ano à espera de julgamento? Há tantos Luís Santos em Caxias, Custóias, etc... 20 adiamentos? E quantos adiamentos, em dois ou tres anos de espera, não acontecem por cá todos os dias (os dirigentes venezuelanos até já nos puxaram as orelhas...);
- a intervenção do poder político? Devo acrescentar que as notícias começaram muito antes dessa intervenção, mas agora os nossos políticos intercedem por uns e não por outros?
Eis um caso lamentável, sem justificação ou enquadramento jornalístico. Muito diferente deste, na minha opinião.
É certo que, agora, Luís Santos está em prisão domiciliária e tem um telefone por perto, que facilita o contacto, mas a proximidade jornalística já vem de trás.
Algumas notas sobre a minha perplexidade:
- o piloto é um dos quatro portugueses detidos na Venezuela envolvidos no mesmo caso; e o que é que se sabe dos outros?
- os jornalistas acham que Luís Santos é mais inocente do que as três senhoras? E a presunção de inocência não é abstracta? As senhoras falam?
- Luís Santos (que obviamente beneficia e faz muito bem) fala quase todos os dias. Porquê?
- o que é que é notícia, aqui? Um ano à espera de julgamento? Há tantos Luís Santos em Caxias, Custóias, etc... 20 adiamentos? E quantos adiamentos, em dois ou tres anos de espera, não acontecem por cá todos os dias (os dirigentes venezuelanos até já nos puxaram as orelhas...);
- a intervenção do poder político? Devo acrescentar que as notícias começaram muito antes dessa intervenção, mas agora os nossos políticos intercedem por uns e não por outros?
Eis um caso lamentável, sem justificação ou enquadramento jornalístico. Muito diferente deste, na minha opinião.
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