Quando a informação se confunde (mesmo) com a publicidade
Muito interessante - pela temática e pela abordagem - o artigo de José Carlos Abrantes na página do Provedor dos Leitores do Dn de hoje.
Um leitor considera este artigo como publicidade, o editor explica que «a interpretação do leitor, apesar de compreensível, não é correcta. É compreensível porque este tipo de secções (tal como a Boa Vida, de que também sou responsável) procura dar indicações claras ao leitor sobre lugares concretos como restaurantes, hotéis, lojas, etc. Ou recomenda vinhos, alimentos, passeios. Com telefones, moradas, preços e tudo o que ajudar o leitor a, no caso de o desejar, seguir a sugestão. Por isso, está numa zona de 'fronteira' deontológica, onde vale sobretudo a credibilidade de quem escreve e do próprio jornal» e José Carlos Abrantes conclui que, com a leitura do artigo, «Os leitores entram numa narrativa que deixa a ideia de que, se há paraíso, deve ser semelhante ao espaço a que se refere a notícia. "Extensos jardins de Inverno", "cascatas", "lagos", "floresta", "reserva ecológica" e até "viveiros de aves exóticas", dão ao local uma imagem idílica. Mas é para que bolsas? O atendimento é melhor que noutros locais do mesmo tipo? Os acessos são fáceis? Que públicos vão sentir-se bem neste espaço? Disso nada sabemos».
PS - vale a pena ler o texto em causa como exemplo de um artigo que, numa zona de risco, caiu realmente para o outro lado. Uma nota de imprensa da própria quinta não seria, certamente, tão elogiosa. Não ficava nada mal a Duarte Calvão, perante um caso tão gritante, ter feito o mea culpa...
Um leitor considera este artigo como publicidade, o editor explica que «a interpretação do leitor, apesar de compreensível, não é correcta. É compreensível porque este tipo de secções (tal como a Boa Vida, de que também sou responsável) procura dar indicações claras ao leitor sobre lugares concretos como restaurantes, hotéis, lojas, etc. Ou recomenda vinhos, alimentos, passeios. Com telefones, moradas, preços e tudo o que ajudar o leitor a, no caso de o desejar, seguir a sugestão. Por isso, está numa zona de 'fronteira' deontológica, onde vale sobretudo a credibilidade de quem escreve e do próprio jornal» e José Carlos Abrantes conclui que, com a leitura do artigo, «Os leitores entram numa narrativa que deixa a ideia de que, se há paraíso, deve ser semelhante ao espaço a que se refere a notícia. "Extensos jardins de Inverno", "cascatas", "lagos", "floresta", "reserva ecológica" e até "viveiros de aves exóticas", dão ao local uma imagem idílica. Mas é para que bolsas? O atendimento é melhor que noutros locais do mesmo tipo? Os acessos são fáceis? Que públicos vão sentir-se bem neste espaço? Disso nada sabemos».
PS - vale a pena ler o texto em causa como exemplo de um artigo que, numa zona de risco, caiu realmente para o outro lado. Uma nota de imprensa da própria quinta não seria, certamente, tão elogiosa. Não ficava nada mal a Duarte Calvão, perante um caso tão gritante, ter feito o mea culpa...
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