foto: babosas em flor
De: Raquel Ribeiro
Para: Deixa Sair
Moro na serra e sempre que alguém se corta, recorro à babosa, que
nasce em todo canto. Todos ficam impressionados com a eficiência de seu sumo
cicatrizante.
Se me queimo, o xixi é o melhor remédio – e o resultado é
imediato.
Sei, pois, que métodos naturais e tradicionais funcionam. Mesmo assim
continuo me surpreendendo: outro dia inventei de picar dedo-de-moça para fazer
molho e fiquei com preguiça de procurar as luvas. Depois de manusear duas dúzias
de danadinhas, a pele começou a gritar. Mifu, pensei. Vi o pote de óleo de coco
dr. Orgânico dando sopa e, por pura intuição e uma razoável dose de desespero,
tasquei nas mãos. O ardor simplesmente de-sa-pa-re-ceu!
Tem mais: convivi anos com uma unha do dedão comprometedora. Os remédios tópicos não funcionaram
(apesar do ritual quase diário de lixar, passar esmalte e o escambau) e estava
adiando tomar um medicamento que comprovadamente ataca o fígado. Nos últimos
quatro meses tomei todo dia óleo de copaíba – uma colherinha antes de dormir.
Sim, a unha sarou.
Claro que preciso partilhar mais esses benefícios dos óleos.
Afinal, temos a tendência de acreditar na pomadinha industrializada, nas
pílulas, nos xaropes e em todos os remédios comprados na farmácia; e olhamos com
desconfiança para os bálsamos oferecidos pela natureza.
Valeu, Raquel!