Mostrando postagens com marcador Família. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Família. Mostrar todas as postagens

domingo, 18 de janeiro de 2015

Papa Francisco: Paulo VI estava certo contra a contracepção


Durante um discurso às famílias nas Filipinas, o Papa Francisco teve a oportunidade de elogiar a encíclica do Papa Paulo VI que se opôs à contracepção e afirmou o ensinamento da Igreja sobre a sexualidade e a vida humana.

O Papa falou na Sexta às famílias reunidas no auditório do Asia Arena, em Manilla, durante a sua visita às Filipinas de 15 a 19 de Janeiro.

Depois de referir as várias ameaças à família, incluindo "a falta de abertura à vida", o Papa saiu ligeiramente do seu texto, mudando do inglês para o seu espanhol para falar do coração sobre este assunto.

"Penso no Beato Paulo VI", disse ele. "Na altura em que se falava do problema do crescimento populacional, ele teve a valentia para defender a abertura à vida da família."

Em 1968, o Papa Paulo VI escreveu a encíclica Humanæ Vitæ, que explicava o ensinamento Católico sobre a sexualidade e a imoralidade da contracepção artificial, prevendo consequências negativas se a cultura em vigor aceitasse o controlo de natalidade.

"Ele conhecia as dificuldades que havia em cada família, por isso é que na sua encíclica ele foi tão misericordioso com os casos particulares e pediu aos confessores que fossem muito misericordiosos e compreensivos com os casos particulares," disse o Papa Francisco.

"Mas ele olhou mais longe. Olhou para os povos da terra. E viu esta ameaça de destruição da família pela privação dos filhos. Paulo VI era valente. Era um bom pastor e alertou as suas ovelhas sobre os lobos que viriam, que ele do Céu nos abençoe esta tarde."

Os comentários do Papa Francisco surgem numa altura em que o presidente das Filipinas, Benigno Aquino, assinou uma lei de saúde sobre a reprodução em 2013 altamente controversa, que provocou fortes protestos da parte dos bispos locais e fiéis.

A legislação requere educação sexual aprovada pelo governo para adultos, escolas secundárias e liceus, assim como programas de controlo populacional que incluem contraceptivos totalmente subsidiados pelo seguro de saúde do estado. Os bispos da nação falaram fortemente contra esta medida.

Noutra parte do discurso do Papa Francisco, ele falou sobre as ameaças postas à família pelos desastres naturais, pobreza, imigração e a redefinição do casamento.

Ele pediu por "família fortes e boas para ultrapassar estas ameaças."

"Sejam santuários de respeito pela vida, proclamando a sacralidade de cada vida humana desde a concepção até à morte," pediu o Papa.

O Papa encorajou a oração regular em família para ouvir e compreender a vontade de Deus, assim como para ser testemunhos proféticos no mundo.

Ele também saiu do texto noutras ocasiões, falando do seu amor a S. José e da importância de sonhar na família.

"Quando perderem a capacidade de sonhar, perdem a capacidade de amar e esta energia para amar perde-se," disse o Santo Padre.

Para além disso, o Papa Francisco alertou contra uma "colonização ideológica" que não vem de Deus, mas que tenta destruir a família.

O Papa pediu aos Cristãos para pedirem a S. José a sabedoria para identificar e rejeitar ideias e iniciativas que são conduzidas por estas falsas ideologias que ameaçam a família.

in Catholic News Agency

Créditos: Senza Pagare

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Carta aberta de uma filha a um usuário de pornografia


Fonte: CHRISTO NIHIL PRAEPONERE

Carta aberta revela os efeitos perniciosos da pornografia no coração de uma mulher e filha.

A carta a seguir foi postada na Internet sob anonimato, dada a natureza do assunto. Foi escrita por uma filha, a seu pai, que era consumidor de material pornográfico. Será mesmo que a pornografia é um "pecado de nada", que só influencia aqueles que a consomem? Qual o seu real impacto na vida das pessoas e das famílias? Eis a resposta, baseada em fatos reais.

Querido pai,

Eu quero que o senhor saiba, em primeiro lugar, que eu o amo e o perdoo pelo que o seu consumo de pornografia me causou. Também queria que o senhor soubesse exatamente o que isso fez à minha vida. O senhor pode pensar que isso afeta apenas o senhor, ou ainda os seus relacionamentos e os da mamãe. Mas isso teve um profundo impacto em mim e em todos os meus irmãos.

Encontrei seu material pornográfico no computador, em algum lugar, por volta dos 12 anos de idade, quando começava a tornar-me uma jovem mulher. Em primeiro lugar, pareceu-me muito hipócrita que o senhor tentasse ensinar-me o valor do que entrava em minha mente, por meio dos filmes, quando, aqui, o senhor entretinha regularmente sua mente com esse lixo. Suas conversas comigo, sobre como tomar cuidado com o que eu assistia, passaram a não significar praticamente nada.

Por causa da pornografia, eu descobri que a mamãe não era a única mulher para a qual o senhor olhava. Passei a notar o seu olhar atrevido quando saíamos de casa. Isso ensinou-me que todos os homens têm o mesmo jeito de olhar e não são confiáveis. Aprendi a desconfiar e até a rejeitar os homens por esse modo como eles observavam as mulheres.

Até onde vai a modéstia, o senhor tentou falar comigo sobre como meu vestido afetava aqueles ao meu redor e como eu deveria valorizar a mim mesma pelo que eu sou interiormente. Suas ações, todavia, me diziam que eu só seria verdadeiramente bonita e aceita se parecesse com as mulheres nas capas de revista ou nos materiais pornográficos. Suas conversas comigo não significaram nada e, na verdade, só me deixaram irritada.

Assim que cresci, só tive essa mensagem reforçada pela cultura em que vivemos. Aquela beleza é algo que só pode ser alcançado se você se parece com "elas". Eu também aprendi a confiar cada vez menos no senhor, já que o que me dizia não se alinhava com o que o senhor fazia. Eu sempre me perguntava se algum dia encontraria um homem que me aceitasse e me amasse por mim e não apenas por meu rosto bonito.
Quando levava minhas amigas para casa, eu me perguntava como o senhor as tratava. O senhor as via como minhas amigas ou como um rosto bonito em uma de suas fantasias? Nenhuma garota deveria sequer imaginar isso a respeito do homem suposto a proteger a ela e às outras mulheres em sua vida.

Eu conheci um homem. Uma das primeiras coisas que lhe perguntei foi sobre sua luta com a pornografia. Agradeço a Deus por não ser algo que tenha tomado tanto controle sobre sua vida. Nós ainda temos lutas por causa da profunda desconfiança dos homens que tenho em meu coração. Sim, o seu consumo de pornografia afetou o meu relacionamento com o meu marido, anos depois.

Se eu pudesse lhe dizer uma coisa, seria isto: a pornografia não afetou apenas a sua vida; afetou todos ao seu redor, de maneiras que eu acho que o senhor não pode sequer imaginar. E ainda me afeta, até hoje, quando eu penso na influência que isso tem em nossa sociedade. Apavoro-me com o dia em que tiver que conversar com meu querido pequeno garoto sobre a pornografia e suas vastas e gananciosas mãos. Quando eu contar a ele como a pornografia, assim como a maior parte dos pecados, afeta muito mais que apenas a nós mesmos.

Como disse, eu já o perdoei. Sou muito agradecida a Deus pelo trabalho que Ele tem feito em minha vida nesta área. É uma área com a qual eu ainda luto de vez em quando, mas sou agradecida pela graça de Deus e pela de meu marido. Rezo para que o senhor supere tudo isso e para que muitos homens que lutam com a pornografia tenham os seus olhos abertos.

Com amor,

Sua filha.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

A mulher moderna e a pomba feminista



A mulher moderna e a pomba feminista

Viviam aquelas pombas irrequietas e felizes na doce paz do seu pombal. Todas as manhãs voavam ao campo, com o pescoço irisado pelo sol, e bicavam os grãos da foice do ceifeiro. À noite o pombal dava-lhes abrigo e calor e, ali no ninho escondido na parede, ouviam alegremente o pio de seus filhotes. Não careciam de nada; tinha tudo; viviam ditosas e morriam tranquilas. Mas, eis que um dia apareceu no pombal uma pomba revolucionária. Vinha de outras terras, onde as pombas sacrificavam a felicidade à liberdade, e falou-lhes desta maneira:

-- Companheiras, viveis dois séculos atrasadas com respeito às pombas de outros países. Basta de clássicas submissões, de vida aborrecida e estéril. Por que havemos de ser inferiores às patas? Elas podem ir a esterqueira, e nós temos medo de nos mancharmos; elas podem banhar-se até na água suja e nós não temos coragem de meter-nos no rio. Para que defender tanto a nossa alvura, a nossa pureza? Isso são preconceitos da Idade Média! Cada uma faça o que bem entender, pois para isso é dona do seu corpo e de sua vida. Vamos a esterqueira! Ao charco!

Todas as pombas incautas aplaudiram a estrangeira agitando as asas. Dirigidas pela revolucionária, voaram para um pântano infecto que se via a distância. Enlambuzaram-se, revolveram-se no lodo com grande algazarra e... não vos direi como saíram dali as pombas!

Assim, caros leitores, viviam nossas ditosas e tranquilas mulheres. No ninho do seu lar viviam em paz a vida do trabalho e do amor. Mas a civilização revolucionária começou a cantar seu canto de sereia assim: -- Como! Estareis toda a vida fechadas em casa? E escravas dos homens? Basta, basta já de submissões! Não vedes como se chegou, em outros países, à emancipação da mulher? Abandonai os vossos preconceitos medievais! A mulher é dona do corpo e de sua vida. Por que sacrificar à alvura da pureza todas as alegrias do prazer? Ao charco! Ao pântano!

E as mulheres modernas lançaram-se e revolveram-se no charco da vida... e, não vos direi como saem dele as mulheres de hoje!

Fonte: Fonte: “Tesouro de Exemplos”, compilado por Pe. Francisco Alves, C.SS.R. - Ed. Vozes

Retirado do blog Mater Dei

Nota do blog original: O título original do texto, como está no livro, é apenas “A mulher moderna”, complementamos o titulo na postagem do blog para ressaltar mais uma vez os males que o feminismo trouxe para a vida das mulheres e consequentemente para toda a sociedade.

sábado, 16 de novembro de 2013

O dantesco tornado arte


A estratégia ardilosa dos ideólogos de gênero para perverter a sociedade encontra amparo na “arte moderna”

Os tempos modernos não só carecem das verdadeiras virtudes, como padecem de sérios e graves vícios. Mais do que pecar, o homem tem exaltado o pecado como "modelo" de comportamento. E sua conduta, infelizmente, acaba refletindo na maneira como ele produz a arte.

O vaso sanitário de Marcel Duchamp exposto nas galerias artísticas é um exemplo de como a arte tem deixado de buscar a beleza para retratar a frivolidade do cotidiano. A indecência, o despudor e a banalização da sexualidade são considerados pelas classes falantes temas "artísticos" e aquilo que deveria ser um oásis converte-se em terreno mais terrível que o próprio deserto. Como destacou o Papa Bento XVI em encontro com artistas na Capela Sistina:




"Com muita frequência, a beleza propagada é ilusória e falsa, superficial e sedutora até ao aturdimento e, em vez de fazer sair os homens de si e de os abrir a horizontes de verdadeira liberdade atraindo-os para o alto, aprisiona-os em si mesmos e torna-os ainda mais escravos, privados de esperança e de alegria. Trata-se de uma beleza sedutora mas hipócrita, que desperta a cupidez, a vontade de poder, de posse, de prepotência sobre o outro e que se transforma, muito depressa, no seu contrário, assumindo o rosto do obsceno, da transgressão ou da provocação gratuita."01

Como consequência de um mundo cada vez mais materialista e fechado para o transcendente, presencia-se um triste fenômeno de decadência. Os homens submetem tudo à sua medida e mesmo aquilo que já foi inscrito definitivamente na natureza não aparece mais como um pressuposto. O resultado é uma "confusão dos diabos" – com toda a carga negativa que a expressão traz: legisladores que se acham "inspirados"; juízes que, com suas sentenças arbitrárias, se fazem deuses; "artistas" que transformam a indolência e a dissolução em "obras de arte".

Os jornais publicaram, na última semana, uma manchete dantesca: "Universitário vai perder virgindade anal (sic) em performance artística" 02. O título do projeto é Art School Stole My Virginity ["A escola de arte roubou minha virgindade"]. Em resumo, um jovem inglês decidiu estrelar publicamente um ato homossexual, em uma galeria de Londres.

É o cúmulo da decadência? Pois, a atitude de Clayton Pettet tem um "significado": destruir a virgindade, tal como é conhecida pela moral judaico-cristã. Em entrevista ao site Vice Brasil 03, ele afirma que a virgindade não passa de "um conceito usado para dar valores às mulheres, um termo heteronormativo que é constantemente usado para indicar o valor de alguém". Assim, "a virgindade é usada para ditar seu valor dependendo do seu gênero".

O universitário europeu vai além e diz que isto "é algo para contar para os netos". "Quero que isso seja algo a ser lembrado, como qualquer artista", revelou.

Se isto já parece absurdo demais, é preciso esclarecer que se trata apenas da "ponta do iceberg", por assim dizer. Por trás de uma exibição como essa, com a intenção de chocar, existe um trabalho ideológico pesado. Está a se falar de várias pessoas financiadas e comprometidas com a malfadada agenda de gênero - que procura eliminar, de modo arbitrário, as diferenças inerentes aos sexos masculino e feminino - e com o que chamam de "desconstrução da heteronormatividade" - uma expressão eufemística para mascarar a destruição da família e da relação conjugal entre homem e mulher. Assim, ao mesmo tempo em que se expõe o ridículo em uma galeria de arte, prepara-se o indecente e o imoral para ser colocado nas cartilhas de educação para crianças e adolescentes.

De fato, a destruição da arte e o fato de que ela não mais se preocupe em retratar a beleza é apenas sintoma de um problema muito maior, que envolve o próprio fundamento da existência humana. Se é verdade, como dizia Paulo VI, que "o mundo em que vivemos tem necessidade de beleza para não cair no desespero"04, não resta dúvida de que este século já enlouqueceu há muito tempo.

Por Equipe Christo Nihil Praeponere
Referências
Encontro com os artistas na Capela Sistina, 21 de novembro de 2009 - Papa Bento XVI
Universitário vai perder virgindade anal em performance artística – Folha de S. Paulo
Esse cara vai perder a virgindade em público em nome da arte – Vice Brasil
Mensagem do Concílio aos Artistas, 8 de dezembro de 1965, Papa Paulo VI

Fonte: Site Padre Paulo Ricardo

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

5 coisas que um filho precisa ouvir do pai - Daniel Darling



Por graça de Deus, eu sou o pai de quatro filhos fantásticos: três meninas e um menino. Assim como é maravilhoso ser o pai de filhas, é maravilhoso ser pai de um filho.

Em minha casa, Daniel Jr (4 anos de idade) e eu estamos a perder 4-1 com as raparigas, e por isso fizemos uma espécie de aliança para garantir que nem tudo fica pintado de cor-de- rosa, que vemos futebol com alguma regularidade, e que se vêem tantos filmes de super-heróis como filmes da Barbie.

Falando a sério, o trabalho de criar um filho é uma tarefa nobre e importante. Infelizmente, é um trabalho que muitos homens desleixam, abrindo caminho ao que agora se vê como uma crise de grandes proporções no nosso país: a crise da paternidade.

Quando tiver vagar veja as estatísticas e ficar a saber que uma percentagem muito elevada dos jovens que estão na prisão tiveram pouca ou nenhuma experiência de envolvimento com o pai. Na minha função pastoral, eu vi os efeitos devastadores da ausência do pai ou da sua falta de liderança na vida do filho.

Homens, ser pai para os filhos é um trabalho sério. Por isso, gostaria de apontar 5 coisas que todo filho precisa ouvir do pai:

1. Gosto de ti

Qualquer rapaz precisa de ouvir e saber que o pai o ama. Sem essa afirmação, um homem carrega feridas profundas que afetam os seus relacionamentos mais importantes.

Encontrei homens de todas idades que sonham ouvir essas palavras mágicas que significam bem mais quando vêm do pai: gosto de ti.

Nesta altura o meu filho tem só 4 anos, por isso é mais fácil dizer essas coisas. Suspeito que, à medida que crescer, vai ser um pouco mais complicado. Mas continuo a pensar dizer.

Porque por detrás de uma aparência às vezes áspera de um rapaz jovem há um coração que deseja sentir o amor do pai. O que você pode não perceber é que a primeira imagem que o miúdo vai ter do seu Pai celestial é a imagem do pai terreno quando olha para ele.

Ou seja, toca a dizer ao seu rapaz que gosta dele.

2. Estou orgulhoso de ti

Nem sei dizer quantos homens conheço que ainda hoje vivem à espera de ter a aprovação do pai.

No fundo do coração perguntam, porto-me minimamente bem? Estou a fazer o que é certo? O meu pai estará contente comigo?

Ando a aprender que é importante para nós, pais, sermos firmes com os filhos de muitas maneiras (ver abaixo), mas nunca devemos negar a nossa aprovação. Eles precisam de saber, nos momentos certos das suas vidas, que não é preciso que façam mais para conquistar o nosso favor.

Claro, às vezes eles vão decepcionar e temos de lho fazer saber e sentir. E, no entanto, é importante não sermos como senhores que, ao tentar motivar os nossos filhos para a grandeza, omitimos o maior condimento que pode facilitar o êxito: a confiança.

Lembro-me da aprovação que Deus faz ao seu Filho quando estava a ser baptizado por João Baptista. "Este é o meu Filho amado, em ponho a minha complacência" (Mateus 3,17 e Marcos 19,35). Sim, há implicações teológicas importantes nesta frase para além da aprovação, mas não posso deixar de ver a aprovação de Deus a Jesus como um modelo para a relação que temos com os nossos filhos.

Se o seu filho não subir à 1ª divisão, se ele entrar numa universidade que não é Harvard, se ele se tornar camionista e não um gestor de empresas, nunca lhe dê a impressão de que gosta menos dele. Não magoe a sua alma dessa maneira.

3. Tu não és um choninhas, és um soldado

Hoje a cultura apresenta uma imagem confusa da masculinidade.

O que é um homem? A cultura dominante diz que ele é uma espécie de inútil e que o melhor que ele consegue é desperdiçar a adolescência satisfazendo os impulsos sexuais, brincando às guerras na playstation, e sem qualquer tipo de ambição nobre.

Mas Deus não fez o seu filho, ou o meu filho, para ser um indolente, mas para ser um soldado.

Por favor, não se ponham nervosos com a palavra "soldado". É bom para encorajar os filhos a serem masculinos. Isto não tem a ver com ser caçador de leões, condutor de camiões TIR. Muitos homens verdadeiros bebem leite, conduzem utilitários pequenos, e detestam camuflados (como eu).

Há uma visão de masculinidade na Bíblia, de nobreza e força, de coragem e sacrifício. Um homem de verdade luta por aquilo que ama. Um homem de verdade valoriza a mulher que Deus lhe dá. Não se serve dela.

Um verdadeiro homem procura seguir o chamamento que Deus estampou na sua alma, e que é descoberto através da intimidade com Deus, da identificação com os dons e talentos recebidos, e da satisfação das necessidades profundas do mundo (para parafrasear Buechner).

Ninguém consegue ajudar melhor os nossos filhos a orientar-se para a sua missão que nós, os pais. Não deixemos o futuro dos nossos filhos ao acaso. Vamos estar ao lado deles, modelando para eles um modo de viver que tenha sentido.

4. O trabalho duro é um dom, não uma maldição

Ócio, preguiça e indecisão são as melhores ferramentas do diabo para arruinar as vidas dos homens jovens. Pessoal, os nossos filhos precisam de nos trabalhar no duro e ser incentivados e preparados para trabalhar no duro.

Eles precisam de perceber que o trabalho é mais duro por causa da queda original, mas em última análise foi dado por Deus para saborear o seu beneplácito. Ficar com as mãos sujas no esforço, na luta, no cansaço – tudo isto é bom, não é mau.

Infelizmente muitos jovens nunca viram como é importante para um homem poder trabalhar. Vamos mostrar-lhes que o trabalho traz alegria. O trabalho honra a Deus. O trabalho bem feito dá glória ao Criador.

Seja feito com os dedos num teclado, cortando árvores à machadada, ou manobrando uma empilhadora. Seja feito num escritório com ar-condicionado, em pântanos lamacentos, ou debaixo de um carro. Mas não se enganem: o trabalho importa e o que fizermos com as nossas mãos, se for bem feito, é um sinal do Criador.

5. Tens talento, mas não és Deus

Vamos embeber os nossos filhos num sentimento de confiança, de aprovação, de dignidade. Mas vamos lembrar-lhes que, embora agraciados pelo Criador, eles não são Deus.

Temos de lhes ensinar que a masculinidade genuína não se envaidece. Inclina-se. Pega numa toalha e lava os pés dos outros.

Um homem de verdade sente-se confortável tanto quando reza como quando fala. Ele sabe que a sua força não está nas suas façanhas ou naquilo que ele acha que as pessoas pensam dele. A força vem de Deus.

Esta humildade alimenta a compaixão e vai permitir-lhes perdoar àqueles que os hão-de ferir duramente. Vamos ajudar os nossos filhos a saber que as suas vidas realmente começam, não quando eles tiverem 18 anos ou quando tiverem o primeiro trabalho ou quando se apaixonarem por uma mulher.

As suas vidas começaram numa colina poeirenta há 2000 anos, aos pés de uma cruz romana, onde a justiça e o perdão se reuniram no sacrifício sangrento do seu salvador.

Vamos ensiná-los que viver a vida sem Jesus é como dar um concerto no convés do Titanic. É bom enquanto dura, mas, por fim, acaba na tristeza.

Fonte: Senza Pagare

quarta-feira, 17 de julho de 2013

5 coisas que uma filha precisa de ouvir do pai - Daniel Darling

Eu sou pai de quatro filhos fantásticos, três dos quais são meninas. A mais velha tem 8 anos e, a cada ano que passa, fui-me tornando mais conservador no que lhes diz respeito. Eu não sou um defensor do porte de armas, mas seria se fosse preciso para estar de pé na varanda fazendo uma espera ao primeiro tipo que se atrevesse a pedir para andar com uma das minhas filhas...

Agora a sério, gosto muito de ter filhas. Para um homem, ter uma filha é uma coisa que o suaviza e lhe traz uma certa ternura ao espírito. Nesse sentido, gostava de partilhar 5 coisas que qualquer filha precisa ouvir do pai:

1) És bonita, e gosto muito de ti

Devia dizer isso à sua filha pelo menos uma vez por dia, e se calhar mais que isso. Dizer só de vez em quando, não chega. Não sou psicólogo, mas as filhas que sabem que o pai gosta delas, crescem com maior confiança e tendem a evitar procurar estima nos lugares errados.

Ouvir dizer que é bonita é como oxigénio para a alma da sua filha. Faça-o muitas vezes de maneiras variadas e criativas.

2) A tua mãe é bonita e gosto muito dela

O melhor presente que pode dar à sua filha é mostrar-lhe como um homem trata uma mulher. Deixe-a ver em sim, mesmo que de forma limitada, o amor gratuito vindo de Deus entre um homem e uma mulher.

Diga à sua mulher diariamente que ela é linda, que a ama, e que está contente por ter casado com ela. Diga-lhe que está comprometido com ela para toda a vida. E diga estas coisas, de vez em quando, diante dos filhos.

3) És de Deus e foste criada para a sua glória

As meninas frequentemente lutam contra a insegurança numa série de questões: o peso, a aparência, os amigos. Talvez, por vezes, se sintam subestimadas ou sem importância, mesmo numa casa onde há amor. É por isso que você, como pai, tem de lembrar-lhes muitas vezes que são uma criação especial, que foram amorosamente formadas pelo Criador à Sua imagem.

Lembre-lhes as palavras de David: «Eu Vos louvo porque me fizestes como um prodígio», do salmo 139. Deve ser uma passagem muito usada na sua Bíblia e interiorizada nas suas filhas para os momentos de dúvida.

4) Estás perdoada

As suas meninas hão-de errar. Hão-de pecar. Vão decepcionar. Se a boa notícia que o evangelho traz não estiver no coração da família, podem crescer sem saber como fazer, nem o que fazer, com os pecados pessoais.

Tente evangelizar a sua filha e tente que ela o siga. Treine nela a prática cristã vital do arrependimento e do perdão. Arrependimento para o pecado próprio e perdão para o pecado dos outros. Faça-lhe saber que Jesus está sempre pronto para dar novos reforços de graças. Faça-lhe saber que essas graças são não só para ela, mas também para aqueles que a ferirem.

5) Vales muito

Não deixe que sua filha beba o veneno cultural que mede o valor de uma mulher pela sua auto-suficiência ou pela sua destreza em desfazer-se da sua pureza. Nem por um momento a deixe ser dominada pela mentira de que o desregramento sexual é mais do que uma escravidão da pior espécie, é mais que a forma como o inimigo rouba a criatividade, a beleza e a finalidade para que foi criada.

Ensine-a o que deve procurar num homem (dica: não os "bonecos" que vê na TV). Torne-a ciente da bela imagem de feminilidade pintada pelo Criador. A sua auto-estima, a sua consciência de si mesma, o seu valor, estão ligadas à sua vocação, surpreendente, de filha de Deus.
 
 
Fonte: Senza Pagare

quarta-feira, 8 de maio de 2013

São Domingos Sávio

 Biografia de São Domingos Savio pelo Vaticano

Seu único interesse era Deus e o modo como fazer com que os outros concentrassem as suas energias para servi-Lo melhor. Aquilo que lhe faltava a nível de força física, ele recuperava em excelência moral, em fortaleza de coração e em aceitação da vontade de Deus, qualquer que esta fosse.
A primeira biografía da vida de Domingos foi escrita pelo seu mestre, São João Bosco, e destas páginas nasceram muitas vocações, inclusive a do futuro Papa Bento XVI que, com tanta ternura, admirava a Obra da Infância Missionária.
Domingos faleceu com apenas quinze anos de idade, no dia 9 de março de 1857. Sua Santidade o Papa Pio XII canonizou-o no ano de 1954. Exatamente há 50 anos.

«Como São Domingos Sávio, que todos sejam missionários do bom exemplo, da boa palavra, da boa ação em família, com os vizinhos e com os colegas de trabalho! Com efeito, em todas as idades pode-se e deve-se dar o testemunho de Cristo! O compromisso do testemunho cristão é permanente e quotidiano!»

Fonte: Site do Vaticano - Clique aqui

Biografia de Terésio Bosco – São Domingos Sávio

Domingos sempre ótimo filho
Tristeza estampada no rosto, Carlos Sávio ia ruminando tais idéias, ao retornar a casa no fim da jornada. De repente, porém, seu rosto se abre num sorriso: sabe que, na curva do caminho, aguarda-o o filho Domingos. Ei-lo. Soltando um grito agudo, precipita-se ao seu encontro, segura-lhe a mão, tenta agarrar a enxada, e acaba carregado ao colo. Pai e filho vão ao encontro de mamãe Brígida, que já deixou a mesa preparada e os espera à porta de casa.(p.5).
O pai não sabia ler nem escrever, mas trabalhava bem como ferrador, e complementava as parcas entradas trabalhando como camponês. Mamãe Brígida era costureira e dona de casa. Mulher simples, mas trabalhadora e educada, ensinava os filhos a trabalhar e rezar.(p.5).
 
Esperava no frio a missa começar
P.João chegava à igreja para rezar a primeira Missa. Com o frio que fazia, duvidava que houvesse gente para a Missa naquela hora. Ainda longe avistou Domingos Sávio…O bom padre ficou pasmado: – Que está fazendo aqui, Domingos? O menino estremeceu. Estava transido de frio. – Estou esperando a Missa começar. – Entre, entre, está fazendo muito frio. Vamos preparar o altar.(p.6).
 
Sempre dócil com aqueles que o ofendiam
Era obrigado a tratar com jovens malcomportados e levianos, mas nunca pude surprendê-lo a brigar. Se surgia alguma discussão, suportava com paciência os insultos dos colegas e afastava-se logo. Não me recordo de tê-lo visto tomar parte em divertimentos perigosos, ou de algum modo perturbar a aula. Muitos colegas convidavam-no a acompanhá-los nas peças que pregavam a pessoas de idade avançada, a atirar pedras, a roubar frutas ou danificar plantações; com muito jeito desaprovava-lhes o procedimento e recusava-se a participar de suas traquinagens.(p.8).

Era sensível com o sofrimento alheio
Um dia, dois alunos haviam armado um das suas, e o P.João, na presença dos outros meninos, empunhou a varinha flexível e bateu de verdade. Ao ver os dois coitadinhos chorar de dor, Domingos prorrompeu em pranto. E ao colega que lhe perguntou porque, respondeu: ‘Preferia que o professor batesse em mim’.(p.9)
 
Comunhão com apenas 7 anos
1849…eram tempos em que a Primeira Comunhão se fazia aos doze anos ou, no máximo, aos onze…Assim o P.João pôde anunciar a Domingos: “Dia 8 de abril, festa da Páscoa, vou dar-lhe a Primeira Comunhão. Ao saber disso, os conterrâneos resmungaram: “A Primeira Comunhão? Mas ele só tem sete anos!…”. Mas Domingos, aos que pensavam que o P. João estivesse cometendo um disparate, provou que mesmo aos sete anos pode-se estar preparado para receber Jesus dignamente.(p.10).
 
Lembranças de minha Primeira comunhão:
1-Confessar-me-ei com muita freqüência e farei a Comunhão todas as vezes que o confessor permitir
2- Quero santificar os dias santos
3- Meus amigos serão Jesus e Maria
4 – A morte, mas não o pecado
 
Sua escola era longe, mesmo assim, ia a pé
Chegou-se por fim a uma decisão: iria de manhã e de tarde a Castelnuovo. Sapatos às costas e pés no chão, começou sua peregrinação à escola municipal. Cinco quilômetros de ida pela manhã e cinco de volta à tarde. Contava dez anos!(p.15).
 
Anjo da Guarda
Uma vez, um camponês que também ia a Castelnuovo, ao mercado, perguntou-lhe:
-Você não tem medo de andar sozinho por estes caminhos?…
-Nunca estou só, respondeu Domingos. – O anjo da Guarda sempre me acompanha.
 
Recusa à maus conselhos
Os coleguinhas voltaram à carga:
-Vem conosco para uma nadadinha?
-Não, obrigado. Acho perigoso.
-Perigoso, nada! Nós lhe ensinamos a nadar. Venha!
-Quem lhe disse isso? Não vê que todos vão?
-Isso não quer dizer nada. De todo o jeito, vou primeiro pedir licença à mamãe, e se ela deixar…
-Está louco? Falar com sua mãe? Se nossos pais souberem a gente apanha.
-Se nossos pais não gostam, quer dizer que a coisa não é boa, e por isso não vou. Vocês me enganaram uma vez, por que querem enganar-me de novo? Acho que seria melhor vocês não irem também.(p.18).

Calou-se mesmo quando acusado injustamente
Dois moleques, depois de cochichar alguns instantes, esgueiram-se pela porta. Pouco depois, tornaram a entrar com dois blocos de neve, e sem que ninguém percebesse, meteram-nos na estufa. Produziu-se uma grande fumaça, e a neve derretida começou a escorrer como um riacho que se espraiou pela sala. Uma brincadeira de muito mau gosto. Foi quando chegou o P. Cugliero. Ao ver a água escorrer da estufa, aproxima-se com a cara fechada e tira a tampa…Depois, encolerizado, volta-se para os alunos.
-Quer dizer que vamos estar bem aquecidos não é? Quem foi? – A voz é bem severa…Com cara dura um deles se levanta, aponta o dedo acusador para Domingos Sávio: “Foi ele!”. O outro confirma sem titubear: “Sim, foi ele!”. O P.Cugliero caiu das nuvens:
-Domingos!Logo você! Nunca poderia imaginar!
Na hora, Domingos nem entendeu de que o acusavam…Levanta-se prontamente…ninguém o defende..No entanto todos tinham visto…
O professor continua: Ainda bem que é sua primeira falta. Não fosse assim, eu o teria expulsado da escola!
Todavia, no fim da aula, um dos que haviam visto os moleques armarem aquela peça já não agüenta mais…Dirige-se ao P.Cugliero e conta tudo. O bom professor mais uma vez cai  das nuvens:
-Mas por que, então…Esse bendito rapaz bem que poderia ter falado….
No dia seguinte, humilhado por ter castigado um inocente, diz a Domingos:
-Por que você não disse que não foi você?
Domingos sorriu:
-Não faz mal. Pensei que os dois seriam expulsos, e eu não queria. Quanto a mim, esperava ser perdoado. E depois…pensei em Jesus…Ele também foi injustamente acusado.(p.22).

São Domingos Sávio e Dom Bosco
O P.Cugliero era conterrâneo e amigo de Dom Bosco, e pensou que a seu lado Domingos Sávio poderia receber excelente formação…2 de outubro de 1854. O patiozinho na frente da casa do irmão de Dom Bosco foi o lugar do primeiro encontro.(p.23-24).
 
Daí-me almas e ficai com o resto
Perguntou o significado das palavras penduradas à parede. Dom Bosco ajudou-o  a traduzir: “Daí-me almas, Senhor, e ficai com o resto”. Era o lema que Dom Bosco escolhera para o seu apostolado.(p.28)
 
Bom exemplo
Aplicou-se com ardor ao estudo. Estudava e procurava compreender bem o catecismo. Mantinha-se afastado dos companheiros levianos, negligentes, desleixados. Procurava amigos entre os melhores, os mais estudiosos e exemplares.(p.31).
 
Guerra contra o pecado
Dia 28 de novembro, antes que a novena começasse, Domingos Sávio subira ao quarto de Dom Bosco:
-Domingos, você vai fazer alguma coisa par Nossa Senhora durante esta novena?
-Antes de mais nada, queria confessar-me para preparar bem minha alma. Depois, quero cumprir exatamente as ‘flores’ que o senhor aconselhar todos os dias da novena. Depois, quero comportar-me bem, para poder fazer a Comunhão todas as manhãs.
-Mais nada?
-Mais uma coisa. Quero declarar guerra impiedosa ao pecado mortal.
-E quero pedir muito, muito a Nossa Senhora e a Jesus…que me façam antes morrer que deixar-me cair num pecado venial contra a modéstia.(p.32-33).
 
Devoção à Maria
Domingos Sávio dirigiu-se ao altar de Nossa Senhora, tirou do bolso um papel em que havia escrito algumas linhas longamente meditadas, e consagrou-se  Maria…
“Maria, eu vos dou meu coração; fazei que seja sempre vosso. Jesus e Maria, sede sempre meus amigos! Mas, por piedade, fazei-me morrer antes que me aconteça a desgraça de cometer um só pecado”.(p.34).
 
Simplicidade
Eis o que escreve seu professor:
“Não me lembro de ter tido aluno mais atento, dócil e respeitoso que Domingos Sávio. Mostrava-se modelo em todas as coisas.
Não tinha afetação alguma na roupa e no cabelo; mas na modéstia das roupas e em sua humildade…mostrava-se bem-educado, cortês…(p.36).
Com o Crucifixo, Domingos, evita uma briga de dois meninos
Muniram-se ambos de cinco pedras…deslocaram-se para o canto de um prado, mediram vinte passos de distância…Domingos saiu correndo, abriu caminho, meteu-se no espaço livre entre os dois briguentos.
-Saia daí – gritou um deles, já empunhando a primeira pedra. –Tenho de ajustar contas com aquele covarde, e é inútil você querer fazer seu sermão.
Domingos encarou-o tristonho. Que fazer?…Pegou o pequeno Crucifixo que trazia ao pescoço e correu ao encontro do que se achava mais perto:
-Olhe o Crucifixo! – ordenou- e se tiver coragem, repita: “Jesus morreu perdoando os seus algozes. Eu, ao contrário, não quero perdoar, quero vingar-me até o fim!” O rapaz olhou para ele e resmungou:
-Que é que tem que ver isso?
Domingos percorreu os vinte passos que o separavam do outro e repetiu-lhe também a ele em tom de quem manda:
-Olhe o Crucifixo! E se tiver coragem repita: “Jesus morreu perdoando os seus algozes. Eu, ao contrário, quero vingar-me.
Este último era um bom rapaz, e ficou impressionado. Então Domingos segurou-o pela mão e arrastou-o para perto do outro:
-Mas por que é que se querem machucar? Por que querem causar desgosto aos pais e a Deus? Jesus perdoou a quem o matava, e vocês não são capazes de perdoar uma ofensa, feita num momento de raiva?
Domingos calou-se, mas continuou a encarar com tristeza os dois inimigos, sempre apertando na mão o pequeno Crucifixo. As pedras caíram no solo.(p.42-43).

Desejo de ser santo
Naquele domingo, Dom Bosco falou da santidade, e dividiu o argumento em três pontos:
  1. É vontade de Deus que todos nos tornemos santos.
  2. É muito fácil conseguí-lo
  3. Há um grande prêmio preparado no céu para quem se faz santo.
Desde então, Domingos começou a sonhar, e seu sonho foi a santidade: “Deus me quer santo, quero, pois, tornar-me santo.”(p.44).
 
Fórmula de Dom Bosco para a santidade:
-Vou dar-lhe a fórmula da santidade. Preste bem atenção. Primeiro:alegria. O que inquieta e tira a paz não vem de Deus. Segundo: deveres de estudo e de piedade. Atenção na aula, aplicação ao estudo, empenho de rezar bem. Tudo isso não por ambição, para receber elogios, mas por amor de Deus e para tornar-se um verdadeiro homem. Terceiro: fazer bem aos outros. Ajude os colegas sempre, mesmo à custa de sacrifício. A santidade está toda aí.(p.47).

Louvava a Deus quando alguém murmurava
Um colega de Domingos viu-o em dado momento tirar o chapéu e murmurar algumas palavras. Perguntou-lhe:
Que está dizendo?
E Domingos:
-Você não ouviu? Aquele carroceiro tomou o nome de Deus em vão. Pudesse ir ter com ele, dir-lhe-ia que não o fizesse mais, mas tenho medo de que faça pior. Contento-me então em dizer: Louvado seja Jesus Cristo, para reparar a ofensa ao Senhor.

Prestativo
Jovens…abandonados…postos de lado…esses eram os amigos prediletos de Domingos Sávio…quem tinha algum aborrecimento ia desabafar com ele. Se havia algum doente na enfermaria, o enfermeiro mais procurado, mais benquisto era sempre Domingos…”
Mamãe Margarida, disse um dia a seu filho: “Padre João, tens aqui no Oratório muitos jovens bons, mas podes acreditar em mim, bons como Domingos Sávio não há nenhum”.(p.60).
Mostrava-se sempre disponível. Houvesse um doente precisando de assistência, um colega de um repasse, um quarto para ser arrumado, estava sempre pronto. Chegou a emprestar suas luvas de lã a um pequerrucho que tremia de frio.(p.70).
Se podia prestar pequenos serviços aos companheiros, fazia-o de boa vontade. Limpava os sapatos, escovava a roupa, fazia a cama dos doentes, e dizia:
…-Cada um faz o que pode. Eu não sou capaz de fazer grandes coisas. Sei penas fazer essas coisinhas. Espero que Deus as acolha em sua bondade.(p.87).
Os grandes santos eram um exemplo no caminho da penitência: Santa Catarina de Sena tratava os ulcerosos com as próprias mãos; São Carlos e São Luís morreram entre os empestados, São Francisco abraçava os leprosos.(p.88).

Férias
Domingos pensava: “Minhas férias não serão a vindima do diabo, mas a messe de Nosso Senhor”…Aos pequenos ensinava o catecismo, levava-os à igreja, contava-lhes a vida de Jesus.(p.63).
 
Domingos Sávio ajuda a cuidar dos enfermos
Dom Bosco reúne seus quinhentos jovens:
-O prefeito lançou apelo aos corajosos. Se algum de vocês está disposto a sair comigo para ajudar os colerosos, garanto em nome da Virgem Maria que nenhum de nós será atingido pela doença. Contanto que conserve a graça de Deus e traga consigo uma medalha de Nossa Senhora. Naquela mesma noite, quarenta e quatro, dentre os maiores, ofereceram-se como voluntários. Entre eles, Domingos Sávio. (p.67).
 
A obra-prima de Domingos
A assembléia encarregou três membros de escrever um primeiro regulamento da Companhia, o qual deveria ser aprovado e praticado por tosos. Foram encarregados: Domingos Sávio, de 15 anos; Jose Bongioanni, de 18; e Miguel Rua, auxiliar de Dom Bosco e professor dos colegas. (p.71)

Exortação ao colega
Aconteceu um dia que um menino recebeu, não se sabe de quem, um jornal ilustrado que trazia algumas figuras não muito decentes. Dois ou três amigos começaram a folheá-lo, e depois juntaram-se outros mais. Olhavam e riam. Domingos que andava por aí, aproximou-se. Abriu caminho, tomou o jornal das mãos do dono e fê-lo em pedaços; Houve quem quisesse protestar. Domingos, sem lhes dar tempo, protestou primeiro.
-Desse jeito não vai. Coisas inconvenientes não devem entrar em nossa casa!
-Mas era só para rir.
-Você quer ir rindo para o inferno?
Ninguém mais se atreveu a protestar. Voltaram aos brinquedos.(p.78).

Dom Bosco proíbe à São Domingos Sávio as penitências
Proíbo-lhe absolutamente qualquer penitência. Antes tem que me pedir licença. Entendidos?…a penitência que Deus quer de você é a obediência. Obedeça, e isso basta para você.
-E não poderia permitir-me qualquer outra penitência?
-Sim – respondeu Dom Bosco. – Permito-lhe suportar com paciência as ofensas; tolerar com resignação o calor, o frio, o cansaço e todos os incômodos de saúde que Deus permitir.(p.84).
 
Mortificação dos sentidos
Olhava somente o que queria olhar. O resto era como se não existisse para ele. De início esse controle custou-lhe bastante: sofreu até uma violenta dor de cabeça. Mas conseguiu.
-Quero servir-me deles – respondeu com simplicidade – para contemplar o rosto de nossa Mãe do Céu, Nossa Senhora, quando for vê-la no paraíso.
…Também ao falar, Domingos sabia mortificar-se. O silêncio no estudo, na aula, na igreja…Ofendido, em vez de retrucar, sabia perdoar e sorrir…Escreve Dom Bosco: “Jamais seus lábios proferiram uma palavra de queixa.(p.86).
 
Lia o livro imitação de Cristo
Além de Kempis eu li o ‘Tesouro Oculto da Santa Missa’ do beato Leonardo. Se achar bom faça o mesmo.’(p.97).
 
Boa-morte
Domingos também fazia o seu Exercício da Boa Morte todos os meses….”um Pai-Nosso e uma Ave-Maria pelo primeiro que morrer dentro nós.”
Não se deve dizer ‘pelo primeiro que morrer dentro nós’ – insistia – mas, ‘por Domingos Sávio, que morrerá por primeiro. (p.109).

Morte de Domingos Sávio
O dr. Cafasso examinou-o e declarou:
-Trata-se de uma inflamação. Assim se chamava então a pneumonia.
Era o dia 9 de março de 1857. Chegou o pároco para uma última visita…
Meu querido pai, está na hora…Tome o meu livro de orações..e leia-me as orações da boa Morte.
…Era noite de 9 de março de 1857. Domingos nascia uma segunda vez. Para o céu.

Visão de Domingos Sávio no céu
Trinta dias eram passados da morte de seu filho, e o pobre pai, crutindo a dor ainda viva e profunda daquela perda, não podia dormir.  Eis senão quando parece-lhe abrir-se o teto do quarto, e grande luz espancar a escuridão. Em meio à intensa claridade delineia-se a imagem de seu Domingos, rosto sorridente e alegre, aparência majestosa e bela. Carlos Sávio ficou fora de si pela admiração. Depois balbuciou:
-Oh, Domingos, Domingos! Como vai? Onde está? Já está no céu?
-Sim, papai – respondeu – Estou de fato no céu.
-Oh, Domingos..Se Nosso Senhor lhe concedeu tão grande graça, peça-lhe por seus irmãos e irmãs, para que um dia possam juntar-se a você…E peça-lhe também por mim e por mamãe, para que todos nos possamos salvar e reunir-nos no céu.
Domingos sorriu seu sereno sorriso e respondeu:
-Sim, papai, sim. Rezarei.
A luz desapareceu, e o quarto voltou à escuridão.(p.126-127).
 
Santo
Pio XI declara Domingos Sávio ‘ Venerável’. Pio XII declara Domingos Sávio Beato.
Pio XII declarou Santo Domingos Sávio em 12 de junho de 1954.(p.137-138).

Fonte: São Domingos Sávio. Terésio Bosco. 2007. Editora Salesiana.

domingo, 21 de abril de 2013

A destruição da infância


Como a educação sexual é um meio para perverter o ensino na escolas do país


Imagine que você tenha uma filha pré-adolescente e precise matriculá-la na escola para iniciar os estudos do Ensino Fundamental. Agora imagine que a professora de sua filha precise dar aulas de Educação Sexual e, para isso, conte com o auxílio de uma cartilha do governo com imagens de pessoas fazendo sexo. Não bastasse isso, imagine também a mesma professora incentivando danças nas quais sua filha tenha de simular relações sexuais com um menino. Ficou espantado? Justo! Mas, apesar das cenas acimas parecerem irreais, na prática, já se tornaram parte do currículo escolar de uma porção de alunos Brasil afora.

A Educação Sexual para jovens, ao contrário do que se costuma dizer no círculo das classes falantes, não é um método para discutir tabus, sequer informar a juventude sobre riscos de DSTs ou gravidezes indesejadas. O foco principal desse trabalho é estimular um novo padrão de comportamento baseado no perfil desejado por ONGs e fundações internacionais. O Conselho de Informação e Educação Sexual dos Estados Unidos (Siecus), grande colaborador no que tange à produção de material para esses assuntos, faz uma clara apologia em seu site de práticas como "masturbação", "aborto" e "materiais pornográficos". Coisas do gênero são vistas como direitos sexuais.

Por outro lado, a mesma instituição defende o fim do financiamento do Estado para programas que promovam a abstinência e a castidade por, segundo eles, não produzirem um resultado efetivo, satisfatório. O que é uma mentira deslavada! Para pôr fim ao embuste, basta pegar as declarações do diretor do Projeto de Pesquisa e Prevenção da Aids da Escola de Saúde Pública de Harvard, Edward Green, para constatar o quão a Igreja estava e está certa no debate sobre o uso da camisinha. Ou então observar a queda do número de soropositivos na Uganda, após o governo adotar uma política de incentivo à castidade e à fidelidade conjugal.

Ao contrário do que dizem os promotores desse tipo de educação, o ensinamento da Igreja quanto à sexualidade não está radicado em "crenças religiosas ultrapassadas", mas na própria razão humana. Uma árvore é reconhecida pelos seus frutos e os frutos da educação sexual são jovens iniciando sua vida sexual cada vez mais cedo. De acordo com uma pesquisa do próprio IBGE, 30% dos adolescentes de 15 anos já tiveram sua primeira relação. Número assustador e que revela o quão perniciosa é a famigerada educação sexual.

A família é a primeira escola de valores da criança e é por isso que o Magistério da Igreja insiste tanto no assunto. A aprovação do divórcio, os métodos contraceptivos e os novos padrões de família inocularam no pensamento das pessoas a ideia de que o casamento seja uma instituição falida. Um mero arranjo contratual no qual as partes contratantes prestam serviços sexuais uns aos outros até um deles enjoar. Isso representa uma verdadeira prostituição do matrimônio. É dessa mentalidade maluca que se abre espaço para uma educação cada vez mais apelativa e promotora de comportamentos sexuais absurdos.

É de responsabilidade dos pais educarem seus filhos e promoverem uma reta compreensão da dignidade humana. Não é à toa que São Pio X afirmou que os familiares que descuidam de tal obrigação são "culpados diante de Deus". Jesus advertiu categoricamente para o zelo com as crianças. Escandalizá-las é um crime terrível que clama aos céu, e ai daquele que o fizer, "mais lhe valeria que encaixasse no pescoço uma pedra de moinho e se jogasse ao mar" (Mt 18, 6).

Por: Equipe Christo Nihil Praeponere

sábado, 20 de abril de 2013

Quem provocar a queda de um só destes pequenos...



“Quem provocar a queda de um só destes pequenos que crêem em mim, melhor seria que lhe amarrassem ao pescoço uma pedra de moinho e o lançassem no fundo do mar”. Mt 18, 6

Sem sombra de dúvida atravessamos um dos tempos mais difíceis para a infância e a juventude em toda a história. Nossas crianças e nossos jovens se encontram diante de dois caminhos: o do Senhor e do mundo. Aparentemente o caminho que o mundo apresenta é o melhor: a diversão e o prazer disfarçam a quebra de valores indispensáveis para a vivência de uma vida reta e saudável. A criança cresce jogando jogos violentos, que incitam o ódio e a destruição, escutam músicas com letras que aos poucos corrompem as inocentes mentes e ainda encontram, em muitos lugares, um ensino cada vez menos comprometido com os valores cristãos.

Já a juventude vive aquilo que aprendeu na infância. Os controles de vídeo-game são substituídos por armas que são cada vez mais usadas com incoerência. As músicas com letras ridículas impulsionam a curiosidade por conhecer o álcool, drogas e a promiscuidade. Isso torna-se um ciclo vicioso, vemos crianças agindo como adolescentes, adolescentes querendo os direitos dos adultos sem querer os deveres deles e com isso vemos adultos mau formados, agindo como crianças.

O ensino público - em grande parte - contribui para o afastamento dos jovens da Igreja, pois são contadas mentiras absurdas sobre a Igreja Católica, principalmente nas aulas de História e Ciências, colocando a Igreja como se fosse uma assassina em série e inimiga da razão e das ciências. Além disso nossa educação está sendo moldada por ensinamentos imorais que propagam uma sexualidade completamente desorientada, que abandona a afetividade, a busca pelo amor verdadeiro e colocam a busca pelo prazer como meio de vida.

Assim como a infância do passado é a juventude de hoje, esta última será a terceira idade no futuro, naturalmente. Mudá-la completamente é quase impossível. Então o que devemos fazer? Investir na formação de nossas crianças, orientar depois os jovens e adultos para, novamente, termos a honra de aprender com os idosos, como outrora acontecia, pois este é o caminho do Senhor.

Que São José, que tanto zelou pelo Menino Deus proteja as nossas crianças e jovens. Que Deus nos dê a Sua benção e Sua graça!

João Carlos Resende

Fonte: Mater Dei

Homem é preso na França por usar camisa PRO FAMÍLIA publicamente

Mais uma notícia demonstrando que o mundo caminha para um totalitarismo do "politicamente correto". Desta vez, o totalitarismo é patrocinado pelo governo socialista francês e a notícia foi publicada pelo jornal Le Figaro:

Homem é preso por estar vestindo uma camiseta defendendo a família tradicional.
Essa é a resposta de um Governo que está perdendo o apoio público às suas medidas pró "casamento homossexual".

Vejam: www.lefigaro.fr/actualite-france/2013/04/08/01016-20130408ARTFIG00579-proces-verbaux-en-serie-pour-le-port-du-sweat-shirt-de-la-manif-pour-tous.php
 
Fonte: A Vida Sacerdotal

terça-feira, 9 de abril de 2013

A relação entre castidade, modéstia e pudor


por Pe. Thomas Morrow

Transcrição: Blog Mater Dei
           
Uma proposta de castidade não pode dar resultado sem a virtude do pudor no vestir, tanto em homens como em mulheres. Também o homem deve ser modesto, embora não pensemos frequentemente nisso: sungas minúsculas, calças excessivamente justas, camisetas sem manga e abertas até a cintura não são próprias a um verdadeiro cristão. No entanto, como escreveu Santa Teresa De Jesus na sua autobiografia, “as mulheres têm obrigação de ser mais modestas que os homens”. Portanto, centrar-nos-emos especialmente no tema do pudor das mulheres.
            Permitam-me que lhe conte uma história. Uma tarde, uma jovem da nossa associação católica de mulheres solteiras pensava no vestido que escolheria para assistir a um casamento. Telefonou ao pai a pedir-lhe a opinião. Ele disse-lhe: – “Bem, você tem pernas bonitas, porque não usa algo curto?” [1]
            Então ela usou “algo curto”... e quase provocou um terremoto. Não foi o seu momento mais feliz.
            Depois daquilo, começamos a falar sobre pudor e ela passou a vestir-se de forma mais recatada. Mais tarde, disse-me que tinha ido a uma festa e que o seu vestido discreto tinha chamado a atenção do que as que vestiam roupas chamativas! [2]
            Como as mulheres olham mais para a pessoa no seu conjunto, costumam ser menos conscientes de como os homens a olham. João Paulo II ponderava em Amor e Responsabilidade: “Como a sensualidade é geralmente mais forte e mais acentuada nos homens, e os faz considerar o <>; parece que seria de esperar que o pudor, enquanto tendência a diminuir a atração sexual do corpo, fosse mais pronunciado nas moças e nas mulheres”.
            As mulheres costumam ser conscientes de que os homens se sentem fisicamente atraídos por elas, mas não costumam ter a mais remota ideia da intensidade dessa atração. Quando uma mulher vê um homem de boa aparência, pensa: “É bonito”. Quando um homem vê uma mulher de boa aparência, a sua reação é muito mais intensa.
           
Muitos homens jovens que acreditam na castidade, e se esforçam por vivê-la, nunca reparam na importância da modéstia nas mulheres. Alguns estão completamente possuídos pelo desejo de gozar do espetáculo de uma bela mulher de saia curta e apertada. Mas quando começam a pensar nas causas primordiais da luxúria, não demoram a reconhecer o efeito negativo que isso tem sobre eles. O Pe. David Knight, em Good News About Sex, pensa que “seria uma propositada ingenuidade, nesta época de sofisticação psicológica, ignorar que determinado estímulo visual é objetiva e geralmente provocante para o apetite sexual de um jovem normal. Poderíamos fechar os olhos a essa realidade, mas os comerciantes não o fazem. E as fortunas que obtêm pondo em prática as suas ideias demonstram que sabem o que fazem... Quer as jovens e as mulheres da nossa cultura ignorem ou não o que se passa, quem perde são elas... Na medida em que um determinado estilo de vestir é considerado deliberadamente provocante – por parte do estilista, da cliente, ou de ambos -, esse modo de vestir deve ser considerado como uma violação ao contrário, pois estimula um desejo sexual em quem talvez não queira excitar-se. Cada vez que isso acontece aos homens (que são mais inclinados que as mulheres a esse tipo de excitação), sempre se provoca um certo mal-estar, reconheçam-no ou não...”
            Por outro lado, como recomenda o Catecismo:
            “o pudor preserva a intimidade da pessoa. Designa a recusa de mostrar o que deve ficar oculto. Ordena-se para a castidade, cuja delicadeza proclama. Orienta os olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e os sentimentos que as unem.
            O pudor protege o mistério da pessoa e do seu amor […] Exige que se cumpram as condições do dom do compromisso definitivo do homem e da mulher entre si. O pudor é modéstia; inspira a escolha do vestuário...” [3]
O que é impudico hoje em dia?
            Quais os elementos mais difundidos da moda atual que provocam mais reações nos homens? O mais comum é a saia curta. Presenciei muitas vezes o desconcerto de homens piedosos quando reparavam na pouquíssima roupa que vestem algumas mulheres ao irem à Igreja assistir à Missa num dia de semana ou para fazer um tempo de oração. Achavam absolutamente contraditórios o vestuário dessas mulheres e suas práticas de piedade. Eu estava de acordo com eles. Sempre me espanta o número de mulheres piedosas que não relacionam o religioso com a roupa. Os vestidos ou as saias acima do joelho afetam sexualmente os homens, pelo menos levemente, mas talvez ainda mais psicologicamente. Quer dizer, afetam a sua opinião sobre a totalidade dessas mulheres. Às vezes, as mulheres surpreendem-se ao saberem como os homens reagem diante de umbigos expostos, seios seminus, vestidos apertados, “penteados sexy” ou peças de banho indecentes.
            Numa palestra que dei sobre o pudor, uma moça (depois descobri que era californiana) replicou:
-        “O senhor quer dizer que não devemos vestir determinados biquínis na praia?”
-        “Sim, é isso que quero dizer”.
-        “Não é um exagero, não?”
-        “Grande. Tão grande como o próprio Evangelho”.
            Vários meses depois, soube que essa moça passou a ir a praia de maiô. Tinha começado a converter-se” Quatro anos depois, entrou numa ordem carmelita contemplativa. Isso, agora no melhor sentido, é que foi, sim, um exagero...! (Nota do blog: Para saber mais sobre a tão discutida questão sobre roupas de banho acesse este link: “Sobre ouso de roupas de banho.”
            Que mulher quer ser lembrada pelas suas pernas? Ou pelo seu umbigo? Não preferiria ser lembrada pela sua afabilidade, personalidade, decência, bondade ou piedade? Se uma mulher ressalta exageradamente os seus encantos físicos, certamente apagará outros, mais pessoais, mais importantes e mais duradouros.


Pe. Thomas Morrow – “Namoro Santo em um mundo supersexualizado”
Leia a continuação artigo neste link: A relação entre castidade, modéstia e pudor - 2ª Parte
 [1] Nota do blog: Isto é um verdadeiro exemplo de pai desnaturado, chegou a dar pena da moça, que pai normal mandaria a sua filha usar um vestido que deixasse as pernas à mostra? Grande parte da falta de pudor recorrente neste nosso mundo tem sua causa na negligência em que os pais criam seus filhos, pais e mães que estão mais preocupados consigo mesmos do que com o bem da família em geral. Todos nós prestaremos contas a Deus, mas os pais prestarão contas por suas almas e pelo modo que conduziram a de seus filhos.
[2] Para saber mais sobre assunto acesse este link: “Em uma festa de casamento.”
[3] Catecismo da Igreja Católica, ns. 2521 e 2522

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Um Pai que não Reza...



 
Ao pé do leito, Pedrinho (quatro anos e meio) faz a sua oração que parece bem comprida.

- Então não acabaste ainda a oração? - pergunta a senhora.

- Já - responde a criança embaraçada.

- Mas então que estás aí a fazer?
A criança cora e murmura timidamente:

- É que eu faço duas cada noite: a minha e a do Papai; ouvi-o dizer à mamãe que não estava disposto para rezas; faço-a eu por ele.

Precocidade? Sim. E as crianças não têm perspicácias destas que nos desnorteiam?

Ah! esses pais que julgam poder ser incoerentes diante dos filhos! Como eles ignoram as exigências desses cerebrozinhos, desses corações infantis!

E como sabem também os filhos aproveitar-se do que se diz diante deles!

Uma protestante convertida ao catolicismo, Lady Baker, conta no seu livro La Maison de Lumière, como criança ainda, - tinha onze anos aproximadamente, e, claro esta, pertencia como seus pais a Religião Reformada - lhe acontecera surpreender uma conversa entre seu pai e sua mãe. Dizia o pai: "Ouvi hoje um bom sermão; demonstrava-se que as Reformas fora um erro e que a Inglaterra teria passado muito bem sem ela."

"Psiu! interrompe a mãe escandalizada, cuidado que as crianças podem ouvir!".

"Retiraram-se da sala de estudos, escreve Lady Baker, e não ouvimos mais nada. Mas comecei logo a maturar sobre essas estranhas palavras". Nessa mesma tarde, em passeio, pedia ela à criada para entrar numa igreja católica. A partir dessa data germinara nela o desejo de estudar as origens da peseudo-Reforma, e, no caso em que seu pai tivesse dito a verdade, de mudar mais tarde de religião.

Graças a Deus, não perdi o hábito da oração. Mas talvez, por qualquer pretexto, eu não mostre bastante a meus filhos que oro. São efetivamente duas coisas distintas: orar e deixar perceber aos filhos que se ora. Não me basta, pois, orar só para mim. O meu dever de chefe de família é orar em nome da família, diante da família e com a família. É necessário que os meus filhos saibam que o seu pai honra a Deus, e aprendam, a exemplo seu, o grande dever da adoração e do culto. A oração, e da noite pelo menos, deve ser feita em comum.

Em muitos lares onde no fim do dia todos se reúnem para honrar a Deus, é a mãe quem preside à oração, o que mais tarde fará cada filho, por ordem. Melhor seria que fosse o pai. É uma função que lhe pertence, uma função em certo modo sacerdotal, falando num sentido lato...


Fonte: Cristo no lar, meditações para pessoas casadas, por Raúl Plus, S.J, tradução de Pe. José Oliveira Dias, S.J.

Fonte:
 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...