Respirar
o menos possível
nestas cidades
de uma tristeza
sem idade
abrindo o espaço
com os gestos lentos de um náufrago
a caminho
do fundo
A noite sobe-me
na voz
como um lugar
capaz de imaginar
sozinho
o seu cenário
onde o azul
dorme
numa cave
com os cães
Ernesto Sampaio
Feriados Nacionais
Fenda, 1999
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Tão pouco
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a linguagem das trevas
dormir
na neve dos limites
atravessar
flores distraídas
Decifrar
numa pedra fria
letras a arder
entrar
em comboios remotos
no olho gigante
das estações do fim do mundo
Ser um sinal
lançado ao acaso na noite
deixar
noutra boca
o gosto de uma ausência
Temos tão pouco tempo
tão pouco sonho
tão pouco
Ernesto Sampaio
Feriados Nacionais
Fenda, 1999
a linguagem das trevas
dormir
na neve dos limites
atravessar
flores distraídas
Decifrar
numa pedra fria
letras a arder
entrar
em comboios remotos
no olho gigante
das estações do fim do mundo
Ser um sinal
lançado ao acaso na noite
deixar
noutra boca
o gosto de uma ausência
Temos tão pouco tempo
tão pouco sonho
tão pouco
Ernesto Sampaio
Feriados Nacionais
Fenda, 1999
Perda
No poroso branco das lajes
da limpa escada de pedra
sobre o abismo feliz
das claridades eternas
cada passo
perde
lentamente
a esperança de ser o último
A obra sem peso
da minha paciência
corre sobre a terra
constrói o silêncio
onde tu te anuncias
No reflexo das horas
como uma viagem de vidro
onde só vejo
a luz do vento
eu sei que a cor do mundo
está perdida
Ernesto Sampaio
Feriados Nacionais
Fenda, 1999
da limpa escada de pedra
sobre o abismo feliz
das claridades eternas
cada passo
perde
lentamente
a esperança de ser o último
A obra sem peso
da minha paciência
corre sobre a terra
constrói o silêncio
onde tu te anuncias
No reflexo das horas
como uma viagem de vidro
onde só vejo
a luz do vento
eu sei que a cor do mundo
está perdida
Ernesto Sampaio
Feriados Nacionais
Fenda, 1999
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