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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Maria do Caritó

Assisti Maria do Caritó (2019) de Newton Moreno no TelecinePlay. A direção é de João Paulo Jabur. Eu queria muito ter visto nos cinemas. Lilia Cabral viajou com essa peça por bastante tempo até que resolveram fazer o filme. É poesia pura! E que elenco!


O  texto é todo de quem conta uma história, de um jeito falado que parece cantado, uma graça. Maria do Caritó é daquelas pessoas vítimas de promessa alheia. Gente que resolve ficar de bem com os santos prometendo algo que o outro tem que cumprir. Prometeram que Maria do Caritó ficaria casta e pura para o santo, cansada dessa obrigação, ela ainda pensa em casar, apesar de seu pai ter afugentado todos os pretendentes e agora ela estar na menopausa. A melhor amiga da Maria do Caritó é interpretada por Kelzy Ecard. Ela é a única que realmente quer o bem da amiga e não a explora.
O circo chega na cidade e com ele a possibilidade de mudar o seu destino. Lindas as cenas com a Juliana Carneiro da Cunha. Outros do circo são: Gustavo Vaz, Priscila Steinman e Fernando Sampaio. 

Leopoldo Pacheco está irreconhecível como o coronel. A noiva do coronel é interpretada por Alice Assef. O padre é o incrível Fernando Neves. O pai da Maria do Caritó é interpretado por Sylvio Ziber. A cigana por Larissa Bracher. Gostei demais do desfecho! Depois de tanta opressão e reza, só a liberdade faria sentido. Ser livre para ir e vir de onde quiser, conhecer o mundo. Nada de logo já se fechar em um casamento. 

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Não Devore Meu Coração

Assisti Não Devore Meu Coração (2017) de Felipe Bragança no Canal Brasil. Cauã Reymond interpreta um motociclista. Ele vive com a mãe e o irmão na fronteira do Brasil com o Paraguai. Ninguém na cidade parece fazer nada pra sobreviver. Cauã vive em uma gangue de moto participando de competições com rivais paraguaios.

O irmão mais novo se apaixona por uma índia paraguaia muito linda Adeli Gonzales. O menino é interpretado por Eduardo Macedo. A mãe, Cláudia Assunção, parece que só dorme e toma remédios. Está assim desde que se separou do pai deles. O rio separa o Brasil do Paraguai. .

É apaixonada pelo irmão a bela Zahy Guajajara. O pai, Leopoldo Pacheco, é um fazendeiro rico que lida com os conflitos de terras à bala, por isso os dois jovens são hostilizados na pequena comunidade. O capataz que não protege ninguém é interpretado por Ney Matogrosso. Na trilha sonora tem a obra de Carlos Gomes.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Novo Mundo

Assisti Novo Mundo (2017) de Thereza Falcão e Alessandro Marson na TV Globo. Direção geral de Vinícius Coimbra. Que novela!!! Além de falar de um importante período histórico brasileiro, ainda teve discursos incríveis sobre escravidão, índios, política, condição feminina. Foi tão impressionante e inesquecível que já estou com muita saudade.

Sim, fizeram algumas licenças poéticas, mas não tanto quanto o que falavam. Mostraram sim os inúmeros envolvimentos de Dom Pedro (Caio Castro). A novela começou com a vinda da Leopoldina (Letícia Colin) ao Brasil para casar com Dom Pedro. Eu tinha comprado antes da novela começar A Biografia  Íntima da Leopoldina de Marsillo Cassotti que comentei aqui. Só depois que soube da novela e aí resolvi ler. Logo que Leopoldina está vindo ao Brasil, Dom Pedro estava se envolvendo com uma dançarina (Luísa Micheletti). Eu acho que ele amou a Leopoldina. Pessoas sedutoras gostam de fazer os outros caírem de amores. Dom Pedro era tão sedutor quanto Domitila (Agatha Moreira), os dois eram muito parecidos. Cheguei a achar que o envolvimento do Pedro com a esposa (Joana Solnado) de Avilez (Paulo Rocha) fosse licença poética, mas não foi. Tinham rumores que ele teria se envolvido com a esposa do oficial realmente.
Foi emocionante demais o Dia da Independência. A novela mostrou ainda o Dia do Fico. Muitos falavam se iam mostrar Pedro passando mal com diarreia, não deixaram claro se era diarreia, mas ele passou muito mal caminhando. Ele tentava voltar ao Rio de Janeiro e passou mal no caminho. 

Logo que a novela começou passaram a dizer que Leopoldina era gordinha. Há um grande equívoco nessa informação. Leopoldina chegou no Brasil com 20 anos, casou e logo engravidou. Morreu com 29 anos e nesses 9 anos esteve grávida 7 vezes, sendo que cada vez são 9 meses e a mulher leva um pouco para desinchar após dar a luz. Algumas vezes, muito provavelmente antes mesmo de terminar a amamentação e desinchar ela estava grávida de novo. Gostei que Novo Mundo mostrou a importância política de Leopoldina. No livro vi que o pai dela era um grande diplomata austríaco. Ela aprendeu com ele a gerenciar conflitos e era ela que auxiliava muito Dom Pedro a resolver os inúmeros problemas que tiveram nesse período conturbado. Leopoldina foi determinante, bem como Bonifácio (Felipe Camargo).

As pessoas ficaram indignadas com a novela ter insinuado que Bonifácio teria se apaixonado por Leopoldina. Quem garante que não? Em tudo o que se lê sobre os dois sempre vem a frase que Leopoldina e Bonifácio estavam sempre juntos, que eles se identificavam muito porque os dois eram muito cultos. Que tinham altas conversas. Não podemos esquecer que princesas e rainhas sempre eram protegidas, quase imaculadas com raras exceções. Leopoldina era amada pelo povo, jamais deixariam qualquer insinuação manchar a sua imagem até por uma estratégia real. Mas quem garante que eles não tivessem nutrido algum sentimento? Sim, Leopoldina era católica demais, jamais aceitaria um envolvimento fora do casamento como se posicionou na novela. Mas achar que Leopoldina não seria uma mulher pulsante, é machismo.

Eram muitos personagens incríveis. Gostei demais de terem criado uma taberna suja, com poucos móveis. Essa reconstituição de época foi incrível. Era muito difícil ter móveis na época, roupas, os personagens repetiam muito as roupas, mesmo os do palácio. E banho não era algo comum. Era raro. Os personagens eram sujados. Licurgo (Guilherme Piva) e Germana (Viviane Pasmanter) foram inacreditavelmente incríveis. Licurgo criava pratos, inventou a feijoada, o frango a passarinho que ele enganava e era de pombo na verdade, pipoca e muitos outros pratos. Mas ele cozinhava muito, mas muito mal. E adoravam ter escravos brancos. Sempre davam um jeito de contratar funcionários sem pagar, explorando mesmo.

Eram tantos casais que eu amava. Wolfgang (Jonas Bloch) e Diara (Sheron Menezes) era um deles. Ela era escrava, ele a comprou e a alforriou. É linda a transformação dela. Inicialmente ela queria ser uma dama, com roupas exageradas cheias de babados. Ela sempre foi escrava de dentro. Quando descobre a violência dos escravos das plantações, resolve se vestir conforme suas origens. As mensagens subliminares de Novo Mundo eram muito impressionantes e inteligentes. Eu tenho curiosidade para saber se Ferdinando (Ricardo Pereira) ficaria com Diara em um primeiro momento. Gostaria de saber se mudaram, porque a rejeição a separação do casal Wolfgang e Diara foi imediata, eu queria o tempo todo os dois juntos e não queria que Wolfgang morresse. E gostei do final que deram ao Ferdinando, muito coerente.

Adorava também o casal Amália (Vanessa Gerbelli) e Peter (Caco Ciocler). Ele era médico e como homem das ciências era cético. Era ainda republicano. Muito interessante os textos dele que não acreditava em nada, tinha divergências com Dom Pedro, Bonifácio. O tempo todo eles falavam em respeitar a opinião do outro, de tolerância. Novo Mundo fez várias pontes com o momento político atual, estimulando a temperança, o diálogo. Até a abertura era muito inteligente, mostrando o caminho do ouro.
Outro casal que adorava era Cecília (Isabella Dragão) e Libério (Felipe Silcler). Ele um importante jornalista dono de um jornal, ela uma mulher a frente do seu tempo, como a maioria da novela, as mulheres em Novo Mundo eram muito fortes e determinadas. Cecília escrevia artigos contundentes sob pseudônimo contra a escravidão, sobre os direitos das mulheres. Mesmo sendo filha de um rico comerciante que enriqueceu com o tráfico de escravos, inclusive ilegal. Apesar de ser uma novela na escravidão, os textos falavam muito de igualdade. Os escravos não era submissos. Eram guerreiros, queriam sempre se juntar a grupos para libertar os irmãos e levá-los a quilombos. 

Boa parte dos empregados eram brancos. Raros eram os negros escravos ou em funções de menor remuneração. Libério era escritor e jornalista, Diara esposa de um rico fazendeiro. Alguns piratas em cargos altos, eram os ricos e davam ordens. Os escravos de ganho, raramente mencionados na ficção, tinham função determinante na trama. Eles ajudavam sempre os bons a levarem e trazerem informações. Amava o trio de empregados do palácio, Dalva (Mariana Consoli), Lurdes (Bia Guedes) e Patrício (André Dias), esse de caráter totalmente duvidoso que odiava Leopoldina, idolatrava Carlota Joaquina (Débora Olivieri) e Domitila. No final juntou-se a esse grupo Nívea (Viétia Zangrandi). Adorei o final que deram as esses personagens.

Adorava os piratas, desde o começo da trama eles se misturavam nas histórias, saqueando, criando aventuras. Fred Sem Alma (Leopoldo Pacheco), Hassan (Thiago Tomé), Jacinto (Babu Santana) e a bela Miss Liu (Luana Tanaka) que nos proporcionou maravilhosas lutas.

Inclusive com a guerreira Jacira (Giulia Buscaccio), que episódio. Jacira é índia, se apaixona por Piatã (Rodrigo Simas), mas ela quer ser guerreira, ele ia ser pajé e não queria saber de caçar. Piatã foi dado ao pai de Ana e viveu em Londres ou viajando com o pai.

Eu gostei bastante também do núcleo dos índios. Os textos foram muito atuais sobre a matança em massa que os portugueses fizeram aos índios na colonização, mas também das violências sofridas nos dias de hoje. Interessante como as tramas se misturavam. Com elenco enxuto, volte e meia alguma trama se encontrava. No início os índios encontram Joaquim quase morto e o tratam. Ele passa a ajudar os índios e se torna Tinga. 

Inclusive o botânico Ferdinando, após perder a sua amada (Maria João Bastos), passa a viver na mata e fazer pesquisas. Ele também vai a aldeia. E fica um tempo por lá.

Joaquim (Chay Suede) e e Anna (Isabelle Drummond) eram o casal ficcional. Eles tem um filho e acabam criando o Quinzinho (Theo de Almeida). Que ator fofo. No início Quinzinho era mudo, depois ficou muito tagarela, grande filho, grande ator. Fofo demais. Adorei que no final o texto brincou com a pieguice do casal. Mas mesmo Anna sendo a mocinha, ela lutava com espada, era heroína também. 

Eram muitos personagens fortes. Sebastião (Roberto Cordovani) estava em todas as conspirações contra Dom Pedro. Queria enviar Dom Pedro de volta a Portugal, permanecendo o Brasil Colônia e sob ordens das cortes portuguesas. Excelente personagem. Sua escrava (Dhu Moraes) tinha sido abusada por ele quando jovem e tinha um filho bastardo, Matias (Renan Monteiro). Ela era praticamente a única negra conformada ao seu destino. A única que acreditava que não deviam irritar o patrão, que tinham até uma vida boa como escrava de dentro. Todos os outros escravos eram contrários a sua condição. Bela negra que casou depois com Matias, a Luana (Jeniffer Dias). Muito bonito que Novo Mundo teve casamentos católicos, indígenas e afros. Várias vezes tinham festas e danças afros.
Eram muitos personagens que adorava. Chalaça (Romulo Estrela), Thomas (Gabriel Braga Nunes), Padre Olinto (Daniel Dantas), Elvira Matamouros (Ingrid Guimarães), Greta (Julia Lemmertz), (César Cardadeiro), Tibiriçá (Roney Villela), Felício (Bruce Gomlevsky), Jurema (Jurema Reis), Dom João (Léo Jaime) e Comandante Millman (Ney Latorraca). Gostei muito de terem intercalado atores que adoramos com outros pouco ou quase desconhecidos em papéis de destaque como Ubirajara (Allan Souza Lima), Francisco (Alex Morenno), Rosa (Aline Morena), Shultz (Ruben Gabira) e Maria Benedita (Larissa Bracher). Novo Mundo foi uma novela que não subestimou o público, sempre indo além do que podia para fazer pensar, questionar, apaziguar e informar.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

O Caseiro

Assisti O Caseiro (2015) de Julio Santi no Telecine Play. Vocês sabem que adoro esse gênero, gostei muito desse. Começa em um tempo atrás com um garoto vendo o caseiro se enforcando.

Vem para o tempo atual e um professor fala de psicologia sobrenatural em uma aula. Achei muito interessante e vou querer pesquisar sobre o assunto. Ele fala de um menino que perdeu a mãe, parecia nem sofrer tanto, mas passou a conversar com a mãe. Ele diz que a pessoa cria a outra para minimizar o sofrimento da perda ou até mesmo acreditando na projeção. Uma jovem o procura, conta a história da sua família, sua mãe morreu muito recentemente e sua irmã volte e meia acorda ou aparece machucada. Ele pede autorização a jovem para passar um fim de semana na casa, é a casa que o caseiro se enforcou. O menino que viu o enforcamento é o pai da jovem e da menina.
Sim, é um filme de fantasminhas, muito bem feito por sinal, mas gostei da parte psicológica da trama. Logo o professor desconfia do pai das meninas. A irmã que mora na casa é insuportável. Eu cheguei a desconfiar de algumas questões, acertei em algumas, mas o final foi muito surpreendente e bem explicado. Gostei que mesmo se explicando ficou em aberto.


É muito linda a casa que serve de cenário. Bruno Garcia interpreta o professor, a jovem é Malu Rodrigues. O pai é Leopoldo Pacheco, a irmã Denise Weinberg. O ajudante do professor Pedro Bosnich. O padre Fabio Takeo. As crianças são Bianca Batista e Annalara Prates. A outra irmã por Victória Leister.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Escrava Mãe

Assisti a novela Escrava Mãe (2016-2017) de Gustavo Reiz na TV Record. Não segui, acompanhei. Complementei com os resumos na internet e os resumos do capítulo antes ou depois. Cheguei inclusive ficar um bom tempo sem ver. Produção caprichosa, excelente elenco, foi uma nova experiência para a TV Record. A Casablanca, uma empresa terceirizada, realizou toda a novela em Paulínia, entregou o produto pronto. Foi inclusive um certo stress já que a novela demorou a entrar no ar e os atores se viram presos, sem poder aceitar outros trabalhos. Mas finalmente estreou.

Gostei de vários personagens. Tenho acompanhado o trabalho da Gabriela Moreyra, linda e talentosa. Foi incrível sua interpretação, até porque a novela anda bastante no tempo. No início, uma adolescente cheia de sonhos, depois uma mulher em luta pela liberdade e pela realização do seu amor. Adorei o português que fez par romântico com ela, Pedro Carvalho, igualmente lindo e talentoso. Há vários segredos em Escrava Mãe e ele traz vários. Ele tenta descobrir a história do pai que foi morto. 

Diferente de muitas novelas sobre escravidão, Escrava Mãe mostrou os negros como lutadores, revoltados de sua condição, com quilombo ativo que aparece várias vezes, inclusive indo atacar os engenhos. Começou na África na festa de casamento da mãe da Escrava Mãe. Lindo o capítulo, muito bem realizado. Chegam então os algozes, eles lutam muito, mas são presos e trazidos de navio negreiro ao Brasil. Aqui alguns conseguem fugir e viver um tempo na floresta, mas o capitão do mato os localiza. Juliana, a Escrava Mãe nasce, a mãe entrega para um garoto que leva a menina a uma fazenda. 

Lá ela é tratada com muito amor por essa família, como se fosse mais uma filha, mas claro, sem alforria, é tudo uma farsa como acontecia muito nas fazendas. Fingiam que o negro era livre, para maltratá-lo caso tivesse um único pensamento livre. Ironicamente a única personagem negra conformada é interpretada por Zezé Motta, logo ela que é tão batalhadora pela igualdade. Mas ela explica sempre a Juliana que o melhor é se conformar. Ela é praticamente uma mãe para Juliana, e sabe que se a menina se rebelar vai sofrer muito na mão de seus donos. Ela é submissa por medo, não porque aceita a sua condição.

Um grande mistério foi a chegada da Condessa, adoro essa atriz, Adriana Lessa. Ela envia para o vilarejo, para preparar a sua chegada, o seu lacaio Tozé, interpretado pelo Cássio Scapin. Adoro esses atores. Eles interagiam com o núcleo cômico, mas também tinham seus segredos. Jaime Periard interpretou um vilão. Uma graça a família da Belezinha, e que graça essa atriz Karen Marinho, gosto muitos dos atores que fizeram os pais dela, Cézar Pezuolli e Adriana Londoño, mas esquisito ser índia a mãe. Não me identificava muito com o núcleo cômico ligado a Jardineira, nem a repetitiva e cansativa rivalidade entre duas grandes atrizes Luiza Thomé e Jussara Freire. Apesar que adorei o romance da dona da Jardineira com o capitão, interpretado muito bem por Junno Andrade. O elenco todo era muito bom: Sidney Santiago, Raphael Montagner, Luiz Guilherme, Marcelo Escorel, Elina de Souza, Robertha Portella, Débora Gomez, Marcelo Batista, Manuela Duarte e Mariza Marchetti.

Incrível a personagem da Esméria interpretada brilhantemente por Lidi Lisboa. Começou ela escrava e invejosa da boa vida da Juliana, uma escrava de dentro e tratada como se fosse filha. Depois ela é a irmã da condessa, fica rica e inicialmente, deslumbrada, quer escravos ao seu serviço, como acontecia muito com escravos que mudavam de status. Nova transformação, ela passa a lutar para libertar a irmã escravizada por uma artimanha do poder e a lutar pelos escravos.

Como adorava o casal Atíla e Felipa. Adoro esses atores Milena Toscano e Léo Rosa. Os dois são grandes defensores do fim da escravidão. 

Adoro Ana Roberta Gualda e belo personagem. Ela é a bela Sinhazinha Tereza, que manca e tem que casar com Almeida, apesar de amar e ser amada pelo filho do coronel rival. Linda a canção tema dela. O pai achava que ela sendo manca não ia conseguir um partido e arranja um casamento com o filho de um amigo dele, sem saber o quanto esse pretendente é mulherengo, boa vida e mal. Os dois rivais são atores que gosto também  Fernando Pavão e Rober Gobeh. O pai da Sinhazinha morre logo no começo e é outro ator que adoro Antonio Petrin.

Eu torcia muito pelo romance de Beatrice e Tito Pardo. Adoro esses dois atores que estavam excelentes Bete Coelho e Nill Marcondes. Tito Pardo mostrou o lado cruel dos patrões, o patrão dele sempre prometeu alforria, o que faziam muito para conseguir obediência. Só que quando faleceu, no testamento disse que Tito Pardo só teria alforria após a morte da esposa. Quanta crueldade. Percebi que não estava previsto os dois ficarem juntos, mas se fosse uma novela aberta, pode ser que ficassem. Esse foi um dos problemas de Escrava Mãe, ser uma novela pronta, sem poder ter mudanças. Uma pena, perdeu muito com isso, não podendo mudar conforme o gosto do público.

A novela tinha um formato antiquado, o que fazia com que eu não quisesse acompanhar. Como muitos produtos da emissora, enrolavam o que podiam. Thaís Fersoza estava incrível, mas suas maldades eram uma repetição só. Na chamada do parto da Juliana diziam que seria em um capítulo, quando fui ver, parou no que a chamada mostrava, mas o parto mesmo ficou para o dia seguinte. Não sei como essa tática velha ainda segura o público agora com tantas opções. E essa prática cometeu os mesmos erros de novelas antigas, enrolou o que pode, mas no último capítulo deixou todos os segredos em um atropelo só. Deixando algumas tramas no ar como a história da Felipa, entre outras. Se tivessem modernizado, os segredos iam sendo revelados semanas antes, para que algumas tramas tivessem desfechos longos e belos antes da trama principal que ficaria só para o último capítulo.

Muito inteligente colocar Escrava Isaura para suceder Escrava Mãe. Foi uma bela produção da TV Record, com elenco incrível. Mas ficou gritante a diferença de qualidade técnica. Eram as primeiras novelas na TV Record, com aqueles figurinos pavorosos. Ficou bem chocante logo após uma produção tão bonita como a Escrava Mãe. E ficou mais estranho porque em Escrava Mãe surge uma Isaura, mais de costas, com um belíssimo cabelo e lindíssimo figurino, ficou meio estranho, mas como marketing funcionou muito bem. Leopoldo Pacheco teve em Escrava Isaura um de seus grandes personagens.
Beijos,
Pedrita