Logo entendemos que o filme é sobre a rivalidade entre dois homens medievais. Os dois são Matt Damon e Adam Driver. Matt é um cavaleiro, grosseiro, mas honrado, respeitoso. Adam interpreta um bon vivant, que cai nas graças do conde, já que os dois gostam de orgias, bebidas e farras. O bon vivant vai pegando tudo do cavaleiro. Pega um pedaço de uma terra do sogro do outro que era parte significativa do dote. Fica com a capitania do pai do cavaleiro.
Pra piorar ele estupra a esposa do cavaleiro interpretada pela maravilhosa Jodie Comer. Pra contar essa história o diretor divide em três partes, cada uma com a perspectiva de um personagem. No começo achei fantástico, mas há poucas mudanças, no fundo é sempre a mesma história com pouquíssimas diferenças. Eu achei que os acontecimentos seriam diferentes dos narrados, mas não são. O cara é um canalha até na perspectiva dele mesmo. É puro achismo, mas após o estupro, a esposa espera o marido voltar de uma viagem, que eram muito demoradas. Ela deve ter tido tempo pra pensar. Na época acreditava-se que quem estava certo, ganharia o duelo, mas acho que não foi só isso que fez ela decidir acusar o estuprador. Acho que ela viu que o marido já era motivo de chacota por ter perdido as propriedades, pelo deboche do outro, ela imaginou que o outro iria espalhar que não eram só as terras do cavaleiro que pegou, mas a esposa também. Acho que ela percebeu que o marido só recuperaria a dignidade se ela acusasse o estuprador. O que acabou acontecendo. Ben Afleck está irreconhecível. Ele faz o conde. A reconstituição de época é deslumbrante, os figurinos, é um filme belíssimo! O filme foi realizado em castelos medievais Berzè-le-Chatèl na França, Chateau de Beynac, Abadia de Frontfroid e Chateau de Fenalon.
Beijos,
Pedrita