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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Filhas do Sol

Assisti Filhas do Sol (2018) de Eva Husson no Telecine Play. Que filme! Fundamental! Não conhecia. Eu adoro a Golshfteh Farahini, está maravilhosa em um personagem tremendamente difícil. É sobre as mulheres que lutam na Síria.

Uma jornalista (Emmanuelle Bercot) chega ao grupo. Além de toda a trama local, o filme fala dos jornalistas que se arriscam vivendo entre os soldados para registrar e contar ao mundo essas histórias, dar as notícias dos conflitos. Aos poucos conhecemos as histórias dessas mulheres, principalmente da protagonista.

As mulheres e crianças são constantemente sequestradas. Os homens mortos e elas levadas para servir do outro lado. As mulheres sexualmente, e os meninos para serem treinados como soldados. A protagonista conta que foi vendida 4 vezes, mas que estava preocupada se continuaria viva, já que os homens preferem meninas de 9 a 12 anos e ela estava ficando velha. Ela vê no cativeiro com outras mulheres, uma mulher falando na televisão que comprava as mulheres desses homens para salvá-las e dá o número do celular. A protagonista consegue que o grupo seja salvo e levado para o outro lado da fronteira. Mas quer voltar para buscar o seu filho que está sendo treinado para a guerra. O pavor que sentimos é desconcertante. Imaginar vidas dessa forma é inimaginável. Essas mulheres tem dificuldade até de conseguir soldados do lado delas porque o machismo é absurdo. Sim, o filme é difícil, mas vê-lo dá muito para mensurarmos nossas vidas. Claro, não podemos minimizar nossas lutas, mas não dá pra comparar com essas vidas tão ceifadas de tudo, dignidade, de vida, com tanta violência.
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

O Presidente

Assisti O Presidente (2014) de Mohsen Makhmalbaf no Telecine Play. O diretor é iraniano, o filme foi filmado na Georgia. O Presidente é um ditador, começa ele brincando com o neto de pedir por telefone que todas as luzes da cidade sejam apagadas. Um golpe acontece, ele e a família vão para o aeroporto, mas O Presidente não quer ir, fala que se encontrará com a família depois. O neto queria ficar com a Maria e seus brinquedos, se agarra no avô e também não quer ir.

Dá muita agonia os dois tentando fugir e não serem reconhecidos. O fato de ter uma criança tão pequena, naquele frio faz não termos raiva desse ditador. Eles vão ouvindo então todas as maldades que o presidente e o regime ditatorial provocou. Mas as maldades continuam, os soldados matam sem piedade, os revolucionários também. Continuam oprimindo quem nada tem, tirando o pouco que todos têm. É um filme muito triste e forte. O Presidente é interpretado por Mikheil Gomishvili. O neto por Dachii Orvelaschvili. O menino é uma graça. Fiquei com pena do que o menino passa.

Beijos,
Pedrita