Mostrando postagens com marcador islâmico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador islâmico. Mostrar todas as postagens

domingo, 25 de setembro de 2022

Profile

Assisti Profile (2018) de Timur Bekmambetov no TelecinePlay. Não fazia ideia do que era esse filme e foi um impacto. Achei que era de aventura e é um filme fortíssimo. É baseado em uma história real de uma jornalista francesa Anna Erelle, hoje escondida, com outro nome e em proteção. Ela publicou o livro In the Skin of a Jihadist. O diretor é cazaquistão.
 

Não sei o que é de fato, mas no filme, a protagonista é uma jornalista. Ela faz um perfil falso no facebook para tentar localizar aliciadores islâmicos de adolescentes para a luta armada. Muitas adolescentes de 13 a 15 estão fugindo para Síria para serem esposas jihadistas. A jornalista se passa por uma jovem mais nova que ela, com 20 anos. Ela está sem emprego, a editora diz que compra uma matéria sobre o tema, coloca um especialista em tecnologia que entende da Síria e do idioma árabe para auxiliá-la virtualmente.
Sem um acompanhamento próximo de jornalistas, sem psicólogo, ela vai se enredando na teia. É difícil uma pessoa íntegra não passar a temer por alguém que está em uma região de conflitos, bombardeios. Hábil, ele vai mexendo com o lado afetivo e protetor da jornalista e ela vai embarcando. Eles são muito habilidosos na manipulação dos sentimentos alheios, na sedução. Imagino o risco que meninas adolescentes correm, já que são mais vulneráveis, em uma idade contestadora, em busca de uma ideia de aventura, de correr riscos. Elas não tem ideia que para os islâmicos, elas são umas vagabundas, que aceitam viajar pra casar com eles. Já que para eles, mulheres não viajam sozinhas, não conversam mesmo que virtualmente e não se expõe com desconhecidos. Eles só querem aumentar seu exército e subjugá-las a todo tipo de violência física e sexual porque são pervertidas, na visão deles. Uma pena que elas se iludam tanto. Dá muita agonia a jornalista baixando a guarda, deixando que ele veja detalhes de onde mora, saindo como convertida a locais que ele tinha conhecidos, correndo o risco de encontrar conhecidos que exporiam seu disfarce sem querer. É um filme muito angustiante. Quero muito ver o quanto foi verdade a história. A jornalista francesa diz não se arrepender, já que a ação dela fez muitos líderes serem presos, mas o preço eu acho alto demais. Está em risco pra sempre como Salman Rushdie.
O filme é todo na tela do computador, nós vemos os protagonistas sempre em vídeo um com o outro. Os dois estão ótimos Valene Kane Shazad Latif. E a jornalista fica ainda em vídeo com a editora, com o especialista em tecnologia e com o namorado, tudo meio ao mesmo tempo. Dá muita agonia ela abrindo inúmeras janelas. Ela faz um perfil falso só quando ele quer ver a tela dela, mas ela já se expôs muito antes, porque eles tem muitos hackers verificando tudo. Eu sou muito como ela, abrindo um monte de janela ao mesmo tempo. Só em vídeo que raramente falo com alguém, mas em áudio, em mensagens de áudio, escritos, postando nas redes sociais, fazendo tudo ao mesmo tempo. É muito fascinante como o filme é construído.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A Moura Encantada

Assisti a apresentação musical A Moura Encantada: os mouros e a presença da cultura árabe na música tradicional do Brasil na Cinemateca Brasileira, dentro do evento De Rasgos Árabes. Se apresentaram músicos da tradição árabe, a mezzo-soprano Anna Maria Kieffer e cantadores, repentistas nordestinos. Um espetáculo eclético com fusão de gêneros diferentes. Gostei muito!

Inicialmente os músicos de tradição árabe Sami Bordokan, voz e alaúde árabe, Cláudio Kairouz, qanoun, William Bordokan, percussão, interpretaram canções tradicionais árabes como Allahu Akbar (canto de muezim), Moaxaja (tradicional árabe-andaluz) e Jezel (tradicional árabe).

Depois apresentaram com Anna Maria Kieffer, a belíssima Cantiga de Santa Maria n° 322 – Afonso X, o sábio (1221-1284), A morte de d. Beltrão (romance velho tradicional recolhido por Almeida Garrett em Portugal [1851], com inserções de improvisações em árabe, trechos recolhidos por Enriques de Valderrabano, na Espanha [1547], Celso de Magalhães e Antonio Lopes, no Maranhão [1873 e 1916] , La mañana de San Juán (romance fronterizo tradicional recolhido na Espanha por Diego Pisador [1552], com inserções a lo divino recolhidas por Anne Caufriez em Algôa, Portugal [1978]), Abenámar (romance fronterizo atribuído a autor árabe do século XIV publicado no Cancionero general recompilado por Hemando del Castillo, [1511], Inserções de texto recolhido por Virgílio Maya no Ceará) , A fonte do salgueirinho (tradicional recolhido por Anne Cauffriez em Caçarelhos, Portugal [1978]), Romance da moura encantada (tradicional recolhido por Estácio da Veiga no Romanceiro do Algarve [1870], com inserções de falas da moura encantada em Cortes de Júpiter, de Gil Vicente [1521] e de trovas do Cancioneiro Guasca, coletado por Simões Lopes Neto no Rio Grande do Sul [1910]).
Depois os cantores Sebastião Marinho e Andorinha fizeram um Duelo de cantadores (peleja). Outras músicas interpretadas foram: A donzela Teodora (trecho de texto enunciado em árabe [Livro das mil e uma noites, Cairo, 1835], amavelmente cedido por Mamede Mustafa Jarouche) e A história da donzela Teodora (criação a partir do folheto de Leandro Gomes de Barros [Pombal, PB, 1865 – Recife, PE, 1918]). A essa apresentação foi gratuita.


Música do post: Arabic Songs - MÚSICA ÁRABE_MUSIC ARABIC_Fairuz - medley of pop songs
Get this widget Track details eSnips Social DNA


Youtube: ahiska.alahu akbar






Beijos, Pedrita