Antes de mais nada, quero agradecer a todas que me mandaram recados e emails me dando força e ânimo...mas, quero explicar uma coisa muito importante:
O blog para mim funciona como uma catarse. Uma maneira de colocar para fora minhas neuras, meus conflitos internos, minhas dores...
Ele é para mim, uma espécie de diário, uma maneira de desabafar tristezas e dificuldades, e claro, alegrias, bom humor e felicidade...
Ontem foi um dia extremamente sofrido para mim, e, para vocês terem uma ideia de como ando numa espécie de "inferno astral", meu marido, para completar, foi assaltado, mas, por sorte só levaram os dois celulares dele e uma carteira "do ladrão", como ele diz, sem nada dentro.
Ando numa fase complicada da vida, mas sei, que como tantas que já tive, vai passar...o problema é que quando a estamos vivendo, parece que se demoram séculos...
Meus problemas são até pequenos perto dos problemas enormes que tanta gente tem, sei disso, mas, também sei que não sou uma super mulher...sou frágil, sou humana...e sabemos o quanto dói quando é com a gente...
E, na minha humanidade, tenho momentos de desesperança, de desassossego, de sensação de vazio e inutilidade...
O que eu escrevi ontem, foi num momento desses... Não sou assim, o tempo todo, inclusive, houve uma época da minha vida, em que eu não era assim, nunca.
Mas, a vida vai passando, vamos envelhecendo, e nossa paciência e disposição para sofrer diminui muito, assim como nossa imunidade cai, à medida que envelhecemos vamos perdendo a imunidade para o sofrer, pois ele tem um efeito cumulativo...daí, um dia vem a explosão, seja em lágrimas, seja em palavras, seja nos dois...
Ontem, foi um dia assim...
Sou atéia, nem tenho como deixar de ser...como muita gente pensa que acontece...que num piscar de olhos, porque estou passando por momentos difíceis, vou crer em deus e nos anjos...
Não é assim que as coisas funcionam, nem é assim que vejo a fé...para se ter fé é preciso simplesmente...tê-la, acreditar em algo, ou em alguém, ou numa corrente religiosa...Eu não tenho fé, não consigo acreditar, por mais que sofra ou tenha problemas, sou um ser racional demais para ter religiosidade ou fé...como já disse, acredito na vida, no destino que nós fazemos, na natureza...Não adianta, cara amiga, que me sugeriu ouvir o padre Marcelo cantar...eu jamais ouviria o padre, muito menos compraria um cd dele e não existe a menor possibilidade de eu acreditar em deus por ouvir alguém cantar uma música, por mais bonita que seja, ou por alguém rezar...Ontem eu falei por metáforas...eu não quero um deus, eu quero soluções para os meus problemas...deus, foi uma força de expressão, até porque acho bonito quem crê, quem espera algo, quem se consola por ter fé...A fé dá as pessoas a esperança, o amparo, a bengala para continuar a caminhada...eu, não a tenho...
Entendo como um carinho o desejo que eu acredite e tenha "a revelação"...mas ela jamais acontecerá...porque eu já fui católica e deixei de ser, não só católica, mas qualquer outra coisa..e não foi por problemas, revolta, ou fatos horríveis que aconteceram comigo que me fizeram deixar de ser crente...e é isso o que as pessoas não entendem, até mesmo meus familiares...
Eu deixei de acreditar porque cheguei à conclusão, ao longo dos anos, de que não existe nada além dessa vida, nem deus, nem demônio, nem nada além do que vemos e tocamos...aliás, isso já é um assunto velho aqui no blog...toda hora tenho que falar nisso para alguém que ainda não me conhece...
O que eu também digo sempre é que nem por isso não sou uma pessoa ética, com amor ao meu próximo, amiga dos meus amigos, solidária, do bem...sou tudo isso, claro que com milhões de defeitos até mais que qualidades, mas uma pessoa do bem... que não acredita em deus...Simples e claro como água de rio...
Tampouco sou uma supermulher...sou tão humana, que há dias em que, como ontem, o mundo pesa zilhões de toneladas e minha vontade é sumir...
Mas, como disse minha amiga do coração, Giovanna, sempre há o amanhã...E ele sempre chega...às vezes com uma surpresa maravilhosa, outras vezes com más notícias, mas se existe amanhã, existe esperança...
Por hoje, só tenho a dizer: Muito obrigada amigas...sei que vocês estão aí, do outro lado, me mandando boas energias...
Enquanto isso, aguardo o sol nascer de novo, aqui, dentro de mim...
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quinta-feira, 18 de março de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
Vazio...
O que a gente faz num dia triste e chuvoso, quando parece que carregamos o peso do mundo?
O que a gente faz quando não vê nenhuma luz no meio das sombras e nada parece ser maior que a nossa dor?O que a gente faz quando perdeu a fé em tudo e não sabe mais rezar?
Chora? Deita na cama e se esconde debaixo das cobertas? Olha a chuva caindo e deixa suas lágrimas rolarem junto com ela?
Faz o que, diante do que não tem remédio?Joga suas esperanças no lixo?
Lê um livro de auto ajuda?
Pensa que podia ser pior? Faz o jogo do contente? Pensa nas vítimas do terremoto?Pensa na miséria e na fome?
Mas e quando nem isso consola?
Era bom quando eu acreditava em deus...podia pedir e ter esperança de ser atendida...tinha esperança...
Tenho inveja de quem acredita...inveja de quem acha que tudo tem suas compensações...e que se não for nessa vida, será na próxima...
Mas e eu, que não creio em nada disso, faço o que com a minha vida?Espero...espero...espero...E nada acontece...
Se nossos pensamentos têm mesmo massa, e se, como diz a nova ciência, eles podem ser direcionados a nosso favor, porque será que os meus não caminham na direção que quero, que preciso?Porque será que meus pensamentos bons, meus sentimentos de amor, solidariedade não revertem em algo de bom para mim?
O que há de errado comigo? Com a minha vida?
A vida é o que fazemos dela ou ela é que faz o que quer da gente?
Onde está a resposta às minhas perguntas? Onde estão a realização dos meus anseios?
Quando se crê, a resposta é fácil...quando não, não há a quem pedir...E nessa solidão, vou seguindo, carregando o dia...ele pesa tanto no meu ombro frágil...ele pesa tanto acumulando semanas, meses, anos...
Eu, tal qual um Atlas pigmeu, sigo carregando meu mundo, afundando a cada passo na areia movediça que parece engolir meus sonhos...
Porque não nasci em outras eras, quando se acreditava em deuses?
Porque fui nascer assim, descrente, sem fé?
Porque não tenho um deus que fala comigo?Porque falho tanto, erro tanto, se acerto tanto também?
Minha solidão é tão sólida que quase posso tocá-la...posso sentir suas mãos querendo afagar as minhas...
Nasci com a maior solidão do mundo, aquela que tem o peso do céu que não me protege.sábado, 6 de março de 2010
Respeito Pelo Que É Diferente.
Como todos os que me lêem já sabem, não acredito em deus, não tenho religião e me sinto uma louca no meio dos sábios...
Mesmo sabendo que sou atéia, tem gente que continua me mandando "correntes" por email, mensagens das mais diversas vertentes religiosas, pps que falam das mais rasteiras pieguices, como se fizessem ouvidos surdos aos meus silêncios e à minha falta de respostas...
Como já sei que muita gente me acha (e com razão), grosseira ou por ter mesmo uma falta de tato nas minhas colocações, ando me segurando para não explodir em impropérios...então, vou pedir educada e gentilmente: por favor, não me enviem correntes, orações, pps sobre santos, espíritos ou qualquer outra coisa nesse sentido, pois eu NÃO acredito em nada disso.
Acho que as pessoas devem pensar em mim como a coitada que ainda não viu a luz e vai ver a qualquer momento, através DELAS.
Please, não me façam ter que ser grosseira, estou me comportando tão bem ultimamente...
Outro dia, numa conversa com minha irmã, falávamos sobre a violência no Rio e ela me disse que não sai de casa sem rezar e pedir proteção e agradecer quando volta...
Não pude me conter e disse a ela que, provavelmente, quem é assassinado, estuprado, assaltado, esfaqueado, também rezou antes de sair....agradecer, já fica mais difícil, caso tenha acontecido uma dessas coisas com o infeliz...
Não tenho como argumentar com quem crê cegamente em algo, tudo bem...não estou querendo convencer ninguém...
Mas, assim como para 99,9% das pessoas, a fé é inquestionável, para mim ela é, não só extremamente questionável, como claramente absurda.
Tudo o que para as pessoas que tem fé é motivo de apego, de consolo, para mim, funciona, exatamente no sentido oposto, vejo tudo de uma maneira ridiculamente caricata. E fico pensando cá, com meus botões: como é que pode alguém acreditar numa estória dessas???
Não procuro mais entrar em atrito com ninguém por não ter os mesmos pontos de vista que eu, mas também não admito mais que não me respeitem nas minhas verdades e opções.
Respeito quem acredita em deus, em espíritos, em buda, em jeová ou em alá...
Mas quero ser respeitada também quando digo que provavelmente não existe nenhum deus e que somos formigas que pensam, mais nada...
Quem está com a razão? Provavelmente, nunca teremos a resposta.
Mesmo sabendo que sou atéia, tem gente que continua me mandando "correntes" por email, mensagens das mais diversas vertentes religiosas, pps que falam das mais rasteiras pieguices, como se fizessem ouvidos surdos aos meus silêncios e à minha falta de respostas...
Como já sei que muita gente me acha (e com razão), grosseira ou por ter mesmo uma falta de tato nas minhas colocações, ando me segurando para não explodir em impropérios...então, vou pedir educada e gentilmente: por favor, não me enviem correntes, orações, pps sobre santos, espíritos ou qualquer outra coisa nesse sentido, pois eu NÃO acredito em nada disso.
Acho que as pessoas devem pensar em mim como a coitada que ainda não viu a luz e vai ver a qualquer momento, através DELAS.
Please, não me façam ter que ser grosseira, estou me comportando tão bem ultimamente...
Outro dia, numa conversa com minha irmã, falávamos sobre a violência no Rio e ela me disse que não sai de casa sem rezar e pedir proteção e agradecer quando volta...
Não pude me conter e disse a ela que, provavelmente, quem é assassinado, estuprado, assaltado, esfaqueado, também rezou antes de sair....agradecer, já fica mais difícil, caso tenha acontecido uma dessas coisas com o infeliz...
Não tenho como argumentar com quem crê cegamente em algo, tudo bem...não estou querendo convencer ninguém...
Mas, assim como para 99,9% das pessoas, a fé é inquestionável, para mim ela é, não só extremamente questionável, como claramente absurda.
Tudo o que para as pessoas que tem fé é motivo de apego, de consolo, para mim, funciona, exatamente no sentido oposto, vejo tudo de uma maneira ridiculamente caricata. E fico pensando cá, com meus botões: como é que pode alguém acreditar numa estória dessas???
Não procuro mais entrar em atrito com ninguém por não ter os mesmos pontos de vista que eu, mas também não admito mais que não me respeitem nas minhas verdades e opções.
Respeito quem acredita em deus, em espíritos, em buda, em jeová ou em alá...
Mas quero ser respeitada também quando digo que provavelmente não existe nenhum deus e que somos formigas que pensam, mais nada...
Quem está com a razão? Provavelmente, nunca teremos a resposta.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Não, Não Sou ET!
Sempre fui questionadora...perguntava tudo, tudo eu queria saber...
"Pai como é que faz isso?"
Doutor, porque tenho que tomar isso, o que esse remédio faz?
Mãe, porque não posso ir sozinha?"
Etc, etc, etc...
Nunca aceitei as coisas como chegavam pra mim, tinha que saber a causa, porque era assim ou assado.
Nunca acreditava nas coisas que me contavam se não me convencessem por A+B.
Um dia, minha mãe me colocou para ser fadinha, ou seja, aspirante a bandeirante...cheguei lá (era no pátio da Igreja que frequentávamos) com uma amiga e, quando me deram um livro, cheio de regras militares para estudar, decorar, já senti que não gostei...e ainda tinha que fazer fila, marchar e fazer tudinho que os milicos faziam...ah! pra que...fui embora na mesma hora e disse pra minha mãe que não ía mais...
Não me lembro mais o que ela disse...mas se insistisse, eu não iria...
Eu não era desobediente, mas tinha personalidade...isso, sempre tive...
Eu tinha que ir à missa todos os domingos, e ia, quase sempre, mas às vezes não estava à fim e escapava pra casa de alguma amiga...
E biquini? Minha mãe não deixava que nem eu nem minha irmã usássemos...dizia que era feio uma moça mostrar o umbigo...
Eu retrucava e dizia que se era por isso, eu colocaria um band aid no umbigo...
Ela não deixava...e o que eu fazia?
Saía de casa de maiô e trocava por um biquini na casa de uma amiga...e lá ia eu, feliz da vida pra praia ou pra piscina do Fluminense , clube do qual éramos sócios...Sem nenhuma culpa, nenhum remorso...afinal, não estava fazendo nada errado...
Nunca deixei de fazer nada que eu queria...se minha mãe proibia, eu fazia sem ela saber...
Várias vezes, minha mãe me disse: "Você é a única que me dá trabalho...tomara que case logo..."
Talvez, por isso, tenha casado tão cedo.
Fui criada ouvindo minha mãe dizer pra não demorar lavando muito "as partes" no banho...era assim mesmo que ela falava "as partes"...com certeza tinha medo que eu gostasse e descobrisse como era bom demorar muito "por lá"...Xô demo...coisa feia...pecado...
Com religião, sempre fui questionadora, e, como já falei antes, fui deixando de crer ao longo da vida, até que esse ano, foi definitivo: virei atéia...
Quando falo isso, as pessoas me olham como se eu fosse um ET...
Primeiro, acham que não ouviram direito...Depois, vem a catequese..."mas em Deus, você acredita, né?" Quando digo que não...me olham atônitas e começam o sermão...não adianta eu falar que não creio em nada, elas continuam argumentando..."mas olha, se não existisse um deus..." e por aí vai...e é aí que vejo que elas precisam se ouvir pra convencer a elas mesmas do absurdo que é crer num deus que vê o que cada formiga humana faz...que moramos num imenso Big Brother....Haja câmera!!!!
Acho que quando vou embora, elas dizem: "Coitada, essa aí vai queimar nas labaredas do inferno"...
Será que é por isso, que o fato de eu ser ateia, incomoda tanto os outros?
Acho que é por toca num assunto que nem elas mesmas tem certeza...
Juro, pelos meus 3 neurônios, que não faço mal a ninguém, sou legal, amiga, leal, justa...sei pedir desculpas, embora os ditos religiosos, nem sempre perdoem...
Não é porque não creio que sou uma demônia em forma de mulher...
O que está acontecendo é que estamos nos encaminhando para um retrocesso em todas as esferas, seja racial, religiosa, de costumes.
Enquanto a ciência caminha pro futuro, as religiões retrocedem ou empacam nas mesmas ideias retrógradas e infundadas de séculos e séculos atrás.
E, pra mim, o que é pior, as pessoas NÃO pensam, não raciocinam, simplesmente aceitam sem questionar, sem opinar, sem repensar...
Se alguém aí, tem dúvidas sobre as religiões, leia o livro brilhante de Richard Dawkins: Deus, Um Delírio.
Não foi esse livro que me fez ser ateia, mas ele demonstra por A+B que a probabilidade de deus existir é praticamente nula. E, como sou adepta de provas, ele veio corroborar o que eu já pensava antes.
Deixo aqui uma frase do livro:
"O Deus metafórico ou panteísta dos físicos está a anos-luz de distância do Deus intervencionista, milagreiro, telepata, castigador de pecados, atendedor de preces da Bíblia, dos padres, mulás e rabinos, e do linguajar do dia a dia. Confundir os dois deliberadamente é, na minha opinião, um ato de traição intelectual".
E, uma de Carl Sagan:
"...se por "Deus" se quer dizer o conjunto de leis físicas que governam o universo, então é claro que esse Deus existe. É um Deus emocionalmente insatisfatório...não faz muito sentido rezar para a lei da gravidade".
Acho esse livro altamente recomendável para quem acredita que ateus são de outro planeta.
"Pai como é que faz isso?"
Doutor, porque tenho que tomar isso, o que esse remédio faz?
Mãe, porque não posso ir sozinha?"
Etc, etc, etc...
Nunca aceitei as coisas como chegavam pra mim, tinha que saber a causa, porque era assim ou assado.
Nunca acreditava nas coisas que me contavam se não me convencessem por A+B.
Um dia, minha mãe me colocou para ser fadinha, ou seja, aspirante a bandeirante...cheguei lá (era no pátio da Igreja que frequentávamos) com uma amiga e, quando me deram um livro, cheio de regras militares para estudar, decorar, já senti que não gostei...e ainda tinha que fazer fila, marchar e fazer tudinho que os milicos faziam...ah! pra que...fui embora na mesma hora e disse pra minha mãe que não ía mais...
Não me lembro mais o que ela disse...mas se insistisse, eu não iria...
Eu não era desobediente, mas tinha personalidade...isso, sempre tive...
Eu tinha que ir à missa todos os domingos, e ia, quase sempre, mas às vezes não estava à fim e escapava pra casa de alguma amiga...
E biquini? Minha mãe não deixava que nem eu nem minha irmã usássemos...dizia que era feio uma moça mostrar o umbigo...
Eu retrucava e dizia que se era por isso, eu colocaria um band aid no umbigo...
Ela não deixava...e o que eu fazia?
Saía de casa de maiô e trocava por um biquini na casa de uma amiga...e lá ia eu, feliz da vida pra praia ou pra piscina do Fluminense , clube do qual éramos sócios...Sem nenhuma culpa, nenhum remorso...afinal, não estava fazendo nada errado...
Nunca deixei de fazer nada que eu queria...se minha mãe proibia, eu fazia sem ela saber...
Várias vezes, minha mãe me disse: "Você é a única que me dá trabalho...tomara que case logo..."
Talvez, por isso, tenha casado tão cedo.
Fui criada ouvindo minha mãe dizer pra não demorar lavando muito "as partes" no banho...era assim mesmo que ela falava "as partes"...com certeza tinha medo que eu gostasse e descobrisse como era bom demorar muito "por lá"...Xô demo...coisa feia...pecado...
Com religião, sempre fui questionadora, e, como já falei antes, fui deixando de crer ao longo da vida, até que esse ano, foi definitivo: virei atéia...
Quando falo isso, as pessoas me olham como se eu fosse um ET...
Primeiro, acham que não ouviram direito...Depois, vem a catequese..."mas em Deus, você acredita, né?" Quando digo que não...me olham atônitas e começam o sermão...não adianta eu falar que não creio em nada, elas continuam argumentando..."mas olha, se não existisse um deus..." e por aí vai...e é aí que vejo que elas precisam se ouvir pra convencer a elas mesmas do absurdo que é crer num deus que vê o que cada formiga humana faz...que moramos num imenso Big Brother....Haja câmera!!!!
Acho que quando vou embora, elas dizem: "Coitada, essa aí vai queimar nas labaredas do inferno"...
Será que é por isso, que o fato de eu ser ateia, incomoda tanto os outros?
Acho que é por toca num assunto que nem elas mesmas tem certeza...
Juro, pelos meus 3 neurônios, que não faço mal a ninguém, sou legal, amiga, leal, justa...sei pedir desculpas, embora os ditos religiosos, nem sempre perdoem...
Não é porque não creio que sou uma demônia em forma de mulher...
O que está acontecendo é que estamos nos encaminhando para um retrocesso em todas as esferas, seja racial, religiosa, de costumes.
Enquanto a ciência caminha pro futuro, as religiões retrocedem ou empacam nas mesmas ideias retrógradas e infundadas de séculos e séculos atrás.
E, pra mim, o que é pior, as pessoas NÃO pensam, não raciocinam, simplesmente aceitam sem questionar, sem opinar, sem repensar...
Se alguém aí, tem dúvidas sobre as religiões, leia o livro brilhante de Richard Dawkins: Deus, Um Delírio.
Não foi esse livro que me fez ser ateia, mas ele demonstra por A+B que a probabilidade de deus existir é praticamente nula. E, como sou adepta de provas, ele veio corroborar o que eu já pensava antes.
Deixo aqui uma frase do livro:
"O Deus metafórico ou panteísta dos físicos está a anos-luz de distância do Deus intervencionista, milagreiro, telepata, castigador de pecados, atendedor de preces da Bíblia, dos padres, mulás e rabinos, e do linguajar do dia a dia. Confundir os dois deliberadamente é, na minha opinião, um ato de traição intelectual".
E, uma de Carl Sagan:
"...se por "Deus" se quer dizer o conjunto de leis físicas que governam o universo, então é claro que esse Deus existe. É um Deus emocionalmente insatisfatório...não faz muito sentido rezar para a lei da gravidade".
Acho esse livro altamente recomendável para quem acredita que ateus são de outro planeta.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Carta Aberta A Uma Amiga de Blog
Devido a um comentário que recebi, resolvi mudar o assunto sobre o qual eu iria falar hoje e responder à Maria Lúcia, do blog http://www.asasdaimaginacaobyml.blogspot.com/
Não vou mentir: meu post foi dirigido a você também, pois você me "inspirou" ao falar em apocalipse...mas não foi só a você...foi a todo mundo que faz da religião um lugar comum tão cheio de frases feitas, repetidas, cansativas e, que no fundo, querem mesmo é catequizar quem não segue as mesmas formas de pensamento.
Não quis, com isso, ofender ninguém...quis apenas falar o que eu penso sobre isso, como isso incomoda, não só a mim, mas a várias pessoas, a maioria delas, professando alguma religião, mas também incomodadas pelo excesso, pelo exagero, na profissão da fé de algumas pessoas.
Tenho amigas e amigos das mais variadas religiões: judeus, católicos, protestantes, budistas e até um marido espírita...convivo muitíssimo bem com eles e sou casada com o mesmo homem há 32 anos. Eu, respeitando a fé dele e ele, a minha descrença absoluta.
Respeito a fé de todo mundo. Só, que aqui, no meu espaço, me sinto no direito e com liberdade total para falar sobre o que penso sobre tudo...se eu quiser falar sobre sexo anal, pastores que roubam seus fiéis, padres pedófilos ou o sexo dos anjos, vou falar sim.
Respeito sua maneira de pensar, mas tenho o direito de não gostar de certas ideias, que pra mim, são chatas.
Quero refutar alguns dos pontos em que você tocou:
#A bíblia, foi escrita durante 1.600 anos, por mais de 40 pessoas diferentes.
#Os manuscritos mais antigos, datam dos séculos III e IV depois de Cristo...portanto foram escritos de 300 a 400 anos DEPOIS da sua morte. Será que são dignos de confiança? Como é que fatos escritos 400 anos depois do que aconteceram podem ser realmente verídicos?
#O Concílio de Nicéia em 325 D.C., censurou, assim como vários outros concílios depois desse, várias partes da bíblia...ou seja, só constava o que interessava à Igreja Católica na época.
E é assim até hoje...
# O Concílio de Nicéia lançou os alicerces do anti-semitismo , proibindo os cristãos de celebrar a Páscoa com os judeus e mesmo de receber presentes ou comer o pão juntamente com eles.
Isso é amor ao próximo?
Estariam aí também, as raízes da origem da "superioridade da raça ariana" usada pelos nazistas de Hitler.
Bem, esse post teria que continuar ad eternum para enumerar todas as barbaridades e atrocidades cometidas através dos tempos em nome da religião.
Todas as guerras do mundo foram e são, ainda, causadas pela religião.
Sem as religiões, tenho certeza, o mundo seria um lugar bem melhor pra se viver.
Mas, Maria Lúcia, se você leu até aqui, quero fazer as pazes com você...não deixemos que, mais uma vez, a religião atrapalhe uma relação que começou tão bem!
Façamos a paz, troquemos de bem...e respeitemos, cada uma de nós, a liberdade e o livre pensar.
Um beijo,
Não vou mentir: meu post foi dirigido a você também, pois você me "inspirou" ao falar em apocalipse...mas não foi só a você...foi a todo mundo que faz da religião um lugar comum tão cheio de frases feitas, repetidas, cansativas e, que no fundo, querem mesmo é catequizar quem não segue as mesmas formas de pensamento.
Não quis, com isso, ofender ninguém...quis apenas falar o que eu penso sobre isso, como isso incomoda, não só a mim, mas a várias pessoas, a maioria delas, professando alguma religião, mas também incomodadas pelo excesso, pelo exagero, na profissão da fé de algumas pessoas.
Tenho amigas e amigos das mais variadas religiões: judeus, católicos, protestantes, budistas e até um marido espírita...convivo muitíssimo bem com eles e sou casada com o mesmo homem há 32 anos. Eu, respeitando a fé dele e ele, a minha descrença absoluta.
Respeito a fé de todo mundo. Só, que aqui, no meu espaço, me sinto no direito e com liberdade total para falar sobre o que penso sobre tudo...se eu quiser falar sobre sexo anal, pastores que roubam seus fiéis, padres pedófilos ou o sexo dos anjos, vou falar sim.
Respeito sua maneira de pensar, mas tenho o direito de não gostar de certas ideias, que pra mim, são chatas.
Quero refutar alguns dos pontos em que você tocou:
#A bíblia, foi escrita durante 1.600 anos, por mais de 40 pessoas diferentes.
#Os manuscritos mais antigos, datam dos séculos III e IV depois de Cristo...portanto foram escritos de 300 a 400 anos DEPOIS da sua morte. Será que são dignos de confiança? Como é que fatos escritos 400 anos depois do que aconteceram podem ser realmente verídicos?
#O Concílio de Nicéia em 325 D.C., censurou, assim como vários outros concílios depois desse, várias partes da bíblia...ou seja, só constava o que interessava à Igreja Católica na época.
E é assim até hoje...
# O Concílio de Nicéia lançou os alicerces do anti-semitismo , proibindo os cristãos de celebrar a Páscoa com os judeus e mesmo de receber presentes ou comer o pão juntamente com eles.
Isso é amor ao próximo?
Estariam aí também, as raízes da origem da "superioridade da raça ariana" usada pelos nazistas de Hitler.
Bem, esse post teria que continuar ad eternum para enumerar todas as barbaridades e atrocidades cometidas através dos tempos em nome da religião.
Todas as guerras do mundo foram e são, ainda, causadas pela religião.
Sem as religiões, tenho certeza, o mundo seria um lugar bem melhor pra se viver.
Mas, Maria Lúcia, se você leu até aqui, quero fazer as pazes com você...não deixemos que, mais uma vez, a religião atrapalhe uma relação que começou tão bem!
Façamos a paz, troquemos de bem...e respeitemos, cada uma de nós, a liberdade e o livre pensar.
Um beijo,
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Metralhadora Giratória...Respeito às Diferenças
Oi gente, lá vou eu me sincericidar novamente, mas tem umas coisas que, sinto muito, não dá para aguentar...
Coisas Que Não Suporto:
*Que venham tentar me catequizar para alguma religião, seja ela QUAL for!
Cada um tem o direito, e tem que ser respeitado, de acreditar no que quiser.
Ou de não acreditar em nada.
Ou de acreditar em tudo!
*Nenhuma religião é melhor ou pior que as outras...
Tem gente que acha que o seu deus é melhor e muito mais legal que o deus do vizinho, só porque a religião dele não é a sua.
*Por favor, não metam deus em cada espirro, em cada dor no dedão do pé. Não tem coisa que irrite mais, do que algumas pessoas, pra quem a religião é vírgula...Não falam sobre nenhum assunto em que não metam o deus delas no meio.
Há coisas sérias demais, graves demais acontecendo no mundo, pra botar a culpa em deus, ou deixar pra ele resolver...assim é muito cômodo, assim, tudo o que acontece só cabe a esse pobre coitado resolver.
Nós somos responsáveis pelo que fazemos, sobre quem somos, sobre a vida que a gente escolheu pra viver. Se tem quem acredite que existe um deus que olha por elas, as ajuda e ampara, ótimo, acho uma maravilha! Mas dizer que o mundo nasceu de Adão e Eva e que o apocalipse virá resolver as questões que o homem criou...isso é um pouco demais pra mim...
*Odeio quem se acha dono da verdade. Detesto quem tem preconceitos disfarçados...acha que homossexualismo é doença, e que tem cura, trata os mais humildes com grosseria, humilha os subalternos, maltrata os mais fracos e, no entanto, confessa, comunga, vai a centro espírita ou bate no peito se dizendo crente.
*Não suporto mentiras, nem gente falsa, nem quem tenta me fazer de boba.
Coisas Que Eu Amo:
*Gente inteligente, que argumenta com lucidez, que mostra suas ideias com clareza e que não mete religião em tudo quanto é assunto. Há certas questões que não tem NADA a ver com crenças. E tem pessoas com tal poder de convencimento, que fazem a gente mudar de ideia sem nem precisar argumentar muito...
*Gente como meu marido, que é espírita kardecista, mas fica na dele, não fica falando aos quatro ventos em que acredita ou deixa de acreditar, mas que, principalmente, faz da sua vida um exemplo de solidariedade, compreensão e aceitação do outro...alguém que, no dia a dia, tem sempre uma palavra de amparo, de consolo, e que está sempre pronto pra ajudar o próximo. Em suma, alguém que pratica a sua religião, sem precisar ficar falando em deus.
*Quem fala a verdade...na hora, pode doer um pouco, mas é muito melhor do que ser enganado.
*Gente que pensa com a sua cabeça, que pára, analisa, repensa e chega a uma conclusão SUA, sem ficar repetindo igual a papagaio, coisas sobre as quais nem pensou direito, apenas aceitou, só porque outras pessoas acham que é assim.
*Quem joga aberto, não tem cartas na manga e se mostra transparente o tempo todo.
*Gente que respeita as diferenças, as escolhas, as crenças e a falta de crenças dos outros.
*Animais e cachorros em geral, amo todos os bichos e, hoje posso dizer sem nenhuma vergonha: tenho mais pena de bicho que de gente. (excessão para idosos que foram boas pessoas a vida toda e criancinhas). Porque essa estória de "coitado do velhinho" só porque é velhinho, não cola pra mim, pois quem foi fdp a vida toda, vai ser fdp velhinho também.
*Amo flores, natureza, grama molhada, cheiro de chuva, minha cama quando volto pra casa, minha casa todos os dias, meus filhos, meu marido, meus cachorros, meus micos, meus amigos verdadeiros.
*Fico louca de felicidade quando posso ajudar alguém ou alguma entidade séria, seja com dinheiro ou divulgação.
*Amo poder dizer tudo o que penso aqui no blog. Adoro poder dizer besteira, falar abobrinhas e coisas sérias, me abrir, ser o mais verdadeira possível.
*Adoro meus livros, adoro viajar, estudar a história dos povos e dos lugares por onde ando.
*E, procuro sempre, respeitar quem me lê, quem me segue, admiro demais minhas amigas blogueiras, cada uma com sua estória pessoal, sua estória de vida. Todas guerreiras, todas vencedoras da batalha diária que é criar uma família, mantê-la unida, criar filhos, muitas, trabalhando fora, trabalhando dentro, umas com mais facilidades, outras com dificuldades, tendo disposição pra cuidar da casa, pra fazer amor com o marido, estar sempre bem cuidada e ainda achar tempo pra vir sempre aqui, tomar café com bolo comigo.
Comigo! Essa louca, complicada, sincera demais, verdadeira demais, sincericida que vos escreve, mas sempre disposta a ouvir quem precisa falar, a dar um afago em quem necessita carinho, às vezes metendo os pés pelas mãos, às vezes egoísta sim, às vezes narcisista também, cheia de defeitos, mas também, muito disposta a receber de braços abertos, quem me aceitar, desse jeito, gauche como sou, como amiga verdadeira.
Escrevi tanto, que estou com a boca seca, juro...ops...sou atéia....
Da sua,
Coisas Que Não Suporto:
*Que venham tentar me catequizar para alguma religião, seja ela QUAL for!
Cada um tem o direito, e tem que ser respeitado, de acreditar no que quiser.
Ou de não acreditar em nada.
Ou de acreditar em tudo!
*Nenhuma religião é melhor ou pior que as outras...
Tem gente que acha que o seu deus é melhor e muito mais legal que o deus do vizinho, só porque a religião dele não é a sua.
*Por favor, não metam deus em cada espirro, em cada dor no dedão do pé. Não tem coisa que irrite mais, do que algumas pessoas, pra quem a religião é vírgula...Não falam sobre nenhum assunto em que não metam o deus delas no meio.
Há coisas sérias demais, graves demais acontecendo no mundo, pra botar a culpa em deus, ou deixar pra ele resolver...assim é muito cômodo, assim, tudo o que acontece só cabe a esse pobre coitado resolver.
Nós somos responsáveis pelo que fazemos, sobre quem somos, sobre a vida que a gente escolheu pra viver. Se tem quem acredite que existe um deus que olha por elas, as ajuda e ampara, ótimo, acho uma maravilha! Mas dizer que o mundo nasceu de Adão e Eva e que o apocalipse virá resolver as questões que o homem criou...isso é um pouco demais pra mim...
*Odeio quem se acha dono da verdade. Detesto quem tem preconceitos disfarçados...acha que homossexualismo é doença, e que tem cura, trata os mais humildes com grosseria, humilha os subalternos, maltrata os mais fracos e, no entanto, confessa, comunga, vai a centro espírita ou bate no peito se dizendo crente.
*Não suporto mentiras, nem gente falsa, nem quem tenta me fazer de boba.
Coisas Que Eu Amo:
*Gente inteligente, que argumenta com lucidez, que mostra suas ideias com clareza e que não mete religião em tudo quanto é assunto. Há certas questões que não tem NADA a ver com crenças. E tem pessoas com tal poder de convencimento, que fazem a gente mudar de ideia sem nem precisar argumentar muito...
*Gente como meu marido, que é espírita kardecista, mas fica na dele, não fica falando aos quatro ventos em que acredita ou deixa de acreditar, mas que, principalmente, faz da sua vida um exemplo de solidariedade, compreensão e aceitação do outro...alguém que, no dia a dia, tem sempre uma palavra de amparo, de consolo, e que está sempre pronto pra ajudar o próximo. Em suma, alguém que pratica a sua religião, sem precisar ficar falando em deus.
*Quem fala a verdade...na hora, pode doer um pouco, mas é muito melhor do que ser enganado.
*Gente que pensa com a sua cabeça, que pára, analisa, repensa e chega a uma conclusão SUA, sem ficar repetindo igual a papagaio, coisas sobre as quais nem pensou direito, apenas aceitou, só porque outras pessoas acham que é assim.
*Quem joga aberto, não tem cartas na manga e se mostra transparente o tempo todo.
*Gente que respeita as diferenças, as escolhas, as crenças e a falta de crenças dos outros.
*Animais e cachorros em geral, amo todos os bichos e, hoje posso dizer sem nenhuma vergonha: tenho mais pena de bicho que de gente. (excessão para idosos que foram boas pessoas a vida toda e criancinhas). Porque essa estória de "coitado do velhinho" só porque é velhinho, não cola pra mim, pois quem foi fdp a vida toda, vai ser fdp velhinho também.
*Amo flores, natureza, grama molhada, cheiro de chuva, minha cama quando volto pra casa, minha casa todos os dias, meus filhos, meu marido, meus cachorros, meus micos, meus amigos verdadeiros.
*Fico louca de felicidade quando posso ajudar alguém ou alguma entidade séria, seja com dinheiro ou divulgação.
*Amo poder dizer tudo o que penso aqui no blog. Adoro poder dizer besteira, falar abobrinhas e coisas sérias, me abrir, ser o mais verdadeira possível.
*Adoro meus livros, adoro viajar, estudar a história dos povos e dos lugares por onde ando.
*E, procuro sempre, respeitar quem me lê, quem me segue, admiro demais minhas amigas blogueiras, cada uma com sua estória pessoal, sua estória de vida. Todas guerreiras, todas vencedoras da batalha diária que é criar uma família, mantê-la unida, criar filhos, muitas, trabalhando fora, trabalhando dentro, umas com mais facilidades, outras com dificuldades, tendo disposição pra cuidar da casa, pra fazer amor com o marido, estar sempre bem cuidada e ainda achar tempo pra vir sempre aqui, tomar café com bolo comigo.
Comigo! Essa louca, complicada, sincera demais, verdadeira demais, sincericida que vos escreve, mas sempre disposta a ouvir quem precisa falar, a dar um afago em quem necessita carinho, às vezes metendo os pés pelas mãos, às vezes egoísta sim, às vezes narcisista também, cheia de defeitos, mas também, muito disposta a receber de braços abertos, quem me aceitar, desse jeito, gauche como sou, como amiga verdadeira.
Escrevi tanto, que estou com a boca seca, juro...ops...sou atéia....
Da sua,
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Um Brinde À Vida!
Foto Françoise Weeks
Confesso que estou cansada dessas datas, na maioria das vezes, puramente comerciais, outras vezes religiosas, mas sempre, idealizadas e criadas pelo homem...
Por que tem que ter um dia dos mortos?
Por que as pessoas não se lembram deles nos outros dias?
Claro que não...quem já perdeu um ente querido, um amigo, um pai ou uma mãe, certamente, pensa neles quase todo dia...
Esse culto à morte me incomoda...as religiões, em geral, cultuam essa morbidez. Basta ir visitar as grandes catedrais da Europa que sempre tem as tais "relíquias", que são supostos pedaços de ossos de algum santo, um dedo embalsamado de uma santa, uma cabeça de outra...Mórbido e bizarro...
Desde pequena, sempre achava, que se o corpo se deteriorava e virava pó, então é porque nada restava do corpo que um dia amamos...então pra que levar flores, ir à cemitérios etc, etc ?
Não estou, de jeito nenhum, dizendo o que as pessoas devam fazer ou não...que façam o que lhes dá vontade, o que lhes consola de alguma forma, mas objetivamente, as pessoas realmente acreditam que adianta alguma coisa ir a um cemitério, colocar flores num lugar que não tem mais nada?
Bem, espero que ninguém se sinta ofendido por esse meu desabafo, mas não seria muito mais bonito, lógico e alto astral celebrar a Vida e não a morte?
Bem, espero que ninguém se sinta ofendido por esse meu desabafo, mas não seria muito mais bonito, lógico e alto astral celebrar a Vida e não a morte?
Lembrar da vida que todos os que já se foram viveram? Lembrar do seu sorriso, lembrar da sua voz?
Não seria muito mais saudável, muito mais prazeroso, se a homenagem aos mortos, para quem sente necessidade disso, fosse brindar à Vida?
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