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quinta-feira, 13 de maio de 2010
A Escravidão e As Cotas
Hoje, na data em que se comemora a Abolição da Escravatura no Brasil, vi no blog da minha amiga Beth/Lilás a tela da qual ela fala no post de hoje, e quero aproveitar para falar justamente sobre esse assunto...Por coincidência, reli, anteontem, o conto Negrinha, de Monteiro Lobato, pois estou lendo e relendo o livro Os Cem Melhores Contos Brasileiros Do Século, selecionados por Ítalo Moriconi...O conto trata a forma cruel, sádica e extremamente realista como uma criança negra é tratada pela " misericordiosa" senhora, muito católica e fervorosa...É repulsiva a maneira como essa dita "senhora" trata a pobre órfã....e, infelizmente, extremamente atual ao me fazer lembrar o caso dessa monstra, promotora foragida da justiça que maltratava, espancava e quase matou uma criança de 2 anos, que pretendia adotar...
Não quero polemizar nem criar discórdias....isso que vou escrever aqui é somente minha opinião sobre o assunto. Não sou a dona da verdade, sou apenas dona da minha opinião...opinião essa que tem bases científicas...não inventei uma teoria louca e passei a acreditar nela...leio, me informo e aí sim, digo o que penso.
A escravidão no Brasil é motivo de vergonha, pelo fato execrável em si e também, por nosso país ter sido o último a libertar seus escravos...Isso é inegável. A escravidão, aliás. é uma vergonha, como o holocausto, uma vergonha que não deve ser esquecida jamais.
Mas, gostaria de falar sobre a questão das cotas raciais que vem sendo tão discutidas, polemizadas e questionadas...Agora, a Universidade Federal do Rio de Janeiro está discutindo se implementa ou não a política de cotas para se ingressar na universidade.
Eu não concordo com o sistema de cotas e vou dizer porque:
* Primeiro, o ensino de base é que tem que ser melhorado, dando professores capacitados e escolas públicas de qualidade para todos.
* Segundo, a questão racial para mim, é um assunto extremamente questionável tendo em vista que não existe raça...a ciência já demonstrou através de inúmeros estudos que todos os seres da espécie humana tem, no seu dna, sangue negro, índio e judeu...alguns com uma percentagem maior de um ou de outro...Raça pura não existe..isso é coisa para neonazistas...Querer levantar a bandeira da questão racial, imitando o que os EUA por exemplo, fazem, é querer que o racismo exista e se firme...Não nego que haja racismo no Brasil, mas há por completa ignorância de quem o tem...Há algum tempo atrás fizeram uma pesquisa com várias personalidades famosas que tiveram seu sangue coletado e analisado...Um exemplo foi a atriz Taís Araújo, uma linda e aparentemente negra e jovem mulher que tem em seu dna uma percentagem maior de sangue europeu do que africano...e uma outra pessoa, de quem não me lembro agora, loura, tinha sangue africano em maior proporção do que europeu....E é aí que quero chegar....todos temos a mistura de raças que formaram a humanidade de hoje. No Brasil então nem se fala...fulano se diz "moreninho" mas é negro, na cor da pele, sicrana se diz parda, mas é filha ou neta de negros, outra fulana se acha branca, mas é neta de negros, filha de mulata...lembram-se do Ronaldo Fenômeno? Quando perguntado, respondeu: sou branco. O brasileiro não se reconhece na sua cor ou origem familiar...justamente por essa mistura enorme que se deu entre portugueses, muitos deles judeus de origem, negros, índios...
Acho que dizer que fulano é afro descendente porque isso é politicamente correto, pra mim soa justamente ao contrário do que querem que pareça...estão discriminando a cor de sua pele...um branco cor de leite pode ser afro descendente sem o saber e provavelmente, também o é...
Os americanos tem essa cultura de separar as pessoas pela cor da pele e/ou origem...hispânicos, afro etc...E agora por aqui, acharam de querer fazer isso também...
Eu não concordo com isso de jeito nenhum...isso só separa ainda mais as pessoas, como se elas tivessem que ter etiquetas de acordo com sua origem ou cor...isso sim é discriminação para mim...só se resolverá os problemas de ensino ou diferenças sócio culturais no dia em que, como na Coréia, se der um ensino público de qualidade, onde a criança com menor poder aquisitivo, independente da cor que conste em sua certidão de nascimento, tiver a mesma chance de entrar numa universidade do que a criança abastada...
No dia em que compreenderem que oportunidades iguais começam no jardim de infância, onde todas as classes sociais terão acesso idêntico à elas, todas essas discussões inúteis e até nocivas cairão por terra....O mérito de uma pessoa sairá vencendo e não a sua aparência física, sua classe social ou sua cor...
Porque no final, somos todos uma só raça: a raça humana!
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