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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As Cadeiras

Ela tinha duas cadeiras antigas em gobelain.
Todos os seus móveis e objetos de decoração eram de época, muitos ganhos de antiquários para os quais meu padrinho fazia favores e que o adoravam. Os lustres eram de cristal tcheco, os móveis da sala de jantar, ingleses.
Num canto da sala de estar, com enormes sofás de veludo vermelho (ou seriam amarelos?) e cortinas com borlas douradas havia uma espécie de nicho com várias prateleiras na parede e ali, minha madrinha exibia sua coleção de marfins, delicadas esculturas, bonequinhas de porcelana, com sainhas de tule e renda, bichinhos esculpidos em cristal. Este nicho tinha uma luz indireta, como se fosse uma vitrine e, meus olhos de criança paravam, pasmados, diante de tantas belezas intocáveis, aflita mas conformada, segurando meus dedinhos ávidos por tocá-las, um pouquinho que fosse, mãos postas atrás das costas.
Meus padrinhos não tinham filhos e eu era adorada por eles. Sua casa para mim era um palácio. Minha mãe, nervosa, recomendava:
- Filha, senta com modos, nada de correrias que a casa de tua madrinha tem tantos objetos caros e de valor que eu nunca poderia pagar por sequer um deles.
E lá me sentava eu, no chão, admirando a imensa carruagem de porcelana de Sèvres, na mesa de mármore carrara de centro, com seus corcéis emplumados e correntinhas de verdade, com damas de porcelana altivamente sentadas, olhando pelas janelinhas...acho que vem daí, da minha infância, minha paixão por miniaturas...Eu ficava boquiaberta admirando cada pequeno detalhe...acho que também vem daí minha paixão por detalhes...não fosse esta narradora uma legítima virginiana...
Eu, uma criança, a cada vez que ia visitar minha madrinha, me deleitava naquele imenso apartamento que tinha uma varanda que se chamava "jardim de inverno". Cada canto, cada pequena minúcia me deixavam louca de alegria, pelo privilégio de olhar tanta beleza...as telas, todas legítimas que enfeitavam as paredes da sala de música, tudo era tão encantador e sempre tão novo para mim, como se, a cada vez, a casa se tornasse outra e eu fosse descobrindo mais um detalhe novo que não havia percebido antes...Mas o que eu mais amava e nunca tive coragem de dizer à minha dinda eram as suas cadeiras de gobelain bordadas com ramalhetes de flores no encosto.
As cadeiras eram de laca bege quase creme e o tecido em fundo bege também com aquele ramalhete de flores diversas, muito coloridas, no encosto...Eu as olhava pensando..."um dia vão ser minhas..."
Não foram...Não sei que fim levaram quando minha madrinha morreu, já mal de vida e  com sua única sobrinha que teve que vender muitos bens para ajudá-la a sobreviver. Muitos certamente também ficaram com ela, não sei, nunca mais tive contato...
Sempre que eu ia passar a tarde com eles, minha madrinha tinha um armário no quarto dos fundos com muitos blocos e cadernos e, claro, era com isso que eu podia brincar...Me dava lápis de cor e muitos blocos. Desenhava, fazia cartas de amor para eles e ela, sempre orgulhosa da inteligência da afilhada, dizia para o meu padrinho:
- Olha só Valdo, ela coloca até as tomadas e os fios ligados nelas! Essa menina é muito esperta, nunca vi coisa igual. Coisas que as crianças hoje em dia fazem muito melhor e com mais detalhes...mas eram os anos 60 e a esperteza das crianças ainda surpreendia os adultos, principalmente os casais sem filhos...
Ela preparava bolos e coisas que eu gostava de comer para o lanche e essas tardes passadas lá, me voltaram agora ao me deparar com a foto desta cadeira que me lembrou, de imediato, as cadeiras dos meus sonhos.
Minha madrinha Elza e meu padrinho Euvaldo foram os melhores padrinhos que uma criança poderia ter tido...Pensando na minha vida, fui privilegiada em tantas coisas, tive sorte, tive amor, tive carinho demais...Fui feliz.
A cadeira foi-se, mas ficou a lembrança e esta, ninguém me tira...estará para sempre no meu varalzinho, aquele que vocês já conhecem, onde penduro as coisas que nunca esquecerei...
Não era bem assim, mas foi o que achei na net de mais parecido...as dela tinham um ramalhete no encosto, bem colorido e a madeira foi laqueada de bege...descobri: era vitoriana.

Quanto mais escrevo mais vou me lembrando das coisas lindas que vivi e meu varal vai ficando cada vez mais carregado de lembranças felizes...Viver não é nada fácil, mas é tão bom....
Dedico este post à memória dos meus padrinhos tão amados e que me amaram tanto.

PS: Leiam tb meu outro blog: o Café com Bolo & Poesia. Tem poesia nova por lá...

PS 2: No blog Me and You da amiga Beth tem poesia minha lida e lindamente interpretada. Visitem e prestigiem.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Meu Tempo É Hoje- Reedição

Eu, meu irmão, Renato e minha irmã, Regina, fantasiados pro carnaval...eu devia ter uns 3 aninhos...minha irmã, uns 10 e meu irmão, 13...Eu e meu inseparável saquinho de filó, cheio de confetes...minha mãe fazia um novinho, todo ano...e o lança perfume, no colo da minha irmã...Naquele tempo criança podia usar a vontade...era bom, geladinho, a gente nem imaginava que tinha adulto que usava pra ficar doidão! Bons tempos inocentes onde criança era criança...não sabia das malvadezas do mundo..
Sou temporã, como já disse antes, quando nasci, meus pais já eram quarentões...dizem que sou mimada até hoje...sei lá se sou...

Agora, a foto de que falei antes naquele post sobre Laranjeiras...
Se lembram da estorinha que contei da minha amiguinha , do Zoológico e do macaquinho que não me deram?
Eis aqui a foto pra provar o que falei...e o meu sorriso meio amarelo...Eu sou a mais alta.
Decepção, tristeza, vontade de também ter um...não sei se foi maldade, egoísmo ou, simplesmente, achavam que eu era tipo uma dama de companhia pra filha, tipo um ser inferior, que não precisava de brinquedo...afinal já tinham me levado pro passeio...já estava bom demais pra filha de um funcionário da Caixa Econômica...
E nós éramos muito amigas, mas, não sei porque, me lembro bem disso, sempre me senti inferior a eles...não sei se era porque o irmão do meio me maltratava, ou se eles se sentiam superiores mesmo, ambos professores universitários, engajados politicamente, mas sentia isso nitidamente, coisa estranha....
Há um tempo atrás, encontrei com a mãe dela no casamento da minha sobrinha, ela mandou me chamar e pediu pra me ver...não guardo mágoa, nem raiva...perguntei por minha amiga que nunca mais vi, nem tive contato...até gostei de ver a Dona*** tão bem, do alto de seus 80 anos...o mundo gira, dá tantas voltas..vou ter raiva pra que?
Tenho muita vontade de encontrar minha amiga Angela...sei que ela é tradutora de peças teatrais para o francês, pois morou muitos anos na França.
Aqui, eu no colo da minha irmã, Regina, 7 anos mais velha.
Ai como eu era fofa! Gordinha e sorridente, desde bebê..., meus irmãos, bem mais velhos, deviam me paparicar muito...
E assim é a vida...passa tão rápido que nem nos damos conta...tantas coisas acontecem...e ao mesmo tempo, parece que foi tudo ontem...
Parece que quando falo dessas coisas, estou falando de outra pessoa e não de mim...mas era eu...euzinha...
A vida às vezes me parece um sonho, parece que sonho em câmera lenta...um sonho do qual nunca acordaremos...ou iremos acordar um dia...lá do outro lado, ou num outro planeta, ou outra dimensão...ou não...
Só sei que apesar das lembranças fazerem parte da vida, algumas serem boas, outras nem tanto, de sermos parte lembrança, parte passado, somos um somatório de coisas que fizemos, que fizeram conosco...
Somos o ontem, temos suas marcas, cicatrizes...seus perfumes, suas doçuras...
Trazemos em nós tudo o que nos aconteceu e até o que nunca vivemos...mas pra mim, principalmente, meu tempo é hoje, meu tempo é o amanhã...por isso não guardo muitas mágoas na vida. Não quero carregar comigo o peso do que não fui, do que não tive, quero seguir leve...
Quero ter comigo meu baú de tesouros, claro, todo mundo os tem...mas só os bons, os deliciosos, os que me deram prazer e alegrias...
Claro que tenho mágoas que não consegui superar...algumas talvez nunca supere...mas não as quero, eu as renego...
Quero ir pro meu futuro carregada só com as plumas dos sentimentos bons, pois eles não nos sobrecarregam, não nos impedem de viver, de seguir em frente...
Perdoo a quem me feriu, perdoo a quem me enganou, perdoo a quem abusou dos meus bons sentimentos, da minha ausência de pudor ao me expor e me mostrar como sou.
Tive muitas decepções na vida, amigos que eu amava como irmãos e me decepcionaram de uma forma...mas não tenho raiva, nem ódio...sobrou só indiferença...não me partiram em 2 ou 3. Não permito!
Meu orgulho é esse...ser inteira...e, por mais que me exponha, por mais que me coloque nua nas minhas relações sejam de amizade ou qualquer outra...saírei sempre íntegra, inteira.
Meu tempo é hoje...e nada, nem ninguém vai tirar um pedaço que seja, da minha inteireza.




Reedição de 28/12/2009

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Uma Brisa Acorda o Passado

Essa foto é da Papelaria Contigráfica, em Laranjeiras, bairro onde nasci e cresci.
A Contigráfica era a papelaria dos meus sonhos quando criança e adolescente. Creio que de todos os que iam com suas mães comprar o material escolar a cada início do ano letivo.
Pois, um dos últimos ícones do passado, estará fechando suas portas daqui a vinte dias.
Suas prateleiras, ocupadas por tintas e canetas tinteiro Parker, tintas para carimbo dos anos 50 e 60, cadernos de capa de couro resistiram o quanto puderam, exibindo uma época que não existe mais.
Há 61 anos funcionando, a tradicional papelaria que foi frequentada por famílias da alta sociedade, grandes empresas e embaixadas, pela qualidade do material vendido, em sua maioria, importado e, por ter sua própria marca, num tempo em que as grandes papelarias como a Papelaria União e Casa Cruz no centro tinham também esse diferencial, abrirá, agora, uma loja virtual.

Quanta saudade me deu ao ler essa notícia.
Lembrei-me dos meus cadernos e livros encapados com plástico xadrezinho verde ou amarelo, com carinho por minha mãe e, depois de crescidinha, por mim mesma, que adorava sentir aquele cheiro de livros e cadernos novos, ansiosa pelo início das aulas.
Uma doce nostalgia tomou conta de mim, aliada a uma tristeza saudosa de um tempo que não volta mais.
Tive vontade de ir voando até lá, sentir pela última vez o cheiro de seus móveis antigos, o perfume de papel no ar, de ir buscar velhas lembranças de meu tempo de meninice, onde qualquer saída com minha mãe, qualquer compra, mesmo que para o colégio, era motivo de diversão e encantamento. Papelarias então, sempre foram meu fraco, até porque era lá que se vendiam meus adorados livros e cadernos, muitos cadernos para que eu pudesse escrever.
Quando o Rio de Janeiro ainda era a Capital da Velha República, as embaixadas encomendavam lá, à sua gráfica, os convites para as recepções. Lá se podia encomendar também, papel timbrado e convites de casamento.

Ao ler essa notícia me lembrei imediatamente que a saudade às vezes, está dormindo dentro da gente e basta uma leve brisa para acordá-la imediata e intensamente.
Hoje fiquei assim, com saudade do passado e de tudo que era relevante e que hoje já não tem mais importância.
Quando se enterra o passado, enterramos também um pedaço de nós mesmos.
E ao desenterrá-lo, mesmo que só para retirar o mofo e o bolor, ficamos face a face com quem um dia nós fomos.

Foto do jornal O Globo, 26/09/2010.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quem Se Lembra Da Tia Gladys e Seus Bichinhos?



Quem está com mais de 50 anos vai se lembrar de um programa da TV Tupi entre os anos de 1957 e 1965 que se chamava Gladys e Seus Bichinhos. Gladys era uma escritora e desenhista que contava estórias infantis e desenhava atrás de uma tela. O programa era em P&B claro, porque naquele tempo não tinha ainda TV à cores. Não havia criança que não assistisse e ficasse louca com suas estorinhas, cheias de imaginação.
Em tempos onde internet ainda nem sonhava em ser inventada, computadores, truques televisivos ou programas gravados, ela fazia tudo ao vivo e em tempo real.
Se lembram da "Formiguinha Gida", a única formiguinha que usava rabinho de cavalo?
A "Gatinha Clarinha", Lelete a Cachorrinha...eram tantos os seus personagens e encantaram minha infância, pois meu pai sempre me dava coleções de livros de presente de aniversário. A coleção da Gladys, vinha numa arca de papelão onde os livros podiam ser guardados de volta depois de ler. E eu li, reli e li de novo...eu amava seus livros, que já, naquele tempo, davam lições de que os animais são mais "humanos" que muita gente.
A jornalista Marina Pessanha fez um documentário sobre a Gladys. Eu não vi, mas gostaria muito de ver.
A Gladys está viva e bem, idosa, mas lúcida.
Seus livros, bichinhos e programas de TV povoaram a imaginação e fizeram a felicidade de muitas crianças, que assim como eu, nasceram na década de 50/60.
Lembrar disso me deu muita saudade da minha infância!
Alguém mais se lembra dela?
Recordar é viver!

terça-feira, 30 de março de 2010

O Coelho Mais Fofo Do Mundo!

Olhem essa bola de pelos! É um coelho!


A Páscoa se aproxima e hoje me dei conta de que é no próximo final de semana...E é também aniversário de meu marido!
Não sei porque me lembrei de quando meus filhos eram pequenos e, no dia da Páscoa, colocava ovinhos de chocolate espalhados pelo jardim para que achassem...
Quando estavam mais crescidinhos, fazia bilhetinhos com "pistas" e eles, pequenos detetives gulosos, procuravam pela casa toda até achar as prendas de chocolate...
Acho que gostavam mais da brincadeira de procurar do que propriamente comê-los...
E eu, claro, me divertia bolando planos e esconderijos que não fossem óbvios, mas que também tivessem alguma dificuldade...

Como era bom o tempo de meus filhos pequenos!
Agora, é esperar que venham os netos para poder reviver tudo isso, agora, com muito mais doçura e encantamento, já que a idade, pelo menos, serve para isso, para nos dar mais sabedoria, paciência e o descompromisso de educar.



Avó chata é que não vou ser, de jeito nenhum!


Para quem vai viajar e se ausentar dos blogs essa semana, deixo meu abraço e meu desejo de Feliz Páscoa em família!

                              

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Pensando Bem...

Eu, na festa à fantasia de meus filhos, aqui em casa, depois de algumas caipivodkas, dançando sozinha...me diverti muito nessa festa!
Minhas asinhas já estavam até meio caídas...


Eu, de Fada Sininho ou Duende Verde, ou Esperança (fiquem à vontade para escolher o que mais se parece com minha fantasia) e minhas sobrinhas de Meninas Super Poderosas e o Burg, marido da morena, posando para a foto.
Adoro festas!


Hoje, lendo o blog da minha querida amiga Cris França, me inspirei a escrever sobre carnaval.
Eu já nasci festeira...adoro a casa cheia de gente, festas, receber amigos. Quando pequena e até casar, adorava carnaval.
Não perdia nenhum baile infantil no Clube do Fluminense e, depois, já na adolescência, ia com a minha turma aos bailes do Clube Militar, acompanhava o Bloco Cardosão, de Laranjeiras (acho que naquela época, só tinha esse), e mesmo sozinha, saía sambando, me esbaldando atrás do bloco...sandálias nas mãos, descalça, cantando e dançando...
Quando ouvia a bateria do bloco, dando as primeiras bumbadas, ninguém me segurava...saía feito louca, ladeira abaixo (minha rua ficava numa ladeira), e acompanhava o bloco Laranjeiras a fora...onde fossem, eu ia junto...
Escolas de Samba, eu adorava...cheguei a ver os desfiles na arquibancada, uma vez, quando ainda eram na Avenida Rio Branco.
E eu tinha um tio que trabalhava num escritório na Rio Branco e todo ano, no carnaval, fazíamos um pequenique no escritório dele, e lá na janela, disputávamos lugar para ver de cima o carnaval passando...nem víamos direito, mas só ouvir o som da bateria tão de perto, nos divertia a valer.
Íamos todos: meus pais, irmãos, tios, primos...era gente que não acabava mais se revezando na janela...coisa dos primórdios do verdadeiro show que são as escolas de samba hoje.
Depois que me casei, levava meus filhos aos bailes infantis, mas eles só queriam brincar no parquinho do clube, enquanto eu, queria sambar, pular, ao som dos samba-enredo.
Fiquei pensando...será que não gosto mesmo de Carnaval, ou será que é porque agora não posso mais me esbaldar como fazia antigamente?



Quando vejo pela TV os blocos de rua voltando com força total... as pessoas com crianças no colo, velhos, jovens, casais...pobres, ricos, negros, brancos, mulatos, índios...reis e rainhas, gays, palhaços...confesso, que lá no fundo, sinto uma invejinha...

O carnaval de rua voltou e está tomando conta das ruas com tamanha avidez, talvez porque o desfile das escolas de samba tenha se tornado mesmo um grande show para turistas, caiu na mesmice...mulheres saradas, siliconadas, bundas, peitos, barrigas-tanquinho, nudez...uma tal dose de erotismo e exibicionismo...que acho, que os blocos estão resgatando o que o carnaval de antigamente tinha de ingênuo, puro, transgressor na miscigenação, na mistura...mas não no apelo sexual exacerbado que há no Sambódromo.

O Carnaval tem isso...todo mundo fica igual, seja cultural ou socialmente...os preconceitos caem por terra...quem é careta aceita as diferenças, quem é enrustido, se assume, quem é triste fica feliz...e é nisso que reside a transgressão e a grande dicotomia do carnaval...tudo é aceito, todos são iguais, o morro se junta ao asfalto, o pobre se veste de nobre, o milionário se fantasia de mendigo. É uma verdadeira aula de sociologia, antropologia, psicologia o carnaval no Brasil.

Acho que se eu morasse num lugar onde os blocos passassem, e eu pudesse ouví-los, talvez fizesse como quando tinha 18 anos...tirasse minhas sandálias, corresse pra rua e fosse atrás...deixando em casa a mulher madura e me tornando de novo, a Glorinha alegre, feliz e despreocupada de tantos anos atrás...
Festeira do jeito que sou, não se espantem se, dia desses, me virem na TV no meio da multidão, suada e feliz, com minhas asinhas verdes...







segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Trauma de Infância!


O calor por aqui está tão grande que a vontade que dá é de ficar dentro d'água...
Uma cachoeira gelada não iria nada mal.
Minha casa tem piscina, mas a água está tão quente, que nem dá vontade de entrar...
A única solução são as chuveiradas de hora em hora pra refrescar os miolos...

Minha filha, coitada está lá, ralando no Rio-à-Porter, no Fashion Rio, que está acontecendo no Cais do Porto. Ela disse que o calor lá está demais, que não há ar condicionado que resolva...Amanhã, lá irei eu dar uma força pra filhota, e derreter um pouco mais...
Pelo menos, podia servir pra emagrecer...
Acho, que pelo contrário, no verão a gente engorda mais de tanto tomar sorvete...eu não posso ver um pote, ou picolé, que ataco na hora...Trauma de infância...

Não sei se já contei, mas quando criança, minha mãe me levou num médico, meio charlatão, eu acho, ( por causa de minha asma ) que recomendou que eu não andasse descalça, nem tomasse nada gelado. Sorvete, então, nem pensar!
Eu, pequena ainda, via todo mundo se lambuzando com sorvete no verão, e o meu, tinha que ser derretido! Isso mesmo, derretido! Alguém já experimentou tomar sorvete de pote, tipo Kibon ou Nestlé, derretido?
É um verdadeiro horror...fica espumoso e quente...Então, de sorvete mesmo, não tinha nada...pois o gostoso é o geladinho...e eu tomava aquela papa.
A pobre criança aqui, obedecia...acho que é porque eu sofria tanto com falta de ar, que obedecia sem pestanejar. Naquele tempo não havia os remédios de hoje, então minhas crises eram uma pauleira, um sofrimento...eu me lembro que chorava muito nas crises, ficava aflita pra respirar e não conseguia, e isso, só piorava a situação, pois dava uma angústia...Imaginem a aflição de minha mãe, vendo a filhinha pequena e ainda por cima, temporã, sofrendo, sem poder fazer nada?
Terrível...então eu tomava espuma de sorvete...Aí, por causa disso, eu digo que tenho trauma de infância...não posso ver sorvete que me atraco com ele até acabar...
Só que quando criança, eu era "magrinha, um palito", segundo meus pais...acho que para os padrões da época, porque vendo minhas fotos hoje, não acho que era tão magra assim...


Pois essa paixão por sorvetes, hoje em dia, não faz nada bem pra minha silhueta...
Hoje em dia, engraçado, quase não ando descalça...me dá nervoso...qualquer pedrisco no chão, machuca meu pé...acho que foi falta de hábito mesmo, pois vejo gente que ama andar de pé no chão.
Amanhã, quando eu voltar do Fashion Rio, prometo colocar as fotos do stand e das roupas da coleção da minha filha.

Pra vocês que ficam, bye...vou tomar outra chuveirada lá fora...e depois, sorvete...
Até amanhã!



P.S.- Podem me imaginar na Itália com aquelas gelaterias todas, me chamando a cada esquina?
Era virar uma rua, e tinha uma gritando pra mim : Glorinha, cara mia, entra aqui, olha quantas gostosuras geladas, de todos os sabores, só pra você?
Mas, por incrível que pareça, emagreci, acho que foi de tanto andar e namorar meu marido!
Ô coisa boa! Preciso viajar mais...uni o útil ao agradável de uma só vez...e ainda por cima onde? Na Itália, amore mio!




quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Há Muitos Verões Atrás - Bairro das Laranjeiras II

Tirei essa foto ontem da varanda do quarto do meu filho, um céu de verão, com todas as cores possíveis a um céu de dezembro...com passarinhos e cigarras cantando, como se um coral celeste saudasse a Natureza, que nos deu de presente, esse anoitecer...
Continuo hoje com minhas lembranças de Laranjeiras, pois recebi alguns comentários que me empolgaram a escrever um tantinho mais sobre esse bairro carregado de História...
Quando moramos num lugar ( acho que isso acontece até com os romanos ), não nos damos conta, ou melhor, nos acostumamos com sua beleza, sua história, suas estórias...a banalidade do dia a dia, faz com que acabemos por não dar a verdadeira importância ao lugar onde nascemos.
A Bica da Rainha é um desses recantos que só Laranjeiras tem...era uma nascente onde Carlota Joaquina ia, frequentemente, por recomendação médica, beber suas águas terapêuticas, visando a cura de seus problemas de pele ( que, com certeza, não devia ser nenhuma doença, e sim, falta de banho...) e, ainda levava D.Maria, a Louca ( pobre coitada, era depressiva e sem tratamento acabou maluca...).
O Palácio Guanabara, do qual já falei ontem, escritório de luxo do governador...atrás dele, há um jardim exuberante...e ele fica coladinho à sede do Fluminense...


A Casa dos Abacaxis, linda casa que pertenceu aos pais da crítica teatral Bárbara Heliodora, com abacaxis nas sacadas...hoje é tombada pelo INEPAC. Fica no Cosme Velho.
Laranjeiras e Cosme Velho são repletos de História e realmente valem a visita, fugindo um pouco do circuito turístico tradicional.
Mas as minhas lembranças me levaram a pensar nas minhas escolas: José de Alencar, Rev. Álvaro Reis e Albert Schweitzer...Não poderia haver espaço mais democrático que as Escolas Públicas da época...como falei ontem, meus amigos e amigas eram das mais diversas camadas sociais...e só das mais íntimas sabíamos as origens...ninguém falava se era filho de fulano ou beltrano...isso não interessava à nós, crianças...ninguém era amigo de alguém por sua classe social ou posição dos pais...eu mesma, tinha uma grande amiga, Tânia, cujo pai era dono do Cinema Azteca, que ficava no Catete.
Nas férias, ele fazia uma sessão pra toda a garotada da escola, que ia na maior alegria ao cinema, muitos pela primeira vez, muitos só daquela vez no ano inteiro...nem me lembro do sobrenome dela, tão pouco isso era importante pra mim...
Isso é uma coisa que me incomodou muito, assim que vim morar em Niterói e, que aliás, me incomoda até hoje...todo mundo que nasceu aqui, só se refere aos outros como: filho de fulano de tal, neto de sicrano...como se todo mundo tivesse pedigree, e quem não fosse daqui, era olhado com certo desdém, afinal, não era de nenhuma família conhecida...como se todos da cidade tivessem sangue azul ou nobre...e como se isso , se fosse verdade, tivesse algo a ver com caráter...Niterói, por sinal, era, antes da fusão com o Rio, uma grande e inchada repartição pública, disfarçada de cidade...onde muita gente "se fez", graças à extinção do Estado da Guanabara...mas isso é outro assunto....
Acho de um esnobismo antipático, aliás como todo esnobe, e sem motivo...mas, nem por isso deixo de gostar dessa cidade como se fosse minha...

Outra grande amiga de infãncia e de escola, antes e depois que voltou da França : Ângela **, dessa sei o sobrenome porque era minha vizinha, morava no prédio ao lado do meu e víviamos uma na casa da outra e seu pai, já famoso na época, foi um dos físicos mais conhecidos mundo afora. Foi dela a primeira boneca Barbie que vi na vida, que ela trouxe dos EUA...linda, peituda...E eu, com minha Suzi, com corpo de adolescente, achava aqueles peitões turbinados, o máximo!
Aliás, isso me levou à outra estorinha...uma vez, fomos eu, ela, seu irmão Sílvio, que implicava comigo o tempo todo...( acho que tinha ciúmes dela ), seu irmão mais velho e seus pais, ao Zoológico. Naquele tempo, ainda não existia camelô, mas na porta do Zoo, tinha um homem vendendo uns macaquinhos que se movimentavam conforme se puxavam as cordinhas que prendiam suas pernas e braços...era uma graça...Pois eles compraram um pra ela e...nenhum pra mim!
Nós devíamos ter uns 6 anos naquele tempo...podem imaginar minha tristeza e decepção?
Me lembro que tive muita vontade de chorar...mas, como sempre, meu sangue calabrês falou mais alto, e fingi que nada tinha acontecido...tenho a foto até hoje, ela com o macaquinho e eu, sorrindo!
Que maldade, como alguém tem coragem de fazer isso com uma criança de 6 anos?
Bem, por hoje chega...quanta coisa uma lembrança vai puxando...se eu não parar agora, vou escrever uma bíblia...quem sabe um dia não me animo e escrevo: A Bíblia da Glorinha...garanto que nessa, as estórias seriam verdadeira...rsrsrsrs....um lencinho pra enxugar o veneno, please!
P.S. Aliás, Ângela, Tânia, todo mundo que estudou comigo ou foi meu amigo de infância e adolescência, e tiver lido meu blog, entre em contato comigo...adoraria me encontrar com vocês! Beijão!





terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Há Muitos Verões Atrás...No Bairro De Laranjeiras

Nasci no Bairro das Laranjeiras, tradicional bairro da zona sul do Rio...
No sábado, lendo a belíssima crônica do Arnaldo Bloch nO Globo, em que ele fala de suas lembranças de juventude, no mesmo bairro, me deu uma saudade danada de tudo o que vivi ali...

Morei em Laranjeiras até me casar, e estudei quase a vida inteira nos colégios dali, todos públicos...naquele tempo, todo mundo estudava em escola pública, a não ser os muito ricos...e mesmo assim, estudaram comigo, filhos de professores universitários, filhos de físicos, filhos de dono de cinema e também gente que morava em cortiço e favela...
Mas o ensino público, naquele tempo era da melhor qualidade....tanto que eu e meus irmãos passamos todos para faculdades federais na primeira vez em que prestamos vestibular...Nem se pensava na hipótese de passar para uma universidade paga...
Laranjeiras era e ainda é um bairro tranquilo e residencial...não tem quase comércio e durante muito tempo foi reduto das classes abastadas que possuíam chácaras e sítios pelas redondezas.
Machado de Assis morava no Cosme Velho, que é quase um sub bairro de Laranjeiras.


Lá fica a sede social do Fluminense Football Club, escrito assim mesmo...onde passava minhas férias indo ao Sorvete Dançante todos os domingos e à piscina, com minha turma de amigos, todos os dias...Como era bom, quando chegava o verão...iamos eu, minha melhor amiga Tetê, que atualmente mora em São Paulo, Regina, que hoje mora na França e Eliane, todos os dias, sem falta, e encontrávamos nossa turminha...e era um tal de paquera um hoje, outro amanhã! Quanto beijo na boca eu dei naquele tempo! E como era bom beijar...tudo na maior inocência...porque não passava disso...os meninos nem tentavam ousadias maiores porque sabiam que não éramos meninas para outro tipo de coisas...era só beijo mesmo e muito namoro...eu namorei acho que quase todos os meninos que frequentavam o Flu na nossa época...eu era danada! Danada, mas boba que só...nada comparado ao que as meninas sabem e fazem hoje.


Largo do Boticário - foto de MarcosD'Paula - Jornal O Estadão
O Largo do Boticário, também no Cosme Velho, é um beco cheio de charme, onde passava o Rio Carioca. Com suas casas de estilo neo colonial, hoje é reduto de pintores, artistas plásticos, mas já foi lugar de muito prestígio e requinte, onde havia altas festas do high society.

Essa é Rua General Glicério, uma das mais gostosas de Laranjeiras, muito arborizada, era onde morava minha madrinha, e onde eu adorava ir e tinha muitos amigos...foi aqui que me estatelei de bicicleta e quebrei não só um dente, mas arrebentei a cara toda...um dia eu conto essa estória...
Há uma feira livre aos sábados e há alguns anos tem chorinho com músicos tocando na pracinha e amigos se encontrando pra ouvir música, ficar bebericando e jogando conversa fora...

Essas são as famosas Casas Casadas, que foram restauradas e formam um magnífico conjunto arquitetônico onde no meu tempo de menina, era um cortiço horrível, imundo e dizem, um prostíbulo.
Fica no Cosme Velho o trenzinho para o Corcovado, a Igreja de São Judas, onde o time do Flamengo (meu time, embora frequentasse o Flu), reza nas vésperas dos jogos...
Em Laranjeiras fica o Parque Guinle, onde está o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador e o Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
Lá fui criança, brinquei de roda e de pique enconde...não se tinha medo de nada, nem de ladrão nem de polícia, aliás, polícia naquele tempo era pra policiar, coibir e prender ladrão (o que era raro de ter também...), bem diferente de hoje, onde a gente não sabe de quem corre primeiro...
Era um tempo de inocência, onde as coisas aconteciam devagar...se ia para o colégio a pé, podia se andar pelo bairro à noite e brincar até mais tarde na rua...quase não passavam carros na rua onde eu morava...
Era um tempo em que os verões pareciam não ter fim...onde as meninas ainda brincavam com bonecas e os meninos de carrinho de rolimã...desciam ladeira abaixo, feito loucos, muitas vezes ralando os dedos...
Sempre que ouço essa música, me lembro com carinho do bairro onde nasci...



All Star
Cássia Eller
Composição: Nando Reis
Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as índias
Mas a terra avistou em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário
Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali
E entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra hoje
Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu
O seu all star azul combina com meu preto de cano alto
Se o homem já pisou na lua
Como ainda não tenho seu endereço?
O tom que eu canto as minhas músicas pra tua voz
Parece exato
Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali
E entro no elevador
Aperto 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra ...Laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali
E entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu
não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra hoje
Quem quiser saber mais entre aqui, tem tudo sobre o meu bairro...o bairro onde não há mais laranjeiras, mas onde ainda deve estar me esperando, em alguma esquina, a minha meninice... calçada com meu all star vermelho...





sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Lembranças e Divagações...

Tenho me lembrado muito de meus Natais da infância...acho que esse é um sinal de que a idade vem chegando....rsrsrs
Tenho lembrado de coisas, que na época, me pareciam tão sem importância, mas que hoje dão uma saudade enorme dos Natais em família...
Meu pai era filho e neto de italianos e, me ensinou a fazer sanduíche de figo seco com nozes...abria o figo, enchia de nozes e comia...e me ensinou a apreciar essa maravilha, que delícia...
Outra coisa que não faltava na minha casa eram os pastéis de Natal, cuja receita não sei a origem, mas meu pai fazia questão de saboreá-los todos os anos...Eram feitos com massa de pastel comum, recheados com uma massa de figos, nozes, avelãs, passas...depois eram fritos e passados no açúcar com canela, depois, colocados em camadas, bem arrumadinhos numa lata e regados com bastante mel...E assim ficavam guardados por umas duas ou três semanas antes do Natal.
(Vou procurar saber se minha irmã tem a receita e depois prometo postar aqui). E as rabanadas? Também não faltavam...pois meus avós maternos eram portugueses e, minha mãe, seguia a tradição...
Reminiscências não são 100% confiáveis, pois muitas coisas acabam sendo fruto da imaginação da gente...mas vamos continuar com esse meu mergulho no passado...
Natal, na minha casa era uma festa da família. Tinha muita alegria, mesa farta, e geralmente, meus padrinhos e meus tios, padrinhos de minha irmã passavam com a gente...então a casa ficava cheia, iluminada e cheia de sons e cheiros bons...
Pernil assando...pastéis com mel...rabanadas...como me lembro desses aromas!
Aliás, o aroma do Natal é único...não há nada que se compare com seus perfumes de especiarias, nozes, cravos, canelas, assados...e a esses aromas, vem se juntar os perfumes de infância...cheiro de boneca nova...dos papéis de presente, até a árvore tinha cheiro de Natal...
Como era bom ir dormir achando que iamos conseguir esperar o Papai Noel...que iamos surpreendê-lo colocando os presentes no sapatinho que deixávamos na beira da cama...
Nunca conseguíamos, claro...e, no dia seguinte, quanta alegria ao ver o presente sonhado ao pé da cama...
Não sei porque tendo amado tanto o Natal, de uns 5 anos para cá, ando tão desanimada...
Será que é a vida que tenho levado que fez isso comigo?
Será que é o fato de meus filhos agora, serem adultos e o Natal ter perdido a magia?
Lembrar de todo o ritual de antes do Natal na minha casa, me dá uma imensa saudade...todos os preparativos e a espera pelo grande dia, me dão uma nostalgia...
Domingo agora, aqui em casa, haverá o almoço de Natal com a família do meu marido...a casa vai ficar cheia de crianças, vai ter amigo oculto rouba-rouba, que é muito divertido, e hoje e amanhã vou estar envolvida com os preparativos...
Amanhã, também é o dia do meu fatídico exame (biópsia da tireóide)...
Quem quiser me mandar energias positivas, agradeço de coração...
Quem sabe depois desse almoço eu me anime e enfeite a casa toda e recupere meu antigo amor pelo Natal? Amor esse, que acho, continua aqui, escondidinho, em algum lugar dentro de mim...
Beijos a todos.





quarta-feira, 15 de julho de 2009

Corte e Recorde!








Quem é da minha geração não deve ter se esquecido dessas bonecas de papel que a mãe da gente comprava no jornaleiro....
Em tempos sem internet, sem vídeo games e uma TV com poucos programas infantis, a gente se divertia lendo, recortando bonecas de papel e brincando de casinha....
Como eu adorava essas bonequinhas....elas tinham nomes que se usavam na época..Andreia, Dirce, Carla, Patrícia.
Eu tinha uma coleção delas que eu guardava com o maior cuidado numa caixa, separadas por nome, cada uma com suas roupinhas....
Agora, internetando, encontrei-as novamente....Delícia!

O passado foi bom e é bom recordá-lo,mas isso não é coisa "do meu tempo", não!
Meu tempo é hoje, é agora! Meu tempo são todos esses anos vividos e mais os que tenho pela frente.
Pertenço ao passado, mas também ao presente e ao futuro....e toda essa mistura de novidades e relíquias é que formam a minha história!
Beijos a todas as meninas da minha idade!