Ando muito mergulhada na escrita, tanto em leituras, como no meu livro.
Ansiosa, esperando as coisas acontecerem.
Hoje ouvi uma coisa muito bonita dita pelo artista gráfico, jornalista e cenógrafo, Elifas Andreato.
Ele falava que a obra não é feita somente nos momentos em que está sendo produzida. Ela é feita também nos momentos de lazer, nos momentos de ócio, durante toda a vida. Fiquei pensando como isso é verdadeiro.
Ela é feita antes, construída ao longo da nossa existência, com tudo o que trazemos em nós, em tudo o que vivemos ou passamos através da vida. Nossa bagagem é nossa obra. E, vice versa.
Enfim, cheguei à conclusão que os escritores e artistas, fazem de suas vidas uma obra constante, em movimento.
Enquanto se vive, a obra está sendo construída, pensada, mesmo que no inconsciente.
E a bagagem que trazemos em leituras, em cultura é o que faz um bom escritor. A escrita, principalmente, entre todas as artes, precisa de estofo. Estou falando da boa escrita, não do que se vê por aí.
Na lista dos best sellers, a maioria é porcaria, subliteratura. Há público para eles? Claro que há, visto que a maioria do público lê pouco, nunca leu os clássicos, não tem o hábito da literatura de qualidade.
Estou assistindo à uma banalização da escrita, em todos os sentidos.
Com o advento da internet, dos blogs, facebooks e que tais, todo mundo acha que é artista, escritor, poeta.
Por isso a dificuldade de se lançar um livro. Imagino a torrente de má literatura, de pretensos escritores que mal sabem conjugar um verbo, que as editoras de renome tem recebido aos borbotões.
Aí, ao ter que selecionar o joio do trigo, acabam nem lendo o trigo, achando que é joio também e os jogando na lixeira, não dando a chance de um bom autor ser lançado.
Preferem o caminho mais fácil, publicar os autores famosos ou conhecidos, cuja venda é líquida e certa.
Eu ainda mantenho a minha esperança. Até porque sem ela nem sei onde estaria agora, talvez enlouquecido ou desistido de tudo.
Sei que o trabalho é difícil, é árduo, mas tenho consciência da qualidade da minha escrita.
Se vou conseguir? Não sei, mas vou continuar tentando.
Sou trigo, e digo isso sem a menor arrogância, mas com toda a minha verdade, pois tenho absoluta certeza disso.
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domingo, 17 de outubro de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
A Mais Nova "Intelectual" Brasileira...Que País É Esse?
Hoje acordei mais cedo...hum... às 9...É, sou uma dorminhoca assumida....ainda mais com o friozinho que está fazendo aqui...durmo tarde e acordo tarde...aliás, sempre detestei acordar cedo...odeio!
Então liguei e tv enquanto tomava café e vejo a Ana Maria Braga entrevistando um escritor (peguei a entrevista começada...) e do nada, ela diz que está lançando um livro...pensei na mesma hora que era outro livro de receitas...Mas NÃO! A criatura vai lançar um livro de verdade! Um livro que conta uma estória passada no século XIII...Cuma??? O Que???? Será que ouvi direito???? Aumenta o som da tv....É isso mesmo, um livro com as frases e pensamentos que ela fala durante os programas, só que "ela" (algum ghost writer, certainly) adaptou para um romance....maigodi o mundo tá perdido...Ana Maria Braga agora é escritora...e o nome do dito livro? Os Filhos da Luz ou coisa que o valha...Ai não aguento...tenho que falar...eu já ouvi essa pessoa falando cada barbaridade na tv...cada burrice sem tamanho...e agora vai lançar um livro? Como isso é possível???/
Só num país que tem um presidente que fala "nós vai" e "nós fumo" para qualquer um achar que pode escrever um livro....e o pior...vai vender milhões de exemplares...
Não é que eu não goste dela, até gosto...principalmente de assitir às receitas que ela dá...quando ela viaja e mostra os lugares...mas depois que ela foi pra Globo e o programa virou uma mistureba de assistencialismo com culinária, com populacho e pegadinhas ...perdeu muito...fora as entrevistas que ela faz...E quando "pensa" que sabe falar inglês? Ai...eu rolo de rir...E portunhol? E na Itália??? Caracas, ela acha que misturando português com o sotaque do lugar ela está falando a língua! Eu já a ouvi falar coisas de rolar no chão de tanto rir...é muita besteira com falta de informação e de cultura juntas!
E agora vai lançar um livro! É, cada país tem os "intelectuais" que merece!
Mas hoje, ela terminou o programa com uma frase que eu até gostei:
"Nunca se justifique: Os amigos não precisam...e os inimigos não acreditam".
Hehe... Gostei...é a mais pura verdade!
sexta-feira, 5 de março de 2010
Os Escritores E Os Textos Que Não Lhes Pertencem
Ando encafifada com uma coisa há tempos: Textos que circulam pela internet, seja em blogs, seja em emails, pps, etc...dando como autores, um poeta, cronista ou escritor famoso.
Fico pensando que as pessoas divulgam um texto ou um poema, sem antes procurar saber, não no mundo da net, mas no mundo real, se o texto é daquele autor, verdadeiramente...
Não estou querendo me metidar não, mas talvez, devido a sempre ter lido muito ou, talvez até, por uma espécie de sensibilidade extra, que já veio no meu DNA, sei direitinho quando um texto é fake.
Hoje recebi um email de uma amiga, muito bonito, por sinal, falando sobre as mulheres e porque temos o dia internacional da mulher. Lá, pelas tantas, ela cita um poema dizendo que é de Pablo Neruda.
Só de ler e ver as palavras empregadas pensei: Esse texto não é do Neruda, de jeito nenhum!
Fui verificar e, realmente, não é...
E assim acontece de montão com o Jabor, com Drummond, Veríssimo, Martha Medeiros e tantos outros...
Eu leio a primeira frase e já sei: Não é dele!
Sei que nem todo mundo tem essa facilidade, ou porque não conhece o estilo do autor ou porque leu pouco durante a vida, mas, peço encarecidamente, antes de ler um texto e passá-lo adiante, procurem saber se é mesmo daquele autor...geralmente textos verdadeiros não andam circulando por aí...
E, sinceramente, fico P da vida quando vejo atribuírem a um escritor maravilhoso, uma baboseira ou uma pieguice qualquer...Se ainda fosse a um desses autores de livros de auto-ajuda ( ajuda a eles mesmos, que fique bem claro), ou desses que dão lições de vida e de moral nas criaturas, ainda vá lá, já que é tudo subliteratura mesmo...Mas afirmar que um Neruda, um Drummond, uma Clarice Lispector escreveu uma porcaria melosa dessas que circulam pelos pps que enchem a caixa de emails da gente, ai, chega a doer na alma!
Se há vida em outra dimensão, os que já morreram devem estar dando muitas gargalhadas ou tentando o suicídio...
Quando quiserem citar um texto de alguém, vão direto a um livro daquele autor, ou a seu blog ou site e não ao google.
O Arnaldo Jabor escreveu há tempos atrás, um texto muito interessante sobre esse assunto, falando que as pessoas o paravam na rua para cumprimentá-lo por um texto que não era, absolutamente seu. E de como ele se irritava com isso.
Cada autor tem seu estilo de escrever, usa determinadas palavras, ou pertenceu a uma época cujas palavras que são usadas hoje, não o eram no tempo em que viveram...
Prestem atenção nisso...cair na mediocridade por comodismo é um péssimo defeito para quem é blogueiro.
Aliás, desconfiem logo de um texto que vem de mão em mão, email em email, por pps, pois como já dizia Nélson Rodrigues, toda unanimidade é burra...
Por favor, não estou querendo ofender ninguém, apenas alertar. Nem me fazer de melhor ou mais sábia que ninguém...Só estou pedindo mais atenção nisso. Até por respeito aos fabulosos escritores, poetas e cronistas, vítimas desse mentiroso e até ingênuo uso de seus nomes.
Só divulguem, o que tiverem certeza que é legítimo.
Fico pensando que as pessoas divulgam um texto ou um poema, sem antes procurar saber, não no mundo da net, mas no mundo real, se o texto é daquele autor, verdadeiramente...
Não estou querendo me metidar não, mas talvez, devido a sempre ter lido muito ou, talvez até, por uma espécie de sensibilidade extra, que já veio no meu DNA, sei direitinho quando um texto é fake.
Hoje recebi um email de uma amiga, muito bonito, por sinal, falando sobre as mulheres e porque temos o dia internacional da mulher. Lá, pelas tantas, ela cita um poema dizendo que é de Pablo Neruda.
Só de ler e ver as palavras empregadas pensei: Esse texto não é do Neruda, de jeito nenhum!
Fui verificar e, realmente, não é...
E assim acontece de montão com o Jabor, com Drummond, Veríssimo, Martha Medeiros e tantos outros...
Eu leio a primeira frase e já sei: Não é dele!
Sei que nem todo mundo tem essa facilidade, ou porque não conhece o estilo do autor ou porque leu pouco durante a vida, mas, peço encarecidamente, antes de ler um texto e passá-lo adiante, procurem saber se é mesmo daquele autor...geralmente textos verdadeiros não andam circulando por aí...
E, sinceramente, fico P da vida quando vejo atribuírem a um escritor maravilhoso, uma baboseira ou uma pieguice qualquer...Se ainda fosse a um desses autores de livros de auto-ajuda ( ajuda a eles mesmos, que fique bem claro), ou desses que dão lições de vida e de moral nas criaturas, ainda vá lá, já que é tudo subliteratura mesmo...Mas afirmar que um Neruda, um Drummond, uma Clarice Lispector escreveu uma porcaria melosa dessas que circulam pelos pps que enchem a caixa de emails da gente, ai, chega a doer na alma!
Se há vida em outra dimensão, os que já morreram devem estar dando muitas gargalhadas ou tentando o suicídio...
Quando quiserem citar um texto de alguém, vão direto a um livro daquele autor, ou a seu blog ou site e não ao google.
O Arnaldo Jabor escreveu há tempos atrás, um texto muito interessante sobre esse assunto, falando que as pessoas o paravam na rua para cumprimentá-lo por um texto que não era, absolutamente seu. E de como ele se irritava com isso.
Cada autor tem seu estilo de escrever, usa determinadas palavras, ou pertenceu a uma época cujas palavras que são usadas hoje, não o eram no tempo em que viveram...
Prestem atenção nisso...cair na mediocridade por comodismo é um péssimo defeito para quem é blogueiro.
Aliás, desconfiem logo de um texto que vem de mão em mão, email em email, por pps, pois como já dizia Nélson Rodrigues, toda unanimidade é burra...
Por favor, não estou querendo ofender ninguém, apenas alertar. Nem me fazer de melhor ou mais sábia que ninguém...Só estou pedindo mais atenção nisso. Até por respeito aos fabulosos escritores, poetas e cronistas, vítimas desse mentiroso e até ingênuo uso de seus nomes.
Só divulguem, o que tiverem certeza que é legítimo.
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