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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Meu Amigo, O Jardineiro. Update: Sobre A Mila

Esse aí é o Silézio, meu jardineiro, que sumiu há uns 4 meses. O maior boa praça que já conheci.
Ele participou do programa Lata Velha do Luciano Huck, graças à carta que duas clientes dele mandaram.
Todo mundo que conhece o Silézio gosta dele de cara. Essa Kombi velha aí atrás era a "Tieta", seu carro de trabalho, que depois do programa, ficou toda bonita, enfeitada com adesivos floridos.
Não achei nenhuma foto na net, nem no site do programa do Huck. Mas aqui, na região todos o conhecem, ainda mais depois de ter participado do Lata Velha.
O Silézio é um batalhador. Franzino, magrinho, fuma igual à uma chaminé e, infelizmente é chegado à uma branquinha, uma marvada...até demais. Por isso, fica meses sem aparecer.
Mas, quando vem, chega com uns três rapazes na casa da gente e num dia deixa o jardim tinindo de novo. E olhem que já tive trocentos jardineiros e nenhum chegava nem ao dedinho do pé do Silézio.
Trabalha mesmo, pega no pesado, não tem medo de jardim grande. Entende de plantas, sabe tudo. Depois que ele passou a ser meu jardineiro, minhas orquídeas florescem como nunca!
Quando fiz 50 anos, fiz uma festa aqui em casa, fui no Cadeg comprar flores. Comprei flor que não acabava mais, parecia casamento. Eu adoro flores e queria tudo enfeitado.
Nessa semana o Silézio e sua turma estavam aqui em casa cuidando do jardim. Ele terminou seu serviço faltando poucas horas para a festa e, vendo que eu e minha filha estávamos atrasadas e às voltas com os arranjos de flores, vieram ele e seu ajudante Chico, que já trabalhou numa floricultura, metendo as mãos nas tesouras, fazendo arranjos, na maior boa vontade sem que eu pedisse. Resultado: fizeram arranjos dignos de um casamento mesmo!
Saíram tarde daqui de casa, mesmo já tendo terminado seu serviço horas antes.
E, delicadeza das delicadezas: à tardinha, ele saiu e voltou com uma orquídea pra mim e um vasinho de flores pra minha secretária, aquela ingrata que me largou na mão há uns meses atrás.
Não tem como não se derreter com o Silézio. Ele é um cara do bem. Gentil, educado. Faz das suas também: enche a cara, perdeu a Tieta de tanto que bateu com ela...parece que não é lá muito fiel à esposa....mas é um doce de pessoa.
Tem um filho que é seu orgulho, que era goleiro do time de base do Fluminense e treinava lá em Xerém, nos cafundós da Baixada. Mantinha o moleque com o maior sacrifício, estudando e treinando.
Há tempos o Silézio sumiu. Ando também sem condições de pagar pelos seus serviços, pois ele não é barato, mas por ser extremamente eficiente e não enrolar o serviço, vale cada centavo que cobra.
Silézio andou se tratando do seu problema com a "mardita", mas tem recaídas. Já ficou muito doente, teve pneumonia, é hipertenso. É um homem acabado, enrugado pelo sol e pelo vício, envelhecido antes do tempo...Não deve ter nem 50 anos. Eu tenho muita pena, pois o Silézio é um cara que a gente tem vontade de ajudar.
E assim, como tantos, com problemas com a bebida, vai vivendo a vida aos trancos e barrancos. Perde o que ganha. Some, marca o dia de vir e não vem. O pior é que toda vez que falo com ele ao telefone, não consigo nem brigar, pois ele vem com aquela voz que parece estar sorrindo lá do outro lado: "Salve dona Gloria! Como vai a senhora? Tô em falta com a senhora, mas pode deixar que semana que vem eu vou aí..." E assim se passaram 4 meses sem sinal do Silézio...
Mas, taí, esse era um cara que se eu tivesse condições de ajudar, ajudaria. Ele merece. E mesmo com seus 'probleminhas" tem o carinho de todos os que usam seus serviços.
Salve Silézio! Espero que por onde ande, esteja bem! Que os anjos dos jardineiros olhem por ti!

Update: Amigos e leitores da Mila do blog Mila's Ville , ontem falei com ela por telefone. Está tudo bem com ela, só que a pobrezinha está sem conexão há dias e parece que só voltará a ter semana que vem, lá pela quarta feira.
Ela pede desculpas, mas nem pode participar de sua própria blogagem coletiva.
Mas me pediu que avisasse a todos. Semana que vem, assim que a net permitir, ela estará de volta.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Cantei! Cantei! E É Tão Bom Cantar Assim...

Pra você Vivi, que fala a língua das flores...uma orquídea do meu jardim.
Pra Suely, outra orquídea do meu jardim...

A Vivi, do blog Caprichos e Carinhos, minha amiga muito amada, especial mesmo, uma das primeiras que fiz aqui, me disse noutro dia em que eu estava triste, pra me levantar, abrir um sorrisão no espelho (acho que foi isso, né Vivi?), cantar, espantar a tristeza...eu segui seu conselho e comecei a cantar, primeiro, bem baixinho, sem vontade...daqui  a pouco, sem que eu percebesse, me peguei cantando bem alto, assoviando, fazendo o jantar ( pois estou sem secretária do lar...ela foi embora há mais de um mês...).
Hoje, quando fiz aquele post pra Giovanna, chorava que só...e coloquei aquela música tão linda pra ela e também pra mim... logo depois fui para a cozinha fazer o jantar e me lembrei da Suely Peres, do blog Sabor e Cor que também me deu uma saculejada outro dia, e da Vivi, que me disse pra cantar...e não é que comecei a cantarolar e logo depois já cantava aos brados, cozinha a fora? Até meus cachorros abanavam o bumbum pra mim, felizes, sem entender direito a maluca da dona, que num minuto está aos prantos, dali a pouco, canta em alto e bom som! E, como eles não tem rabo, então abanam o bundão... vendo que eu estava contente...Não feliz, mas a alegria voltou...espantei aquele baixo astral pra lá, cantando...Cantei a música Seguindo em Frente, que mandei para a Giovanna, cantei músicas do Elton John, cantei até músicas do antigo festival da canção...quem se lembra?
Fiz o jantar, fiz sorvete de cortar de sobremesa pra minha filha que está tristinha, cheia de problemas também e fui tomar banho...E tome-lhe de cantar no chuveiro: Viola Enluarada, do Marcos e Paulo Sérgio Valle...Andança, que a Beth Carvalho cantava, e virou um hit na época... fui lembrando de um monte de músicas do tempo dos festivais estudantis...e saí cantando do chuveiro, me enxuguei cantando, voltei para a cozinha cantando...O repertório estava grande...Era música guardada há tanto tempo na garganta, trancada, precisando sair...que saiu feito água de esguicho, de uma enfiada só, cantei mais de dez...Que coisa...foi só começar...cantei tanto, coisa que não fazia  há tempos, que me senti tão leve, que quando dei por mim...cadê a tristeza? Tinha saído, junto com a música, goela a fora......Ri com a minha filha, falei palhaçadas, jantamos felizes a minha comidinha gostosa...e coisa que eu nem gosto muito, que é cozinhar...mas cozinhei feliz, com prazer...
Por isso, resolvi vir aqui contar a vocês que me mandaram tanto carinho e tanta energia boa. Contar que senti na pele que o dito popular está certo: Quem canta seus males espanta!
Obrigada, Suely e, a você Vivi, irmãzinha, por terem me dado essa sacudida e me mostrado que um pequeno empurrão, uma mudança de estação no nosso rádio cerebral, mexer o nosso botãozinho do dial um pouquinho mais para um lado, nos faz entrar em sintonia com outras vibrações e sair em busca da positividade. Se a gente não a encontra, ela acaba nos achando...É só deixar um canalzinho, uma portinha entreaberta e ela entra...Ela, a alegria...Valeu amigas!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Uma Estória Real...



Vou contar uma estória real que aconteceu com um amigo de meu filho e seu pai há uns anos atrás...
Estou contando essa estória hoje porque eu mesma estou precisando relembrar dessa lição mais uma vez em minha vida.
Há mais ou menos 8 anos atrás, um vizinho nosso, arquiteto conhecido aqui na região, estava passando por dificuldades em sua vida, muitas dificuldades mesmo...
Um dia, ele vinha caminhando pela rua, voltando para casa, quando um outro vizinho ofereceu-lhe carona em seu carro. O arquiteto entrou, agradeceu e o outro lhe perguntou: E aí, Fulano, como vão as coisas?
E ele respondeu: Não podiam estar piores...
Naquele mesmo dia, à noite, seu filho caçula, o melhor amigo do meu filho, foi assassinado pelo segurança de um restaurante, estupidamente, com um tiro pelas costas...ele tinha 18 anos e morreu à caminho do hospital...
Todos nós, que convivemos com esse rapaz, que era um doce de menino e foi criado junto com meu filho, aprendemos a lição: Meu vizinho não sabia, mas as coisas poderiam ter ficado muito piores para ele...e realmente, ficaram.
Sempre que estou com um problema muito grande, quando estou me queixando muito do momento pelo qual estou passando, me lembro dessa estória.
Quando vou abrir a boca para falar que está tudo ruim, péssimo...me lembro dele e de como as coisas ficaram piores, terrivelmente piores depois...então, pensemos nisso a cada vez que nos sentirmos derrotados, desolados, incapazes de continuar...a vida pode sim, ser muito pior do que imaginamos....

Mas, sempre, todos os dias, mesmo atrás da nuvem mais escura, haverá um raio de sol!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ave, Passaralho!

Todos os dias o vejo de relance...
Não sei se é Matilda ou Pepeu...então resolvi chamá-lo de Passaralho, me perdoem se é feio e lembra um nome impróprio, mas é irresistível chamá-lo assim...pois é grande, enorme e mora na minha jaqueira...andei desconfiada que fosse um pombo gigante, que na França chamam de pigeon e, inclusive, é uma iguaria gastronômica...de outra vez me pareceu uma coruja, pois sempre à noitinha, volta para a jaqueira e arrulha, com um barulho que corujinhas fazem...

Aqui, a sua moradia, alugada já há tempos pelo Passaralho misterioso...
Será um falcão? Um gavião? Um anu? Um inhambu?


Não sei se é uma ave assim...


Ou assim...só vejo sua silhueta, voando assustado e se embrenhando por entre as folhagens...

Hoje, pela manhã, eu o vi, saindo do meu quiosque, voando ligeiro para a jaqueira...
Quando desci, vi duas vassourinhas caídas no chão e meu quiosque todo esburacado por dentro...o Passaralho está fazendo seu ninho com as palhinhas do meu quiosque!
Reparem bem nos buracos do lado esquerdo e nas duas vassourinhas caídas no chão do lado direito...
Meu pobre quiosque vem sendo "roubado" de suas palhas já há algum tempo...os pássaros adoram fazer ninhos com elas...
Já tinha notado que ele estava ficando careca, mas nada comparado ao que o Passaralho fez!
Deixou um rombo enorme!
Achei graça de manhã, quando vi as duas "vassourinhas" caídas no chão e pensei: Coitado, não vai poder varrer a casa hoje...deixou para trás os objetos da "faxina"...
E seu ninho, talvez esteja precisando desses dois amarrados de palha...afinal, os ovos devem ser bem grandinhos e precisam de um bom estofo...
Fico encantada com essas surpresas diárias que encontro em minha casa...minha filha ri muito quando falo do Passaralho com ela...
Vou continuar contribuindo com meu "inquilino"...qualquer dia, do quiosque, só encontrarei o esqueleto...mas é por uma boa causa. Só uma coisa me intriga: Ainda não ter conseguido ver que espécie de inquilino mora na minha jaqueira...enquanto isso eu o saúdo: Ave, passaralho! Ave, ave misteriosa, ladrazinha de palhas alheias!
Feliz de mim que mesmo sem te ver, contribuo com sua morada!
Ave, todas as aves do céu que me visitam e me encantam!
Eu te saúdo, Mãe Natureza, Mãe Terra, Mata Atlântica!
Saúdo hoje, à Vida e ao Viver!