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terça-feira, 29 de junho de 2010

Ausência

Desculpem minha ausência, mas estou muito, muito ocupada, voando....
zzzzzzzz....zzzzzz.....
Beijos a todos.

terça-feira, 16 de março de 2010

100 Coisas Para Fazer Antes de Partir...

Houve uma época da minha vida em que eu era uma consumidora voraz: comprava roupas, sapatos, bolsas, livros, cds, perfumes...hoje, fico pensando como gastei dinheiro com bobagens...não que tenha deixado de gostar dessas coisas, mas acho desnecessário ter um closet entupido de roupas que nunca uso, algumas que nunca usei, ou sapatos que doem os pés e só dá para usar se for pra ficar a maior parte do tempo sentada...
Minhas prioridades, hoje, são outras...
Livros, por exemplo, continuam sendo minha paixão...me solte numa livraria e pode esquecer de mim...fico horas folheando, vendo, sentindo...amo o cheiro e o toque dos livros...
Mas, também, compro mais do que consigo ler...então estou dando um tempo.
Hoje, resolvi escrever sobre alguns sonhos que estão na minha lista das 100 coisas que pretendo fazer, antes de partir: Uma delas é ir à Paris, flanar por suas ruas, visitar museus, sentar num café e ficar olhando os parisienses passando...ir à Provence e ver campos de lavanda, passear por cidadezinhas encantadoras e tomar muitos vinho e me deliciar com muitos queijos...
Voltar à Lisboa, à Sintra e ao Porto...o Porto foi uma das melhores surpresas de minha viagem à Portugal.
É uma cidade encantadora, eu moraria lá, fácil, fácil...fora o passeio que fiz Douro acima, passando pelas eclusas...pena que não consegui ir aos vinhedos, participar da vindima...mas, fica para uma próxima vez...
Outra coisa que desejo: Conhecer a Costa Amalfitana, na Itália...Pozzuoli, Sorrento, Positano, Ravello...quantos lugares charmosos e cheios de história numa paisagem belíssima, frutos do mar e vinhedos...
Conhecer a Grécia e as ilhas gregas...sempre tive loucura por mitologia grega e pelas paisagens de tirar o fôlego daquele mar azul e das encostas com suas casinhas brancas...
Voltar à Roma e ficar, pelo menos um mês, andando por aquelas ruas que respiram história nas pedras do chão...A Itália pra mim, e quem me conhece, sabe disso, representa quase que minha pátria, pois minha identificação com ela foi tão forte, que todas as vezes que vejo minhas fotos de viagem eu choro...Roma, particularmente, me tocou de maneira tão forte, que brinco que se há outras vidas, fui romana em outras encarnações...
Ter uma Livraria-Café. Mas isso é mais aquele sonho de brincadeira, pois acho que hoje não conseguiria ter um negócio que me prendesse o dia todo, todos os dias da semana...Mas que deve ser gostoso, deve...se for uma Livraria-Café-Atelier então, melhor ainda...poder ter livros ao meu alcance, dar aulas de arte ou fazer um clube do livro ( o que aliás, ainda pretendo)...ai, que delícia...
Mas o que desejo mesmo, nessa altura da vida é poder viajar muito...viajar tudo o que não viajei durante a juventude...pois tenho que confessar uma coisa: tinha pavor de avião! Medo de avião é uma coisa que não se explica. Não adianta virem com estatísticas, explicações racionais...o medo, quando é pavor, é irracional, é ilógico, por mais que se saiba disso, algo nos impede de aceitar o óbvio...
Tive que encarar meu medo de frente, pois eu queria vencê-lo e comecei a viajar pelo Brasil: primeiro, umas duas vezes para São Paulo, depois fui à Pernambuco, de outra vez, fui à Alagoas...até fazer as viagens mais longas...à base de muito calmante, e algumas sessões de terapia cognitiva...e lá fui eu com meus fones de ouvido do MP3 gravado com minha dessensibilização...fazendo exercícios respiratórios a cada vez que o medo vinha...de olho aberto a viagem toda, mas lá, firme, decidida a aproveitar a vida e conhecer lugares que eu desejava...Imaginem se eu tivesse me acovardado e, por medo, não tivesse vivido e visto tudo o que vivenciei lá?
Uma vez, li uma frase que resume bem o que é ser corajoso:
"Para se ter coragem é preciso que se conheça o medo..."
Pensem bem se não é a mais pura verdade...assim como não há luz se não existisse a sombra, a coragem, nasce do medo...
Então, é isso, vou vivendo, me conhecendo, me surpreendendo, me desafiando...de que vale a vida se não fossem os desafios a que nos propomos?
Um dia ela passa, passa, passou...e o que fizemos dela, e o que fizemos por nós?
Há que viver, romper barreiras, sair da mesmice e do comodismo que impomos a nós mesmos...claro, é muito mais fácil ficar na casca, não ousar nada, deixar tudo quieto...mas e aí?
E, lhes digo uma coisa que tenho percebido nesse meu caminho: É preciso coragem para se viver.
Mas vale muito a pena!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Portas E Janelas.

Criança ainda, quando saía de carro com meu pai, me distraía olhando janelas e imaginando as estórias que aconteciam dentro delas...via as luzes acesas, às vezes uma pessoa à janela, solitária, fumando....em outras, alguém passava lá dentro e eu vislumbrava um rosto ou um pedaço de vestido...ficava divagando, construíndo, na minha imaginação, uma estorinha diferente para cada janela acesa que eu via passar...
Meu olhar sempre teve atração por portas e janelas...cada uma contava seu enredo para mim...alguns dramáticos, outros suaves...e eu, olhando...Meu olhar bisbilhoteiro, ávido por estórias de vida...mesmo criança, bem pequena, sabia que por trás de cada janela, havia uma família, uma pessoa, uma vida totalmente diversa da minha...e como eu adorava aquilo!
Imaginar cada um vivendo sua vida, com festas, luzes, às vezes tristezas...para mim, parecia um teatro e eu, a espectadora muda, sorvendo a vida alheia, através de uma réstia de luz...

Cresci e minha paixão por portas e janelas continuou...e as fui fotografando pelos lugares onde andei...Uma porta art déco, uma janela com sacada de azulejos, um puxador de ferro, uma outra, de madeira ancestral, pesada e escura...
Sabia, inconscientemente, que atrás de cada uma havia Vida. E eu, tal qual um vampiro, me deliciava ante as possibilidades.
Voyeur, mas voyeur de nada, pois eu nada via...só imaginava o que haveria por detrás delas...
Que segredos não revelados cada uma escondia? Traições, paixões, amores secretos ou uma vida comum?

Penso nisso hoje, não sei porque...resolvi rever, então, algumas fotos que tirei em Portugal...
Lisboa, Sintra... tantas portas e janelas cheias de mistério povoando minha imaginação de personagens Queirosianos...
Que segredos guardariam?
Quem moraria ali?
Estariam abandonadas?
Em algumas, tive vontade de bater, apertar o botão da campainha..em outras, senti medo da antiguidade de seus entalhes...da madeira vetusta e escurecida, marcada por anos, talvez séculos de história.



Paredes envelhecidas ou novas...madeiras reluzentes, pintadas de novo ou encarquilhadas pela chuva e pelo sol...a mim, não me importa.
Só me interesso por elas porque guardam algo que não sei.
Olho para elas porque escondem coisas que não vejo.
Rústicas ou luxuosas, decadentes ou novas...cada uma guarda em si um tesouro oculto.
Estórias de fantasmas e de vivos...
Ricos, pobres, classe média...almoços em família, jantares de noivados, solidões compartilhadas...personagens de um livro que venho escrevendo desde sempre, apenas na imaginação.
Portas e janelas cujo conteúdo desconheço, mas que meus sonhos alcançam...
Enquanto penso na opressão de quem vive lá dentro, fechado ao meu olhar, concluo que minha fascinação por essas aberturas que se mantém fechadas para mim, são apenas meu anseio por libertar, através das palavras que um dia irei escrever, as almas encarceradas que vivem, não lá, mas aqui, dentro de mim.

A liberdade me espreita em cada vão, pois, ao se abrir uma porta ou uma janela, ganha-se o mundo...e eu só terei essa liberdade suprema, no dia em que conseguir escrever, eu mesma, as páginas do livro que carrego em mim, desde que nasci.


P.S. Todas as fotos são minhas e foram tiradas em Lisboa e Sintra.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Um Sonho

Apresento a vocês, meus amigos e amigas queridos: Minha Casa!
Aos 15/16 anos, escrevi poemas que falavam da casa dos meus sonhos...de tijolinhos, cheia de flores, plantas, bichos...
Nem poderia imaginar que, um dia, eu teria essa casa, que ela seria feita por mim e meu marido, com amor, trabalho, algum sacrifício e muito, muito amor...
É aqui que eu vivo, sonho, planto, escrevo...


É aqui que pretendo brincar com meus netos, no dia em que os tiver...
Minha casa é meu abrigo, meu porto seguro, meu paraíso. Foi aqui que criei meus filhos, onde eles cresceram, saudáveis, bonitos, livres, com muito espaço e amigos para brincar...
Aqui, muitas vezes sofri, chorei, passei por problemas de saúde graves, problemas financeiros, problemas pessoais...mas aqui, tenho sido muito mais feliz do que triste...

Quando olho minha casa, minhas coisas, objetos, me sinto privilegiada e agradecida...A vida tem me dado muito...Não tenho objetos caros, nobres ou valiosos, mas tudo que fui juntando, ganhando ou comprando ao longo de minha vida, tem um valor inestimável...todos contam a estória de minha vida, os lugares por onde passei, gente que conheci, amigos que já perdi, outros que ganhei...
Minha casa, meu lar, foi feito de afeto, de confiança, de carinho...seus alicerces não são somente de ferro e cimento, mas, principalmente de respeito e de amor.


Já passei por tempestades, já vi muitos céus azuis...a mata que me envolve e que circunda a minha casa me dá presentes todos os dias...frutas, pássaros, micos, lagartos...
Não tenho como negar que, apesar de tudo, de todas as pedras que encontrei pelo caminho, minha caminhada tem sido uma bela caminhada, com um companheiro maravilhoso ao meu lado e um sonho, sonhado aos 15 anos, tornado real.
Eu atrelei meus sonhos a uma estrela e ela tem trazido luz para minha vida.
Acreditem em seus sonhos...nós somos do tamanho deles...
" O que não me destrói, me faz mais forte" - Nietzsche
Bom fim de semana para todos!